Advertência
Manobrar é “empregar os meios e as diligências necessárias para se conseguir um
determinado objetivo”: isto é, “para levar a bom êxito uma determinada
empreitada”. Assim, “Manobre você mesmo o seu Destino” significa “empregue você mesmo os meios
necessários para conseguir com bom êxito,
um certo objetivo, mediante seu Destino” .
O Futuro não é
arbitrário, podemos não saber precisamente o desenrolar dos
acontecimentos, mas, os casos simples em
que sempre o acertamos em cheio,
indica-nos que, se nosso Encéfalo
fosse mais poderoso, saberíamos muito mais sobre o que ainda está por vir.
Quem quer que tenha
vivido o suficiente compreende que NEM TUDO NO MUNDO é OBJETIVAMENTE POSSÍVEL.
As ações humanas deparam-se sempre com algum tipo de limitação. Algumas são
contornáveis de imediato (1), outras, só podem ser superadas por meios que
ainda nos faltam, no tempo e no espaço (2); porém, estes dois tipos de
limitação não esgotam o conjunto dos fatores que impossibilitam transportar nossos desejos, com sucesso, ao domínio da prática: (3) existem ainda certos
impedimentos que nós pressentimos que são, e haverão de ser sempre refratários
a qualquer modificação, por maiores e mais bem aplicados que sejam ou possam
tornar-se, os nossos esforços.
Um dos muitos benefícios que este livro poderá levar aos Seus Leitores é
ajudá-los a discernir com
bastante clareza, quando é que se está
diante de cada uma destas
três situações fundamentais
do Destino: Quando o Destino impede de atingir o Objetivo; quando os
Meios Efetivos para alcançar tal Objetivo são vislumbráveis, faltando no
entanto tais Meios, no Espaço ou/e no
Tempo.
O Ser Humano não é livre para evitar
as consequências de seus atos,
mas Ele é dotado de uma
ESPONTANEIDADE ELEMENTAR pela qual
Ele é capaz de escolher que
caminho quer seguir.
Todavia, para que
Ele possa trilhar este caminho escolhido, Ele precisará estar - consciente ou inconscientemente - irmanado
com as Leis da Fatalidade Suprema, sob pena de tudo falhar .
De algum modo, Ele precisará fazer com que a
sua vontade dentro da sua escolha, e seja una, e esteja irmanada com a
Fatalidade Suprema. De várias formas especificas pode o homem alcançar seu
objetivo de vida; mas qualquer que tenha sido esta fórmula particular, para que
esta formula seja eficiente, para que COM ELA se consiga de fato chegar, onde
se PLANEJOU, será necessária uma rigorosa submissão aos Sagrados e Invioláveis
ditames da Fatalidade Suprema, acrescida
das Leis de cada uma das Sete Ciências Básicas = Destino. E note-se bem: nem
todas as escolhas que se possa fazer são compatíveis com a Fatalidade Suprema e com as Leis das Sete
Ciências Básicas. Para a grande felicidade da Humanidade, as escolhas egoístas são rejeitadas
pela Fatalidade Suprema e pelas
Leis de cada uma das Sete Ciências
Básicas, que formam o Destino.
Quando o homem
nasce, encontra-se já diante de um Mundo
que o compele; que quase o arrasta
a um determinado fim. Nós não escolhemos, por exemplo, a maternidade
onde nascemos, a casa onde iremos morar, a família que temos; não escolhemos a
comida que iremos ingerir; a natureza dos ensinamentos e exemplos de comportamento que nos serão fornecidos.
Não escolhemos os Sentimentos, que os
outros terão em relação a nós, e nem o modo pelo qual haverão, em vista destes
Sentimentos de tentar aceitar, compreender
e modificar nossa natureza. E nem pense que esta situação inicial
restringe-se a fatores de ordem externa: nós também não escolhemos nossas
deficiências congênitas, e nem a delicadíssima
estrutura do nosso código genético.
Pois bem, todo este conjunto de fatores exerce
influência sobre nós; de modo que a
perspectiva de realização de um determinado caminho de vida torna-se, em princípio, mais difícil que outros.
Há um
conceito de Destino, segundo o qual estas circunstâncias determinariam
de tal modo o nosso futuro, que nada
poderíamos fazer para modificá-las: “pau que nasce torto morre torto” é um
exemplo de aplicação ao domínio Moral desta ideia do Destino.
Há também outro
conceito de Destino, que o faz derivar inteiramente da vontade individual, como
se esta não estivesse e nem precisasse estar adequada a nenhum principio, a
nenhuma regra, a nenhuma disciplina. Esta concepção do Destino é muito bem
retratada na presunçosa afirmativa: “Eu sou o dono do meu nariz”.
A perspectiva
Positivista do Destino representa um ponto de equilíbrio entre as necessidades
de Ação e de Resignação, conforme pode ser visualizado, no
trecho do diálogo que se segue, do Catecismo Positivista - Pag. 55 da IV
Edição Apostólica - 1934 : adaptada
à linguagem mais acessível.
A Mulher Pergunta: Meu
Pai (...) julgo que a Fé Positiva (isto é, a Crença Fundamental de que todos os
fenômenos estão submetidos ao Império das Leis Naturais), seja muito
satisfatória para a inteligência, mas muito pouco favorável à atividade; que a
Fé Positiva parece fazer subordinar tudo, à Inflexíveis Destinos. Mas como o
espirito (inteligência) positivo surgiu da vida prática, não pode o Destino ser contrário a
esta mesma Vida Prática; qual é, portanto a harmonia geral entre o Destino e a
Vida Prática?
O Sacerdote Positivista responde: Para conseguir tal
harmonia, minha filha, basta corrigir a
visão espontânea que faz considerar as Leis Naturais como imodificáveis ou
imutáveis de modo absoluto.
Enquanto
os fenômenos foram atribuídos às
vontades arbitrárias ( no Fetichismo), a
ideia de uma Fatalidade absolutamente Imutável, foi a única forma de atenuar
uma ideia diretamente incompatível com toda ordem efetiva, isto é, com toda
regularidade previsível, passível de ser planejada.
A descoberta das Primeiras Leis Naturais, tendeu
depois, com o passar do tempo, (do
Fetichismo para o Politeísmo),a manter esta disposição geral, de uma
Fatalidade Absolutamente Imutável; isto
se explica, porque tal descoberta, as Leis Naturais Iniciais, referiu-se aos
fenômenos astronômicos, que estão, de fato, totalmente acima da intervenção e
modificação humana.
Mas na medida em que o conhecimento do mundo exterior
e do homem, tem se desenvolvido, isto é,
ocorrendo a Positividade Espontânea, notamos que a ordem que preside a tais
fenômenos, tem sido considerada como Modificável, até por nós seres humanos; e tanto mais modificável,
quanto mais os fenômenos se complicam.
Esta noção da Fatalidade Modificável ou Destino Modificável, isto é, Manobráveis, vai hoje até a própria ordem celeste - Mecânica Celeste, cuja simplicidade superior, nos permite imaginar subjetivamente, com maior facilidade a sua harmonia, evitando assim, um comportamento de respeito excessivo, para não modificá-lo, embora nossos fracos meios físicos, não possam realizar tais sugestões de modificações.
Quais quer que sejam os fenômenos, sem excluir os mais
complexos, suas condições básicas são
sempre imutáveis; mais por toda parte, as disposições secundarias podem ser modificadas, até pela nossa
intervenção.
Tais modificações em nada alteram a invariabilidade
das Leis Naturais, visto como tais
modificações nunca se tornam arbitrárias. A Natureza e a extensão destas
modificações seguem sempre regras próprias, que completam o nosso domínio científico.
A rigidez
total do Destino, é tão contrária a
própria noção de Lei Natural, que estas mesmas Leis Naturais se
caracterizam como a constância no meio
da variedade.
Assim, a Ordem Natural ou Destino é sempre uma
fatalidade modificável, ( os parâmetros
das Equações, se
modificam, no entanto as Leis Naturais são imutáveis) que se torna a base
necessária das modificações artificiais.
Nosso verdadeiro destino compõe-se, pois de Resignação e de Atividade. A
Condição de Atividade, longe de ser incompatível com a condição de Resignação,
repousa diretamente sobre ela.
Uma escrupulosa submissão às Leis Naturais é o único preventivo contra o caráter vago e instável dos nossos desígnios quaisquer, permitindo-nos estabelecer segundo as regra secundárias de modificação, uma sábia intervenção.
Uma escrupulosa submissão às Leis Naturais é o único preventivo contra o caráter vago e instável dos nossos desígnios quaisquer, permitindo-nos estabelecer segundo as regra secundárias de modificação, uma sábia intervenção.
Eis ai como o Dogma Positivo consagra
diretamente a atividade de um modo, como nenhuma síntese teológica o poderia
fazer. Este desenvolvimento prático, torna-se inclusive o principal
regulador de nossos trabalhos teóricos
relativos ao Destino ou Ordem Universal e suas diversas modificações.
Para algumas pessoas, mais que para
outras, a ideia do Destino está
estritamente associada à existência de
Deus; o que se por um lado, tende a tornar o Destino menos ameaçador, o faz
também menos compreensível: “Deus escreve certo por linhas tortas”- “ Meu
destino só quem sabe é Deus,”etc..
Estas Pessoas creem no Destino, chegam mesmo,
como nós, a supô-lo benigno, visto como estas pessoas
subordinam o Destino ao SUMO BEM ou DEUS; mas infelizmente não chegam ao ponto
de querer investiga-lo mais a fundo, conhecendo sua intimidade, visto que consideram o Destino incompreensível, supondo mesmo que o próprio
desejo de perscrutar seus arcanos ou
sentenças do Destino , seria já uma atitude
afrontosa para com DEUS.
Aliás, a concepção de Deus jamais preservou
completamente o Homem do pessimismo com que, por vezes, encara o Destino: está
“Ao Deus Dará” equivale a estar numa situação desoladora, entregue à
própria sorte, sem nenhuma ajuda terrestre, e
com uma duvidosa proteção celestial.
Os gregos da antiguidade
concebiam que o Ser Humano já nasce
com o seu Destino
definido; a linha mestra da Vida já está traçada; e que para eles
era imutável, representando o Destino (MOIRA) o caminho da Vida.
O Destino é o “Vetor Resultante”, que expressa à
felicidade/sucesso ou infelicidade/insucesso, dentro do caminho da Vida que
cada Ser Humano pode percorrer e atingir; considerando o seu Caráter (
perseverança, coragem e prudência), ao ser afetado pelos 7 Sentimentos Egoístas; e, de acordo com o
seu grau de Inteligência, define a “Resultante da Personalidade”, e pelos
três Sentimentos Altruísta define a Sociabilidade; que ao ser
introduzida no “Universo dos Vetores” formados pelas “Equações Paramétricas”
definidas pelas 15 Leis Naturais Imutáveis da Fatalidade Suprema, complementados pelas Leis Naturais de cada uma
das Sete Ciências Básicas = ao Destino,
vem a dirigir o fluxo do nosso Destino, segundo
Augusto Comte que, as percebeu, e por alguns poucos compreendida e por muitos
ainda desconhecida.
O que apresentamos
neste livro é a Fatalidade Suprema,
que está correlacionado com o Destino,
cujo estudo deixaremos para que as próximas gerações, que tiverem competência
dentro do campo da Moral Positiva, deem prosseguimento, ou se
tivermos tempo, para nos dedicar a este campo, daremos continuidade a
este trabalho maravilhoso, que só trará beneficio a Nossa Espécie Humana,
caminho este deslumbrado inicialmente
por Augusto Comte.
O que deixamos
registrado é que os “Vetores” da
Personalidade e da Sociabilidade, de cada Indivíduo, de cada Família e de
cada Pátria , ao serem
postos em contato com o “Universo
de Vetores” formados pelas “equações
paramétricas”, definidas pelas 15 Leis
Universais Imutáveis e incrementadas pelas
leis especificas de cada uma das 7 ciências básicas, afetam as
“variáveis” destas “equações
paramétricas e de suas
respectivas equações restritivas”; e como todas esta estão concretamente
falando relacionadas entre si, e por sua vez também moldam a Personalidade e a
Sociabilidade, dando como desfecho à
grandeza de um “vetor resultante final”,
que é o Destino, de cada Indivíduo,
de cada Família, de cada Pátria e finalmente da Humanidade, em nosso
Planeta Terra.
Como sabemos, a
evolução da nossa Personalidade e da nossa Sociabilidade é possível; quando de nossa Educação
por meio dos Ensinamentos Sábios, sobre os Sentimentos e
o Nível
de nossa Inteligência, na formação de nosso Caráter. Assim sendo, o aperfeiçoamento Moral Positivo,
Intelectual e Prático da Espécie Humana, acompanha uma adaptação progressiva do
conjunto da nossa Vida às Leis
Naturais, ou seja, ao aspecto imutável
da Fatalidade Suprema; bem como uma perfeita utilização das mesmas Leis Naturais no que estas apresentam de modificável;
ou seja o aspecto modificável desta mesma
Fatalidade Suprema, no que tange
aos seus parâmetros .
Finalmente, a
Educação Positiva, por meio da Moral Teórica e da Moral Prática, trarão condições fabulosas para que haja
uma substancial melhoria para a
Sociabilidade da Espécie Humana na Terra,
algo percebido por Augusto Comte e Clotilde de Vaux e, que até hoje em dia,
apenas, poucas pessoas conceberam.
Este livro foi
elaborado com bases científicas, isto é, nada de Ficção (Fetichismo e Teologismo)
e Metafísica. São 375 paginas
Desejamos Sucesso na sua Leitura. Não pode ser
comercializado – Propague de forma gratuita – Registro Fundação Biblioteca
Nacional – Escritórios de Direitos Autorais - 121.936 – Livro 188 – Folha 5 – 04/11/1996
Saúde, com Respeito e Fraternidade.
Os Autores
Paulo Augusto Lacaz e Hernani Gomes da Costa
Nota: Fatalidade Suprema = Filosofia Primeira.
Ordem
Natural = Destino = Filosofia Primeira + Filosofia Segunda (Fatalidade Suprema)
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Índice
1)
INTRODUÇÃO E ASPECTO ESTÁTICO E DINÂMICO
DA ABSTRAÇÃO.
1.1 -
Considerações Gerais sobre o
Aspecto Relativo e Subjetivo das Noções
Positivas.
1.2 - Conceitos
Fundamentais.
2) TEORIA DINÂMICA OPERACIONAL DA ABSTRAÇÃO.
2.1 A
CLASSIFICAÇÃO DOS SERES
- SER CONCRETO E SER ABSTRATO
2.2 O TRABALHO
DE ABSTRAÇÃO OU OPERAÇÃO DE ABSTRAÇÃO
2.3 COLABORAÇÃO DA
INTELIGÊNCIA E PRINCIPALMENTE DA CONTEMPLAÇÃO ABSTRATA
2.4 O SENTIMENTO
E A AÇÃO
NA OPERAÇÃO DE ABSTRAÇÃO.
2.5 ATRIBUTOS OU PROPRIEDADES / IDÉIAS OU
CONCEPÇÕES / LEIS ABSTRATAS
2.6 O ATRIBUTO OU PROPRIEDADE ABSTRATA
2.7 IDÉIAS
ABSTRATAS E TIPOS ABSTRATOS
2.8 A EXPRESSÃO
CIENTIFICA DE UMA RELAÇÃO ABSTRATA
2.9 DUPLO DESTINO
DAS LEIS ABSTRATAS
3) TEORIA DINÂMICA EVOLUTIVA DA ABSTRAÇÃO
3.1 O
DESENVOLVIMENTO INTELECTUAL EM RELAÇÃO A CAPACIDADE DE ABSTRAÇÃO.
3.2 ABSTRAÇÃO NO POLITEÍSMO E A
LÓGICA DAS LINGUAGENS.
3.3 O MONOTEÍSMO E A MEDITAÇÃO
3.4 A ABSTRAÇÃO NA DOUTRINA POSITIVA
3.5 A LÓGICA
POSITIVA
4) A SEDE DA ABSTRAÇÃO
4.1 A INSTITUIÇÃO
RELIGIOSA DO ESPAÇO
4.2 AS HIPÓTESES
PROVISÓRIAS
4.3 ESPAÇO, A
TERRA E A HUMANIDADE.
4.4 A CONCEPÇÃO OU
A IDEIA DE ESPAÇO
5) Parte
Anatômica e Estrutural Do Moral e
do Biológica no Encéfalo
5.1- Aspecto
Estático da Abstração Encefálica
5.1.1
- Órgãos da Abstração
5.2 - Aspecto
Estático da Biologia Encefálica
5.3 - Os Oitos
Sentidos : As Impressões e as Sensações
6) Parte Fisiológica - Aspecto
Dinâmico da Abstração - Moral Positiva do Encéfalo
6.1 - Funcionamento
Operacional da Abstração - Nível Individual
6.2 - Funcionamento
do Desenvolvimento Abstrato - Nível
Sociológico
7) Parte Fisiológica - Aspecto Dinâmico da
Biologia Encefálica.
Dinâmica Operacional das Funções Orgânicas.
Funções Bio-Físico-Químicas do Encéfalo - Córtex etc..
Sistema Límbico
Programas e
Sistemas do Encéfalo
8) Filosofia Primeira
8.1 - Introdução
8.2 - As 15 Leis
Naturais e Universais - Quadro I
8.3 - Enunciado das
15 Leis Naturais e Universais
8.4 - As 15 Leis
Naturais com as suas Aplicações
9) Filosofia Segunda
9.1 - Introdução
9.2 - Lógica ou
Ciência do Espaço - Matemática
9.2
- Física ou Ciência da Terra.
9.3 - Moral ou
Ciência da Humanidade
9.4 - Objetivos,
Fins e Meios das Sete Ciências
APÊNDICE
A)
Alguns Artigos de Cunho Positivista.
B)
Apreciação sucinta de alguns livros que
tratam do tema Positivismo e Augusto Comte.
BIBLIOGRAFIA
=====================================================================
Dedicatória
Às Nossas Queridas Mães
Maria do Carmo Antunes de Oliveira Lacaz e Iara Nasri Isoldi Gomes da Costa
E
a Alfonsa Ana Orlando, Mulher de Paulo Augusto Antunes
Lacaz, pelos méritos, devido aos estilos de comportamento, semelhantes aos
de Jeanne D’Arc, que muito tem
colaborado para com o Positivismo; mesmo sendo ardorosa religiosa teologista.
========================================
Teoria
Positiva da ABSTRAÇÃO
ABS =
Para Fora ( Prefixo )
TRAHO, axi, actum, ere = Puxar,
Arrastar, Sacar com força. (Verbo Latino )
I) INTRODUÇÃO:
Sobre
o Aspecto Relativo e subjetivo das Noções positivas
Ao estudar-se a Teoria Positiva da Abstração, uma ideia
fundamental precisa estar sempre presente ao leitor, pois sem ela, o conteúdo
destas páginas não será tão bem assimilado.
Esta ideia fundamental, é a da plena relatividade e subjetividade que o Positivismo estabelece para expressões tais como:
objeto, corpo, coisa, ser, entidade, elemento, substância, estrutura, fenômeno,
acontecimento, processo, evento, fato, propriedade, atributo, componente,
essência, peculiaridade, característica, idiossincrasia, etc.
Mas o que quer dizer exatamente a plena relatividade e subjetividade
destas expressões ?
Em primeiro lugar queremos dizer
que consideramos cada uma destas diversas expressões, acima relacionadas, como
plenamente conversíveis; ou
seja, podemos tanto considerar um
Ser como um conjunto de fenômenos, quanto considerar vários fenômenos como
representando as manifestações de um dado Ser .
Em segundo lugar, queremos dizer
que a escolha de uma ou de outra destas duas formas de considerar a
realidade, varia em relação a cada questão que temos em vista
solucionar, com os mesmos dados que dispomos.
Enfim, queremos dizer que a incidência específica de cada
escolha particular, em detrimento da outra alternativa, provém do aspecto humano,
que entra em jogo na resolução positiva do problema, onde estas expressões
figurarem.
Tomemos um exemplo: Nós Somos
Seres diferentes e separados do Planeta Terra?
Respondendo, diremos: se
levarmos em conta que podemos nos mover livremente em Sua superfície; se,
para a natureza do nosso problema específico, torna-se relevante a
circunstância da nossa evolução pessoal poder dar-se com certa independência,
das transformações que se passam em
pontos longínquos do Planeta; se
considerarmos ainda o fato do homem poder sobrevoar em Sua camada gasosa e de
inclusive, já ter visitado outro astro; então, para esta questão,
podemos postular que os homens
sejam Seres diferentes e separados do
Planeta Terra.
Mas tal perspectiva, não é
positivamente desejável para a totalidade dos problemas que a vida nos
apresenta. Com efeito, existem questões cuja
solução positiva é encontrável com mais facilidade ( ou mesmo só pode
ser encontrada), se adotarmos a ideia de
que o homem é uno com seu Planeta; e que os destinos humanos estão
indissoluvelmente ligados aos destinos do Globo.
Aliás, diga-se de passagem, a própria palavra Humano,
veio, em última analise, representar esta forma de considerar a realidade, citada no parágrafo anterior;
visto como HUMUS, não é outra coisa senão TERRA.
Para não falarmos das duas
bombas atômicas; se outro astro, por exemplo, estiver na rota de colisão
com nosso Planeta, de nada adiantará
considerar-se que o homem pode saltar ou
voar. Ele será atingido, em virtude do planeta ter sido atingido.
Compreenda bem: não se trata de uma destas perspectivas
ser, em si mesma, mais
ou ser menos verdadeira; nem retratar mais ou retratar menos
fielmente a realidade exterior que a outra; apenas cada qual está mais
especialmente adaptada a esta ou `aquela questão, segundo as nossas exigências
subjetivas de análise ou de síntese*.Mas as duas são igualmente
verdadeiras ao seu modo, e desde que não
consideremos mais a pretendida
forma com que cada uma poderia descrever melhor, e de modo absoluto a realidade.
A única diferença que nos cabe
licitamente considerar, é a do grau de eficiência com que o problema proposto
pode ser resolvido positivamente com o uso de uma ou de outra destas
duas perspectivas; como nossa
subjetividade precisa optar por uma
das duas; uma será considerada preferencialmente para todos os fins, Afetivos,
Intelectuais e Práticos, da Humanidade, mais desejável que a outra, em relação `aquela questão particular; eis como o Positivismo estabelece a posição
geral de uma questão qualquer.
Muitos outros exemplos análogos
poderiam ainda ilustrar o que entendemos como a plena relatividade e
subjetividade dos conceitos enumerados
no primeiro parágrafo deste texto, mas o caso que oferecemos, bem
meditado, conduzirá facilmente a reconhecer a plena conversibilidade de
todos estes conceitos.
Um aspecto desta plena
conversibilidade dos conceitos acima enumerados, é a substituição da mentalidade de Causa-e-Efeito
pela mentalidade relacional, no que
concerne à Ciência propriamente dita.
Tudo quanto a inteligência pode obter como resultado de suas operações
interiores é a constatação repetida de
relações de sucessão e de semelhança cuja consideração de que são constantes, nos levam à formulação abstrata das Leis
Naturais que, por sua vez, correspondem a uma descrição generalizada dos
diversos modos de manifestação do Mundo e do Homem.
Em outras palavras o que a Inteligência obtém por mais
que haja, é sempre o “COMO ?” e nunca o
pretendido “POR QUE ?” dos
acontecimentos. Tal modificação na forma geral de compreender o Mundo e o Homem é normalmente
lenta, e só é obtida convenientemente, por intermédio de associações
progressivas com as ideais que mais fácil e espontaneamente o indivíduo já
conseguiu positivar, ao menos no que
concerne ao seu relativismo fundamental.
Exemplo: Não cabe perguntar por que
um corpo cai; constatamos que ele cai; e a verificação repetida deste fato,
dá-nos uma segurança íntima tal, que nos
sentimos confiantes ao afirmar que no
futuro os corpos continuarão apresentando esta mesma característica. Desde os
mais arrojados e inéditos empreendimentos até aos mais simples e cotidianos dos
nosso atos, repousam sempre sobre a crença na existência de uma fixidez
elementar dos acontecimentos. Esta fixidez é o que no Positivismo se chama a
Fatalidade Suprema acrescido das Sete Ciências Básicas formando o Destino.
Nós não devemos afirmar que os
corpos caem por causa da
gravidade; por causa da lei da gravidade; ou por causa da força da gravidade: as ideais de gravidade, de lei da
gravidade e de força da gravidade,
consistem na descrição generalizada da própria queda dos corpos. Dizer que
um corpo cai por causa da força
da gravidade etc., é a mesma coisa que dizer que um corpo cai por causa de
que cai; isto não chega a estar “errado”, pelo menos não no sentido
usual em que se considera que algo seja
logicamente contraditório; tais afirmações apenas não acrescentam
nada à inteligência sobre o comportamento dos corpos em questão:
não é a queda que faz o
corpo cair. O corpo não cai porque tem peso ou massa, não é o peso ou massa que
fazem os corpos caírem. É devido às observações seguidas dos corpos em queda, que nós formulamos
subjetivamente as ideais de Lei da
Gravidade, Força da Gravidade, Energia Cinética, Massa , Peso etc.; se forem
usados para descrever o Mundo, são conceitos positivos, mas tornam-se
metafísicos se forem usados para explicar por que o Mundo manifesta tais atributos.
A ilusão do espírito metafísico
reside, pelo contrário, na suposição de que estaríamos conhecendo algo de novo, ao
recebermos a “informação” de que “o corpo cai por causa da força da
gravidade”.
Os conceitos sobre o Mundo e
sobre o Homem, não são metafísicos em si
mesmos ; é o nosso modo de raciocinar sobre eles que os poderá tornar
não só metafísicos, como teológicos ou positivos.
(*) Vale dizer (como adiante
veremos), segundo a preponderância da atividade do órgão cerebral da
contemplação abstrata ou do órgão cerebral da
contemplação concreta.
Um único e mesmo dado novo, que fosse simultaneamente
apresentado à três indivíduos, cada um dos quais raciocinando segundo um destes
três modos de compreensão do Mundo e do Homem, seria convertido, por um, numa
concepção teológica; por
outro, numa concepção metafísica, e pelo
terceiro, numa concepção positiva; em
outras palavras, o primeiro explicaria
tal fato como o efeito da vontade Divina isto é, de Deus;
o segundo , consideraria este
mesmo fato, como um efeito de forças,
fluidos, energias etc.; enfim, o terceiro consideraria somente o fato e apenas
o fato; num esforço único
de conhecer a Lei Natural que lhe é
peculiar, e , onde tal fato poderia ser
melhor enquadrado na Escala Enciclopédica (Matemática, Astronomia, Física, Química,
Biologia, Sociologia Positiva e a Moral Positiva) .
O Positivismo não se propõe a explicar os fatos
: sabemos que o que a inteligência faz, e as conclusões a que ela chega são apenas o elaborado reflexo subjetivo destes mesmos
fatos; dizer que as concepções que formulamos sobre os fatos, serviriam para os
explicar, é mais ou menos, como dizer
que a imagem que o espelho reflete serviria para explicar o fenômeno que a sua
superfície reflete.
Não se trata como muitos mal
curados metafísicos (Stuart Mill, Littré, Wirouboff, etc.) disseram: que esta
causa, ou esta essência tenham sido por Augusto Comte descartadas de suas considerações filosóficas por estarem além
da nossa compreensão e acima de nossas forças; raciocinar assim seria ainda
raciocinar em termos de causa , efeito e
essência.
A questão não é que nós
não saibamos, propriamente o que
as coisas são, e quais são as suas causas; trata-se a positividade de um modo
de raciocinar no qual simplesmente não
se precisa servir de tais conceitos, senão
de um modo que lhe é todo peculiar, e comum
outro objetivo , que não é o de explicar o Mundo e o Homem. A sensação que se obtém ao nos libertarmos da
metafísica e entrarmos em plena posse do
estado Positivo não é a sensação de ignorância, como se tivéssemos que renunciar a um
conhecimento novo, porém inacessível; o que percebemos é que no modo de
raciocinar absoluto, quer teológico quer
metafísico, as questões apresentadas em termos de causa, efeito e essência não
nos acrescentam nada à nossa inteligência
em matéria de novos conhecimentos, sobre o Mundo ou sobre o Homem.
É com esta percepção que se pode abandonar verdadeiramente a metafísica,
e não, continuando a raciocinar em
termos de causa, efeito e essência,
apenas suspirando de resignação
por se imaginar que um
suposto conhecimento estaria eternamente
além do nosso alcance.
Não se pode compreender bem este
arrazoado senão na medida em que nós já o houvermos vivido
em um mínimo grau; e todos nós já passamos por esta experiência, pela simples
razão de que antes de termos recebido a
metafísica, e a teologia dos adultos,
nós já raciocinávamos sobre o mundo e sobre o homem, segundo uma perspectiva
que é, no fundo, a mais próxima do estado final do entendimento.
Assim, é de grande auxílio em
nosso trabalho contínuo e progressivo de positivação, evocarmos
as recordações desta época de nossas vidas,
onde inauguramos nossas primeiras tentativas de compreensão da realidade, tentativas estas aliás, realizadas
de um modo incomparável com qualquer outra fase de nossa
evolução individual.
Não há dúvida de que estas evocações da infância não devem absorver o conjunto da nossa atividade prática: a Filosofia Positiva nos convida a viver para outrem, não para ontem. Tais exercícios só devem fazer
parte de nossa vida na qualidade de um
meio com o qual nós nos haveremos de
aperfeiçoar mais e mais; e não podemos
esquecer nunca que o grau de aperfeiçoamento é aquilatado precisamente
pela maior disponibilidade de
vivermos para outrem.
Outro fato digno de nota que
verificamos quando passamos do estado metafísico ao positivo, é a imensa compreensão e admiração pelos esforços, que nos foram legados pelos demais filósofos. Por menos que
possamos comungar intelectualmente com
as suas opiniões, a comunhão afetiva com o seus esforços torna
mais intima a nossa ligação com
eles, do que se deles nos tornássemos os seus
mais ortodoxos adeptos.
Uma
vez que se tenha compreendido profundamente que as respostas causais (os
porquês ) não acrescentam nada em
matéria de novos conhecimentos dos
corpos, sendo apenas uma forma de caracterizar o seu próprio modo de ser espontâneo
tal como a observação já nos havia diretamente
revelado. O espírito geral de nossa filosofia contudo, é o de sempre
conservar melhorando; assim , esta
transformação nos hábitos de raciocinar
não deve corresponder `a universal excomunhão da palavra porque do nosso vocabulário; uma vez que isto constitua o nosso
modo habitual de raciocinar, tornamo-nos
então, e só então, aptos para iniciar o reaproveitamento doravante
subjetivo do porque; aplicando-o fetichicamente
como representando a vontade peculiares aos corpos quaisquer: com
efeito, um modo mais elegante, mais
maduro de dizer que “o corpo cai, por
causa de que cai”, é dizer que o corpo cai,
porque quer cair.
Esta modificação do entendimento humano não se
limita a exemplos de natureza física; ela é extensiva a todos os degraus da escada enciclopédica - desde a Matemática até a
Moral Positiva.
Quando
dizemos “que tudo é relativo,
e que este é o único princípio absoluto”, não estamos com isto querendo dizer
que tudo possa ser indistintamente certo ou errado; relativismo não é sinônimo
de ambiguidade ou de indefinição; dizer que tudo é relativo, também não é dizer que tudo é possível.
Tudo quanto queremos dizer com isto, é que os acontecimentos estão relacionados uns com
os outros e todos conosco. Em outras palavras, dizemos que como tudo está relacionado com tudo, esta
proposição torna-se a única que não esta relacionada a nada; pois se
estivesse relacionada com algo; o
“ tudo” de que ela trata, já não seria tudo, mas apenas parte de um
todo. Relativo é, portanto, sinônimo
de relacionado.
O processo de relativizar quaisquer dos nossos
conceitos recebeu extraordinário desenvolvimento primeiramente com Copérnico,
astrônomo polonês; e depois, com Galileu, astrônomo italiano, fundador da
física e continuador das ideais de Copérnico contra as de Ptolomeu; estas
ultimas usadas pelos doutores da Igreja, que faziam da Terra o centro do Universo.
{Vide algo mais recente a ser confirmado).
Com efeito, a compreensão de que, na questão do
movimento, tudo consiste em estabelecer
um referencial considerado fixo, e manter este referencial, ao longo de
toda a descrição do movimento correspondente, foi o que marcou nitidamente a
separação, que em breve se tornou
progressiva do espirito
teológico, em relação ao espirito positivo, então emergente.
É muito comum ouvir-se que
Galileu disse: “ Não é a Terra mas sim
o Sol o centro do sistema
planetário”; decorrendo desta sua
proposição toda a antipatia
do Clero Católico de sua época. Mas,
a questão foi além disto, na realidade bem mais profunda: não se
tratou tanto de um novo fato que viesse chocar
algum item do Dogma Católico,
muito embora o tivesse feito; o que Galileu realmente induziu, instituindo
desta forma um novo modo de raciocinar, abrindo uma nova dimensão para o
entendimento humano foi que, tanto faz
tomar o Sol, a Terra , ou qualquer outro ponto do Universo, como
constituindo um referencial de fixidez, os resultados da descrição dos
movimentos destes corpos, serão
sempre equivalentes, uns aos outros,
contanto que não se mude, para cada caso
considerado, o referencial que inicialmente se adotou.
A escolha propriamente dita, do referencial, é puramente
subjetiva, visto que como qualquer uma
destas escolhas é capas de descrever a realidade do movimento dos astros com o
mesmo grau de coerência interna, regidas pelas mesmas leis da astronomia. O que
o Clero percebeu com profunda e lúcida clarividência, foram as mais remotas consequências
deste novo modo de raciocínio , aplicado diretamente sobre a Divindade, visto
como a relativização do movimento, conduz
necessariamente a substituição da noção de causa e efeito
pela noção de relação ( Lei Natural), em tudo quanto esta primeira noção dependa do movimento.
Se Deus, que é a própria personificação do absoluto fosse
considerado relativo, tornar-se-ia ipso facto contraditório em si
mesmo, e, deste modo, o dogma teológico se ruiria, a começar por sua própria base,
desmoronando todo o seu edifício sem excetuar os seus próprios
princípios morais, que , mais longínquos e mais frágeis ficariam mais diretamente expostos aos sofismas de um egoísmo cada
vez mais refratário à qualquer disciplina. Isto aconteceu, e cada vez
mais vem acontecendo na pratica. A
teologia esfarelando-se com o tempo, vem provocando desta forma, mais e mais
destes farelos, que são as diversas seitas protestantes.
Uma outra característica do
espirito positivo, é a compreensão de que
toda definição é no fundo tautológica (uma repetição em outros
termos daquilo mesmo que queríamos definir), de modo que tudo quanto
conhecemos são as nossas experiências subjetivas e que nenhuma palavra é
efetivamente capaz de substituir;
conquanto sirva-nos para evocá-las a nós
mesmos e no ato da comunicação. A demonstração deste princípio é na realidade
bem simples: Basta-nos considerar um Dicionári
: uma palavra é sempre definida (quando não diretamente pela experiência
sensível ) por meio de outras palavras; ora, o número de palavras com que a
Humanidade se serve para se comunicar embora seja crescente, é necessariamente finito; como de
resto todas as suas produções. Assim o resultado final de uma definição
qualquer, será sempre uma proposição na forma de um derradeiro dualismo,
expresso como o que se segue : a é b .
Sendo o a representado pela
palavra que queríamos definir, e o b, representado por todas as demais palavras do
conjunto de todos os dicionários, de todos os tempos e lugares
Como não há nada
além de a
e b, tanto faz
definir a como
b e b
como a
estaremos sempre dizendo apenas que a é a e b
é b.
E
como definir é dizer o que uma coisa é; e dizer o que uma coisa é, para os
metafísicos, pelo menos, significa supostamente conhecer a essência de que o
Ser é constituído; segue-se que todas as
tentativas de estabelecer um conhecimento essencial, não é capaz de nos informar
sobre nada de novo, a respeito dos
corpos; por mais que façamos, só podemos nos "informar", que um Ser é
o que é, isto é, ele mesmo; como alias,
já "sabíamos".
Pelo reconhecimento geral da
validade deste raciocínio, fica então estabelecido no domínio das nossas
quaisquer definições, um profundo espírito de relativismo, transformando o
caráter geral das definições, de Objetivas em Subjetivas, tornando-as de
essenciais em relacionais.
As nossa definições, por mais
bem elaboradas que possam ser, apenas
nos serão capazes de dar o
conhecimento das relações que unem o Homem ao Mundo e o Mundo ao Homem; elas
não explicam os acontecimentos, apenas o descrevem tal como são para nós.
Vejamos agora, como se dá
operação da conversão de um a outro destes dois modos de raciocinar:
Em primeiro lugar, esta conversão é tudo menos
instantânea: certas noções tornam-se, conforme a natureza de cada indivíduo, mais ou menos
facilmente transformáveis; havendo necessidade vital, sobretudo para nós que
fomos educados no absoluto, de um contínuo exercício de aplicação dos
princípios acima descritos às nossa noções quaisquer, com um particular esmero
principalmente quanto àquelas que mais diretamente se ligam ao nosso egoísmo, que são, não só as mais
difíceis de relativizar, como ainda as que mais
oferecem obstáculos à relativização das nossas outras noções.
Em segundo lugar, o pleno advento da não-causalidade e da não-essencialidade é, por assim dizer, preparado
por uma consideração de caráter
transitório. Tal consideração transitória possui a característica
de, ao mesmo tempo em que não chega a
eliminar a noção de causa, efeito e essência, prepara o conjunto da nossa subjetividade
(Sentimento, Inteligência e Caráter),
para esta mutação evolutiva, através da vida prática. Trata-se agora pois, de
uma consideração de ordem essencialmente prática, assim como as considerações
ilustradas pelos exemplos anteriores de Galileu e do Dicionário, foram de
um caráter mais diretamente intelectual. O espirito
prático encontra-se em permanente necessidade de deter suas especulações,
mesmo quando justas, sempre que este acréscimo ameaça tornar-se ocioso, não
correspondendo de fato a nenhum incremento
sensível de eficiência em suas operações. Assim, as ideais de
causalidade e de essencialidade são, pelo espírito prático, detidas, contidas
espontaneamente, para que a resposta de um por
que não implique na prática,
em restabelecer-se a questão
mediante um novo por que, acarretando Dúvidas em cima de dúvidas. O mesmo tipo de
raciocínio aplica-se à pergunta - O que
é ? - correspondente à essencialidade. Estas considerações de ordem
prática não chegam, bem entendido,
a transformar plenamente a forma de raciocinar teológica e
metafísica, na forma de raciocinar positiva, mas são como que a antecâmara da
positividade; elas possuem a
vantagem de oferecer um esboço de consciência e de disciplina, aplicáveis desde já mesmo para
aqueles cuja a inteligência ainda se encontra mergulhada no absoluto. Esta consciência e esta disciplina são oriundas da aceitação da finitude
necessária das nossas concepções e sua meditação continua impõe em breve uma
grande questão teórica, cuja plena
resolução nós sentimos que, vai sendo
gradativamente adquirida, somente na medida em que algumas de nossas noções já começaram a mobilizar-se rumo a sua
transmutação final.
Em terceiro lugar, vem as considerações de
caráter diretamente afetivo,
revelando-nos agora a ligação que existe
entre as noções absolutas de causa, efeito
e essência, aos instintos
egoístas; bem como a ligação íntima
das noções relativas de não-causalidade e de não-essencialidade com os instintos
altruístas.
Até o advento do Positivismo
Sistemático, tais questões vinham sendo abordadas sob a influência direta da mentalidade e da sentimentalidade absoluta
( teológico-metafísica), que fazia-nos
crer na possibilidade de um conhecimento do mundo exterior independente
das peculiaridades afetivas , intelectuais e práticas da nossa própria
natureza; ou ainda mesmo, na crença de que tais
peculiaridades seriam os instrumentos por excelência de revelação da realidade. Buscava-se assim um
conhecimento da realidade tal como
ela é ; ao invés de um conhecimento da realidade tal como ela
é para nós .Mas também é preciso não esquecer que este relativismo
embrionário sempre foi mais ou menos
pressentido, faltando apenas a
coordenação explícita e generalizada destas sábias intuições espontâneas.
As filosofias anteriores ao
Positivismo, tendiam, por assim dizer, a isolar os conceitos que enumeramos no
primeiro parágrafo, e cuja
conversibilidade só Augusto Comte instituiu de modo completo ; não é pois
errado dizer que os únicos livros onde pode ser encontrada a ciência em seu estado plenamente
Positivo, são as suas obras; em todas as demais
haveremos de nos deparar, aqui e ali, com componentes metafísicos mais ou menos presentes e intensos.
Embora à primeira vista estas considerações pareçam tornar mais nebulosos os nossos
dilemas morais, as nossas questões teóricas, e as nossas resoluções práticas;
uma análise mais minuciosa percebe logo suas imensas vantagens de todo gênero :
Em primeiro lugar, este pleno
relativismo evidência diretamente o papel necessário que as emoções humanas desempenham não só na
resolução de nossos problemas quaisquer,
como na sua própria formulação; minimizando assim os graves riscos a que, de
outra forma, ficaríamos expostos na medida em que passássemos a imaginar que a
inteligência, sozinha, sem a influência afetiva, pudesse dar conta de todos os seus problemas.
Uma vez que
se torna cabal esta participação
afetiva, o próximo passo, que logo se segue, sob pena de um profundo desarranjo
do conjunto de nossa subjetividade, é a descoberta da natureza das afeições que, uma vez
preponderadas, melhor prestam-se `a clarificação e resolução das nossas
questões. Vemos então, que o Amor é sempre a chave mestra para a obtenção
destas respostas; e que a própria ideia
de que a inteligência funciona isolada não foi nunca senão no
fundo, um sofisma inspirado, sustentado e desenvolvido diretamente pelos
sentimentos egoístas.
Exemplo : “ Amigos, amigos;
negócios à parte”; “Eu sou um profissional lllll !, deixei o
sentimento em casa”. Deixou provavelmente o Altruísmo em casa, mas trouxe um
grau elevado de egoísmo, para efetuar o trabalho.
Em segundo lugar, a inteligência
mesma, torna-se diretamente estimulada,
pois abrindo mão do conhecimento
absoluto, ela reconhece o seu próprio
modo de operação, devotando coincidentemente
todas as suas forças à resolução
do que corresponde de fato à missão subjetiva de seu trabalho espontâneo .
Enfim, o Caráter, que talvez pudesse ressentir-se dessa interposição filosófica
tão questionante da realidade, solicitando desta forma uma sobre excitação da prudência, ( com
consequente implemento de perplexidade)
recebe, pelo contrario, do relativismo e
do subjetivismo positivo, um poderoso impulso; graças à profunda comunhão que o homem passa a
adquirir com tudo que o cerca: se o
conhecimento não é senão a relação recíproca estabelecida entre o mundo e eu ; então, quanto
mais intensa e vasta puder
tornar-se esta relação, maiores
serão as possibilidades efetivas de
conhecê-lo e consequentemente mais fácil e
sistemática poderá tornar-se a minha Ação.
Eis como Augusto Comte sintetiza
tudo quanto viemos expondo nesta
introdução :
“ Subordinar o Progresso à Ordem, a
Análise à Síntese, e o Egoísmo ao Altruísmo; tais são os três enunciados,
prático, teórico e moral, do problema humano, cuja solução deve constituir uma
unidade completa e estável, respectivamente própria aos três elementos de nossa
natureza. Estes três modos distintos de pôr uma mesma questão, não são somente
conexos, mas equivalentes, visto a dependência mútua entre a atividade, a
inteligência e o sentimento. Apesar de sua coincidência necessária, o último
enunciado sobre passa os dois outros, como sendo o único relativo à fonte
direta da comum solução. Pois, a Ordem pressupõe o Amor, e a
Síntese não pode resultar senão da
Simpatia: a unidade teórica e a unidade
prática são, pois, impossíveis sem a unidade moral; assim, a religião é tão
superior à filosofia quanto à política. O problema humano pode finalmente
se reduzir a constituir a harmonia afetiva, desenvolvendo o altruísmo e
comprimindo o egoísmo: desde então, o
aperfeiçoamento se subordina à Conservação ( Ordem) e o Espírito de Detalhe (
Analítico) ao Gênio de Conjunto
(Sintético) ” . Augusto Comte - Síntese Subjetiva – pag. 1.
2) Conceitos Fundamentais.
O SER CONCRETO OU CORPO CONCRETO É O RESULTADO DE UM
ARTIFICIO LÓGICO, POR MEIO DO QUAL
SIMPLIFICAM-SE AS OPERAÇÕES INTELECTUAIS, INCLUINDO AS OPERAÇÕES DE LINGUAGENS
(CÓDIGO) DAS COMUNICAÇÕES TRANSMITIDAS, DECORRENTES DAS RESULTANTES DESTAS OPERAÇÕES INTELECTUAIS.
Primeiramente
deparamo-nos com as Sensações;
tudo quanto a inteligência (entendimento) precisar considerar, por qualquer
razão, como além destas sensações; este incremento necessitará ser compreendido
pela inteligência, como uma elaboração de nossa subjetividade; considerando a
existência Objetiva de uma Realidade Exterior, como um postulado teórico
(fundamento teórico), plenamente válido e certo, mas ainda assim, um simples
postulado teórico; que se destina a auxiliar
as nossas elaborações Afetivas, Intelectuais e Práticas.
Do
contrário, recairemos ou no Materialismo (1), isto é, no excesso
de Objetivismo ;ou, então, caímos no
excesso de Subjetividade quer seja no Solipsismo do Tipo Górgias (2)
, quer ainda nas Filosofias do Bispo George Berkeley e de seus discípulos (3).
(1) O Materialismo - É uma pretendida Síntese Objetiva, que tomando por
ponto de partida a noção de Ser, ao Invés da de
Sensações, tende a substancializar de modo absoluto
os Atributos, considerando-os, sob forma
Concreta, como Seres ou Corpos Concretos.
- O
pensamento é uma coisa que está dentro do cérebro
- A
vida é uma coisa
que esta dentro do Organismo
- A
energia é uma coisa que esta dentro dos
Corpos
Em síntese, podemos
dizer que o Materialismo é uma das expressões filosóficas do coisismo
, isto é, da tendência de considerar preferencialmente os atributos como Seres
Concretos , supondo que esta tendência
corresponda de fato a uma apreciação mais correta, mais
autêntica, mais genuína e mais
verdadeira da realidade exterior.
Fato digno de nota é que o
Espiritualismo é um tipo refinado de Materialismo, haja visto como a alma , como entidade
espiritual , queiram ou não os que nela creem , é sempre
vista como um tipo de corpo; pelo simples fato de ser concebida como um Ser.
(2) O
Solipsismo do Tipo GÓRGIAS: Górgias, viveu a aproximadamente no Século 6 aC na Grécia ,tomou por ponto de
partida as Sensações; ele não efetuou contudo, a inferência necessária, por meio da qual, passamos a representar as Sensações, como
provenientes de um Ser Hipotético, sempre quando isto nos for
positivamente mais conveniente; assim sendo, Górgias considerava que todo
o Mundo era uma imensa alucinação dele - a Alucinação de Górgias. Pois
tudo que é dado saber com segurança existir de fato, são as Sensações.
(3) Filosofia
do Bispo George Berkeley e seus Discípulos ; Segundo o Bispo Berkeley,
que viveu no Século XVIII, a
Matéria é um dos conceitos mais
danosos ao Homem, pois afasta-o de
Deus; com tal pensamento, procurou
construir uma filosofia, na qual a noção de Matéria fosse
dispensável à existência Humana e
à compreensão dos acontecimentos. Postulou que a matéria não existe, sendo o que chamamos de Mundo Exterior é apenas uma ilusão, produzida diretamente
por Deus, em cada alma, de modo que os
únicos Seres de fato existentes, são Deus , as Almas dos Homens e
os Anjos (bons e maus)
Estas duas
Filosofias (2 e 3) estão, num certo sentido, mais próximas da perspectiva
Positiva, pois partem como nós positivistas da Noção de Sensação, como elemento
fundamental da Construção Filosófica . Considerados do ponto de vista da coerência interna, cada uma destas duas
Filosofias (2 e 3) oferece respostas
plausíveis e não contraditórias consigo mesmas.
A escolha da
Síntese Positiva (Síntese Subjetiva ou
Subjetivismo Positivo) em lugar destas duas últimas (2 e 3), é uma prova muito importante e elucidativa
de como o AMOR é um elemento de caráter decisório, para a
resolução de uma questão aparentemente tão
desvinculada de qualquer implicação emocional.
Com efeito, se os inconvenientes intelectuais
tornam-se facilmente superáveis em cada um destes dois casos (2 e 3), os
inconvenientes morais positivos que tais doutrinas encerram, foram de tal modo
flagrantes, que jamais estas filosofias obtiveram um número expressivo de
adeptos, tendo sempre que contar com uma ferrenha Oposição Universal.
Com relação à Górgias, os inconvenientes Morais de
seus pensamentos residem sobretudo no fato de que , se
só EU Existo, e tudo o que me cerca
não passa de minha alucinação pessoal, ficará sempre ao critério dos meus caprichos, modificar tais alucinações , ao meu bel prazer, com a
certeza, de que não estarei de fato destruindo nada. ( Lógica Intelectual
OK , mas Lógica Moral Negativa) - Isto está bem de perto do que
conhecemos hoje, como o “brain-storming Neo-Liberalista”.
Com relação ao Bispo Berkeley, os
inconvenientes acima citados, no caso de
Górgias, valem também para sua filosofia; acrescidos ainda de que Deus , que é
considerado por todos os teólogos
a Verdade Suprema, apareceria ai, como o Supremo Mentiroso, uma vez
que levou todas as pessoas, a
crer na existência objetiva
de um Mundo Exterior Ilusório.
Quanto ao Materialismo, em suas diversas modalidades ( do materialismo Matemático
até o materialismo Sociológico *) -
Verificamos um inconveniente seríssimo, que é a presunção de que um
elemento absoluto da realidade exterior, independentemente das
relações que esta realidade estabeleça
para com o sujeito possa servir como
meio geral de explicação do mundo e do homem; um outro inconveniente
estritamente relacionado a este, é a noção de que a unidade Humana, se
estabeleceria por intermédio de um conceito Objetivo ou seja relativo ao mundo exterior: A Matéria. A consequência disto ,é
que o Homem se torna, além dos justos
limites, subordinado `a Matéria**. A Unidade Humana, pelo contrário, é obtida
por intermédio do predomínio da Ideia de Humanidade que, uma vez estabelecida, permite formar, no devido grau, o laço que une cada pessoa
humana `a Terra e ao Espaço***
Embora o
Materialismo não seja
necessariamente concebido com esta finalidade egoística, torna-se ele
muitas vezes a Doutrina que fornece o respaldo para que estes instintos Egoístas, sobretudo de posse , realizem um verdadeiro Culto Egoístico
`a Matéria - como
o Culto
Egoístico, por exemplo ao Dinheiro e aos bens materiais ( Capitalismo ).
Cumpre lembrar que o
Culto `a Matéria persiste na Síntese Subjetiva, mas com enfoque Altruísta, sob a noção de Culto ao Gran Fetiche - a Terra - que é a
base da qual emana o Império Biocrático e também do
Culto aos astros, animais e plantas. Haeckel ao ler as obras de Augusto Comte ,
criou a palavra Ecologia, tão em moda
hoje em dia. Faltando-nos apenas hoje,
procurar atingir o que se poderia chamar
de Ecolatria
(Culto) e de Ecocracia (Regime)
,componentes implícitos da Sociolatria
e da Sociocracia, respectivamente.
(*) por exemplo o Marxismo é um Materialismo Sociológico; (**) o pensamento
dos economistas constitui, via de regra, a expressão desta tendência, mesmo quando chegam a
entrever o aspecto afetivo das sociedades. (***) Vide na pagina 31, explicação
para este termo.
Pelo que vimos, devemos considerar plenamente lícita e
desejável sob todos os aspectos, a inferência por meio da qual passa-se a considerar
as Sensações, como manifestações de um Ser Hipotético, sempre que pressentirmos
que esta consideração nos traga maior
facilidade em resolver
positivamente nossas questões ; e nunca nos esquecendo da natureza subjetiva
desta Operação. Só quando se tenha estabelecido firmemente em nosso interior,
tal relativismo e subjetivismo, é que
podemos passar a compreender o Mundo e o Homem, sob o
ponto de vista Positivo.
Esta
é uma das razões pelas quais
a Doutrina Positivista é denominada
Síntese Subjetiva
Ser
Concreto ou Ser Real ou Corpo
Concreto ou Corpo Real, é uma Suposição, ( o que se acredita ser uma realidade objetiva)
ou Inferência (raciocínio, ou operação Cerebral elementar e espontânea), que o
Encéfalo formula através das Sensações, baseadas nos oitos Sentidos ( Paladar,
Olfato, Tato, Audição, Visão, Musculação, Calorição e Eletrição), interferindo
na Inteligência, que vai frequentemente elaborando conforme a sua experiência ou vivência ; e ao mesmo tempo
vai coordenando as Sensações e Grupos de
Sensações , progressivamente registradas, formando a Ideia ou Concepção, oriundas
das Imagens ou Informações Objetivas do
Exterior.
Os
Seres ou Corpos Concretos ou Reais e seus conjuntos de Acontecimentos
ou Atributos
( ou propriedades, ou características
, ou especificações e os fenômenos etc.), que os caracterizam,
nos levam naturalmente, num estudo sistemático a separá-los.
Este
estudo das Propriedades dos Seres Concretos ou Corpos Concretos, no
Aspecto Estático ou no Aspecto Dinâmico, nas condições especificas ou
generalizadas, é que nos leva a formar o que se denomina Abstração. Assim a coordenação destes Acontecimentos ou Atributos, independente dos Seres, isto é, já
separados das suas sedes respectivas, constitui o Funcionamento Operacional
da Abstração .
O
Conjunto dos Seres Concretos ou Corpos Concretos, formam o Mundo . O Conjunto
das 18 funções do Cérebro -(Psíquico ou Moral ) forma a Alma do Homem, que em conjunto com o Soma (corpo) ,
forma o Homem.
Generalizando a Instituição Mecânica onde a Estática representa
o equilíbrio - a existência - e a
Dinâmica representa o movimento; podemos conceber a mesma idéia
de equilíbrio e de movimento extensiva a todo o domínio enciclopédico. Estático quer dizer
, na concepção Positiva, o arranjo, a estrutura, a sistematização de elementos coexistentes,
independente de qualquer ideia de
movimento. Na apreciação Estática de uma classe qualquer de atributo,
conhecemos apenas a ordem , a maneira
pela qual o atributo é observado, independente
do seu deslocamento espaço-temporal.
O Estudo
Sistemático da Abstração,
compreende Duas Partes, como pode ser visto no quadro II - Estudo Sistemático da Abstração.
A Primeira Parte(A)
é a da Anatomia e Estrutura, ou Aspecto Estático da Abstração, onde
estudamos a localização dos Órgãos ou
Funções e suas interligações - Órgãos dos Sentidos, Nervos, Gânglios Cerebrais,
Cérebro, Cerebelo e o Soma. Como a localização destes Órgãos não é
perfeitamente visível, dependemos de estudos mais profundos de natureza
subjetiva para a elaboração da Teoria Cerebral.
O Positivismo utilizou-se de
Métodos Subjetivos ,
baseados na lógica e nas informações
colhidas principalmente da sociologia, associadas às informações da anatomia. Hoje
em dia os cientistas estão muito
preocupados e dando somente muita atenção, à constantes fatos
soltos, colecionados pelas observações empíricas. Embora estas
observações estejam de fato progressivamente submetidas à condições precisas de investigação laboratorial e mesmo
tendam já a um certo grau de coordenação
lógica, carecem ainda de uma suficiente interpretação filosófica, capaz de
as ligar ao conjunto do edifício
enciclopédico.
A Segunda Parte(B) é a
Parte Fisiológica ou Aspecto Dinâmico da Abstração, isto é; o Estudo do Funcionamento Subjetivo
dos Órgãos por intermédio da
manifestação de suas correspondentes
Funções.
Esta Segunda Parte está dividida em duas Secções
- A Primeira Secção (A), indica o Funcionamento da Operacional da Abstração, isto é, a Dinâmica Operacional da Abstração.
- A Segunda Secção (B), apresenta o Funcionamento do Desenvolvimento, isto é, o Aspecto Dinâmico Evolutivo da Abstração Humana.
Vamos nos deter
em maiores detalhes na Segunda Parte(B); e vamos deixar para o final a
Primeira Parte (A).
# Segunda
Parte(B) - Primeira Secção(A) -
Dinâmica Operacional da Abstração
A
Dinâmica Operacional da
Abstração se processa diretamente em três Órgãos
Distintos: - Na Inteligência (1) (Contemplação,
Meditação e Expressão), onde se registra a Imagem ; onde surgem as Ideias, que
redundam no Pensamento; que
influenciado pelos Sentimentos (2) (
Egoístas e Altruístas) e regulado pelo Caráter (3) ( Coragem, Prudência e
Firmeza), define a resultante da Ação ou Execução, que é, codificado pelo Órgão
da Inteligência chamado Expressão, que transmite ao exterior o seu estado
Interior de Sentimento, Pensamento e
Projetos.
Abstrair é efetuar uma Operação Cerebral de
separação das propriedades de cada Ser Concreto ou Corpo Concreto; e de reunião destas propriedades às propriedades semelhantes de outros Seres, ou
Corpos Concretos fazendo de cada uma destas propriedades, um novo Ser ou Corpo
à parte, que chamamos de Corpos ou Seres Fictícios ou Abstratos ou ainda de
Fantasmas (alguns filósofos chamam de
Existência), e que isoladamente se estuda. A palavra fictícia, significa
aqui, algo útil, que teve origem em uma
fonte de trabalho do cérebro. Devendo ser Real ou Utópica e não quimérica.
Esta
Operação de Abstrair é a condição
fundamental para que possamos efetuar qualquer estudo teórico ou prático de
Procura ou Busca ou Pesquisa, para podermos descobrir as Leis Naturais que
colecionadas pelas sucessões e semelhanças
dos atributos tratados, vão, passo a passo, construindo o edifício científico
correspondente. Eis como entendemos as Ciências .
Quando se estuda a Política
Positiva de Augusto Comte - a palavra doutrina, não expressa só a Doutrina
Positiva ( Culto, Dogma e Regime), mas
também um elemento do binômio, que ela
forma com a palavra Método. Nesta última significação a palavra doutrina corresponde `as Leis
Naturais que compõem as Ciências. O Método é a
modalidade de raciocínio, pela qual se pode chegar `a conclusão
destas Leis Naturais. A Aplicação do Método a um Atributo cuja Lei se
deseja conhecer, é dito Pesquisa ,ou Busca, ou
Procura.
Estas Propriedades ou atributos, podem ser consideradas como as
diversas manifestações dos Seres ou Corpos Concretos ; e, nesta
significação, são os Seres ou Corpos Concretos em ação, também conhecido
como Fenômeno, isto é , provocados
nestes Seres ou Corpos Concretos, devido aos seus atributos.
Neste
trabalho tivemos o cuidado de adaptar nossas expressões `a linguagem corrente, de modo a não oferecer palavras com uma significação diferente das usuais que
o leitor está espontaneamente acostumado a usar . É assim que
preferimos não utilizar as expressões
fenômeno e atributo, como sinônimos, muito embora o aspecto relativo da Filosofia Positiva permita-nos faze-lo sempre que desejável,
como ficou demonstrado logo, no inicio deste trabalho. Nos textos escritos por Augusto Comte encontramos esta identificação.
Estas
Sensações Abstraídas podem ser generalizadas e expressas na linguagem por :
- Adjetivos : que dão qualidades ao Ser -- quente, bruto, amoroso, redondo etc.
- Substantivos : palavra usada para determinar cada Ser- livro, computador etc.
- Adjetivos Circunloquiais : que associam o adjetivo ao substantivo - Piriforme- de forma de pera etc.
- Tudo que é relativo ao Mundo Interior do Homem, isto é, ao Sujeito que percebe o Mundo, chama-se Subjetivo.
- Tudo que é relativo ao Mundo Exterior do Homem, isto é, ao Objeto que é perceptível pelo Homem, chama-se Objetivo.
A Abstração, de um modo geral, começa
espontaneamente; mas só muito mais tarde, é que se torna sistemática .
A primeira
indução da espécie humana, consiste em representar no cérebro, em caracteres gerais, de uma só
vez, todo o espetáculo exterior, naquele instante.
A Operação de Abstração é instituída como uma necessidade de nossa inteligência,
para poder estabelecer as relações de semelhança entre os atributos de vários
Seres Concretos e a relação de sucessão destes atributos
que se ligam entre si
pelas Leis Naturais.
Assim :Especulações Concretas se referem aos Seres ou
Corpos (Concretos).
Especulações Abstratas, se referem aos
Atributos, ou propriedades ou características destes Seres que se supõe como artificio lógico, existindo
exteriormente.
Desta
distinção resulta a instituição dos domínios da Filosofia Primeira, que trata
das Leis Naturais, comuns a todas as Classes de atributos, da Filosofia segunda
ou Ciência Positiva, que compreende as Leis Abstratas a cada categoria de
Atributo; e a Filosofia Terceira, que abrange as aplicações práticas , isto é ,
Aplicações Tecnológicas.
Uma ciência concreta ( isto é, uma ciência
correspondente à coleção das Leis Naturais referentes a cada objeto particular)
é impossível. Vemos que a complexidade e as formas especiais das relações
correspondentes existentes em cada Corpo Concreto, revela-nos Atributos que os distinguem de todos os demais Corpos
do Universo. A propósito, uma Ideia qualquer não é dita abstrata ou concreta em
si mesma, mas, em comparação com
uma outra Ideia implícita ou explícita,
que tenha sido tomada como uma espécie de critério subjetivo de aferição, para
o problema específico que a inteligência
está tentando resolver; também, analogamente, temos que, na Música, uma nota
só é designada bemol ou sustenido de acordo com as circunstâncias peculiares de cada partitura
em particular.
É
impossível a sistematização completa, na realização de quaisquer dos nossos atos mesmo
nos domínios mais simples.
Só
a ciência abstrata é plenamente sistematizável, pois que , enquanto a
apreciação concreta é sempre especial ou
específica, a apreciação abstrata,
permite inteira generalização.
Todos
os elementos que colaboram para nos
revelar um Ser Concreto; todos os atributos que uma existência nos
apresenta, estão sempre sujeitos às
Leis Naturais, que são comuns
a todos os Seres Concretos , em que se encontram esse
acontecimento ou propriedade ou atributo.
O
conjunto das Leis Naturais destes
acontecimentos ou atributos ou propriedades,
que nos são conhecidas , constitui a Ordem Natural.
A
generalidade das Leis Abstratas nos permite as previsões seguras, o que não
se verifica nos estudos concretos.
As Leis Concretas, puramente empíricas, que por ventura pudessem
ser obtidas, tomando como base as
considerações diretas de assuntos
concretos, só seriam
verificáveis, para cada caso examinado e mesmo assim, com sérias limitações,
visto como, a cada instante, o Ser
Concreto se altera.
Por
maiores esforços que fizesse nossa
Inteligência, a procurar as diversidades dos casos concretos, não só na existência considerada como também nas circunstâncias
externas com elas correlacionadas, obrigaria, em cada caso, a várias ou
diversas deduções, o que tornaria totalmente impossível qualquer previsão.
Sendo
a inteligência a função cerebral de nosso esclarecimento, para permitir a ação,
ela deve necessariamente realizar previsões, o que exige como fundamento
especial, o estabelecimento de
relações gerais. Essa
generalização obriga sempre a abstração dos Seres Concretos, nos seus
diversos atributos, para que estes sejam
coordenados sistematicamente, a fim de constituírem os elementos necessários ao estabelecimento Indutivo
ou Dedutivo das Leis Naturais.
Devemos
considerar como relativa a própria
sistematização abstrata, em vista de afastar outros atributos, que influem diretamente nos casos concretos, sobre o atributo estudado.
Primeiramente
as Sensações, e em seguida as Imagens
dos Seres Concretos é que constituem
sempre a fonte originária
onde vamos buscar todos os elementos para as nossas
construções abstratas. Na realização destas
construções, temos de abstrair, desprezando
muitas vezes elementos de
influência real, na propriedade ou atributo considerado .
Quando estudamos, por exemplo, as
leis físicas da queda dos corpos, da dilatação; as leis químicas,
da composição e da composição, etc. desprezamos sempre atributos cujas
restrições se tornam indispensáveis na apreciação do caso concreto que se está
investigando.
Eis
como a plena generalização nos afasta da realidade. O domínio da Filosofia
Terceira consiste no conjunto de
conhecimentos concretos, em restituir àquela realidade, por meio de regras
empíricas ou coeficientes práticos
destinados à conciliação entre
Abstrato e o Concreto, de acordo com o principio positivo da Síntese Subjetiva
de Augusto Comte: “ Para completar as
Leis são necessárias as Vontades”.
As Leis artificiais instituídas pelo Homem para
coordenar as relações de sua vida individual e social, devem
sempre, e tanto quanto possível, refletir
as Leis Naturais do domínio biológico, sociológico e moral.
Os Economistas
encontram nos Sistemas Sociais
Adoentados pelo predomínio do Egoísmo, a manifestação da pretendida
“Lei da Oferta e da Procura”, que mostra ou descreve um aspecto do
Estado Patológico correspondente. Embora este aspecto do estado patológico
possa ser plasmado em termos abstratos,
inclusive utilizando-se de recursos matemáticos, não é considerada tal
expressão geral uma Lei Natural Positiva; inerente à natureza própria
deste Sistema Social, e inextirpável deste; aplicável à pratica da
tecnologia Sociológica Positiva, pois não expressa as condições do
Estado Normal. Mas, a Sociologia Positiva
pode servir-se destas “ leis da Economia” ou, como seria mais acertado
dizer, destes subprodutos de manifestações patológicas como indicações Sintomáticas
do grau de perturbação Egoística,
presente no Agrupamento Social
considerado. A mesma lei pode se tornar Positiva, na medida em que o
comportamento humano se torne mais Altruísta, alterando desta forma as suas
variáveis, para que o resultado da utilização desta lei traga benefícios morais
à sociedade, no seu todo, e possa representar doravante a indicação de um estado de convalescença do Sistema Social.
A
conhecida lei da Oferta e da Procura, não é uma Lei Natural; não
expressa uma fatalidade inerente ao Modo de ser dos Sistemas Sociais; mas ela é
uma ferramenta criada pelo homem, e que pode ser Positivamente utilizada como
um indicador de sintomas de desequilíbrio social. Se existisse a preponderância
do Altruísmo no grau em que a Filosofia Positiva propõe e estimula, esta lei, bem como os seus
fenômenos correspondentes, desapareceriam.
Do mesmo
modo, embora a diferença fundamental entre o estado geral de saúde e de doença
seja uma diferença de grau, valendo tanto para um, como para outro destes
casos, as mesmas Leis da Vitalidade,
notam-se alguns fenômenos acessórios
cuja a presença só é encontrável na doença; de modo que uma vez esta
extinta, extingue o fenômeno à ela
associado.
As
Leis Naturais ou Relações Abstratas,
quer sejam Indutivas ou de Semelhança, quer sejam Dedutivas ou de Sucessão, constituem,
as bases de todas as nossas previsões, e
são as únicas que comportam a nossa Organização Intelectual. As limitações de
nossa Inteligência, não nos permitem resolver diretamente os casos concretos e,
por meio destes casos concretos, realizar previsões, que possam facilitar
nossa Ação .
Temos
por isso, que nos limitar a previsões gerais, baseadas no conhecimento abstrato, e depois procurar a
conciliação, em cada caso concreto, com
as circunstâncias especiais que o envolvem.
A
construção das teorias, a determinação da constância ou frequência no meio da
variedade, para a indução e a dedução
das Leis respectivas, exige como
base ou fundamento, o trabalho intelectual de coordenação dos atributos independentes dos Seres Concretos,
isto é, a Operação ou Trabalho de
Abstração.
Aspectos Dinâmico Operacional e
Evolutivo da Abstração.
Verificada a
necessidade da Abstração, passemos ao exame direto da maneira pela qual é
realizada essa Operação Intelectual, bem como a sua Evolução, no que tange ao
Desenvolvimento Humano.
A Dinâmica tanto Operacional (Moral ou Individual, efetuada no Cérebro do Homem), quanto
a Dinâmica Evolutiva ( Sociologia efetuada no
Cérebro da Humanidade), devem ser consideradas como uma sucessão gradual de
Aspectos estáticos.
O Progresso das condições anatômicas e estruturais, do Aspecto
Estático dos órgãos dos sentidos, dos nervos, dos
gânglios, do Encéfalo e do Soma,
repercutiu sobre a capacidade { QA,
QI e QC ( Quociente de Afetividade ; Quociente de Inteligência; Quociente de Caráter)} e a
competência em seus diversos graus de intensidade.
No caso do Funcionamento
da Dinâmica Operacional de Abstração,
o Aspecto Estático representa a unidade de Estrutura de Acontecimentos (
ou atributos, ou propriedades , ou características...) quaisquer ; e o aspecto
Dinâmico Operacional, nos fornece o desenvolvimento desta Estrutura, isto é,
uma pluralidade de estados sucessivamente modificados.
No caso da apreciação da Dinâmica Operacional da Abstração, esta nos mostra a inteligência
preparando os materiais necessários para
o trabalho abstrato, decompondo os Seres Concretos, combinando e coordenando os
acontecimentos ou atributos ou propriedades semelhantes, sempre sobre o mesmo
aspecto estrutural.
A Apreciação Dinâmica da
Operação de Abstração nos apresenta as diversas etapas sucessivas que
adquire o trabalho intelectual de Abstração, variando com as alterações que
sofre o Conjunto Geral das ideias ou
Concepções Humanas, individuais ou coletivas que tem as suas origens no Órgão da Contemplação Concreta ; com o
maior grau de desenvolvimento da capacidade de abstrair, que vai aos poucos,
sendo alcançado pela nossa Inteligência.
Para realizar, por exemplo, um raciocínio
indutivo, o mais simples da geometria, necessitamos proceder a um trabalho de Abstração, a fim de
separar, por exemplo a forma,
tornando-a independente de todos os outros acontecimentos ou atributos
que acompanham o Ser Concreto. Na Realidade Exterior não encontramos Esferas e
sim Corpos Esféricos. Para
estudarmos as Leis Naturais Gerais da forma
geométrica em questão,
precisamos abstrair, separando, nos Seres Concretos considerados, a forma esférica, e supondo
inexistentes a cor, o peso,
e as demais propriedades
físicas, químicas ou de qualquer outra
natureza, existentes nos Seres Concretos Observados.
Do mesmo modo, o Funcionamento da Dinâmica Evolutiva
da Sociedade Humana se
processa por um caminho análogo.
A passagem
da Inteligência Humana pelos diversos estados sucessivos de Fetichismo Espontâneo,
Fetichismo Astrolátrico, Teologia Politeísta, Teologia Monoteísta, Metafísica
Teológica, Metafísica Científica e Ciência Positiva, deveu-se também a evolução
que ocorreu no Aspecto
Estático , de cada órgão , moral (
Cérebro, etc.) e o Soma , durante estes milhões de anos que a
nossa espécie vive aqui no Gran Fetiche,
transmitidos hereditariamente; à cada nova geração.
II) TEORIA DINÂMICA OPERACIONAL DA ABSTRAÇÃO
1) A
Classificação Subjetiva dos Seres - Em
Ser Concreto e Ser Abstrato
O
trabalho Intelectual de Abstração ou
Operação de Abstração, como já foi dito, se baseia na Operação de separação dos Seres Concretos, dos atributos que se deseja estudar, para coordena-los com os
atributos semelhantes, retirados
de outros Seres Concretos.
Devemos,
pois, para Abstrair, tomar previamente conhecimento dos Seres Concretos. E é
por meio dos atributos ou propriedades que apresentam estes Seres Concretos,
(cuja percepção está ao nosso
alcance), que deles temos uma Imagem,
reproduzindo-os no nosso encéfalo.
As concepções ou ideais, interiores do nosso
cérebro, que, com base nas Imagens dos
Seres Exteriores ou Concretos, forma
parte da nossa inteligência, no órgão da Contemplação Concreta e da Contemplação Abstrata,
constituem os elementos fundamentais de toda a nossa Abstração. O Complemento
da Inteligência, será feito pelos os Órgãos da Meditação (Indutiva e Dedutiva)
e da Expressão. (Mímica, Oral e Escrita).
2) O Trabalho de Abstração ou
Operação de Abstração
É
a Operação ou Trabalho de Abstração puramente Subjetiva, realizada com a
utilização dos Seres Concretos, reconstituídos no Cérebro, de acordo com as Sensações ( ou
dados sensoriais), que nos são fornecidas pelos
oitos Sentidos.
Para
compreendermos corretamente o
funcionamento do Cérebro, ao realizarmos
a Operação de Abstração, devemos em primeiro lugar, distinguir 3
Grupos de Funções : do Coração
ou do Sentimento ; Intelectual
ou da Inteligência ; e do Caráter
, isto é, da Ação ou Atividade. .
As funções Intelectuais ou da Inteligência, dividem-se
em funções de :
Concepção
(Ideia) e de Expressão
As Funções de Concepção são de
duas Naturezas: Contemplativas e Meditativas
Contemplativas, que realizam as
operações passivas ou preparatórias em toda
a construção intelectual e as
Meditativas, que constituem a parte ativa da realização da Inteligência.
A Contemplação, tem por destino preparar convenientemente as Concepções ou Ideias, a fim de que a Meditação possa utiliza-las.
A Contemplação, tem por destino preparar convenientemente as Concepções ou Ideias, a fim de que a Meditação possa utiliza-las.
De
duas espécies é a Contemplação : Concreta e Abstrata
A Contemplação Concreta, está ligada
diretamente ao Exterior, por
intermédio do Aparelho Sensorial. Os nossos sentidos são analíticos.
Cada um transmite do exterior, para o nosso Encéfalo, uma das diversas qualidades ou acontecimentos, que o Ser Concreto apresenta e, com esses elementos, a Contemplação Concreta reconstitui subjetivamente a Imagem de tal Ser Concreto ,
da forma como nós o percebemos no Exterior.
A Contemplação
Abstrata, está ligada diretamente à Contemplação Concreta, pois é ela que capta a Imagem e retira dela os atributos, formando
a Ideia; sistematiza este atributo, para que sirva de alimento à Operação de
Meditação; que pode ser Indutiva e
Dedutiva.
3) Colaboração da Inteligência ( Principalmente da Contemplação Abstrata), na Operação de Abstrair.
Este
exame sintético que acabamos de fazer do
Trabalho ou Operação Intelectual da Abstração, mostra-nos que toda a
inteligência, colabora para a sua realização, cabendo, entretanto, ao Aparelho
Contemplativo ( Órgão da Contemplação Concreta e da Abstrata), a parte mais
importante ou principal, quer no preparo das Imagens e das ideias ou Concepções
Concretas dos Seres, quer na Coordenação Abstrata dos seus Atributos na Contemplação Abstrata.
A
Inteligência é caracterizada por essa coordenação Contemplativa, inicialmente
sintética e depois essencialmente analítica, onde se formam as ideais de cada
atributo. Tais ideias servem de alimento ou de base para o Aparelho da Meditação, inicialmente indutiva e finalmente
dedutiva; Aparelho este onde
se formam os diversos pensamentos
(Aparelho é a reunião de dois ou mais órgãos, cujas funções gerais sejam
análogas). Assim percebemos claramente que na Contemplação Abstrata está
especialmente concentrado o trabalho da abstração, mas a nossa Inteligência não
pode abstrair sem preparar as Imagens
dos seres concretos isto é, sem
os estímulos das necessidades de Meditação.
A
Contemplação Concreta colabora para a Abstração, preparando as Imagens em que
tal Operação se baseia. O Apoio da Meditação e da Expressão faz-se necessário
como estímulo, pois nossa inteligência
não iria abstrair, se tal trabalho não consistisse, por sua vez, no fundamento da Meditação.
O desenvolvimento da Meditação,
tanto a Indutiva como a Dedutiva, necessita sucessivamente de novas ideias
ou novas Concepções, principalmente Abstratas, que são solicitadas `a contemplação. A Meditação amplia e complementa
o Trabalho ou a Operação de
Abstração.
A
Meditação perturbada, como por exemplo, em um caso patológico, permanente ou
transitório, reagiria imediatamente sobre
o trabalho da Contemplação, que sofreria, por sua vez, uma perturbação da mesma natureza.
O Órgão
Cerebral da Expressão é aquele que fornece
aos animais o meio deles transmitirem ao exterior seu estado interior: de
sentimento, pensamento e projetos (ações).
Este meio
deles transmitirem, ao exterior o seu estado interior, depende também da abstração
e consequentemente reage sobre ela, estimulando-a. O objetivo
da Expressão é traduzir o resultado de nossas
construções intelectuais e, portanto, depende normalmente de todas
as Operações da Inteligência; (excetuados apenas os casos anormais de
pura coordenação de palavras).
Constituindo a Abstração, uma das Operações Fundamentais da
Inteligência, é evidente a correlação que existe entre ela e a Expressão.
Está, pois, a Abstração, iniciada ,quando ocorre a Contemplação
Abstrata, ligada a todo o conjunto da Inteligência, e desse
conjunto, vai depender sua realização operacional.
A Inteligência
forma um Sistema onde
seus diversos Órgãos colaboram em conjunto, para uma mesma
finalidade.
Assim não se pode
separar uma função do conjunto das outras; há sempre entre elas uma plena interdependência.
4) O Sentimento e a Ação, na Operação
de Abstração .
Da
mesma forma que os
componentes do Aparelho da Inteligência
ou Aparelho Intelectual, constituem
um Sistema, podemos afirmar que entre
os Órgãos da Inteligência, os do
Sentimento e os da Atividade ou Ação
existe completa correlação.
Em
todo trabalho ou operação Encefálica é sempre o Sentimento que propõe as questões que, estudadas e esclarecidas pela inteligência,
passam a ser, quando aprovadas por esta
última, executadas pela Ação
ou Caráter ou Atividade .
A
Operação Intelectual não pode, pois em caso algum, ser realizada
independentemente do Coração ou
Sentimento. O Sentimento, Egoísta ou
Altruísta, exerce permanente influência, para provocar e manter o trabalho intelectual,
das funções Afetivas e Intelectuais: que visam sempre a prática de
determinado ato, uma vez que as Ações constituem o destino de toda nossa
Operação ou Trabalho Encefálico.
Além
da Influência do Sentimento, é
necessário ainda considerar-se a
influência das 3 funções Práticas ou do Caráter, que são: a Coragem,
a Prudência e a Firmeza, que em toda
e qualquer espécie de Trabalho ou
Operação Intelectual, entram para impulsionar, conter e manter. Desta forma
podemos dizer, em resumo, que o Trabalho ou Operação de Abstração, realizado
por nossa Inteligência, preparado pela Contemplação Abstrata, necessita da
colaboração Geral da Inteligência e das
contribuições Afetivas ou de Sentimentos e do Caráter, que reage sobre o
restante do aparelho Encefálico. (Não podemos esquecer ainda do Soma, como
elemento facilitador ou dificultador indireto da Operação da Abstração).
5) ATRIBUTOS OU PROPRIEDADES ; IDÉIAS OU CONCEPÇÕES:
LEIS ABSTRATAS.
O Trabalho ou Operação Intelectual de Abstração
apresenta Três Resultantes; os
Atributos, as Ideias e as Leis Abstratas. O Principal Destino de toda Operação
Intelectual é o estabelecimento das Leis Teóricas, que disciplinam nossa Inteligência e regulamentam nossas Atividade ou Ações.
Para
chegar ao conhecimento da Lei Abstrata,
temos necessariamente que passar
por uma
série de etapas preparatórias. A maior parte da preparação desta
Operação Intelectual, se deve a Contemplação, ao passo que a Coordenação
definitiva dos acontecimentos é
realizada pela Meditação.
A
primeira fase da Abstração é aquela em que
a Contemplação Abstrata, utilizando a Imagem do Ser
Concreto, preparada pela Contemplação Concreta, decompõe esta Imagem, separando
os diversos atributos ou propriedades abstratas. Sobre este atributos assim
obtidos, a Meditação exerce agora a sua
atividade, coordenando-os para estabelecer as Leis Naturais ou Relações
Abstratas. Como resultado intermediário do primeiro trabalho ou operação de
coordenação, combina os atributos, formando as IDÉIAS ou as Concepções e os TIPOS ABSTRATOS ( ou IMAGENS SUBJETIVAS
CRIADAS PELO ENCÉFALO ), sobre os quais
melhor se desenvolve nosso Raciocínio.
Assim , observamos por consequência, três fases, bem definidas no Trabalho de Abstração :
1)
A primeira, quando a Contemplação Abstrata separa os atributos;
2)
A Segunda, quando institui as ideais e
os Tipos Abstratos.
3)
A Terceira, quando a Meditação Coordena
e estabelece as Leis Naturais.
5.1) O
Atributo ou Propriedade Abstrata
Durante toda a fase de alimentação cerebral, isto é, no período em que
são transmitidas ao nosso cérebro as informações objetivas, por meio sensorial,
informações estas que geram as Imagens, que vão servir de base `a nossa
concepção ou ideia intelectual, durante
a recomposição interior dos Seres
Concretos para a Construção de ideais (pela Contemplação Abstrata); toda a combinação de
Imagens se faz de modo puramente concreto, inteiramente ligado
e subordinado `a realidade objetiva, tal como a percebemos. Formam-se assim as Imagens Concretas dos Seres.
A Contemplação Abstrata realiza a seguir o primeiro trabalho ou operação
de abstração, quando separa, na Imagem do Ser Concreto, seus diversos
acontecimentos ou atributos ou propriedades, pondo em evidência aquele atributo ou propriedade em que mais
nós estamos interessados .
Exemplo: Se desejarmos estudar a forma geométrica de uma figura, para
tomar conhecimento de determinada relação ou lei, o nosso trabalho preparatório de abstração
consiste em separar, nas Imagens dos
Seres fornecidos pela Contemplação Concreta, esta Imagem que nós desejamos nos atentar, isto é, neste caso com a forma, afastando subjetivamente todos
os outros atributos, por meio dos quais conhecemos o Ser Concreto.
Abstrairmos, portanto o peso, a cor
e todas as propriedades ou atributos físicos e químicos, etc. , que o
Ser Concreto possa apresentar, para examinarmos apenas
a sua Forma . A Forma, assim separada do Ser Concreto ,
constitui a propriedade ou atributo Abstrato.
Os atributos ou Propriedades Abstratas são construções Subjetivas, retiradas
portanto, da existência Objetiva, por meio de nossa Inteligência. Quando por
exemplo, concebemos o peso dos corpos, estamos realizando um trabalho de
abstração, separando dos corpos ou Seres Concretos; essa propriedade
peso, que isolada, não existe na realidade exterior; o que observamos
objetivamente são corpos pesados,
podendo entretanto, a nossa inteligência conceber o peso
em separado das outras propriedades que
o Ser Concreto possui.
5.2) IDÉIAS ABSTRATAS e
TIPOS ABSTRATOS.
Da comparação das propriedades ou
atributos abstratos, originários de vários Seres ou Corpos concretos,
resulta a Concepção
Subjetiva da Ideia, que formamos sobre este atributo; é a Ideia Abstrata ou Concepção
Abstrata, a qual por sua vez ,
conduz a Inteligência à construção
dos TIPOS ABSTRATOS, pois a Concepção Concreta, ou
Concepção Objetiva da Ideia ou da Imagem
é aquela fase onde os atributos ainda estão unidos aos Seres Concretos
correspondentes.
A Operação de decomposição dos Seres Concretos, para exame de suas
propriedades ou atributos abstratos, é
exercido normalmente com muita intensidade pelo Encéfalo Humano, que obtém uma
série de propriedades ou atributos semelhantes , retirados de outros Seres Concretos diversos, para
coordenar e induzir ou deduzir as relações
existentes entre estas propriedades.
Por exemplo: A forma
esférica abstraída de um Ser Concreto,
depois de muitos outros
Seres Concretos esféricos, nos conduz
à Concepção de uma Ideia mais Geral: a esfera, independente de novo exame de corpos
esféricos. Formamos deste modo em nossa inteligência, uma nova espécie de Imagem Abstrata, em grau mais adiantado
que a anterior, mas sem que tenhamos
ainda induzido ou deduzido as Leis deste
Atributo ou desta Propriedade. É a Ideia Abstrata.
A nossa inteligência armazena, então, uma nova Série de Imagens, de maior grau de abstração e mais complexas,
isto é, as ideias Abstratas, como o
peso, o calor, o triângulo, a esfera, a vida, etc., que não estão ligadas
diretamente a nenhum ser exterior, mas que resultam da observação de muitos Seres Concretos, onde predominava, constantemente, um determinado
Atributo.
A Ideia Abstrata constitui
uma fase intermediária entre a simples decomposição dos Seres Concretos, pela
Contemplação, e a consideração dos atributos abstratos, para se obter as
Relações ou Leis Naturais, pela
Meditação .
Esta fase intermediária
apresenta uma nova modalidade,
mais adiantada, mais complexa e mais
subjetiva, que é representada pelo Tipo Abstrato.
Por meio das Ideias Abstratas
que formamos sobre os atributos que
constituem os Seres Concretos,
podemos agora, combinando estas ideias Abstratas, reconstituir
abstratamente o SER, obtendo assim o TIPO
ABSTRATO .
Com
todas as Ideias Abstratas que
criamos sobre os diversos atributos ou propriedades e com o conhecimento, que
percebemos, por exemplo, do Homem,
reconstruímos, em nossa inteligência , a
imagem do homem, formando assim o correspondente Tipo Abstrato. Temos assim no
nosso encéfalo a Ideia do que seja um Homem; ideia que apresenta todos os caracteres gerais, geométricos, físicos, biológicos,
morais, etc. do Homem , e que no entanto
não está ligada a nenhuma existência real e particular de determinado Homem, nem
apresenta as características
simples das ideias Abstratas. É uma Ideia Composta, na qual são abstratamente reunidos
todos os atributos ou propriedades
que caracterizam o ser Humano. Do mesmo modo, as ideias que formamos dos animais, das árvores, etc. , nos levam `a
construção dos tipos abstratos.
O cavalo, o cão, a árvore, que
imaginamos, e que permitem reconhecer esses seres quando se nos apresentam, na realidade
objetiva, são Tipos Abstratos, que não
estão ligados diretamente a nenhum
cavalo, cão ou árvore de existência
concreta.
Tendo sido os Atributos, as ideias Abstratas e os Tipos Abstratos, adquiridos pela Inteligência, esta pode agora realizar a coordenação definitiva das propriedades ou atributos, induzindo e deduzindo as Leis Naturais, pela Meditação.
Tendo sido os Atributos, as ideias Abstratas e os Tipos Abstratos, adquiridos pela Inteligência, esta pode agora realizar a coordenação definitiva das propriedades ou atributos, induzindo e deduzindo as Leis Naturais, pela Meditação.
5.3) A
Expressão Científica de uma Relação
Abstrata ou Lei Natural.
A comparação de atributos, semelhantes retirados por abstração ( pela
contemplação concreta e abstrata) de grande número de seres concretos, conduz
nossa Meditação Indutiva a verificar o que existe de comum no meio da variedade
observada. Ao aproximarmos desta maneira os atributos, é estabelecida, como preliminar, a Relação Abstrata. Esta, uma vez reconhecida, serve diretamente
para a instituição da Lei Natural, que é a constância no meio da variedade ou a
expressão científica da relação abstrata.
As Leis Naturais são obtidas por duas modalidades de raciocínio :
Indutivo e Dedutivo.
A Meditação Indutiva,
primeiramente compara as diversas
Imagens Abstratas, aproximando-as entre si e procurando o que é de mais comum
na variedade, para estabelecer as relações
abstratas, e por meio destas as Leis
Indutivas ou de Semelhança. ( ou Leis Básicas Indutivas ).
Em seguida, a Meditação Dedutiva
sistematiza as Leis Indutivas,
coordenando-as, isto é, extraindo as consequências das Leis de Semelhança, que
são as Leis Dedutivas ou de Sucessão.
Da combinação das Leis Básicas
Indutivas e de suas Consequentes Leis Dedutivas, resulta a construção e Expressão final das Teorias
Abstratas, referentes `as varias Classes de Atributos, desde os mais
simples, da Matemática, até os mais complexos
da Moral Positiva.
5.3.1) Duplo destino das Leis
Abstratas ou Leis Naturais.
As
Leis Abstratas ou Leis Naturais são
destinadas a disciplinar nossa inteligência e a regular a nossa Ação ou Atividade. As Teorias Abstratas, construídas pela nossa Inteligência , preenchem , pois, dupla necessidade da Espécie Humana : Uma de Ordem Moral Positiva
e outra de Natureza Prática.
A
de Ordem
Moral Positiva emana da Unidade ( Integridade e Comunhão) , que
deve ser instituída , para realizar a Harmonia Interior das funções encefálicas e a convergência
exterior de todos os Seres Humanos. A
disciplina de nossa inteligência, pela
subordinação da Análise à Síntese, resulta diretamente da Instituição Abstrata
da escala de acontecimentos e da Convergência das diversas categorias de
Atributos, para o conhecimento e o aperfeiçoamento da existência Humana,
coletiva e individual.
A
de Natureza Prática é a consequência da
instituição das Leis Abstratas,
é a que regula as nossas Ações ou nossas
Atividades. Os conhecimentos abstratos são sob esse aspecto, encarados
como os
esclarecimentos de que necessita nossa
inteligência, para guiar nossas Atividades, na Modificação do Mundo e do
Homem, e na submissão ao que os atributos apresentam de imodificável.
Realiza-se
este duplo destino das Leis Abstratas instituindo-se a Filosofia Primeira, a
Filosofia Segunda e a Filosofia
Terceira, que serão vistas a seguir.
III) TEORIA DINÂMICA EVOLUTIVA DA ABSTRAÇÃO
1) O Desenvolvimento Intelectual em relação `a
Capacidade de Abstrair.
A
Operação ou Trabalho Encefálico da Abstração é variável, em grau e em
intensidade, conforme o maior ou
menor desenvolvimento intelectual, do indivíduo ou da coletividade
social.
Ao
percorrermos as várias fases da evolução
coletiva da espécie humana veremos que a capacidade de abstrair, se
apresenta cada vez mais desenvolvida. Também verificaremos que, nas diversas
idades dos indivíduos, há um gradual
aumento da intensidade com que pode executar a abstração.
No
homem primitivo e na criança, o raciocínio concreto é preponderante
observador, somente começando a esboçar-se
a operação de abstração da
inteligência, depois de grande preparo, e de um acúmulo de Imagens, em quantidade suficiente, para permitir um exercício mais
completo das funções intelectuais ( Contemplação, Meditação e Expressão)
Para
bem apreciarmos o desenvolvimento da Abstração, na civilização humana, vamos
acompanhá-la, resumidamente, nas suas principais fases de evolução.
Durante
a fase fetichista da Evolução Humana, verifica-se o desenvolvimento da
observação e, portanto, da função intelectual da contemplação concreta.
Inaugura-se nesta fase a Lógica dos
Sentimentos.
O
Surto Gradual da Inteligência Humana, ligado naturalmente às outras duas partes
de nossa Alma ( Sentimento e
Atividade), teve necessariamente de se
processar segundo a ordem
em que as funções intelectuais
se apresentam normalmente. Assim
começou a predominar o desenvolvimento, em primeiro lugar o da contemplação,
para em seguida acompanhar este processo ocorrendo a Meditação. Não poderia a
Meditação prosseguir sem que,
preliminarmente, se adiantassem
as funções preparatórias de seu trabalho
ou operação, isto é, as de Contemplação.
Recebendo as impressões concretas fornecidas pelo mundo exterior, o homem
primitivo, sem possuir ainda as reservas interiores de Imagens e ideias
abstratas, para realizar comparações, teve forçosamente que raciocinar baseado
nessas Imagens Concretas. Raciocínio este, ainda muito rudimentar e ligado às
necessidades imediatas exigindo, entretanto, um aprimoramento sensorial, e consequente
desenvolvimento do tino de observação, a fim de ir, aos poucos, constituindo reservas de Imagens e ideias.
A fase fetichista da evolução humana,
caracteriza-se pela instituição de
uma síntese, de uma unidade completa
religiosa, baseada na atribuição do realizar-se todos os atributos, como a
expressão das vontades próprias dos
Seres respectivos, concebidos estes,
como dotados dos mesmos atributos Morais, Intelectuais e Práticos que nós Seres
Humanos.
Assim,
o Fetichismo é a Doutrina da Lógica
dos Sentimentos, que inaugura e
acompanha a evolução humana, não só durante a fase primitiva do fetichismo espontâneo, mais ainda durante
toda a fase astrolátrica, quando começa a esboçar-se mais intensamente o
trabalho de abstração. Retirar a vontade dos seres para
atribui-las a outros seres mais
afastados; os astros, exigindo um grande progresso intelectual e um começo acentuado de
sistematização abstrata
A
Lógica dos Sentimentos, é o recurso operacional por meio do qual o Conjunto das
18 funções cerebrais ( Sentimento,
Inteligência e Ação) procura coordenar os fatos, tendo em vista o
estabelecimento de uma síntese
harmoniosa, sob o ponto de vista da preponderância de tais ou quais
sentimentos; de maneira a fazer perceber em nossos pensamentos as implicações
quaisquer de ordem moral, que eles implicitamente encerram.
2) A
Abstração no Politeísmo e a Lógica das
Imagens.
O Politeísmo desenvolve especialmente, em nossa
Inteligência, a Contemplação Abstrata e funda
a Lógica das Imagens .
Lógica das Imagens, sendo o
recurso operacional, por meio do qual o conjunto das 18 funções cerebrais (
Sentimento ; Inteligência e Ação) busca auxilio nas imagens subjetivas,
aplicando tais imagens a conceitos que de outro modo careceriam de
representação, como um recurso para
clarificar a resolução de um problema
pendente.
A
passagem da Astrolatria para o Politeísmo traz modificação radical para as
concepções humanas, começando-se a síntese a basear-se em vontades exteriores
cada vez mais abstratas. A instituição dos Deuses, como centro da unidade
Moral, Intelectual e Prática da espécie humana, exige o desenvolvimento da
contemplação abstrata que passa a preponderar sobre as contemplações concretas, modificando completamente
todo o aspecto geral do trabalho intelectual. Essa transição da síntese,
de objetiva para subjetiva, somente se poderia realizar com o trabalho ou
operação da Contemplação; agora muito mais aprimorado ou adiantado,
onde as Imagens não só se formam pela contemplação concreta e abstrata ,
como também são coordenadas pela
meditação indutiva e dedutiva, com vista a
constituição dos múltiplos
tutores fictícios, que guiaram a evolução humana durante as antigas teocracias
e nas brilhantes civilizações grega e
romana, fases estas extensas e de grande
esplendor.
Como
consequência do surto que adquire a contemplação abstrata e da transformação do sistema de raciocinar , apreciamos nesta fase a
instituição da Lógica das Imagens.
Com este segundo meio lógico, que vem se reunir
ao primeiro, da fase
fetichista, a Inteligência
Humana adquire pelo desenvolvimento, o
esboço da Lógica dos Sinais, que se
completa na fase monoteísta, dando à inteligência todos os recursos, para que a
evolução grega possa preencher seu papel
histórico, de preparar nossas forças
mentais, sob os três aspectos - Estético ou da Arte, Filosófico e
Cientifico.
A
Lógica dos Sinais é o recurso Operacional, por meio do qual o conjunto das 18
funções cerebrais ( Sentimento ;
Inteligência e Ação) facilita a resolução de suas questões, com a
formulação e o emprego de
símbolos, que possam evocar os seres ou as situações nelas envolvidas, sem no entanto confundir-se
com a representação direta dos mesmos.
A
confusão recíproca da Imagem com o Sinal
é uma característica Marcante do Espírito Metafísico . Um exemplo deste tipo de
mal entendido são as chamadas “ondas
cerebrais” ; tal concepção
proveio de se considerar como uma
Imagem os registros gráficos fornecidos
pelo eletroencefalógrafo.
3) O Monoteísmo e a Meditação.
Com
o Monoteísmo, há o surto da Meditação, principalmente Dedutiva, que
complementa a Lógica, com a
instituição do terceiro recurso lógico constituído pelos Sinais.
A
Contemplação devidamente preparada em seus dois aspectos, concreto e abstrato,
permite, na fase monoteica, o progresso especial da meditação indutiva e
dedutiva, bem como a formação definitiva
da lógica dos Sinais. É nesta fase que
a Inteligência Humana adquire
pleno desenvolvimento lógico, de
modo a poder na civilização moderna, construir todo o edifício enciclopédico.
Se
observarmos a maneira pela qual se constitui a Síntese em cada uma
das fases preparatórias da evolução humana, vemos a coerência
intelectual, formar-se em torno de entes cada vez mais abstratos, `a medida
que percorremos a série constituída, primeiro pelos fetiches terrestres, depois, sucessivamente pelos astros, pelos deuses do
politeísmo, pelos deuses das várias formas monoteístas, e finalmente pelas entidades metafísicas, primeiro ligadas a um aspecto
teológico e, depois, cada vez mais abstratas e finalmente ligadas ao aspecto
científico.
4) A
Abstração na Doutrina Positivista
A
Abstração somente se torna completa
no Estado de Positividade dos
nossos sentimentos, pensamentos e ações ,isto é; quando os Três
Elementos Lógicos, o Sentimento, a Imagem e os Sinais, se combinam.
Durante
a Evolução Preparatória, o grau crescente de Abstração que adquire a entidade
coordenadora da unidade religiosa,
atinge o seu máximo de intensidade ao passar a espécie
humana, do estado teológico para o
metafísico.
No
estado metafísico, a explicação de todos
os fenômenos é feita atribuindo-se
sua realização à entidades
puramente abstratas, criadas pelo cérebro humano, para provisoriamente suprirem a falta de conhecimentos das Leis Naturais,
ainda não descobertas. À medida que as
relações cientificas são instituídas, vão desaparecendo as correspondentes
entidades Abstratas. A Abstração, na
idade metafísica, não é sistematizada,
apesar do grau de intensidade que
ela atinge. Ao contrario, se torna mais confusa que nas épocas anteriores.
Mais
negativo que qualquer outro, mais demolidor das instituições do passado, do
que construtor de novas estruturas, a
Doutrina Metafísica é, por isso mesmo,
transitória, devendo ser logo
substituída pela Doutrina
Positiva.
O
Estado Positivo, combinando melhor os três meios lógicos, Sentimentos, Imagens e
Sinais, vem estabelecer
as Leis Abstratas, que regem os Seres pelos acontecimentos.
A
Abstração é no estado Positivo, não só plenamente desenvolvida como diretamente utilizada para
a Indução das Ciências. Ocorre coordenação harmônica entre as funções
da Contemplação Concreta e a Contemplação Abstrata e o
entrelace com a Meditação indutiva e dedutiva, donde resulta
a gradual instituição dos princípios
científicos, que regem as
existências do Exterior e as existências
do Homem.
5) A Lógica Positiva.
“A Lógica Positiva é definida
como colaboração normal dos sentimentos, das imagens e dos sinais,
para nos inspirar concepções que convém `as nossas necessidades
morais, intelectuais e físicas”. Essa definição normal de lógica é
dada por Augusto Comte na Introdução da
Síntese Subjetiva.- pag. 25
É a Lógica Positiva a
única completa, pois além de
reunir os três elementos lógicos, Sentimentos, Imagem e Sinais,
combina e coordena esses elementos ,
para aplicar ao raciocínio de forma
conveniente às nossas necessidades , não
só intelectuais, mas também morais e práticas. Inaugura, portanto, a Doutrina
Positiva, a plenitude de nossas disponibilidades intelectuais, reunindo e
congregando, os diversos meios, separadamente
preparados, pelo conjunto do passado humano.
A inteira madureza de nossas concepções intelectuais é atingida no estado positivo, depois de passar
pela longa Série preparatória de Sistemas Intelectuais, mais ou menos
incompletas, das diversas formas fetichistas,
teológicas e metafísicas.
A
Lógica Positiva é sistematizada para
regular o conjunto da existência humana.
As
concepções são elaboradas pela Inteligência, sob o impulso do Sentimento e
assistido pelo Caráter.
O método afetivo prevalece assim
sobre os outros dois , em virtude
dos sentimentos constituírem ao mesmo
tempo a fonte e o destino dos pensamentos e dos atos.
Queiram ou não os Cientistas ou os Reis
Os três meios Lógicos - Sentimento, Imagem e Sinal - correspondem, pois, aos três elementos fundamentais de nossa constituição cerebral- o Coração ou Sentimento, a Inteligência ou Espirito e o Caráter ou Atividade ou Ação. De acordo com o Trabalho Cerebral, as Imagens Lógicas( Ideia) e os Sinais devem ser apreciados como auxiliares dos Sentimentos na elaboração dos Pensamentos. A Harmonia Lógica inaugurada pelo Doutrina Positiva, faz colaborar a força dos Sentimentos com a nitidez das Imagens e a Precisão dos Sinais. Adquirem na Doutrina Positiva, os três meios lógicos, completo desenvolvimento e sistematização, de modo que o trabalho intelectual é realizado em toda a sua plenitude e dignidade.
Sob a influência e a preponderância sistemática do coração ( Sentimento), a
Lógica Positiva adquire não só um grau elevado de dignidade, como também,
uma constituição verdadeiramente
Poética.
A Sistematização filosófica
vem, aliar-se à melhor disposição Estética ou Artística, isto é, a união
de todos os Aspectos da Subjetividade Humana, que até então vinham
sendo considerados como opostos.
IV) SEDE
DA ABSTRAÇÃO
1) A Instituição Religiosa do Espaço
A
noção de Espaço é obtida como um
subproduto das nossas Sensações, não
sendo diretamente revelado por
nenhuma delas, em outras palavras, o Espaço é uma
criação subjetiva destinada a facilitar
a Coordenação e a Expressão
das Nossas ideias e Pensamentos. Todas
as questões que a nossa Alma ou Psique ou Mente se
depara, e que envolvem o conceito de Espaço, podem ser transformadas, em questões onde são apenas consideradas as Variações, das
diferentes Sensações, sem a necessidade de se recorrer a este conceito
de Espaço; apenas a linguagem torna-se desnecessariamente
mais complexa, prolixa e antipática.
Assim,
vemos pela comparação de um e de outro modo de considerar a questão, o quanto o
Espaço Simplifica a forma de se estabelecer as questões, onde sejam
necessárias as Sucessões das Sensações.
O Espaço que nos
referimos é um Espaço Subjetivo dentro de cada cérebro.
O Espaço mais uma vez é uma construção Subjetiva que o Ser Humano formula; que pode hoje
em dia comparar do com o s softwares do tipo DOS ou em linhas gerais, como o
conjunto de programas, que podem ser ou não ativados, pelo cérebro.
Para
dar sede aos resultados do trabalho Subjetivo de Abstração, em qualquer grau ,
concebemos, também Subjetivamente, o ESPAÇO.
A fundação da geometria na antiguidade exigiu
como uma necessidade da Inteligência
Humana, a Instituição do Espaço.
As formas geométricas, apreciadas independentemente dos Seres Concretos, onde
se apresentam, deviam ser colocadas em meios apropriados, por um trabalho
subjetivo. Então, por este motivo teve a espécie humana, necessidade de
realizar um meio subjetivo , onde as ideias das formas estudadas fossem armazenadas ou colocadas ou
arquivadas.
A
apreciação Positiva do Espaço, dá a este meio por extensão, utilizada de como sede das abstrações referentes
aos atributos e fenômenos
físico e químicos. Aplicado também
aos estudos dos fenômenos vitais , é o Espaço
suscetível de comportar , todas
as Idéias da Biologia,
colaborando para a apreciação das Leis
Anatômicas (referentes `as formas e
disposições dos diversos órgãos) e Taxonômicas (Referentes `a Classificação
das várias formas de organismos vivos).
A
antiga instituição matemática do Espaço estende-se,
portanto, pela Doutrina Positiva, `a
todas as concepções da Escala Abstrata até
Biologia Estática ( Anatomia e Taxonomia), tornando-se Inútil apenas
às concepções Dinâmicas da
Biologia ( Fisiologia) e aos Estudos de Sociologia Positiva e Moral
Positiva, onde há necessidade de
dar aos atributos uma
Sede Real . “ Aplicada
dinamicamente, esta instituição torna-se estéril e viciosa. Pois funções
vitais, tanto vegetativas quanto de animais, exigem sedes Reais, sem que seu
estudo, possa utilizar os fantasmas emanados do meio Subjetivo” ( Augusto
Comte-Síntese Subjetiva, pag 22).
2) As Hipóteses
Provisórias.
Antes da Instituição Positiva
do Espaço, desde a antiguidade, várias tentativas teológicas e metafísicas foram feitas para localizar os atributos ou propriedades sem sede.
Utilizado
durante a longa fase de elaboração
preparatória da Humanidade, o Espaço adquire sistematização definitiva na
Doutrina Positiva.
Esboçado
na mais alta antiguidade, foi consagrado no Oriente, onde influências especiais
conduziram a civilização chinesa à institui-lo, embora com um caráter concreto,
algo fora do cérebro. O culto do Céu pelos Chineses, representa
a primeira forma de instituição do Espaço.
A
hipótese vaga do éter universal,
instituído pela metafísica, é também no Ocidente, um preambulo ao Espaço.
O
Oriente e o Ocidente, com criações
provisórias, de natureza abstrata `as quais eram porem, atribuídas existências objetivas, colaboraram para a
formação do Espaço, esse elemento essencial à sistematização
positiva de todos os Atributos
Abstratos.
8) O Espaço**, a Terra e a
Humanidade. **É um Espaço dentro do Cérebro - Como se fosse uma placa de CPU.
Todas
as concepções humanas, tudo o que a
nossa inteligência pode compreender e assimilar, apreciando sob o Aspecto
Relativo, Subjetivo e Positivo, está resumido nas Três Existências - O Espaço , A
Terra e a Humanidade.
O
Espaço
- é o meio onde localizamos
os acontecimentos Abstratos,
é a Sede Universal dos Seres Abstratos
sem sede; é a construção fundamental de nossa inteligência, para realização de
seu trabalho abstrato. A existência puramente
Subjetiva do Espaço, evidencia bem o seu
destino lógico e sua origem, ao mesmo
tempo estética ou artística e científica. **É um Espaço dentro do Cérebro - Como se fosse uma placa de CPU.
A
Terra compreende o conjunto do meio objetivo em que vivemos, a sede de nossas ações. Compõe-se com seu duplo
envoltório líquido e gasoso, como centro
subjetivo que é do Sistema Solar, e os
Astros que sobre ela influem diretamente.
A
Humanidade, é finalmente,
formada pelo conjunto de Seres Humanos
passados, futuros e presentes . Nesse
conjunto estão compreendidos apenas os seres
verdadeiramente convergentes .
Esta
trindade formada pela Humanidade, a Terra
e o Espaço, sintetizando tudo o que é
positivamente apreciável pela
inteligência humana, constitui o verdadeiro guia de nossas
concepções morais ,intelectuais e práticas.
Compreendendo
a Teoria
da Natureza Humana, esses
três elementos representam,
respectivamente o Sentimento , a Inteligência e a Atividade.
O Primeiro Ser, a Humanidade,
é o mais próprio para representar o sentimento,
porque o coração é o elemento preponderante,
pelo impulso que dá a todos Pensamentos, como também a todas as Ações. Assim podemos dizer que a Humanidade,
melhor representa o Sentimento, por que no Ser Humano, convergem os
Sentimentos, pensamentos e atos, podendo assim o primeiro adquirir plena eficácia e representação.
O
Segundo, a Terra, corresponde em
nossa natureza, à atividade,
que representa o meio
Objetivo, onde se realizam as
nossas Ações; além de constituir o
reservatório universal de todas as nossas provisões materiais.
O
Terceiro Ser, o Espaço, é o elemento que melhor corresponde ao sentimento, como sede
Subjetiva de todas as Abstrações.
9) A Concepção ou Ideia do Espaço.
O
Espaço deve ser idealizado e concebido, como privado de inteligência e de
atividade, porém dotado de sentimento, que é
laço Universal de todos os Seres
Objetivos e Subjetivos; além disso, o Espaço deve
ser concebido com a cor branca, sinal universal da Paz.
A Humanidade é dos três elementos
fundamentais de que estamos tratando, aquele que sintetiza a existência, isto é, o único
dotado simultaneamente dos três atributos da Alma Humana - Sentimento,
Inteligência e Ação .
A Terra é dotada
de dois atributos somente - Sentimento e Ação, faltando a Inteligência.
Quanto ao Espaço, de existência puramente Subjetiva, criação interior de nossa inteligência, tem que ser concebido sem atividade, nem inteligência, pois quaisquer destes dois elementos, que viéssemos atribuir-lhe viria perturbar complemente nossas concepções Abstratas, pelas modificações que espontaneamente tenderia a introduzir nessas concepções. Nenhum inconveniente, entretanto, resulta de lhe atribuirmos o Sentimento.
Quanto ao Espaço, de existência puramente Subjetiva, criação interior de nossa inteligência, tem que ser concebido sem atividade, nem inteligência, pois quaisquer destes dois elementos, que viéssemos atribuir-lhe viria perturbar complemente nossas concepções Abstratas, pelas modificações que espontaneamente tenderia a introduzir nessas concepções. Nenhum inconveniente, entretanto, resulta de lhe atribuirmos o Sentimento.
Idealizado
o Espaço, como elemento também dotado de sentimento, o
laço afetivo torna-se a União Simpática
e Natural de todos os Seres, tanto Objetivos como Subjetivos, apreciados ou concebidos pelo Cérebro do Homem.
Este
estudo da Abstração é de importância crucial para a compreensão da Doutrina Positiva, ele
representa a antecâmara
da Filosofia Primeira , que corresponde
às 15 Leis Naturais Universais ou Fatalidade Suprema;
representada sinteticamente
também pelo Espaço ou Gran Meio. Somente
a Filosofia que trata das Leis Naturais
dos Atributos, é que forma a Ciência
Positiva.
A Filosofia que estuda a finalidades praticas;
leis dos seres concretos ( gráfico de
uma perda de carga de cada bomba , por
exemplo) , está excluído do campo
teórico - subjetivo ou científico, e faz parte do domínio técnico ou aplicação
tecnológica.
Assentada a base da Vida Moral no dualismo assinalado, egoísmo e altruísmo, uma operação intermediária transforma-o numa
progressão ternária, interpondo entre o
egoísmo propriamente dito e o altruísmo ( Apego , Veneração e Bondade), uma
ordem de Sentimentos de caráter duplo, pessoais quanto a origem e fins, e sociais quanto aos meios, pois a satisfação
a que dão lugar depende dos laços entre cada indivíduo e os seus semelhantes.
ÓRGÃOS
DA ABSTRAÇÃO
A palavra Alma representa no sentido em que a empregaremos
aqui, o conjunto das 18 funções do cérebro, ou melhor, do encéfalo. Alma ou
Psique ou Mente. E se existem funções com certeza existe Órgãos.
Livre
de qualquer misticismo esta preciosa expressão
Alma, corresponde aos fenômenos mais eminentes da natureza
Encefálica. Se a vida, como se afirma desde Hipócrates é constituída por
um consensus,
já que no organismo tudo colabora, tudo contribui e tudo consente, esta harmonia interior deve residir, principalmente, no aparelho encefálico, que é seu regulador
supremo.
O estudo Positivo ou Científico das funções do
encéfalo, derivou diretamente de uma série de trabalhos anatômicos relativos ao
encéfalo, instituídos desde a Escola de
Alexandria, por Hierófilo e Erasístrato e, desde o XVI século, por Andreas Vesálius, um
sábio-anatomista-biólogo, e seus continuadores, Bartholomeu Eustáquio,
Fallópio, etc ; em segundo lugar, a atenção dos filósofos e dos naturalistas, para o problema
concernente às faculdades morais, intelectuais e práticas do Homem e dos outros
Animais.
Destacam-se nesta linha de
meditações os filósofos da escola de
David Hume ( Século XVIII), cujas concepções lançaram as primeiras
suspeitas da Inateidade dos Instintos
Simpáticos, isto é, de seu aspecto inerente à nossa natureza
animal, sob o fato que o Homem e os
outros Animais, nascem com o
instinto que os levam à viver para
outros.
O Naturalista,
Jorge Leroy ( Século XVIII)
refutando o que ainda existia
de automatismo nas concepções de
Descartes , relativas aos animais, afirmou
mediante uma série de engenhosas
observações que nestes existia não só
inteligência como também sentimentos
desinteressados.
Firmado nesta dupla
preparação e não esquecendo os apanhados empíricos que a sabedoria
popular acumulou a respeito; um pensador germânico, Franz Joseph Gall (1825)
abordou de um modo positivo, o
problema das faculdades encefálicas, criticando vigorosamente o
espírito metafísico, senhor até então , de um tal domínio especulativo.
OS
trabalhos fisiológicos até então
elaborados, definiam o Encéfalo como um órgão único, cujas funções
se ligavam diretamente à sensibilidade e à motricidade.
A
Inteligência que sucede às Sensações,
era por completo entregue à metafísica
reinante como faculdade humana por excelência.
Quanto
as funções afetivas estas eram em grande
parte localizadas nas vísceras, segundo
uma velha tradição; e espíritos, já bem
avançados, como de Pierre Jean Georges Cabanis
e mesmo Xavier Bichat,(cuja morte
prematura não o permitiu meditar
sobre tal assunto), ainda assim acreditavam; O Fígado era a sede da Ira - o que
na verdade era o encéfalo que no estado emocional de Ira, afetava o fígado e
por conseguinte a própria digestão: no
entanto, hoje sabemos, que há uma intima ligação entre os nossos estados
emocionais e a operacionalidade das
Vísceras, cuja a interface é feita pelos nervos e conhecida como Sistema
Nervoso Autônomo, que é afetado pelos Sentimentos
Quanto
ao método, este se baseava
na observação interna a qual estreitava, por demais, o campo das especulações, por isso que só se
podia aplicar ao estudo do homem adulto, sem eficácia, como diz o Médico
Broussais, com relação às idades, nem aos estados patológicos e ainda menos,
como observa Augusto Comte,
poderia estender-se aos outros animais,
os quais, como as crianças e os
loucos, nunca nos dariam conta
do resultado destas observações.
Gall
baseou sua construção em dois princípios filosóficos: 1) que são inatas as
diversas disposições fundamentais, afetivas, intelectuais e práticas; 2) Que
são múltiplas as faculdades
essencialmente distintas, radicalmente independentes, umas das outras,
embora a concretização dos atos
correspondentes exija ordinariamente, a sua colaboração mais ou menos complexa.
Considerada
Anatomicamente esta concepção fisiológica do Encéfalo, corresponde à sua repartição num número de órgãos parciais,
simétricos , como os órgãos da vida do Soma,
os quais, embora contíguos, e mais semelhantes uns com os outros, do que os
órgãos de qualquer outro sistema; sendo
por conseguinte, mais simpáticos, e
mesmo mais sinérgicos,
são porém essencialmente distintos e independentes uns dos outros, assim como,
com relação aos gânglios, respectivamente relacionados
aos diferentes sentidos externos.
O
Encéfalo é, pois um aparelho em vez de um órgão único; Gall, portanto reconheceu
a menos de 172 anos, o direito de cidadania na fisiologia ao Sentimento
ao lado da Inteligência.
Em
oposição a uma unidade absoluta do “Eu”
metafísico, ele verificou a
multiplicidade da natureza humana e
animal, a qual é assim solicitada em diferentes sentidos, por afeições distintas, cujo equilíbrio se
torna penoso quando qualquer delas não
prepondera o suficiente.
Gall,
foi o inspirador de todos os trabalhos científicos sobre o Encéfalo, que se
sucederam aos seus, e embora esquecido
na melhor de suas produções ( pois foi, e é tido apenas por um
cranioscopista) , toda a doutrina
das localizações Encefálicas, se
inspirou em seus geniais trabalhos.
Embora
Gall , muito se adiantasse como profundo
pesquisador e conhecedor da anatomia do
Encéfalo ( Flourens um grande anatomista da época, admirava-se ao vê-lo
dissecar este órgão) , foi Gall principalmente um
fisiologista.
Instituindo
ao seu modo o Encéfalo, como sede das faculdades, não há dúvida que ele
já estabelecia hipóteses positivas, verificáveis;
eram relações entre órgãos e funções que ele estabelecia, independentemente de quaisquer
considerações sobre a existência de um
ser imaterial - Alma- que fosse o
responsável direto e último, da manifestação
destas funções psíquicas, como supunham e supõem os Espiritualistas.
Os
fisiologistas contemporâneos de Gall tentaram determinar a sede da
inteligência, pelo método objetivo, experimental, mas este, não é o processo
lógico que mais convém a tal domínio especulativo.
Muito restrito é o seu uso,
no que diz respeito aos
fenômenos mais eminentes da vida , como
são os acontecimentos Encefálicos.
Instituíam-se
experimentos em que se mutilavam
Encéfalos de animais superiores, aves por exemplo, subtraindo-lhes porções, e deste modo, procuravam ligar os
sintomas decorrente de tão graves
lesões, como a inaptidão para a marcha, para o vôo, à função
da parte que havia sido removida.
Diante,
destes experimentos em que se tratava, com fragrante menosprezo à integridade
orgânica, precisamente no mais
harmonioso dos aparelhos, dizia
Gall (Século XVIII -XIX): “ Quando se leem as experiência dos nossos
fisiologistas, sobre o cérebro,
parece que todo o sistema nervoso,
mormente o Cérebro e o Cerebelo,
são concebidos por eles, como
formados de fragmentos de cera aplicados uns contra os
outros” . E, após sensata crítica, estabelecia Gall os seguintes princípios : “ É efetivamente impossível impedir a influência recíproca das diversas partes do
sistema nervoso, e isolar as irritações, as mutilações, obtendo resultados distintos e específicos. É uma
pretensão absurda, querer aplicar às faculdades Morais e Intelectuais do Homem,
os resultados vagos arbitrários e inconstantes,
tanto quanto estão mal
observados nos galos , nas galinhas, nos pombos, nos coelhos
etc” .
A
pesar da justa autoridade de Gall, e de suas vistas de tão elevado alcance
filosófico, prosseguiram os fisiologistas, em tentar determinar as
sedes das faculdades mentais e demais
funções Encefálicas, por meio de
experiências objetivas . Aos cortes e mutilações sucederam as aplicações de correntes
elétricas , mormente com os trabalhos
de Fritche e de Hirtzig na Alemanha e Ferrer na Inglaterra.(Século
XIX)
As
discordância e as contradições entre os operadores-anatomistas não cessaram de proclamar a veracidade das conclusões de Gall.
Referindo-se às vivissecções
efetuadas no Encéfalo, chegou o médico Positivista D. Bridges a
proclamá-las tão inúteis, como a inspeção das entranhas das vítimas, pelos
Augúrios romanos - ou Sacerdotes
Adivinhos; As Pitonisas - feiticeiras que previnham o futuro ; na Grécia, os Oráculos, que adivinhavam o futuro.
A Sede da Inteligência no Lobo Frontal, como
concebeu Gall e corroborado por Augusto Comte emancipa assim, de
qualquer entidade ontológica - a Alma
- bem como a faculdade da Expressão; esta também localizada no Lobo Frontal, como uma função encefálica única - a
exceção da discordância, quanto
à sua localização- constitui um legado de Gall .
Devemos
porem assinalar que em face das
decepções do método experimental, uma
reação se despertou em prol da observação patológica como fonte de
esclarecimentos para a fisiologia encefálica . Existem, com efeito,
vantagens em semelhante processo
nos estudos biológicos, uma vez que as moléstias são
verdadeiras experiências espontâneas, no entanto hoje temos
modernas técnicas de neuro imagens;
tomografia computadorizada por ressonância nuclear magnética e tomografia
computadorizada , por emissão de
pósitrons.
Lançando
as Bases Positivas do problema Moral do
Homem e dos outros Animais, não lhe deu todavia, o pensador germânico, a solução completa.
O
Filósofo que por lhe haver apanhado o alcance dos trabalhos, salvo-o do
esquecimento, recomendando-o à mais
remota posteridade, foi Augusto Comte ; Broussais, por este estimulado,
terminou a sua gloriosa carreira acolhendo a Frenologia ou doutrina de Gall.
Cumpre-nos
agora mostrar os aperfeiçoamentos que o fundador do Positivismo imprimiu na Obra de Gall ;
exporemos num apanhado sucinto a Teoria das Localizações dos Órgãos Encefálicos segundo Augusto Comte.
Como
já vimos, Gall inaugurou a Doutrina
Encefálica Positiva, mediante a distinção entre o Sentimento e a Inteligência, proclamando
ainda a seu modo a preponderância do Sentimento sobre a Inteligência.
Sobrepujando assim as diversas
aberrações teóricas que neutralizavam a
sabedoria popular.
Apesar
disto foi defeituosa a sua distribuição,
dessas faculdades elementares; e, classificando-as, ele as
multiplicou arbitrariamente. Mas as
faltas mais notáveis de Gall, referente
as funções da inteligência, onde sua análise se
tornou empírica e incoerente.
Reagindo
contra as concepções metafísicas de Condillac, quanto à preponderância dos
sentidos, Gall transportou aos órgãos cerebrais, atribuição dos gânglios, da
visão e do orgão auditivo, como, por
exemplo, o talento especial para a
pintura, a musica etc.
Gall
isolou o Encéfalo do Soma, esquecendo as
suas mutuas interdependências, a pesar do trabalho de Cabanis, que
melhor compreendeu a verdadeira integridade vital.
A
existência individual, em seus acanhados limites, não podia oferecer espaço suficiente, para uma completa
meditação sobre o problema moral e
intelectual. Foi preciso portanto, que o
construtor da doutrina cerebral, tivesse concebido em suas
meditações, o espetáculo histórico,
contemplando, deste modo, em seus grandes resultados coletivos, os
atributos mais nobres do Homem. Assim, não se pode obter da observação pessoal,
mais do que a verificação de leis
descobertas através da evolução social. Mas uma tão preciosa confirmação, só poderia ser bem estabelecida
em relação aos animais, nos quais as disposições inatas estão bastante
isoladas das modificações adquiridas.
Dotados das mesmas faculdades que o homem, quaisquer
que sejam as diferenças de grau, servem os demais animais de ponto de partida,
pois se a apreciação humana complicada pelas influências sociológicas, nos dá
funções elementares, que não se encontram nos animais ditos superiores. Devemos
por isto, crer que se tornaram como irredutíveis, funções verdadeiramente
compostas. Combinam-se deste modo em
Augusto Comte os dois aspectos, o
Biológico e o Sociológico, para formar o Moral.
Quanto
a parte Biológica, o princípio da construção da Teoria Cerebral de Augusto
Comte, consiste em sua instituição
subjetiva, isto é, na subordinação sistemática da anatomia à fisiologia.
Já
os fisiologistas conhecem o valor deste processo; é assim que se distinguem os
nervos sensitivos ( ou aferentes) dos nervos motores ( ou eferentes) ,
bem como os diversos modos de perceber a
sensação, contidos no feixe nervoso
da tactilidade. Anatomicamente falando, estes diferentes nervos são de uma natureza homogênea. As determinações dos
órgãos cerebrais devem constituir, portanto, um complemento e resultado das práticas de observações fisiológicas.
Determinar
semelhantes órgãos pelo método experimental, órgãos morais e intelectuais é inexequível.
Poder-se-ia fazê-lo mediante o Método Patológico, fundando deste modo uma Teoria Cerebral ou
Encefálica, que possivelmente poderão
ser reforçadas por
práticas hipnóticas .
O
Método Patológico ordinariamente utilizado referindo-se às diversas afecções
somáticas, consiste em
inferir as funções
de um órgão, comparando sucessivamente
um organismo são, com outro organismo doentio, naquele
órgão que se deseja conhecer a função correspondente.
Com
o mesmo tipo de raciocínio inferido pelo
Método Patológico aplicado ao Soma, procurou-se
aplicar a mesma sistemática ao Encéfalo . O Grau de dificuldade surgiu
em virtude de não se possuir os
padrões de saúde, afetiva, intelectual e
prática, determinados com suficiente
precisão, conquanto o conjunto das religiões,
jamais houvesse esquecido de apresentar, verdadeiros modelos de
virtude , sabedoria e
abnegação. Além disso, ficou faltando, considerar as influências negativas
e positivas que os órgãos do Encéfalo
podem exercer sobre o Soma; Saúde ou
Doenças Orgânicas , hoje em dia irreversíveis e que no futuro sob a
orientação da medicina psicossomática, se abrirão para o Homem; os
“milagres” da sobrevivência quase eterna,
pelo domínio do Soma ou Corpo pelo Encéfalo; e pelo domínio do Encéfalo
pela Humanidade, regido pelo Amor e esclarecido pelo Conhecimento Cientifico
das Leis Positivas , que regem o Mundo e
o Homem, em sua existência e desenvolvimento Altruístico.
Em função desta dificuldade, o grande gênio
Augusto Comte, necessitou haver primeiro concebido a filiação histórica, isto
é, o método da Ciência Sociologia; para
projetar no futuro o ideal de um Ser
Humano ( Homem e Mulher) e de uma sociedade, plenamente sadios do ponto de vista afetivo, intelectual
e prático, para servir como modelo
subjetivo para as comparações com os
diversos casos objetivos
individuais e coletivos.
Esta questão foi solucionada com a grande ajuda de Clotilde De Vaux , uma mulher terna e pura
, inteligente e ativa , que mostrou a
excelência do sexo afetivo permitindo a Augusto Comte superar todos os
preconceitos do seu tempo e conceber com nitidez o Ideal Feminino e não
feminista; Simultaneamente os próprios
progressos que esta
Musa determinou no conjunto do psiquismo do Mestre Augusto Comte
,permiti-o por seu turno idealizar com mais
nitidez o Homem Mentalmente e Moralmente Sadio, para servir de Padrão Abstrato, para as comparações com
os diversos indivíduos.
Esta
união veio ainda consubstanciar um capitulo da Moral Positiva, que se refere
a um assunto de importância vital para a sobrevivência unitária e social da nossa espécie ; ou seja,
harmonização recíproca do Homem com a Mulher, pela utilização sistemática da complementaridade natural que
existe no conjunto dos seus
atributos psíquicos- afetivos ,
intelectuais e práticos - com base na
lei de Aristóteles- Príncipe dos Filósofos : “ Separação dos Ofícios e
Convergência dos Esforços”.
Continuando:
o método patológico é realmente uma
fonte de averiguações, mas sem que possa o
observador dispensar uma ação
filosófica que o guie . Em assunto complexo como é o da Alma, sem uma
Teoria Positiva do Cérebro Normal, criada por Augusto Comte, a qual não dispensa a observação social, os dados importantes
passam desapercebidos, assim como fatores meramente circunstanciais são tidos na conta de
indispensáveis. Não se daria mesmo
uma noção exata da loucura. A observação
servira para modificar, até certo ponto, as hipóteses, as quais devem ser instituídas sempre as mais simples,
estéticas e simpáticas de acordo com os dado adquiridos.
A
determinação dos órgãos cerebrais, ou melhor, dos Encefálicos, Morais
(Sentimentos), Intelectuais (Espirito) e Práticos (Caráter), realiza-se
em duas operações: 1) a sua enumeração e 2) a sua disposição. Uma e outra
operação dependem por sua vez de : a) Uma perfeita observação nas faculdades elementares do encéfalo: Morais ou Sentimentais, Intelectuais e
Práticas; de modo que, cada uma delas, sendo irredutível, corresponda à uma
sede estática, isto é, um pedaço do Encéfalo;
b) uma classificação destas mesmas faculdades, visto como a disposição dos órgãos tanto Biológicos, como
os órgãos de Abstração ou Psíquico, se deve conformar com as
verdadeiras relações das funções
correspondentes, afim de permitir a harmonia geral do encéfalo.
Quanto
ao volume e a forma de cada órgão,
Augusto Comte considerou uma questão secundaria, em sua elaboração, o que
dependerá do Método Objetivo, anatômico
ou direto à ser posteriormente
instituído, que até hoje ainda beiram dúvidas.
. Augusto
Comte manteve , consolidando e desenvolvendo a distinção anunciada por Gall,
entre o coração (sentimento) e o espírito (Inteligência), isto é , entre o Sentimento
e a Inteligência, consagrando a
preeminência do primeiro com uma
verdade aforada à ciência moderna, para localizar estes dois
atributos gerais , procedeu o filósofo `a hipótese mais simples, que o caso
podia comportar. Assim, colocando o
problema encefálico em seu ponto inicial, já se conhecia os dois aparelhos externos, com os quais o
encéfalo se comunica, o aparelho sensitivo ( órgãos do Sentidos) e o aparelho
motor ( o conjunto dos músculos), estes dois últimos , hoje em dia, conhecidos
como Grandes Vias Aferentes e Grandes
Vias Eferentes , respectivamente.
Ora
são os órgãos intelectuais ou da Inteligência, os que entretém relações diretas com os
sentidos, cujas as funções externas eles concentram e complementam ; nestas condições , fica a
massa encefálica, dividida em duas
grandes porções, uma frontal,
correspondente a Inteligência e
outra posterior (baixa, média e alta), correspondente aos Sentimentos ( Coração) .
A
palavra Simpático (Simpatia e Afeição) sofre uma divisão entre o Sentimento
propriamente dito e o Caráter,
porque, ao passo que o primeiro
designa o impulso , a palavra caráter isolada
representa o conjunto das qualidades de execução, qualidades práticas , das quais dependem os
resultados efetivos mesmo no encéfalo dos pensadores -Cientista, filósofos
,escritores , músicos etc.
Cedendo
à justa autoridade de Gall, Augusto
Comte acolheu, em sua filosofia, uma
distinção entre Sentimento e Pendor, nos
quais o filosofo acabou reconhecendo apenas a
expressão de dois modos alternativos de toda força positiva, principalmente vital e sobretudo animal. Cada função afetiva,
portanto, representa um pendor, isto
é, uma inclinação ou tendência ou
propensão, quando se torna ativa; e
um Sentimento,
quando se torna passiva.
Quanto
ao termo Instinto, este, em sua
verdadeira acepção exprime todo o impulso,
espontâneo para uma determinada direção; e tanto constitui uma função em qualquer animal como especificamente no homem. Mas tal termo, é
mais usado para representar os pendores
mais grosseiros e mais enérgicos da
natureza animal, como o pendor nutritivo ou o sexual. Ainda há quem use a palavra Instinto para exprimir as tendência
para os atos, nos demais animais à exceção do homem; como se fossem impulsos
mecânicos, distinguindo-os assim das ações do homem. Isto porém representa
resquícios do automatismo de Descartes,
o qual já não se pode mais admitir
depois de inúmeras e judiciosas
observações de Jorge Leroy, as quais já
nos referimos (Cartas sobre os Animais)
e de outros que o sucederam.
O
pendor mais grosseiro e mais geral na
escala dos seres zoológicos é o
nutritivo. Os pendores mais nobres surgem à medida que se sobe na escala
zoológica, sendo mais raros o número de seres a que estes
pertencem.
Anatomicamente o encéfalo representa uma expansão
da medula, ele se desenvolve de traz para adiante. Na serie vertebrada, as partes superiores e anteriores rudimentares no peixe,
desenvolvem-se até os mamíferos mais eminentes.
Determinando
as sedes para os dois grupos de tendências
egoístas e altruístas, a Teoria
Positiva dá a extremidade
anterior da região afetiva `a
sociabilidade ( Occipital Alto) - na parte traseira, da parte mais anterior do Lobo Posterior ou do Lobo Occipital -
Região da Moleira da Criança. Para uma massa mais considerável, a Personalidade, reservando-se as porções mais posteriores, isto é, ( Lobo Occipital baixo e médio) aos instintos mais
grosseiros (nutritivo, sexual, materno, destruidor, construtor, orgulho e
vaidade).
Deste
modo, parte-se anatômica ou
estaticamente falando, debaixo para
cima, isto é , da parte posterior e inferior do encéfalo - occipital baixo,
para sua porção ântero-superior
(occipital alto); do mais grosseiro egoísmo, (que confina com o corpo ou
soma, pela medula), para o supremo
altruísmo,(que limita com a região
da mentalidade ou intelectual).
Semelhante
disposição estática consolida a harmonia entre os dois grandes atributos - A Inteligência e o Amor(
Apego, Veneração e Bondade - O
Altruísmo).
Com efeito, mais do que o egoísmo,
é o altruísmo apto para dirigir e
estimular a inteligência.
Sobre
este texto podemos citar Augusto Comte :
“ Ele ( O
Altruísmo) fornece-lhe (à inteligência) um campo mais vasto, um fim mais difícil, e mesmo uma participação mais indispensável.
Sob este último aspecto, sobretudo, não
se sente bastante que o egoísmo
não tem necessidade de nenhuma
inteligência, para apreciar o objeto de
sua afeição, mas somente para descobrir
os meios de satisfazê-la. O Altruísmo
pelo contrário, exige além disso, uma
assistência mental, afim de conhecer o
Ser exterior, para qual ele tende sempre. A existência social não faz
senão desenvolver ainda mais esta solidariedade natural, em virtude da
maior dificuldade em compreender o
objeto coletivo da Simpatia. Mas já a vida doméstica manifesta a sua necessidade constante, em
todas as espécies bem organizadas.” Política Positiva - Tomo I - Pag 694.
A sede dos
instintos Egoístas de Transição ( Instinto de Aperfeiçoamento + O Instinto de
Ambição) ficam sendo uma, a qual
deve ocupar partes progressivamente
mais altas do Lobo Occipital.
Consideremos
cada um dos três grupos, Moral, Intelectual e Prático das funções psíquicas ou
abstratas do Encéfalo.
As
funções psíquicas ou abstratas referentes ao interesse direto, que constitui o
egoísmo fundamental, dividem-se em duas ordens de instintos, da
conservação e de aperfeiçoamento.
Os
primeiros, que são os mais enérgicos e mais universais, comportam igualmente
uma distinção, segundo se referem à conservação do indivíduo ou da espécie.
O primeiro - conservação do Indivíduo, é mais geral; o segundo -
conservação da Espécie, revela-se nos seres onde sexos são separados; o primeiro
é chamado instinto nutritivo, devido à sua principal atribuição, devendo-se não
esquecer que ele está ligado a tudo que se refira, direta ou indiretamente à
conservação material do indivíduo.
Gall
eximiu o instinto nutritivo, de uma sede especial no Encéfalo. Haja visto como
nos animais destituídos de encéfalo, como por exemplo os protozoários,
verifica-se a manifestação do instinto Nutritivo. Mas , se a mais ínfima
animalidade, pela falta completa de
diferenciação, comporta a ausência de
sede especial, para o mais fundamental dos instintos - o Nutritivo, a
determinação de tal localização, é tanto
mais imprescindível, quanto o animal cresce em dignidade, isto é, quanto
mais ele se aproxima do Ser Humano, a qual
solicita pendores mais variados, cujos os diferentes impulsos desviariam
o Ser, dos cuidados da conservação, se um órgão particular, para o instinto
Nutritivo não lhe proporciona-se uma
garantia preponderante.
Comecemos agora
a enumeração dos órgãos dos instintos Egoístas ou Pessoais, isto é :
O
Instinto nutritivo se localiza assim, na parte
cerebral mais inferior, e mais
próxima possível do aparelho motor e das
vísceras vegetativas.
O
Órgão destinado ao instinto nutritivo é
o cerebelo onde estão as funções
Motoras do equilíbrio
entrelaçadas com os dos Movimentos; Movimentos estes os Voluntários, em sua
parte mediana, ficando as porções laterais dedicadas à sede do instinto sexual ou reprodutor, ao instinto
de conservação individual, onde Augusto Comte denominou nutritivo em virtude de
seu principal atributo. Mas convém notar e não esquecer nunca os outros
atributos deste instinto; é ele, por exemplo, que nos impele a tudo quanto
pode assegurar a conservação da nossa
existência; assim , é o instinto nutritivo, que suscita todos os movimentos que
asseguram os nossos equilíbrios, ele é ainda o que nos submete às vezes a
dores, a grandes sofrimentos para salvação da nossa vida. É o instinto
verdadeiramente universal na escala zoológica, existindo até nos tipos mais
rudimentares. Mas, a conservação da espécie,
além do instinto sexual, compreende o instinto materno, o qual, prende o
animal aos produtos e aos filhos; primeiro destes instintos, isto é, o sexual,
é mais enérgico e mais geral, pois se verifica
nos animais de sexos já separados,
sem que ainda se revele nenhuma solicitude da parte dos
progenitores para com os filhos.
Assim,
a localização conservadora forma a
progressão ternária: Instinto Nutritivo, Instinto Reprodutor e Instinto
Materno. Estaticamente sucedem-se as três sedes: Parte Média do Cerebelo, (
Órgão Impar); seus Lados (Órgão Par); Porção Médio Posterior do Cérebro
Inferior (Órgão Impar), respectivamente.
Comparados
os dois instintos da Conservação da
Espécie, ou seja, o instinto sexual e o materno; verifica-se que um, o
sexual, é mais grosseiro, prepondera no sexo masculino; e o outro, o materno, é
mais nobre, e prepondera no sexo
feminino.
Seguem-se
aos dois citados instintos dos Aperfeiçoamentos, um por
destruição e o outro por construção .
Ao
passo que os instintos da conservação se referem à vida vegetativa ou de nutrição, estes
concernem à vida animal ou vida de relação; mais elevados, embora ainda
colaborem como satisfações pessoais. .
Os instintos do Aperfeiçoamento são dois,
Instinto Destruidor ou Militar;
e o Construtor ou Industrial.
Os
dois termos Militar e Industrial traduzem as duas tendências na espécie humana
em que, de fato, eles atingem seu termo supremo; o primeiro, o Instinto Militar
pela conquista permanente, preparando a Paz; e o segundo, o Instinto
Construidor, preparando a Indústria
coletiva.
Quanto
ao papel dos dois pendores do
aperfeiçoamento, um impele a destruir os obstáculos; o outro,
a construir os meios; o primeiro,
mais indispensável, mais fácil,
mais universal, que o segundo. Este
porém existe, em todos os animais em que
os instintos de conservação,
mormente o materno, exige trabalhos especiais, donde emanam as tendências
construtoras dos animais, sobre a influencia da maternidade ; como as aves, que
preparam os ninhos, etc.
A
sede do instinto construtor, reside ao
lado do órgão materno, devido às relações
dinâmicas entre dois pendores, o
instinto construtor e materno ( órgão par);
a sede do instinto destruidor,
acima do órgão materno ( Órgão Impar); as tendências intermediárias , de
caráter ambíguo, compreende os dois pendores- o Orgulho , isto é, a necessidade
de domínio; a Vaidade isto é,
a necessidade de Aprovação.
Ambos
dependem em suas satisfações, dos laços sociais, sendo que a Vaidade é sob este aspecto, superior ao Orgulho.
Apreciados,
na Espécie Humana, os dois instintos, Orgulho
e Vaidade, eles caracterizam os
dois poderes - o Temporal e o Espiritual respectivamente; e o
que comanda
e o que aconselha
respectivamente; um tende ao
comando, ao ascendente pessoal pela
força; o outro, pela persuasão ou convencimento, respectivamente.
As
respectivas sedes acham-se colocadas: a do Orgulho ao lado do Órgão Industrial
( Órgão Par- Instinto Construtor ), o da Vaidade, acima do mesmo órgão (Órgão Impar). Termina assim a
região afetiva fundamental por um órgão mediano, como aquele que a
começou.
Completa-se assim , a Progressão Estática
fundamental,(Parte Anatômica e
Estrutural da Abstração - Órgãos da Abstração) a lógica das interfaces e
interdependência , grupando os 7 pendores pessoais, comuns a quase todos os
animais superiores, de acordo com as
atividades ou funções.
Passemos agora aos Sentimentos
que nobremente determinam a vida Moral; os Altruístas.
Eles
são menos enérgicos e mais eminentes, e formam uma progressão ascendente;
formam pluralidade segundo as determinações de
Gall, disposta em progressão ascendente :
Apego,
Veneração e Bondade.
Em
sua fraqueza encontram estes
pendores uma compensação em sua índole
eminentemente social; permitem a colaboração, livre de conflitos, em que os
seres podem saborear as mais profundas e
agradáveis emoções.
O
primeiro (Amizade ou Apego) é mais
enérgico, liga sempre dois seres, a um tempo; é o instinto da igualdade, e é a
base da vida doméstica, ligando os cônjuges, os irmãos e os amigos entre eles.
A Veneração aplica-se aos superiores; aos pais, aos mestres,
aos antepassados, aos Grandes Vultos da Humanidade. E a todos os fenômenos que
estão fora de nossa intervenção. - Poder da Terra, dos stros, as órbitas dos
astros, o nascer e o pôr do sol; as erupções, os degelos, as tempestades, as tormentas etc.
O
caráter essencial da Veneração é o
da submissão voluntária; animais há, como o cão eminentemente dotados
deste sentimento.
A
Veneração estabelece transição para
a Bondade, ou o amor universal, esboçada pela teologia na caridade cristã . A
bondade prende-nos aos inferiores; sua destinação é geral, enquanto que a dos
dois primeiros é especial.
De
acordo com Augusto Comte:
“
Seu caráter (da bondade) consiste, com efeito, em uma destinação coletiva
qualquer que seja a sua extensão. Desde o amor da tribo ou da povoação, até o
mais vasto patriotismo, e mesmo até a
simpatia para com todos os seres
assimiláveis, o sentimento não
muda de natureza; ele se enfraquece e enobrece, segundo a lei, comum de minha
série afetiva” - Política Positiva Tomo
I - Pag 703.
Retificada
pelo filósofo Augusto Comte, algumas opiniões de Gall quanto à localização dos três instintos Altruístas,
acha-se esta do seguinte modo determinada: a da Bondade,
na mais elevada porção mediana do cérebro occipital; a da veneração
imediatamente atrás da Bondade. O Apego, porém, reside em órgãos pares aos lados
do órgão da veneração. O Apego,
inclinado de ante para traz, vem
ligar-se, em baixo , ao órgão da Vaidade, mantendo assim a continuidade total da vida afetiva.
Termina deste modo a região afetiva do Encéfalo por um órgão
par, Apego e dois impares (veneração e bondade)
Passemos agora apreciar as
funções concernentes à Inteligência:
Distinguem-se
duas funções mentais: Uma relativa
à Concepção e
a Expressão . Existe uma grande
conexão entre as duas, como o provam
certos termos; a palavra
lógica oriunda de um termo grego , quer dizer palavra, e aplica-se
ao raciocínio. A pesar de ligadas, as duas funções da concepção e da expressão, permanecem independentes, como o
provam os casos de moléstias, que exaltam uma,
deprimindo outra; e o desenvolvimento da linguagem, durante a infância o
qual precede o desenvolvimento do
raciocínio.
Augusto
Comte, portanto adota a opinião de Gall, que elegeu um órgão especial para a
Linguagem, não só no homem como em todos os animais superiores.
Quando
as relações animais são ainda embrionárias; a simplicidade orgânica, não
permite mais que dois órgãos: um para
cada função, a expressão e a concepção. Desde que o cérebro se desenvolve , que as relações animais se ampliam, com o
surto do instinto materno, pode-se dizer que o aparelho intelectual se complica,
pela divisão da faculdade de concepção, enquanto que a da expressão,
permanece simples.
A
Concepção divide-se em ativa e passiva, embora harmônicas.
A
primeira qualifica-se de Contemplação, a segunda de Meditação.
Residem as respectivas sedes: a da Contemplação, na parte inferior do Lobo Frontal; e a da Meditação,
na parte superior do mesmo.
Augusto
Comte faz resultar tal determinação anatômica de duas ordens de considerações subjetivas: há necessidade
de aproximar dos órgãos sensitivos à
função cerebral, que é a única que se
liga diretamente as suas operações (
Contemplação ), e por outro lado, a obrigação de fazer suceder à região afetiva, o órgão intelectual que, em
virtude dos dados que fornece ao exterior, tem de apreciar a conveniência final dos impulsos, que emanam
dos diferentes pendores (meditação).
Resolve-se assim, o dualismo mental, em uma
serie ternária : a
Contemplação, a Meditação e
a Expressão.
A
Contemplação e a Meditação sofrem por seu turno, uma divisão, para que se
chegue às funções verdadeiramente irredutíveis. Assim, a contemplação ou é
concreta, referente aos seres, ou abstrata referentes aos atributos.
À
semelhante divisão, correspondem órgãos também distintos; o órgão da
contemplação concreta está mais ligado às impressões exteriores, do que o
da contemplação abstrata.
Menos
aproximada dos sentidos, do que a observação concreta, a sede da observação
abstrata, representa um órgão impar, colocada na linha mediana como alias exige
a solidariedade mais intima de suas duas metades.
O
Órgãos da Contemplação concreta é par,
do qual uma das partes, se acha acima do olho correspondente e tendendo para
a orelha vizinha.
·
Aparelho
da Meditação compõem-se de dois Órgãos ;
o da Meditação Indutiva e o da Meditação
Dedutiva.
O Órgão Meditação Dedutiva é impar, e
ocupa o meio da parte superior do Lobo Frontal. O Planejar depende sobretudo
dele .A sua sede fica deste modo, em contato com a dos pendores mais nobres; a
ordem contígua ao AMOR ( é preciso que o órgão que liga intelectualmente os
acontecimentos ( Meditação Dedutiva),
resida perto do instinto que afetivamente ligue os Seres - (Órgão da Bondade).
O
Órgão da Meditação Indutiva é par, e
cada metade está em contato com o órgão observador - (Contemplação Abstrata) ,
que lhe fornece os dados habituais - Idéias .
Resta-nos
o Órgão da Expressão: a função deste órgão consiste em inventar
os sinais para comunicação dos sentimentos e dos projetos .
No início da escala zoológica, a linguagem cifrava-se nos
próprios atos, os quais traduziam e traduz
os impulsos, de onde dependem.
Quando
a relações morais dos animais se complicam, a expressão se torna artificial, formando-se então, pela
decomposição dos gestos e dos sons, os sinais ; no primeiro caso estes são
representados pelos gestos e pelos movimentos, mais expontâneos,
correspondentes às paixões ; no segundos
institui-se a linguagem verbal.
A Teoria Cerebral dá, como sede da expressão,
cada extremidade lateral da região especulativa, ( Lóbulo Frontal-
local da Inteligência), estendendo-se depois, para as frontes, ficando,
assim equidistante do olho e do ouvido, seus principais
auxiliares; e por outro lado, fica esta sede contígua à região ativa do cérebro - Caráter,
da qual esta região contém um laço
imediato com o conjunto do aparelho - o conjunto dos três (coragem, prudência
e perseverança).
Vejamos
agora a aptidão prática ou as funções do caráter.
Todo Ser ativo, diz Augusto Comte, deve ser
dotado de coragem, para empreender; de prudência para executar; e de firmeza para realizar.
As
sedes destes atos devem confundir-se com
a região afetiva e com a especulativa , do que depende a eficácia
de sua atividade, igualmente útil a vontade e ao conselho.
Para a Firmeza ou Perseverança , fica destinado um órgão médio , já assinalado
por Gall, atrás da Veneração
e na frete da sede atribuída por Augusto Comte à Vaidade.
Aos lados (órgão par)
reside a Prudência ,
inclinada para adiante , até a região intelectual, e cruzando, no início com o órgão do Apego, que pende em sentido
inverso.
O órgão da Coragem fica
colocado ao lado do órgão impar da
Vaidade. Os três órgãos da atividade ou caráter, acham-se colocados na mesma ordem, segundo o crescimento em
dignidade, e o decréscimo em generalidade; dispondo-se os órgãos, da
coragem para a perseverança , de traz
para adiante e de baixo para cima.
Apresentamos, no quadro I, o esquema
cerebral, não algo que se ache
nas obras de Augusto Comte; ao contrário, segundo o próprio, a sua
Teoria Cerebral não comporta,
nenhuma representação gráfica, pois a forma
e a grandeza de cada sede ficam
ai indeterminadas (Vide Política Positiva - tomo I ; pag. 730).
Em vez de escrever as funções
cerebrais num quadro esquemático,
indicamos aqui sobre um desenho de um cérebro, segundo a ordem estabelecida
pelo Filósofo, sem a mínima pretensão de
localizar, os órgãos com precisão ; a precisão fica somente apontadas segundo
as suas mútuas relações.
Em função da evolução da ciência
aos dias de hoje , vamos neste momento trazer algumas novidades , apenas
como mera colaboração intelectual, para
mostrar aos leitores , que
Augusto Comte , não foi contestado em
suas proposições positivas, mesmo com avanço da ciência ao nível de hoje.
O cérebro humano e o seu processo
operacional , ou melhor dizendo , seu Processo Mental, tem sido para nós, o mesmo que o
mistério em torno da Existência do Planeta Terra , no que diz
respeito as dúvidas sobre o Universo.
Embora o cérebro, tenha permanecido
muito mais distante , que a questão da “terra incógnita, no
conhecimento humano, no entanto recentes progressos nas ciências
Biológicas, particularmente na Biologia Celular, tem trazido um incremento aos entendimentos ou compreensão do que acontece com o Cérebro - local este,
constituído de mais de 30 bilhões de células altamente sofisticadas e especializadas.
As
estruturas primitivas, envolve na sequência que comanda as Células Humanas ,
como se fosse interessado com as funções
reguladoras do corpo, tais como a
respirações, a circulação do sangue e
o sono. Estes centros são
hoje bem conhecidos as suas
localizações, na medula e na coluna vertebral.
Nas folhas seguintes , de numero
xxx e www , apresentamos uma visão
sintética de todos os órgãos, componentes do Encéfalo Humano, com bases nos Critérios Anatômicos(A) e com base na Segmentação ou Metameria (B),
respectivamente.
Após esta visão Estática, vamos analisar o Aspecto Dinâmico da Abstração ,
pag yyy
(B) PARTE FISIOLÓGICA - MORAL POSITIVA - ASPECTO DINÂMICO DA ABSTRAÇÃO
“ Sob este duplo título , a região afetiva do cérebro pode
funcionar mais no sono do que durante a vigília, em virtude do repouso
das outras duas. A inércia destas, só raramente permite a manifestação de
tais operações afetivas que, quase nunca deixam traços distintos e duráveis. Nos sonhos ou delírios, que comportam uma tal
apreciação, esta fornece o melhor indício das inclinações dominantes,
então libertadas de todo o embaraço exterior ”
1.1.1.2 -Lobo Temporal - Parte importante do Sistema Límbico e controle do Sistema Autônomo.Memória Recente.
1.1.1.6.1 - Corpo Caloso - Conecta áreas corticais dos dois Hemisférios, exceção das do lobo Temporal.; o corpo caloso permite a transferência de conhecimentos e informações de um hemisfério para outro, fazendo com que eles funcionem harmonicamente; seção cirúrgica faz a incapacidade de descrever objetos colocados na mão esquerda, embora os reconheça.
1.1.1.7 -Córtex - Substancia cinzenta que se dispõe numa camada fina , na superfície do cérebro e do cerebelo; o córtex é funcionalmente heterogêneo: possuindo áreas sensitivas , motoras e de associação .
1.1.2 - Diencéfalo
2.1 Aferente
(D) Parte Fisiológica - Aspecto Dinâmico
Organização Morfofuncional
Augusto Comte, ao escrever o Quarto volume da Política Positiva ou Tratado de Sociologia , Instituindo a Religião da Humanidade , concebeu a coordenação das Leis Naturais formando os domínios próprios da Filosofia Primeira, da Filosofia Segunda , da Filosofia Terceira; instituindo ainda A Moral Teórica , a Moral Prática e o Quadro Geral dos Progressos Humanos - isto é, O Estado Normal, do Sentimento, da Inteligência e das Ações Humanas, entrelaçando, O Trabalho, A Produção, O Salário , O Capital , A Propriedade, A Religião, A Arte, A Filosofia e A Política .
Na primeira fase temos a contemplação e na segunda a meditação
Assim podemos visualizar , na sinopse abaixo , que :
Notemos , que o plano é, a imagem geométrica das planícies verdejantes , das águas tranquila ,dos lagos e dos rios , onde encontramos os mananciais de amor e beleza.. A esfera, recorda a abóbada celeste , abarrotada de estrelas , onde estão presos o Sol e a Lua, os dois astros mais belos e mais amados , que surgem aos nossos olhos , como um disco de fogo, círculos luminosos , como forma análogas á curva geratriz da esfera.. O esferoide , imagem apenas deformada da esfera , sugere , as mesmas considerações , da forma de onde tem sua origem, apenas atenuada , pela falta de uniformidade da curvatura , e por outro lado não elimina a sua beleza e a simpatia da hipótese.
Vamos, neste momento, evidenciar a universalidade da Lei da Imutabilidade, verificando sua presença em todas as ciências positivas .
Na Matemática:
Exemplo 1) A equação explícita ou expressão da relação algébrica do segundo grau , ax2 + bx + c = 0 retrata uma única e imutável correlação entre as variáveis (a,b,c) e a incógnita (x) .
Na Matemática : As variáveis que compõem as equações , que expressam as leis ,podem sofrer variação de intensidade, mas a equação permanece inalterada .
II)SEÇÃO MAIS SUBJETIVA - 2º GRUPO - ESSENCIALMENTE SUBJETIVA
III)SEÇÃO MAIS SUBJETIVA - 2º GRUPO - ESSENCIALMENTE SUBJETIVA
I) P = m g
IV)SEÇÃO MAIS OBJETIVA - 3º GRUPO - PRINCIPALMENTE OBJETIVO
V)SEÇÃO MAIS OBJETIVA - 3º GRUPO - A MAIS SUBJETIVA QUE A PRECEDENTE
A) Parte Anatômica e Estrutural - Aspecto
Estático Biológico
-- Órgãos Biológicos --
Divisão do Sistema Nervoso Com Base em Critérios Anatômicos.
I)
Sistema Nervoso Central
1) Encéfalo
1.1 Cérebro
1.1.1 Telencéfalo
1.1.1.1 - Lobo Frontal - ou Anterior ou Dianteiro
1.1.1.2
-Lobo Temporal - Lateral Próximo do Frontal*
1.1.1.3-
Lobo Parietal -Lateral Próximo do Occipital* 1.1.1.4
-Lobo Occipital - ou Posterior ou Traseiro
1.1.1.5
-Lobo Central ( Ínsula) - Dentro do Cérebro
1.1.1.6
- Face Medial *No texto do Livro
1.1.1.6.1 - Corpo Caloso usamos a expressão 1.1.1.6.2 - Fórnix Parietal, para incluir
1.1.1.6.3- Sépto Pelúcido Temporal e
1.1.1.7 - Córtex Parietal propriamente.
1.1.1.8 - Massa Branca
1.1.1.7 - Córtex Parietal propriamente.
1.1.1.8 - Massa Branca
1.1.1.9 - Hipocampo
1.1.1.10 - Ventrículo
1.1.2 - Diencéfalo
1.1.2.1 - Tálamo
1.1.2.2
- Hipotálamo
1.1.2.3
- Eptálamo
1.1.2.4
- Subtálamo
1.1.2.5 - Glândula Pineal
1.1.2.6 - Glândula Hipófise
1.1.2.7 - Corpo Mamilar
1.1.2.8 - Corpo Caloso
1.1.2.9 - Fornix
1.1.2.10- Pituitária
1.1.3
- Núcleos da Base e Centro Medular -
1.2 - Tronco Encefálico
1.2.1 Mesencéfalo
1.2.2
- Ponte
1.2.3
- Bulbo
1.3 - Cerebelo
2) Medula Espinhal
II) Sistema Nervoso Periférico
1) Nervos
1.1
Espinhais
1.2
Cranianos
2) Gânglios
3) Terminações Nervosas
A) Parte Anatômica e Estrutural -
Aspecto Estático Biológico.
Divisão do Sistema Nervoso Com Base na Segmentação ou Metameria.
Ou
Conexão
com Nervos.
1) Sistema Nervoso Segmentar - Pertence ao Sistema Nervoso Segmentar
todo o Sistema Nervoso Periférico , acrescido as partes do Sistema Nervoso Central que estão em relação direta com os Nervos Típicos , ou seja a Medula Espinhal e Tronco Encefálico.
2) Sistema Nervoso Supra - Segmentar - Pertence ao Sistema Nervoso Supra Segmentar o Cérebro e o Cerebelo
#############################
Esta divisão põe em evidência as semelhanças estruturais e funcionais existentes
entre a medula e o tronco
encefálico(1) em oposição ao cérebro
e cerebelo(2).
·
Assim nos
Órgãos do Sistema Nervosos Supra- Segmentar(2), a substancia cinza se localiza
por fora da substancia branca , formando uma camada fina, o Córtex, que reveste
toda a superfície do órgão.
·
Nos Órgãos
do Sistema Nervoso Segmentar(1), não
existe Córtex , e a substancia cinza pode se localizar dentro da branca , como
ocorre na medula.
·
O Sistema
Nervoso Segmentar surgiu na evolução antes do Supra Segmentar e pode se
dizer funcionalmente que lhe é subordinado.
·
De um modo
geral, as comunicações entre o Sistema
Nervoso Supra Segmentar (2) e os órgãos
periféricos receptores e efetuadores
se fazem através do Sistema
Nervoso Segmentar(1)
Com base nesta
divisão, pode-se Classificar os Arcos
Reflexos em :
Supra Segmentares
- Quando o componente Aferente se liga
ao Eferente, no Sistema Nervoso Supra Segmentar.
Segmentares - Quando o componente Aferente
se liga ao Eferente , no Sistema Nervoso Segmentar.
Os Nervos Olfatório
e Óptico se ligam ao Cérebro ,
mas não são Nervos Típicos.
(B) PARTE FISIOLÓGICA - MORAL POSITIVA - ASPECTO DINÂMICO DA ABSTRAÇÃO
As Funções Sentimentais ou Afetivas determinam os motivos de
ação; delas emanam os desejos; são mais espontâneas; as funções intelectuais
são consultivas, apreciam as conveniências dos desejos, bem como esclarecem o
fim exterior, para os quais tendem os
atos, que as funções práticas efetuam; estas últimas, de fato, representam a aptidão para realizar as
indicações ou desígnios, assentados ou definidos.
As Funções Práticas ou de
Caráter ou de Ações ficam deste
modo mais ligadas às funções
Intelectuais ( de Conselho ou de Espirito). A sua sede deve portanto ocupar uma zona intermediária entre a do
Sentimento e a da Inteligência; mais
aproximada do, órgão Frontal do que do
Cerebelo.
Composta
inicialmente de Coração e de Espírito ( Sentimento
e Inteligência), oferece-nos agora a Alma Humana , uma sucessão
ternária, Sentimento propriamente dito,
o Caráter e a Inteligência. Do mesmo modo, o dualismo anatômico inicial, resolve-se na sucessão normal , uma parte posterior para o sentimento ; anterior para a
inteligência e média para o caráter.
Ficam
as regiões Abstratas principais do cérebro ou melhor do Encéfalo, assim
harmoniosamente ligadas, por meio de uma
Análise Metodológica Subjetiva.
O
que constitui a unidade cerebral ou encefálica é o Sentimento, Centro Normal de
Nossa Vida Moral. Os órgãos, que lhe são destinados, não se comunicam
diretamente com o exterior, permanecendo assim ao abrigo de seus estimulantes
diretos. A zona Afetiva ou de Sentimento do Encéfalo, se comunicando com
as zonas da Inteligência e do Caráter,
recebe de uma as informações
lógicas de que dependem as suas Emoções, e, à outra comunica os impulsos, que nascem de seus Desejos
espontâneos, e é recitada pelos Atos ou Ações .
As
regiões da inteligência e do caráter mantém relações normais com o exterior,
para conhece-lo e modificá-lo, mediante os aparelhos sensitivos e locomotores .
Como
a Atividade, sobrepõem o Apego e o Entusiasmo, à Inteligência, e
estes, o Apego e o Entusiasmo, estimulam
e fertilizam a Inteligência ou espirito,
lubrificando e iluminando os
raciocínios.
Augusto
Comte caracteriza a harmonia fundamental da Alma, no seguinte verso,
sistemático:
Agir
por Afeição e Pensar para Agir
Os
atos ou ações sem um estimulo e um fim
afetuoso, são uma desregrada e estéril
atividade.
O
consenso total da vida ou o principio de unidade, tem o seu regulador supremo no cérebro. Mas
durante o sono, em que a vida Encefálica
pode adormecer por completo, desaparecem o consenso e a continuidade da existência animal ?
A
pergunta corresponde a uma questão rebatida entre os metafísicos,
sobre se as mais elevadas funções da Alma são contínuas ou
intermitentes.
A
solução que oferece a Teoria Positiva
do Cérebro , elaborada por Augusto Comte, baseia-se na conexão
estabelecida por Gall entre a
simetria dos órgãos da animalidade
e a intermitência de seus
respectivos atos; e , por outro lado, na preeminência das funções afetivas , formando o centro da unidade e a fonte da continuidade do Ser ; não houve uma descontinuidade de Existência Subjetiva.
Os
órgãos mentais e práticos estão sujeitos a Lei da Intermitência( que será vista
mais à frente no texto deste livro),
tanto quanto os aparelhos
externos , com os quais se comunicam, pelas
sensações e pelos movimentos. Os
órgãos afetivos, porém mantém a sua atividade continua, mediante o exercício
alternado de suas partes simétricas.( Hemisférios cerebrais)
O
sono que entorpece as impressões externas e os movimentos, devem entorpecer por
igual as faculdades centrais que lhes correspondem, mais as funções morais,
para manterem a unidade e a continuidade da Alma velam sempre.
É
preciso ainda manter a assistência à
vida vegetativa, que está ligada aos principais instintos de
conservação.
Disse
Augusto Comte, na Política Positiva- Tomo I - Pag 690.
O Enredo do Sonho, fornece indicações
sobre os Sentimentos
preponderantes do Indivíduo; desta forma,
a Teoria Cerebral criada por Augusto
Comte , veio antecipar-se à uma das conclusões centrais
da Psicanálise de Freud.
Em
outras palavras, isto acima dito por
Augusto Comte é a expressão positiva do
que metafisicamente
se entende por inconsciente.
A vida afetiva ou de Sentimento comporta por sua vez, uma divisão : Personalidade (Egoísta) e Sociabilidade (Altruísta).
Tal distinção lança a base natural da vida moral, esboçada em biologia. Ela traduz-se no conflito tão celebrado na natureza humana, entre
o bem e o mal , ou a Natureza e a
Graça do Catolicismo; ou entre o Egoísmo
e o Altruísmo, após sua consagração Positiva.
A Personalidade ou o egoísmo é mais enérgico que a Sociabilidade ou
Altruísmo, e domina na existência individual; o estado social tende a inverter
esta ordem individual, desenvolvendo as tendências
mais nobres e mais fracas e comprimindo as mais grosseiras e fortes. Tanto a
personalidade como a sociabilidade, os dois aspectos gerais de nossa existência moral, dividem-se em diferentes tendências
elementares, segundo a regra taxonômica da dignidade crescente
e energia decrescente.
A Veneração e a Bondade, que formam as funções
mais complexas de Sentimentos compostos
de Inveja, Ciúme, Gratidão, etc, nem os
impulsos que levam a certos atos ou
ações complexas, como o furto, o assassinato etc. Analisando porem estes
sentimentos e atos complexos através do
Quadro Sistemático da Alma -
descortinam-se as tendências irredutíveis que lhes formam a essência. No entanto nestes sentimentos
compostos não figuram no quadro
cerebral de Augusto Comte.
A Inveja, por exemplo, representa o
desejo de prejudicar, de destruir o Mérito, e até a própria vida de outrem, sob
os influxos de um dos pendores
egoístas exaltado e chocado. Assim ,
semelhante sentimento nasce da união do instinto destruidor, com um dos outros, desde o instinto conservador do indivíduo, e da
espécie ( no caso formando então o ciúme) até o
orgulho e a vaidade.
A Gratidão representa uma inclinação simpática por alguém que nos alimentou
o interesse , geralmente o instinto da
conservação . Este instinto de
conservarão excita particularmente a veneração; é com efeito, comum venerar a
quem de qualquer modo, nos ampara materialmente, moralmente ou intelectualmente. Relação entre
estas duas tendências constitui o fundo
orgânico do pendor dos folhos pelos pais. Também o apego e a bondade, podem
como a veneração ser estimulados pelos pendores egoístas .
A
Vaidade excitada desperta o Apego. A
Gratidão muitas das vezes só dura
enquanto se mantém o egoísmo
satisfeito ; nas melhores naturezas , porem, apesar da retirada deste egoísmo, mantém o afeto , entregue ao próprio
delicioso exercício. A sabedoria popular costuma aferir o Mérito Moral, pela
gratidão. De fato, quem não é capaz de amar nem sob o estímulo de um egoísmo
satisfeito, muito menos o fará pelo
único gozo de amar.
Sob outros aspectos , os sentimentos pessoais,
muito mais enérgicos servem de
estimulantes ao Altruísmo; como por exemplo o Instinto Reprodutor : Uma união
iniciada sob sua influência, pode acabar
consolidada pelo mais desinteressado amor, o qual continua então a se manter
à custa de seus próprios encantos, vide ; “ Amar e ser
Amado, de Pierre Weil ”. O Orgulho, igualmente, reage sobre as tendências
Simpáticas. Conhece-se grandes estadistas
que galgaram sempre o poder pelo desejo de domínio, fazendo dos estímulos
pessoais satisfeitos, um instrumento
para a felicidade da Pátria, como também se observa , no entanto, nem sempre
isto ocorre.
A
sabedoria humana por estas disposições de nosso encéfalo, pode transformar até
as nossa fraquezas , o nosso próprio egoísmo, em fontes de aperfeiçoamento. Como escreveu são
Francisco de Sales - 1622 - no livro a Arte
de Aproveitar-se
dos Próprios Defeitos.
Certos
instintos, como o materno, pela suas fáceis reações , principalmente
influenciado pelo progresso social, confunde-se muitas vezes, com as simpatias que despertam. O Instinto materno é
muito comumente confundido com o
Altruísmo, que a ele se associa. Mas, a observação zoológica evidencia a
natureza egoísta deste pendor, já
bem caracterizado em espécies nas
quais ele não se subordina à afeições superiores. Presencia-se isto mesmo em nossa espécie, dadas certas índoles morais. Está na mesma condição o instinto sexual, que sendo intrinsecamente um pendor egoísta , pode no entanto despertar o
Apego ou a Bondade.
Reconhecida
a multiplicidade dos instintos, a harmonia em uma natureza complexa, só pode
resultar da subordinação das
tendências espontâneas à um
móvel impulso ; este motor único , pode ser egoísta ou altruísta .
Apreciado através da Teoria Cerebral, a segunda modalidade de unidade, isto é, a modalidade Altruísta, é
a única compatível com a existência
real; é o único durável e completo .
Os
impulsos pessoais são múltiplos, e sendo todos mais ou menos enérgicos, geraram
conflitos, tornando-se dolorosamente penoso o equilíbrio cerebral.
Só a subordinação normal da conduta por
motivos externos, mediante os laços que
nos unem aos outros, pode
determinar um estado duradouro e feliz de unidade.
Segundo Augusto Comte - Catecismo - Pag 50 - 4 edição
em Português. :
“ Todo aquele homem ou animal que
nada amando no exterior, não vive realmente se não para si, acha-se, só por isso,
habitualmente condenado a uma desgraça alternativa de
triste fadiga, agitação desregrada , trepidação ”.
Existem certos fatos, de ordem
intelectual, que também não
figuram na classificação de Augusto Comte, como a memória, o juízo, etc., e que a velha
metafísica reputava faculdades
simples.
É que a memória, o juízo, a imaginação
etc., representam faculdades
compostas , em que entram as
diversas funções simples e irredutíveis da inteligência. Quem recorda um fato,
uma situação, quem imagina, ou que
ajuíza, estabelece, incontestavelmente, uma colaboração de faculdades simples, contemplação, indução e
dedução.
Ligando-se as funções da
atividade às do aparelho muscular, verifica-se que os atos do animal, dependem de uma contração ou descontração
(coragem), da permanecia desta contração ou descontração (perseverança) ou de uma retenção a contração (prudência)
As
funções simples Abstratas do Encéfalo que acabamos de expor; Morais,
Intelectuais e Práticas, concorrem todas na ação complexa da vontade, ou
desejo, que é gerada pelo Entusiasmo,
com fundo Emocional; porque querer, segundo a teoria positiva, a Ação
propriamente dita, cuja determinação afetiva
ou moral, já foi sancionada pela inteligência; querer, portanto, traduz,
a um tempo, sentir ou desejar, pensar e agir; que pode ser resumido em uma
máxima de Augusto Comte :
“Agir
por afeição e pensar para Agir”.
Isto
tudo que foi dito , no campo da Teoria
Cerebral de Augusto Comte, tal como ela
é expressa em seu Tratado de Política Positiva, Primeiro
Volume.
Ao terminando esta parte, registramos as
palavras do Médico Psiquiatra Positivista, brasileiro, Jefferson de Lemos:
“Como vimos, tudo começa no
estudo Científico da Alma Humana, as
tremendas devastações morais e sociais desta nossa época contemporânea , cujas consequências
desastrosas todos nós sentimos e que tem sempre posto este assunto na ordem
do dia. No entanto a dificuldade do problema só tem permitido soluções
empíricas e materialistas, quando
se afastam das soluções provisórias, hoje
profundamente desacreditadas, instituídas pelas religiões teológicas ,
que guiaram os primeiros passos da Humanidade. Com o nome de psicologia, de
ética ou moral, segundo o aspecto mais
teórico ou mais prático por que se
apresentam, estes estudos pecam por falta da necessária base científica, única capaz de dar-lhes a solução definitiva, segundo as
exigências de nossos dias.
Confundindo-se educação com simples Instrução, em virtude da preeminência que
se dá à inteligência sobre os sentimentos;
os psicólogos e pedagogos ainda tem
suas vistas voltadas
mais para a parte intelectual de
nossa natureza, como se basta-se
forma-la e desenvolve-la, para que o problema fique resolvido. Nisto
ficam muito inferiores às doutrinas teológicas
quaisquer, que sempre se preocuparam com o cultivo do sentimento, dos
quais deve decorrer a disciplina normal
da inteligência, segundo a
máxima do grande místico
do catolicismo, quando disse na Imitação, com toda a realidade, que os
“erros do espírito provem dos vícios do coração” . Isto foi ainda
acentuado pelo grande moralista Vauvenargues
ao afirmar que “os grandes pensamentos vêm do coração” .
Estes apanhados empíricos, fizeram com que Augusto Comte , mostrasse que “não pode haver
pensamentos gerais sem sentimentos generosos” .
Não basta, pois, para levantar a
alma humana do caos em que se encontram hoje, preparar a inteligência da
criança e do jovem; não será apenas
deste modo que se hão de formar cidadãos aptos à vida social. O que é preciso é
firmar-lhes o sentimento, que constitui o fundamento de nossa natureza moral,
exercitar-lhes sentimentos generosos, corrigir lhes os defeitos egoístas, a fim
de que a sua inteligência e as suas
ações se libertem da escravidão aos maus
pendores que constituem os nossos vícios
originais ".
Vide
Esquema da Teoria Cerebral de Augusto Comte - Anexo I -
A seguir, com base nos órgãos que compõem o Encéfalo, apresentamos as
funções operacionais com suas
atribuições específicas, confirmadas
cientificamente de forma objetiva
até a data de hoje.
(D) PARTE FISIOLÓGICA -ASPECTO DINÂMICO DAS
FUNÇÕES ORGÂNICAS - FUNÇÕES
OPERACIONAIS FÍSICO QUÍMICAS DO ENCÉFALO - SISTEMA LÍMBICO - PROGRAMAS E SISTEMAS DO ENCÉFALO -
(D) Parte Fisiológica - Aspecto Dinâmico Operacional das Funções Orgânicas - Funções Operacionais Físico-Químicas
. Principais Funções dos Órgãos do
Sistema Nervoso Central e Periférico já Confirmados Hoje em dia - 1997 - não
contrariando as indicações contidas nas Obras do Filósofo Augusto Comte.
I) Sistema
Nervoso Central
1) Encéfalo
1.1 Cérebro
1.1.1 Telencéfalo
1.1.1.1 - Lobo Frontal - Área
Motora Principal do Cérebro - Caráter e Inteligência - Centro Cortical da Palavra Falada. Sentimento - ligado ao Sistema Límbico e Hipotálamo
Raciocínio - Olfato. Parte não Motora do Lobo Frontal- Ligado ao, Sistema Límbico - Raciocínio , Memória .
1.1.1.2 -Lobo Temporal - Parte importante do Sistema Límbico e controle do Sistema Autônomo.Memória Recente.
1.1.1.3
- Lobo Parietal - Área Septal - Prazeres
1.1.1.4 - Lobo Occipital - No Córtex - Ligação com órgãos visuais
1.1.1.5 - Lobo Central - Ínsula
1.1.1.5 - Lobo Central - Ínsula
1.1.1.6
- Face Medial
1.1.1.6.1 - Corpo Caloso - Conecta áreas corticais dos dois Hemisférios, exceção das do lobo Temporal.; o corpo caloso permite a transferência de conhecimentos e informações de um hemisfério para outro, fazendo com que eles funcionem harmonicamente; seção cirúrgica faz a incapacidade de descrever objetos colocados na mão esquerda, embora os reconheça.
1.1.1.6.2 - Fórnix - Órgão que faz a
ligação do Hipocampo aos Corpos Mamilares - ligado ao Sistema Límbico.
1.1.1.6.3 - Septo Pelúcido - Nada encontramos sobre a sua funcionabilidade
1.1.1.7 -Córtex - Substancia cinzenta que se dispõe numa camada fina , na superfície do cérebro e do cerebelo; o córtex é funcionalmente heterogêneo: possuindo áreas sensitivas , motoras e de associação .
1.1.1.8
- Massa Bran
1.1.1.9 - Hipocampo - Estrutura do Sistema Límbico relacionada principalmente
com a estabilização do comportamento da “Alma”.
1.1.1.9 - Hipocampo - Estrutura do Sistema Límbico relacionada principalmente
com a estabilização do comportamento da “Alma”.
1.1.1.10 - Ventrículo - São espaços
1.1.2 - Diencéfalo
1.1.2.1 - Tálamo - Função de Sensibilidade - Todos os
Impulsos sensitivos ou
sensações , antes de chegar ao córtex , param em um núcleo talâmico,
fazendo exceção apenas os impulsos
olfatórios ; o tálamo distribui às
áreas especificas do córtex; Sensações que recebe das
vias lemniscos, integrando-os e modificando- os. Algumas sensações como os relacionados
à dor, temperatura e tato protopático,
já são interpretados em nível talâmico .
O tálamo possui função motora, emocional,
e com a ativação do ativadora do córtex.
Mas a sensibilidade talâmica, ao contrario da
cortical não é discriminativa, e não permite o reconhecimento da forma e do tamanho de um objeto pelo tato Estereognosia
1.1.2.2 - Hipotálamo- Possui funções muito numerosa
quase todas ligadas a Homesostase , isto é, com a manutenção do meio interno , dentro de
limites compatíveis com o funcionamento adequado dos diversos órgãos de controle do sistema
nervoso autônomo ; regulador da temperatura
corporal; regulador do comportamento emocional; regulador do sono e da vigília;
regulador da ingestão de água e de alimentos; regulador da diurese; regulador do sistema endócrino; regulador e gerador
dos ritmos circadianos.
1.1.2.3 - Eptálamo- Possui formações Endócrinas e não
endógenas ; a formação Endócrina mais importante é a glândula Pineal ; as
formações não endócrinas , pertencem ao Sistema Límbico; se relacionando
com o comportamento emocional e o
reflexo consensual . A glândula Pineal excreta o hormônio Melatonina; as
funções deste órgão são ainda
controvertidas ; inibe as gônadas ; regula os ritmos circadianos; o “relógio
interno” ; regula a atividade imunológica.
1.1.2.4 - Subtálamo - Regula a Motricidade Somática.
Lesões do Núcleo Subtalâmico, provocam uma síndrome
conhecida Henibalismo;
caracterizada por movimentos
anormais das extremidades . Estes movimentos são muitos violentos muitas vezes, não desaparecem nem com o sono,
podendo levar o doente a exaustão.
1.1.2.5 - Glândula Pineal - Vide Epitálamo
1.1.2.6 - Glândula Hipófise - Tem ação Primordial sobre os testículos e os ovários, produzindo
certos tipos de hormônios
excruciais à reprodução, tanto feminino como masculino.
1.1.2.7 - Corpo Mamilar - Nada obtivemos neste momento sobre
a sua ação funcional
1.1.2.8 -Pituitária - O controle do crescimento e
alguns distúrbios corporais são
causados pelos hormônios gerados nesta glândula
1.1.3 - Núcleos da Base e Centro Medular - Núcleos da base do Encéfalo- influência sobre as áreas motoras do córtex no movimento voluntário já iniciado, e pelo próprio planejamento do ato motor- a degeneração de suas células provoca a Síndrome de Alzeimer (demência Pré Senil) onde ocorre uma perda de memória e de raciocínio abstrato subjetivo - Área do centro do cérebro- linguagem.
1.1.3 - Núcleos da Base e Centro Medular - Núcleos da base do Encéfalo- influência sobre as áreas motoras do córtex no movimento voluntário já iniciado, e pelo próprio planejamento do ato motor- a degeneração de suas células provoca a Síndrome de Alzeimer (demência Pré Senil) onde ocorre uma perda de memória e de raciocínio abstrato subjetivo - Área do centro do cérebro- linguagem.
1.2 - Tronco Encefálico- O Papel do tronco Encefálico é agir basicamente na Expressão das Emoções.
1.2.1 Mesencéfalo- A substância cinzenta do mesencéfalo possui papel regulador
de certas formas de
comportamento agressivo.
1.2.2 -
Ponte- Atua nos nervos faciais -Síndroma
de Millard-Gubler, impedindo o
movimento dos olhos ; afeta também o nervo Trigêmeo
1.2.3 -
Bulbo- Afeta a metade da língua; afeta
os músculos da faringe e laringe;
afeta a metade do corpo, Síndroma de
Wellemberg ; Provoca a perda da sensibilidade térmica; perda da sensibilidade dolorosa da metade do
corpo.
1.3 - Cerebelo -
Manutenção do equilíbrio e da postura ,
controle do tônus muscular,
controle dos movimentos voluntários
e aprendizagem motora.
2) Medula Espinhal -Possuem neurônios responsáveis
pelo sistema respiratório; quando
agredidos por vírus que destruam os neurônios
motores , temos a este.
Responsável pelo sentido de posição e
movimento; responsável
pela perda do tato ; responsável pela
perda da sensibilidade vibratória.
II) Sistema Nervoso Periférico
1) Nervos
1.1
Espinhais: São aqueles que fazem conexão com a Medula Espinhal , e são responsáveis pela enervação
do Tronco, Membros e parte da Cabeça. São em número de 31 pares, que
correspondem aos 31 seguimentos medulares
existentes.
1.2
Cranianos: São os que fazem conexão com o Encéfalo. A maioria deles se
liga ao tronco encefálico, excetuando-se os nervos olfatórios e
ópticos que se ligam respectivamente ao Telencéfalo e ao Diencéfalo.
2) Gânglios : Com relação a alguns nervos e
raízes nervosas , existem dilatações constituídas principalmente de corpos de neurônios;
conhecidos como os gânglios . Do
ponto de vista funcional existem os
gânglios Sensitivos e os Gânglios Motores Viscerais.
3) Terminações
Nervosas : Nas extremidades das fibras
nervosas, situam-se as terminações
nervosas, que do ponto de vista funcional
são de dois tipos : Sensitivas (Aferentes) e Motoras (Eferentes)
(D)
Parte Fisiológica – Orgânica Divisão do
Sistema Nervoso Com Base em
Critérios Funcionais
Podemos dividir o Sistema Nervoso em Sistema Nervoso de Vida de Relação ou Somático, e o Sistema Nervoso da Vida Vegetativa ou Visceral.
1) Sistema
Nervoso Somático - É aquele que relaciona o Organismo com o meio ambiente, por meio de
impulsos.
1.1 Aferente
1.2 Eferente
2) Sistema Nervoso
Visceral -
É aquele que se relaciona com a
inervação e controle das estruturas viscerais.
2.1 Aferente
2.2
Eferente ou Sistema
Autônomo
2.2.1
Simpático
2.2.2
Parassimpático
(D) Parte Fisiológica - Aspecto Dinâmico
Organização Morfofuncional
do
Sistema Nervoso
Sistema Nervoso
Nos mais primitivos dos seres Vivos , sempre existe a necessidade deles se ajustarem continuamente ao meio ambiente para sobreviver. Devido a
esta necessidade, três propriedades do protoplasma são essencialmente importantes
: irritabilidade, condutibilidade e contratilidade. Isto acontece até em
Sociedade, a começar pela célula a Família.
As células responsáveis por estas operações são conhecidas como neurônios, isto é, células nervosas, com
prolongamentos designados oxônios,
cujas as extremidades desenvolve-se uma
formação especial conhecida como receptor.
O receptor transforma vários tipos de estímulos
físicos ou químicos, em impulsos nervosos ou sensações, que podem então
serem transmitidos ao efetuador ( músculo ou glândulas).
Nos
animais superiores existe uma união
de neurônios, de diversos tipos unidos
de formas diferentes ,para formarem
elementos nervosos avançados e
sofisticados, cujo grupamento
se forma o Sistema Nervoso Central.
Este
sistema nervoso recebe impulsos nervosos ou sensações , vindos de certos tipos
de células nervosas - Neurônios Aferentes,
conhecidos também por neurônios
sensitivos- que através do seu Axônio , cujo o terminal a Sinapse, que está acoplado a um outro neurônio
receptor - conhecido como Neurônio Eferente,
se for de um músculo- é codificado como, neurônio motor se for de um Glândula - promovendo uma
contração ou uma secreção. Estes Neurônios pertencem ao Sistema Nervoso Autônomo .
Estes
elementos envolvidos formam o que conhecemos por Arco Reflexo Simples
Cabe aqui deixar registrado que existe
um tipo de neurônio, o de Associação , que promoveu
nos vertebrados um grande numero
de Sinapse, aumentando a complexidade do sistema
nervoso e permitindo a realização de padrões
de comportamento cada vez mais
elaborado.
Os
Neurônios Sensitivos ou Aferentes, cujos corpos estão nos Gânglios
Sensitivos, conduzem para a medula ou para o tronco encefálico (Sistema Nervoso Segmentar) impulsos nervosos ou sensações que tiveram as
suas origens nos receptores,
situados na superfície - na pele, ou no interior - vísceras , músculo e tendões do animal.
Os
prolongamentos centrais destes neurônios,
ligam-se diretamente (reflexo
simples) ou por meio de neurônios
de associação aos neurônios motores (somáticos ou viscerais), os que
levam o impulso ou sensações aos
músculos ou as glândulas, formando-se
assim , arcos reflexos mono e polis
sinápticos.
Exemplo
:
Tocamos a mão em uma chapa quente.
Neste momento, é importante que o
sistema nervoso supra segmentar - Cérebro e
Cerebelo, seja “informado” do ocorrido. Assim os neurônios sensitivos
ligam-se a neurônios de associação, situados no Sistema Nervoso
Segmentar. Estes neurônios de associação levam estas sensações ou impulsos ao cérebro , onde o
mesmo é interpretado, tornando-se consciente e manifestando-se como dor. O
Primeiro é a sensação de calor - a caloração,
depois vem a retirada reflexa, e por fim vem a dor. A mão é retirada devido a
caloração.
As fibras que levam ao Sistema Nervoso supra Segmentar as informações recebidas do Sistema Nervoso
Segmentar, constituem as grandes vias ascendentes do sistema nervoso.
As Ações Subsequentes após a dor,
demandam uma série de movimentos
que envolverá a execução de um ou vários atos motores voluntários. Neste momento, os neurônios do
Córtex Cerebral enviam uma “ordem” ou
melhor “Ordens Codificadas” , por meio
das fibras descendentes, aos neurônios motores, situados no Sistema Nervoso Segmentar, informações
sobre o grau de contração e descontração tridimensional e, envia por meio de vias descendentes
complexas, impulsos capazes de coordenar a resposta motora,
via cerebelo.
(D) Parte Fisiológica - Aspecto Dinâmico Operacional Físico-Químico e Biológico
(D) Parte Fisiológica - Aspecto Dinâmico Operacional Físico-Químico e Biológico
Do
Sistema Límbico
Na fase medial de cada Hemisfério Cerebral observa-se um Anel
Cortical contínuo constituído
pelo Giro do Cíngulo, Giro Para-Hipocampal e Hipocampo. Este Anel Cortical , contorna as
formações inter-hemisféricas e foi considerado por Broca , como um Lobo Independente , o Grande Lobo Límbico( de Limbo = Contorno)
. Este Lobo é Filogeneticamente muito antigo, existindo em todos os
vertebrados.
O
Lobo Límbico, está relacionado ao
Hipocampo e Tálamo, unidos no circuito de Papez. Desempenham funções, como a
elaboração do processo subjetivo central da Emoção, mas também participa da
expressão de tais emoções . O
Lobo Límbico pode ser conceituado como um Sistema Relacionado Fundamentalmente com a regulação
dos processos Emocionais afetando o sistema nervoso autônomo.
(D) - Parte Fisiológica da Alma ou Psique ou Mente
Áreas Encefálicas Relacionadas com a Alma.
Introdução
:
O comportamento do estado da Alma,
isto é, das 18 “Funções Vetoriais do
Encéfalo”, indicadas por Augusto Comte, afetado internamente,
primeiramente e primordialmente pelo “órgão” do Sentimento (10) (3 altruístas
e 7 egoístas), que gera o Estado
Sentimental, que por sua vez é acompanhado, subjetivamente, por um vetor Subjetivo E , que externa a harmonia ou desordem entre os Sentimentos Altruístas e o egoístas ; cujo o grau de oscilação, deste vetor subjetivo E, que definimos como Emoção, isto é, o seu conjunto expressa o Estado Emocional do Ser
: complementando: é a forma
ou modo de externar os Sentimentos.
Esta Emoção também ocorre acompanhada simultaneamente de um
componente do “órgão” da Inteligência”, a Expressão
(mímica, oral e escrita), cuja a intensidade e facilidade de Comunicação gerada, vai depender do
nível de Pensamento, que por sua
vez depende da lucidez do conjunto das ideias, que estão armazenadas nas Memórias.
Isto tudo acoplado ao Caráter (
prudência, perseverança e coragem) .
Esta parte
dita subjetiva da interligação do Sentimento, com a Inteligência e com o Caráter
do Ser, a Medicina Moderna, codifica
de “ Conjunto Emocional Central Subjetivo”, que para os
Positivistas é um velho conhecido, e explicado, pela Teoria da Abstração - por meio da Contemplação e da Meditação.
E por outro lado, a Expressão (oral, escrita e mímica) gera
a Comunicação , que a Medicina
Moderna codifica como “ Conjunto Emocional Periférico, cuja a
ação recai sobre o Soma (somático), sobre as Vísceras
(visceral) e podemos dizer agora, com certeza,
sobre a Sociedade (social) .
Os distúrbios ou as harmonias
viscerais , provocadas pelas Emoções, promovem por sua vez, outros
distúrbios ou outras harmonias, que
inicialmente não constavam do Soma, do próprio Encéfalo e da Sociedade, de forma patológica ou de saúde.
Como não havia Prêmio Nobel em 1825,
Gall ( 1757 – 1828) não foi
agraciado e somente mais tarde, quase
120 anos depois, Hess veio a confirmar o
que Gall já havia escrito nos seus 6
volumes- Sur les Fonctions du Cerveau et
Sur Celles de Chacune de ses Parties- a respeito dentre outras coisas, de que o
cérebro era um aparelho e não um único órgão.
Sabemos hoje que a “Alma” ocupa
territórios bastante grandes do Telencéfalo e do Diencéfalo, nos quais se encontram
as estruturas que integram o Sistema Límbico, a Área Pré-Frontal , o Hipotálamo, o Tálamo e o
Tronco Encefálico - que participam
da formação e das atividades de
nossa “Alma” -
Existe uma teoria que admite
que o Encéfalo seja formado de diversos Sistemas de Programas-Software,
semelhante ao que ocorre com os computadores, que participam de diversos Órgãos
- Hardware ; segue a ideia de alguns “programas”:
1) Viver e Escolher ;2) - Crescer , Reparar e Envelhecer; 3) Pensar; 4) Evoluir ;5) Controlar e
Codificar ; 6) Repetir ; 7) Despregar, desdobrar ; 8) Aprender , Recordar e Esquecer ; 9) Tocar, Sentir e Lastimar ;
10) Ver ; 11) Necessitar, Nutrir e Avaliar
; 12) Amar e Cuidar ; 13) Temer , Odiar e Lutar ; 14) Ouvir , Falar e Escrever
;15) Saber e Pensar ;16) Dormir Sonhar e
Estar Consciente ; 17) Ajudar , Ordenar e Obedecer; 18) Desfrutar , Jogar e Criar; 19) Crer e Venerar
; 20) Concluir e Continuar etc.
Do ponto de vista neuroquímico, os
territórios encefálicos relacionados, com a “Alma”, são afetados pela alteração
da concentração de alguns dos seus componentes,
aqui não eletrônicos de uma placa de CPU
de computador mas, de produtos químicos, que alteram o Estado Emocional; estes
produtos ativos ou melhor, estas
substâncias ativas, onde podemos
destacar os peptídeos, os opiláceos e as monoaminas, estas últimas originárias
em grande parte nos neurônios do Tronco-Encefálico. A riqueza destas áreas em
monoaminas, em especial, noradrenalina,
serotonina e dopamina, é muito importante, tendo em vista que muitos medicamentos utilizados em psiquiatria
para tratamento de distúrbios do comportamento(ação) e da
afetividade(sentimento), agem modificando o teor de monoaminas encefálicas.
Recentes pesquisas provam que algumas
monoaminas e o opioide endógeno beta-endorfina, exercem uma ação
moduladora sobre a memória.
Augusto Comte, ao escrever o Quarto volume da Política Positiva ou Tratado de Sociologia , Instituindo a Religião da Humanidade , concebeu a coordenação das Leis Naturais formando os domínios próprios da Filosofia Primeira, da Filosofia Segunda , da Filosofia Terceira; instituindo ainda A Moral Teórica , a Moral Prática e o Quadro Geral dos Progressos Humanos - isto é, O Estado Normal, do Sentimento, da Inteligência e das Ações Humanas, entrelaçando, O Trabalho, A Produção, O Salário , O Capital , A Propriedade, A Religião, A Arte, A Filosofia e A Política .
Vejamos agora as 15 Leis da
Filosofia Primeira ;e as definições positivas de cada uma das 7 ciências
básicas, cujo conjunto forma a Filosofia Segunda, esclarecendo assim seus respectivos objetivos, que são por sua
vez estabelecidos em termos de regras
práticas, isto é, princípios de ação, na Filosofia Terceira ou Tecnologia. Mas
primeiramente, achei por bem relembrar didaticamente e sinteticamente a Teoria
da Abstração, para consolidar esta base da estrutura da Doutrina
Positivista.
Teoria da
Abstração :
Como vimos em detalhe A Abstração
é a operação cerebral, pela qual separamos as Propriedades de cada Ser
e, reunindo subjetivamente suas propriedades às propriedades semelhantes de outros Seres;
fazemos de cada uma delas um Ser a
parte, que isoladamente estudamos.
Propriedades
são as diversas manifestações dos seres, isto é , são os Seres em Ação , também conhecida como, atributos
,isto é , efeitos desses Seres .
Aqui, o Ser
ou corpo é a pessoa, o animal, a planta, a rocha, o calor, choque elétrico, etc
alguma coisa que o cérebro percebe através dos seus oitos sentidos ou
indiretamente a partir de sentidos correlacionados, ou ainda com apoio
instrumental que correlacione o fenômeno e suas correspondentes variações de
intensidade, a um ou mais dos nossos oito sentidos.
O conjunto
dos Seres forma o Mundo.
O conjunto dos cérebros humanos e de animais formam a Sociedade Pensante ou Inteligente .
Tudo que é
relativo ao Homem, isto é, ao sujeito que percebe o Mundo,chama-se Subjetivo. Tudo o que é
relativo ao Mundo, ao objeto percebido pelo Homem, chama-se Objetivo .
A operação
de Abstrair compreende duas fases :
1) A PRIMEIRA É
A FASE DE SEPARAR AS
DIVERSAS PROPRIEDADES DO SER
2) A SEGUNDA É A FASE DE
REUNIR E ESTUDAR AS PROPRIEDADES COMUNS .
Na primeira fase temos a contemplação e na segunda a meditação
Exemplo
: Um copo de Cristal - Contemplação Concreta.
Notamos desde logo neste corpo uma
existência quantitativa, notamos que ele
é uma unidade - um ; que é
mais ou mesmos longo, largo e espesso, tem forma definida, bem como suas dimensões são bem determinadas
.Notamos, quando o largamos de nossa mão, que ele tende a mover-se, em direção à Terra, tende a cair, se o não detivermos impondo algum obstáculo; o que quer
dizer possui movimento e por conseguinte peso.
Percutido ele soa. Ao contato, ele indica que é mais ou menos frio; ao ser visualizado, que ele reflete luminosidade, ele é mais
ou menos luminoso. Atritado com alguns outros corpos, adquire a
propriedade de atrair os mais leves , manifesta assim o que
chamamos de eletricidade estática, possui um efeito elétrico .E nos evoca fatos ligados a
nossos Sentimentos, manifestando assim o efeito do Amor. .
Se tomarmos como exemplo uma barra
de ferro, concluímos que as mesmas observações
se repetem .
Passando-se
dos corpos inanimados aos Seres Vivos,
notamos que ainda se reproduzem fatos
análogos, e mais profundamente o sentimento de Amor é aguçado.
Quando estamos contemplando uma
Rosa e um Beija - Flor, eles revelam
aos nossos sentidos, um atributo
de amor, um atributo numérico e um atributo dimensional; demonstrando
poder mudar, em parte ou totalmente seus atributos, intenções amorosas, e as suas posições no espaço, vindo
a evocar maior ou menor, êxtase amoroso ; maior ou menor liberação de calor,
maiores ou menores movimentos; o odor que possuem é mais ou menos ativo; refletem
luz; manifestam energia eletrostática e bioquímica e além disto tudo, expressam
uma qualidade nova, a Vida .
Em geral
todos os seres , em maior ou menor grau, mostram parcial ou integralmente estas qualidades ou atributos que acabamos de
enumerar; o número, a dimensão, o movimento, o peso, o calor, a luz, o som , a
eletricidade, a Vida, o Amor são atributos
reunidos em cada Ser , que o fazem conhecido . Sem eles não há Seres Reais .
Vimos
também que os atributos isolados
são Seres Fictícios .
São um conjunto de Propriedades que
chegam aos nossos órgãos sensitivos, com os quais compomos nosso quadro do
Universo Sensível, de acordo com nossas necessidades afetivas , intelectuais e práticas .
Os fenômenos de magnetismo e de
radioatividade, por exemplo, não fazem
parte diretamente do nosso
Mundo Sensível, sendo percebidos
indiretamente.
Terminada a parte inicial da Abstração, fase esta em que se separam os
efeitos diferentes revelados por
cada Ser, começa a Segunda Fase , em que se combinam
as propriedades semelhantes dos
diversos Seres .
Nesta segunda fase os encéfalos dos animais e dos
seres Humanos comparam as variações da mesma propriedade isto é, fenômeno, ou
propriedades diversas, buscando as relações constantes que existem entre
estes fenômenos (ou propriedades). ( Operação
Cerebral de Meditação) .
Assim, tomando os fenômenos de forma
ou de dimensão , temos:
A circunferência e o diâmetro de
um círculo ; comparando entre si estas
duas propriedades (ou fenômenos), encontrou
o gênio de Arquimedes .
O perímetro do círculo é maior que
3 vezes, e menor que 4 vezes seu respectivo
diâmetro; ou igual ao número incomensurável, conhecido como PI =
3,141592653589793298462643............ .
Procedendo analogamente com outros fenômenos,
novas e semelhantes relações se
descobrem: mas nem todas estas
relações podem ter a mesma precisão :
Por exemplo, Bichat descobriu que na vida animal toda função intermitente ( descontínua) tende a tornar-se habitual ; isto é , uma
relação entre fenômenos (ou propriedades) vitais, tão certa como a relação
encontrada por Arquimedes entre a circunferência e o diâmetro; mas a relação
reconhecida por Bichat é incomparavelmente
menos precisa que a anterior; pois
na lei de Bichat não se pode determinar o coeficiente numérico
fixo (espaço) e constante(tempo) que
interliga a frequência intermitente
à habitualidade contínua,
que definiria o tempo preciso , para que um destes fenômeno se transformasse no outro.
Mas em ambos os casos, (de Arquimedes e de Bichat) ocorreu a descoberta de uma relação invariável entre propriedades
(ou fenômenos):
O perímetro do Círculo e o seu diâmetro,
na relação de Arquimedes ;
A
Intermitência e o Hábito( costume) , na relação de Bichat .
Estas
relações denominam-se Leis Naturais ;
são relações constantes entre fenômenos (ou propriedades, ou atributos)
variáveis, ou o modo regular de variação de um fenômeno (ou propriedade) por
meio de outro .
O conjunto das leis dos atributos constitui o que se chama a teoria destes atributos. Temos assim:
a)
Teoria do Número
b)
Teoria das Dimensões
c)
Teoria do Movimento
d)
Teoria do Peso
e)
Teoria do Calor
f)
Teoria da Luz
g)
Teoria da Som
h)
Teoria da Eletricidade
i)
Teoria do Magnetismo
j)
Teoria da Radioatividade
k
) Teoria do Olfato ou Odor
l)
Teoria do Paladar
m)
Teoria do Tato
n)
Teoria da Composição e da Decomposição Química
o)
Teoria da Vida Biológica- Biologia
p)
Teoria da Vida Social - Sociologia
k) Teoria do Amor
r)
Teoria da Inteligência
s) Teoria da Ação - Caráter
t) Teoria do Sono - Hipnose
Neste momento, estão em estudo à procura
de fenômenos ligados ao
encéfalo, com intuito de esclarecer certos
fatos ditos mágicos , às vezes muito explorados por charlatões , uma possível
ligação direta de um encéfalo
com o exterior ou com outro Encéfalo-
Telepatia - Telecinésia - e outras, mas por enquanto, nada comprovado. Por isto
nada ainda de Positivo.
O conjunto das Teorias forma a
Ciência; assim, toda a ciência é essencialmente Abstrata; de modo que sem o conhecimento da
Teoria da Abstração, jamais se poderá instituir regularmente o ensino
Científico.
Filosofia :
A definição geral de filosofia ,é
aquela cujo enunciado é capaz de envolver a totalidade dos diversos sistemas, isto é ,das diversas
formas de pensamento existentes
, do passado e do futuro e do presente ,
esclarecendo-as .Esta definição não poderia pois, se
caracterizar por nenhuma
particularidade de qualquer corrente
de pensamento ; ao contrário, seu
enunciado deve poder encerrar o que há de verdadeiramente comum à todas elas .
Exemplo
: São Tomás de Aquino , procurou
uma definição geral de Filosofia , mas falhou nesta tarefa , por
falta de princípio de generalização e de
relativismo : Dizia que Filosofia era o ramo do conhecimento que tinha por
finalidade o estudo das causas primeiras
e finais dos acontecimentos .
Ora, nem todo o sistema filosófico ,
propõem-se a investigação deste tipo de
conhecimento ; logo esta não pode ser a definição geral
de Filosofia.
Era como
definia Aristóteles e nós Positivistas comungamos.
A Filosofia é o “conjunto de concepções Gerais
sobre o Mundo e sobre o Homem”, interligados e entrelaçados.
Filosofia
Primeira ou Fatalidade Suprema
Ela
consiste no conjunto de 15 leis
Naturais verificáveis e aplicáveis sob
diversas formas à matemática, à astronomia, à física, à química, à biologia, à
Sociologia Positiva e à Moral Positiva . A Filosofia Primeira trata de leis
mediante as quais, as Leis das Diversas Ciências são estabelecidas ; daí
dizer-se que a Filosofia Primeira é
o Núcleo
gerador das 7 Ciências. Estes quinze princípios gerais são ainda intuídos
em diversos fenômenos Particulares de cada Ciência, constituindo este,
aliás, um outro aspecto da
Universalidade destes quinze princípios.
Filosofia
Segunda
Corresponde ao conjunto das Leis Particulares de cada uma das 7 ciências - Matemática ,Astronomia,
Física, Química, Biologia, Sociologia e a Moral, acima enumeradas e das demais Ciências de “Interface” -
Bioquímica ; Biofísica ; Físico-química; etc
Filosofia
Terceira
Corresponde
às regras práticas que decorrem da aplicação das Leis das Filosofias Primeira e
Segunda, ao domínio concreto, isto é, dos Seres: A Tecnologia
É bom lembrar, neste momento, que a
Doutrina Positivista adota como científicas somente as Concepções Positivas, isto é, as que possuem estes sete seguintes atributos, simultaneamente:
· Realidade - é o oposto, àquilo que está em contradição aberta com o
conjunto dos fatos observados sobre o Mundo Objetivo e Subjetivo.
· Utilidade - é aquilo que encontra aplicação para o aperfeiçoamento
Geral da Ordem Universal.
· Certeza - é a capacidade de segurança que oferecem as nossas concepções
quanto à sua realização futura.
· Precisão - refere-se a determinação justa das coordenadas - espaços
/temporais - dos acontecimentos futuros.
· Organicidade - sinônimo de concatenação, coerência consigo mesmo e com
o conjunto das demais concepções que formam a totalidade do Sistema Harmonioso.
· Relatividade - Relativo
significa relacionado a/ou relacionado com; tal palavra designa oposição ao
Absoluto, ou seja, àquilo que supostamente independeria de quaisquer relações
Objetivas e Subjetivas.
·
Principalmente Simpatia- é o Altruísmo
ou a Sociabilidade.
Após a compreensão
da base da Doutrina Positivista, no que
tange a Teoria da Abstração vamos conceber
o que realmente trata a Filosofia Primeira, isto é, a Fatalidade
Suprema, como parte do Dogma da Doutrina Positivista. Vide os detalhes no Slide 19 e 20 bem como mais informações no Livro: A Palestra sobre Positivismo de P. A. Lacaz e no Livro "Augusto Comte para Todos".
Este último objetivo é certamente
o mais essencial para a felicidade Individual e Coletiva, bem como, o mais
difícil nestes tempos revolucionários
onde o Homem tende a se revoltar e a se tornar amargo ante os menores
embargos à concretização dos seus
caprichos.
Assim,
apresentaremos sempre ao final das explanações enciclopédicas, um exercício subjetivo referente
à cada Lei que está sendo
tratada. Visam estes exercícios,
arrematar a instrução teórica
mediante uma orientação de ordem pratica, segundo o principio do Positivismo: Agir Por Afeição e Pensar para
Agir.
AS LEIS DA FATALIDADE SUPREMA
I)SEÇÃO MAIS SUBJETIVA - 1º GRUPO - TANTO OBJETIVA COMO SUBJETIVA
- 1ª SÉRIE -
7.4.1) 1.1) Lei das Hipóteses ou Lei da Relatividade- Formar a Hipótese mais simples,
mais simpática e mais estética que
comporta o conjunto dos dados a representar .
( ( Augusto Comte)
( ( Augusto Comte)
Chama-se
Relatividade, a propriedade do que é relativo.
Opões-lhe o atributo do que é Absoluto.
Relativo
é tudo que resulta de Relações e Absoluto, o que supostamente independe
de qualquer relação.
Assim
os seres extraterrestres , os
sobrenaturais, os anjos , os demônios , os espíritos, as fadas , a Branca de
Neves , os Sete Anões , etc. são seres puramente Subjetivos- Absolutos, e os
Seres Terrestres , os Homens , os
Animais , as Plantas , são Seres Objetivos- Relativos. Como só
os segundos são Reais - (da
existência deles ninguém duvida) e os
últimos são fictícios , (as suas existências
embora admitida por muitos , não
o é por todos , nem é provada , mesmo para os que admitem, como são comprovadas as dos outros); assim,
só o conhecimento dos últimos é o conhecimento real. Mas como a ficção tem origem na Realidade, os próprios seres extraterrestres lembram
essa origem ; todo Ser , seja real ou fictício, é essencialmente
relativo , nasce entre relações, entre o homem
e o mundo. “Tudo é Relativo: eis o único
princípio Absoluto” - é o aforisma, em que se baseiam,
todos os nossos conhecimentos. É o princípio do Relativismo,
formulado por Augusto Comte, no início de sua carreira Filosófica.
Dizer
que tudo é relativo, é dizer que tudo
são hipóteses. Nada sabemos fora dos limites
impostos pelas contingências humanas
e terrestres .Todas as noções que possuímos sobre os seres e os fenômenos, são
imagens aproximadas da realidade
objetiva ou subjetiva. Ora essas
imagens recordam entes e atributos
objetivamente reais, ou ora, entes e atributos fictícios, que só são subjetivamente reais.
Sempre,
em todos os casos, nossos
conhecimentos são hipóteses , que se tornam mais ou menos aproximadas da realidade objetiva ou subjetiva ,
conforme o maior ou menor
número de elementos
fornecidos pela observação.
Examinando
as hipóteses, verifica-se o trabalho do espírito ou inteligência humano,
fazendo estas hipóteses, simples , simpáticas e belas.
Percorrendo
toda a escala dos fenômenos, apreciando os fatos astronômicos, sociais e morais,
acessíveis a vida doméstica
e a vida cívica, os
acontecimentos elementares , como os mais transcendentes, sempre se
nota a veracidade da Lei :
“A
Inteligência espontaneamente faz a
hipótese mais simples , mais estética e mais simpática, de acordo com
os dados adquiridos.”
Induzida da
contemplação do Mundo, no tempo e no espaço, constituindo um princípio,
geral, base fundamental e eterna de todos os conhecimentos, essa
lei, pode ser enunciada, como regra, ou norma, pois conhecida
por Lei da Subjetividade, isto é, sua forma de ser, segundo a
qual se raciocina, ligando o Objetivo ao Subjetivo; é, pois
natural que se constitua uma norma a seguir; para guiar ordenadamente a
formação dos pensamentos, sistematizando a espontaneidade inicial, por uma
fórmula que a exprima e prescreva explicitamente.
Daí
teremos o enunciado que converte a espontânea Lei Natural em uma
sistemática regra de conduta :
“Formar
a hipótese mais simples, mais estética, mais simpática, que comporte o conjunto dos dados a representar”, segundo
a Augusto Comte ou Fazer a hipótese mais simples ,
mais estética e mais simpática , de acordo com os dados adquiridos
.
Regulando
a formação das hipóteses , a lei da relatividade , regula todas nossas concepções reais e fictícias. Daí a distinção entre as hipóteses
Verificáveis e as Inverificáveis.
1). As Hipóteses Fictícias se referem à criações puramente subjetivas , que podem ser puras quimeras , como os deuses
e as entidades espirituais; ou
artifícios lógicos , como o espaço, a
inércia, a matéria, a força etc.
2) As Hipóteses Reais, compreendem as leis naturais, as hipóteses propriamente ditas ,isto
é, as leis efetivas que expressam as
relações entre fenômenos, realmente encontrados, e as leis
antecipadas que se supõe poder existir entre alguns fenômenos.
2.1)
estas primeiras são hipóteses
verificáveis e verificadas
2.2)
estas segundas são hipóteses
verificáveis mas não
verificadas
Exemplo:
“A soma dos ângulos de um triângulo plano retilíneo , é igual a dois ângulos retos”
É uma
hipótese verificável e verificada ; é
uma lei Natural .
Certas
proposições , tais como , certos planetas
descrevem parábolas , cujo foco é
o sol ; é uma hipótese verificável , mas até o seculo XIX não era verificada.
Além
dos Artifícios Lógicos ou Hipóteses Lógicas e das
Hipóteses Científicas , temos que
também considerar, os ideais estéticos
e os planos técnicos : isto é, As
Hipóteses Afetivas e as Hipóteses Práticas.
Os Seres e os Fatos imaginados
pela poesia verbal , sonora ou plástica, são hipóteses afetivas, isto é, artifícios estéticos.
O Projeto de uma máquina ou de uma fábrica , os seus planos
industriais, são hipóteses práticas ,
isto é, artifícios técnicos.
Em resumo, temos que, abstraindo-se
das puramente quiméricas e, bipartindo-se as hipóteses científicas em
verificadas e inverificadas, podemos classificar as hipóteses em Lógicas, Estéticas ou Afetivas ;
Científicas e Práticas ou
Técnicas.
Todas estas Hipóteses obedecem
invariavelmente a Lei da
Relatividade . Como as nossas leis não passam
de hipóteses aproximadas da
realidade , a lei da relatividade pode
ser chamada de Lei da Hipótese.
Assim podemos visualizar , na sinopse abaixo , que :
1) Lógicas
HIPÓTESES............... 2)
Estéticas ou Afetivas
Verificadas ( Leis Naturais)
3) Científicas
.........................
Inverificadas ( Hipóteses
propriamente ditas)
4) Práticas ou Técnicas
Vamos, neste momento, evidenciar
a universalidade da Lei das Hipóteses, verificando sua presença em todas as ciências positivas :
Na
Matemática: Conceber que a Redução Ordinária da
Fração Decimal da Constante Pi a 0.14
não altera o resultado final do
problema desde que este arredondamento ,
tenha sido predeterminado pelo grau de precisão
, previamente definido com +/_ x
% . Verifica-se pois a elaboração da hipótese mais simples, mais simpática e mais estética no assim chamado arredondamento; a
propósito, esta característica geral da
nossa subjetividade, expressa na
primeira lei da filosofia primeira, pode ser compreendida como uma adaptação humana
à inequívoca predileção da
fatalidade, pela qual intuímos, por
parte do Mundo, em inúmeros fenômenos , uma correspondente tendência expontânea à beleza, à simpatia e à
simplicidade. Basta-nos considerar
algumas constantes tão
freqüentes nos fatos
matemáticos, como os três exemplos
abaixas
.
O
número áureo Ø, encontrável nas equações de espirais, corresponde ao número
fracionário 1+ 1
1+ 1
1+ 1
...............
Outro
exemplo é a base dos logaritmos
Neperianos - ( ln) ;
O
Número = 2 +_1_
1+1__
2+2__
3+3
...........
E
ainda o Número Pi = 3 +
1_
7+1_
15+1___
31 +1____
63 + 1
...............
Na
Astronomia :
Exemplo 1: Conceber os astros como compondo uma espécie de cúpula mesmo sabendo estarem eles a distâncias diferentes em relação à Terra . Para fins práticos supomos que estejam numa mesma superfície da abóbada. A primeira ideia foi de que os astros estavam todos engastados firmemente em uma mesma cúpula, daí se usar na época o nome de Firmamento.
Exemplo 1: Conceber os astros como compondo uma espécie de cúpula mesmo sabendo estarem eles a distâncias diferentes em relação à Terra . Para fins práticos supomos que estejam numa mesma superfície da abóbada. A primeira ideia foi de que os astros estavam todos engastados firmemente em uma mesma cúpula, daí se usar na época o nome de Firmamento.
Exemplo 2: Vejamos, a forma de acerto, que esta
tendência, tem demonstrado; primeiramente foi a Terra
considerada um plano - A mais simples de todas as superfícies
, depois uma esfera - O mais simples dos sólidos
curvos, e por último um esferoide - O mais
simples deste último, após a esfera .
No
início , quando os primeiros
observadores estavam mais
juntos ao solo, e não tinham elevado seus
olhos aos céus , as extensões muito
limitadas que percorriam ,davam-lhes
a impressão de um plano .
Mais
tarde, devido à contemplação do céu,
o homem percebeu, ao caminhar para o
Norte, que a estrela Polar , se
elevava cada vez mais ,revelando que o caminho percorrido ,
devia ser curvo e não reto ; desta forma
imaginaram, ser a Terra uma esfera. Finalmente, observando
que esta elevação, não era a mesma , segundo a direção do caminho percorrido, concluíram
que a curvatura não era uniforme, e sendo a Terra
não propriamente uma esférica, mas sim um esferoide.
Em
todos estes casos , variando os dados , variavam as hipóteses ; mas, sempre
se fez
a hipótese mais simples , de acordo com
os dados disponíveis . Não só a mais simples ,como também a mais simpática, e a mais bela .
Notemos , que o plano é, a imagem geométrica das planícies verdejantes , das águas tranquila ,dos lagos e dos rios , onde encontramos os mananciais de amor e beleza.. A esfera, recorda a abóbada celeste , abarrotada de estrelas , onde estão presos o Sol e a Lua, os dois astros mais belos e mais amados , que surgem aos nossos olhos , como um disco de fogo, círculos luminosos , como forma análogas á curva geratriz da esfera.. O esferoide , imagem apenas deformada da esfera , sugere , as mesmas considerações , da forma de onde tem sua origem, apenas atenuada , pela falta de uniformidade da curvatura , e por outro lado não elimina a sua beleza e a simpatia da hipótese.
Na
Física : Conceber que
a capacidade de
reconhecimento das cores dos
objetos( quando estes são ocultados por uma
lente colorida), esta capacidade de reconhecer a cor do objeto , não fica comprometida ;
pois não só não
esquecemos a tonalidade da cor do objeto, quando o havíamos
observado sem as lentes ; como
ainda ao observarmos outro objeto com a
mesma lente , concluímos que a mesma
tonalidade expressa a mesma cor do
outro objeto , desde que os dois
objetos tenham a mesma cor . Só por observação e inferência se conclui; hipótese mais simples, mais simpática e mais estética. Não há necessidade
de se procurar técnicas complexas e
sofisticadas, para se chegar a uma
conclusão deste tipo.
Na
Química :
Conceber , para todos os fins práticos, como sendo constituída de corpúsculos indivisíveis
a matéria dos corpos
que se oferecem ordinariamente à
composição .
Na
Biologia :
Conceber a morte como fator não
ligado à Vida : embora a morte jamais
tenha faltado
aos corpos vivos .
Na
Sociologia : Conceber
como prejudiciais todas as tentativas
de enxertar o passado da história humana
no presente ,além do limite
próprio a que exigem nossas necessidades afetivas
, para venerá-lo; nossas necessidades
intelectuais , para compreendê-lo ;e nossas necessidades
práticas, para desenvolvê-lo, melhorando-o .O que for além deste limite
é Retrogradação,
e o que for aquém deste limite é
Anarquia( baderna- desordem) .
Na Moral :
Exemplo 1)
Exemplo 1)
Quando
nós somos apresentados
a um ser humano ,em princípio admitimos
que ele não é indecente ,
trapaceiro e manobreiro. Mas sim
moralizado , integro e parceiro, isto é
amigo..
Exemplo
2) Hierarquia dos sexos :
Ora
um, Supera o outro , num
determinado aspecto ; mostremos, que o homem e a mulher se complementam.
Na fase inicial da Conquista da Terra pelo
homem, a preponderância da força física, colocou o sexo masculino no primeiro
plano. A maternidade não era algo tão importante na união conjugal: assim
os filhos eram bem mais considerados filhos dos pais,
que das mães. Na Bíblia, o primeiro filho teve pais e não teve mãe Eva,
nasceu de Adão; a mulher do homem.
Na
mitologia grega, concebe-se a filha sem mãe: Minerva nasceu
de Júpiter.
Nas
coortes celestes, os deuses dominam as deusas. Júpiter supera Juno.
No
céu de todas as religiões, a divindade suprema é sempre masculina.
Só após uma longa evolução começou um movimento favorável ao
sexo feminino, especialmente, quando o Catolicismo mostrou a
necessidade de desenvolver as forças morais. A Mulher deixou
de ser considerada um ser desprezado , para ser considerada a
mãe de um Deus: Jesus é filho de Maria; ainda assim existe a
preponderância do homem ; Jesus precede a Maria, na Hierarquia
celeste.
Embora o
desenvolvimento da Humanidade, tenha subordinado a força bruta às
forças Morais, isto não bastou para deslocar a posição do
sexo masculino, pois este continuou a manter o cetro do espírito ou
da Inteligência. O desenvolvimento intelectual é diretamente uma
obra do homem, no que esta representa de mais sensacional, através das
criações científicas , estéticas e industriais.
Foi necessário o gênio de Augusto Comte, para
demonstrar que a evolução espiritual ou da inteligência, está
ligada ao predomínio do sentimento, isto é, do sentimento altruísta, e
que à Mulher, nós devemos diretamente a formação da
Alma humana: o Homem faz as grandes Obras e a
Mulher os Grandes Homens. Fazer Grandes Homens, no sentido não
só de pari-los, mas, principalmente de Educá-los, no que se refere
aos Sentimentos; subordinando o egoísmo ao Altruísmo. Não falaremos em Instrui-los, cientificamente em outra oportunidade.
Em carta ao Dr.
Audiffrent , de 24 de março de 1857, Augusto Comte assim escreveu:
" Eu faço a Educação ir até à concepção(
fecundação), aperfeiçoando a presidência materna (a supremacia educativa da
mãe) e a influência social que ela
transmite". (...) Este verdadeiro começo sistemático da Educação
(...)não poderia tornar-se jamais plenamente normal sem ir até à concepção, de
modo a compreender o estado pré-natal. Todas as outras fases da vida humana tem
mais ou menos suscitado cuidados especiais, mas aquele(o estado pré-natal)nunca
foi objeto de uma solicitude regular, mesmo da parte das Mães, embora tal fase
deva ser certamente influir mais que qualquer outra sobre o conjunto de nossa
evolução, principalmente até o fim da virilidade, como tão bem vós o
sentistes."
A vanguarda
da psicologia atual, somente hoje
começa perceber estas profundas influências
do organismo da mãe sobre o embrião.
Com
as obras
intelectuais oriundas diretamente
de Mulheres Excepcionais e a revelação pública de talentos
femininos, cada vez mais numerosos em todos os ramos, formulou-se hoje em dia a hipótese de que a Mulher
é igual ao Homem.
Mas o estudo profundo do comportamento cerebral da Mulher no tempo
e no espaço , revela
irrefutavelmente que os dois
sexos não são iguais , mas diferentes
e complementares ; queiram ou
não, as mulheres possuem menos qualidades práticas que os homens, mais
qualidades afetivas que eles, e força
intelectual semelhante , em sua intensidade, e de natureza complementar e não
oposta - a expressão sexo oposto é profundamente infeliz, pois as
diferenças que existem entre os dois sexos, longe de colocá-los numa pretendida oposição formam a base de uma complementaridade natural. Ao se
analisar as 18 funções do encéfalo em
cada um dos sexos , nota-se que a Mulher é mais sintética e o homem mais
analítico. O homem tem a sua
inteligência mais de contemplação
abstrata e meditação dedutiva; a mulher de meditação indutiva e contemplação concreta. O Homem é mais sonhador, planejador
e a mulher mais tática do que
estratégica. A Mulher é voltada mais para as pessoas humanas , já o homem é
mais voltado para o mundo material.A Mulher não gosta de correr risco, tem mais
prudência, na formação do seu caráter.
Com a
evolução Social do Mundo vão se
tornando cada vez menos progressivamente
importantes as funções encefálicas preponderantes no sexo masculino, e cada vez mais
importantes as funções encefálicas
que preponderam espontaneamente
no encéfalo feminino.
Em
todas estas três hipóteses , a Mulher é
inferior ao Homem a Mulher é igual ao Homem - A mulher é superior ao Homem ;
destaca-se não só a simplicidade, mais ainda a simpatia e a beleza, com que são
constituída, de acordo com os dados de
cada momento histórico.
A
Mulher primitiva , como a fêmea dos
animais, era um ser sem atrativos , e incapaz
de defender a coletividade pela
única força útil , preponderante
na época , a força física ; era um
animal feio e fraco; ao passo que o homem , era , ao contrário , belo e forte. Daí a hipótese mais simples e mais
bela : a Mulher é inferior ao Homem.
Com o
correr dos tempos, adquire a Mulher qualidades físicas capazes de aproximá-la
mais do companheiro, senão em força, sim em beleza, mostrando ainda aptidões
mentais que dele a tornam rival.
Esse movimento de dignificação da Mulher, que se prolonga pelos nossos
dias, determinou a segunda hipótese, a da igualdade dos dois sexos: a
Mulher é Igual ao Homem; o feminismo contemporâneo não defende outro aforismo,
mas pode-se verificar que hoje sobretudo, tal feminismo é que corresponde de
fato ao verdadeiro masculinismo; visto
como são as atividades masculinas , e as caraterísticas psíquicas
e mesmo físicas do sexo masculino, que são tomadas por padrão
pelas maioria das mulheres, principalmente burguesas.
Mas a
ciência Positiva demonstrou a mais de
150 anos , que em nossos dias , de acordo com os dados adquiridos , mediante a
contemplação sistemática do espetáculo histórico , em conjunto com a análise da alma feminina
,isto é, o sexo da beleza e do amor ;
aquele que representa melhor as
qualidades estéticas e simpáticas, é
o sexo feminino ; de sorte que a hipótese mais simples , mais simpática e mais estética , sobre a hierarquia dos sexos
é que a Mulher é superior ao Homem, pelo enfoque de grandeza
“vetorial”, correspondente do somatório Vetorial das 18 funções do Encéfalo
feminino, quando comparada a este mesmo conjunto no Encéfalo masculino. É por
isto que se diz que se existisse uma
civilização somente de homens e outra somente de mulheres, as das mulheres
teria menos atrito e por isto muito mais
sociável, mesmo que fossem educadas, com os mesmo padrões de educação da outra
civilização teórica acima indicada.
Vide
conventos dos padres e freiras, e vide
ainda alojamentos femininos e masculinos
das atuais universidades.
Mas
cada um, no seu lugar, “ cada macaco no seu galho” . “A separação dos Ofícios e convergência
dos Esforços”, eis a chave da
harmonia dos sexo masculino e feminino, isto é, dos sexos naturalmente complementares. Leiam os links até o final.
http://sccbesme-humanidade.blogspot.com.br/2013/01/president-obama-is-counting-on-you.html
http://palacazgrandesartigos.blogspot.com.br/2014/02/sex-in-human-degeneration.html
http://sccbesme-humanidade.blogspot.com.br/2013/02/reduzir-violencia-armada-nos-eua.html
http://sccbesme-humanidade.blogspot.com.br/2013/05/thank-you-for-your-message.html
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7.4.2) 1.2) Lei da Imutabilidade .
Conceber como imutáveis as leis quaisquer
que regem os seres pelos acontecimentos , posto que só a ordem abstrata permita apreciá-las .
(Augusto
Comte)
Chama-se
Imutabilidade,a propriedade do
que é imutável. Imutável é tudo o que
não muda; é constante; não sofre
variação.
Em um determinado momento, a
contemplação do Mundo e do Homem dá-nos
impressão diversa. Em torno de nós, tudo varia.
O
espetáculo celeste, os
acontecimentos terrestres , os
fatos sociais, são múltiplos e variados . Para a criança e o selvagem, para o
indivíduo e a espécie , no principio da sua evolução, essa impressão imediata de mutabilidade toma
o aspecto de verdadeira confusão. No principio, segundo a enérgica expressão
Bíblica tudo é caos .
Mas
a medida que a criança e o selvagem crescem e se desenvolvem, que o homem e
a Humanidade infantes evoluem, vai
pouco a pouco, desaparecendo a
confusão inicial, do caos primitivo.
No
meio da variedade confusa de entes
e atributos, começa a notar-se
alguma coisa de constante.
Volvendo os olhos aos céu ,
se as nuvens permanecem confusas e multiformes, se às vezes encobrem totalmente a
abóbada azulada e outras
desaparecem de todo, o mesmo não ocorre com o Sol e a Lua. Descobre-se
que o primeiro destes astros , nasce e cresce periodicamente, que o segundo
muda de forma também em períodos
regulares; que o movimento diurno e as fases da lua seguem certa ordem; que um e outras
estão sujeito a relações determinadas;
de modo tal que se pode antecipar a posição
de cada um destes astros na esfera celeste, para períodos longínquos,
séculos e milênios além de nós.
O
que se descobre assim entre os atributos
celestes vai pouco a pouco se descobrindo também entre os outros
atributos; os atributos físicos,
químicos, biológicos, Sociológicos e Morais isto é, psíquicos. Mas , assim como na
contemplação do céu achamos Ordem, Constância, Imutabilidade, apreciando
o movimento diurno e as fases da lua, e desordem, inconstância, mutabilidade,
no movimento das nuvens, assim também
percebemos modificações no que concerne
a todas as outras propriedades dos Seres
. Em todas as propriedades há as que
estão subordinadas a relações
fixas, de modo a poderem ser feitas
previsões mais ou menos precisas,
conforme o grau de complexidade delas, e as propriedades que
nenhuma relação nos apresentam, escapando-nos às nossas previsões.
As
relações constantes existentes entre os atributos, descobertas pela
Genialidade da Humanidade, isto
é, a Inteligência de nossa espécie, representada em cada momento histórico por grandes individualidades , tendo sido plenamente
verificadas a maior parte das vezes pela previsão
dos respectivos atributos e pelas aplicações industriais, políticas e
morais, e tendo, aumentado dia a dia o número dos atributos que, a
principio independentes entre si, se reconhece afinal estarem também sujeitos
a relações constantes, e como estas
relações são sensivelmente as mesmas em
todos os lugares e em todos os tempos,
isto levou o gênio de Augusto Comte, a concluir por indução que tudo está
sujeito à relações ou equações, que não
variam nunca; tudo está sujeito à leis naturais. Acaba assim o reinado da
confusão e do arbítrio.
Enunciada
como preceito ou regra, a Lei da Imutabilidade pode também ser formulada em termos de um
princípio:
Nossa
Subjetividade, isto é, ou Nossa
ALMA tende espontaneamente a conceber
como imutáveis as leis
quaisquer , que regem os seres segundo os acontecimentos, visto como só a
ordem abstrata permite apreciar estas leis.
Verificada a
Imutabilidade na variação regular dos atributos, nasceu a indução de
que todas as leis Naturais são imutáveis . Em quaisquer dos
casos verifica-se um arranjo real, no
meio da aparente confusão ,
comprovando-se assim, a cada nova vez,
que ao invés da desordem impera
a ordem universal.
Esta
indução, tendo dependido da
elaboração milenar de todas as ciências não pôde ser formulada
nitidamente até que houvesse terminado
o estudo científico de todas as categorias de atributos. Por isto mesmo só depois que Augusto Comte submeteu à
Leis científicas, os atributos
mais complexos da sociedade e do homem , pôde ser então formulada a Lei da Imutabilidade.
Vamos, neste momento, evidenciar a universalidade da Lei da Imutabilidade, verificando sua presença em todas as ciências positivas .
Na Matemática:
Exemplo 1) A equação explícita ou expressão da relação algébrica do segundo grau , ax2 + bx + c = 0 retrata uma única e imutável correlação entre as variáveis (a,b,c) e a incógnita (x) .
Exemplo 2) O teorema de Pitágoras: O quadrado da Hipotenusa
é igual à soma dos quadrados dos catetos; expressa um aspecto imutável
das existência dos triângulos retângulos quaisquer.
Na Astronomia: Os antigos astrônomos
consideravam fixa a inclinação do plano da eclíptica, sobre o plano do equador,
mas as observações mostraram que esta inclinação varia mui
lentamente, variação só apreciável após vários séculos. Durante longo período,
portanto, esta inclinação poderia ser considerada como fixa
ou imutável. As leis relativas ao movimento dos astros, decorrem de observações
de períodos muito longos mas não se pode afirmar que em
prazos ainda maiores, estas relações não
sofram pequenas modificações, ou pequenos acréscimos. Em princípio porém, estas leis devem ser consideradas
imutáveis, para que seja possível fazer previsões.
Na Física: O ciclo de Carnot, introduzido
por Sadi Carnot em 1824 , este ciclo determina
o limite de nossa capacidade de converter calor
em trabalho. O ciclo de Carnot será sempre constituído de duas
transformações reversíveis, duas isotérmicas e duas adiabáticas. Os
coeficientes desta transformações variam, mas o ciclo sempre terá
duas transformações reversíveis isotérmicas e duas adiabáticas, que serão sempre imutáveis.
Na Química: Dadas as condições definidas
de temperatura, pressão e concentração dos reagentes, e as
características físicas do reator, tem-se determinada a constância do rendimento da
reação .
Na Biologia : O
Exercício conveniente de um órgão, o desenvolve; aprimorando-se ainda sua respectiva função ; a falta de
atividade ou inércia deste mesmo órgão o atrofia, bem como degenera
sua correspondente função. Isto é chamado na biologia de Lei do uso e do desuso.
Na Sociologia : O
Amor é o fator imutável que provoca , mantém e
desenvolve a instituição da Família, da Pátria e da
Humanidade.
Na Moral: Os nossos atos e
as nossas concepções estão sempre sob a influência dos nossos
sentimentos, este é um fato imutável do nosso psiquismo: podemos
ter sempre a certeza de que ao depararmo-nos ,
com qualquer ação ou pensamento , nosso ou de terceiro, verifica-se
e maneira Clara (explícita) ou Velada (implicitamente) a presença dos
impulsionadores afetivos isto é, dos Sentimentos.
7.4.3) 1.3) Lei da Modificabilidade- As
modificações quaisquer da Ordem
Universal, limitam-se sempre à intensidade dos
fenômenos, cujo arranjo permanece
inalterável .( Broussais)
Podem os
fenômenos ser considerados sob dois aspectos: o da sua intensidade e o
da sua conexidade. Sob o primeiro aspecto o estudamos de per si,
sem os comparar com outros da mesma ou de diferente natureza, apreciando-lhes apenas a variação isolada ; sob o segundo
aspecto, comparamos dois ou mais atributos entre si, estudando-lhes as conexões
e sua variação simultânea.
Vamos, neste momento, evidenciar a
universalidade da Lei da
Modificabilidade, verificando sua presença em todas as ciências positivas .
Na Matemática : As variáveis que compõem as equações , que expressam as leis ,podem sofrer variação de intensidade, mas a equação permanece inalterada .
Considerando-se
o triângulo como um fenômeno ou seja , considerando-o
como a triangularidade, vemos que ele é variável
apenas na intensidade de suas arestas ( podem ser concebidos
triângulos maiores ou menores ) , mas, o
arranjo dos seus diversos componentes é
sempre o mesmo. Como por exemplo
a soma do seus ângulos internos.
Como
disse Tales de Mileto :
" Em qualquer estudo que se fizer
, a soma dos ângulos internos de um triângulo é
igual a dois ângulos retos , queiram ou não
os Deuses ou os Reis"
Na
Astronomia : Se a Terra se movesse isoladamente em torno
do sol, verificaríamos nitidamente a execução da Lei da Gravitação
universal, sem nenhuma consideração
particular.Mas se admitirmos outro
planeta com a Terra ,
já o movimento se altera em
virtude da mesma lei; a presença dos dois planetas associa-se à modificações
previsíveis dos seus respectivos movimentos*. A lei é a mesma, e pode ser
sempre constatada, o que altera é a
intensidade dos fenômenos; e ao invés de
dois planetas supusermos um planeta e um
satélite ,as alterações recíprocas serão outras , mas a lei da
Gravitação será sempre a mesma : Tudo se passa como se a Matéria
atraísse a matéria na razão direta das massas e na razão inversa
do quadrado da distância , disse Isaac Newton .
* Metafisicamente falando,
corresponderia dizer que estes planetas exercem ações recíprocas, uns sobre os outros.
Esta ação reciproca é uma suposição, um artifício lógico nosso; que, bem aplicado, e principalmente aplicado de modo consciente, como tal , e nada mais ; pode ajudar nosso discurso, tornando-o menos prolixo,
isto é, mais sintético; toda via , quando ela é usada para explicar a causa do fenômeno ou atributo incorre-se na
tautologia que analisamos logo no início deste livro.
Na Física : Com relação
à queda dos corpos encontramos perturbações que à primeira vista, parecem invalidar as leis de Galileu -1638, mas que bem investigadas as
confirmam, quando consideramos os coeficientes de atrito ; de modo que mais uma vez, o
que se verifica, em termos de modificação, é que estas modificações estão limitadas de fato unicamente à intensidade do
atributo respectivo.
Cada par de corpos estabelece
entre si um coeficiente de atrito que afeta
seu movimento , no entanto estão regidos
pela mesma equação de movimento .
Na Química : As
substâncias químicas, orgânicas e
inorgânicas que entram nos organismos vivos , são compostos dos mesmos
elementos químicos, encontrados em outras
partes da natureza, mas sendo
absorvidos pelo organismo, são
metabolizados pelas reações bioquímicas , e
catalisados pelas enzimas . Caso estas enzimas forem sintetizadas fora do organismo vivo e colocadas ao lado dos regentes in vitro,a reação se processará, gerando os
mesmos produtos que o organismo vivo
metaboliza.
Na Biologia: As Doenças são a expressão , por
via de Excesso ou de Falta, nas intensidades das variáveis que compõem a Equação
de Saúde .O Estado que corresponde
ao equilíbrio desta equação é conhecido como Saúde ou Higidez
O
Câncer e a Necrose , são a reprodução celular manifestada em seu superávit
e em seu déficit respectivamente.
O
médico Broussais , contemporâneo de
Augusto Comte , foi quem percebeu este
comportamento.
Na Sociologia :
A Equação do Relacionamento
Social , que conduz à Guerra pelo incremento das grandezas das variáveis
relacionadas com o Egoísmo , é a
mesma
Equação, que conduz à PAZ, quando prevalece o
incremento das variáveis ligadas ao Altruísmo.
Na Moral : A Equação que rege os fenômenos morais no
Santo é a mesma que preside aos fenômenos
morais do criminoso; Entre o Santo e o Criminoso a diferença está em que, no Santo a
variável cuja intensidade
decide o seu comportamento é o mais eminente altruísmo; e no caso do
criminoso , a variável é o Egoísmo em Excesso.
Os
estados mentais de
loucura e de idiotia , são o resultado do predomínio
das variáveis , respectivamente subjetiva
e objetiva na equação que expressa a razão ; Na loucura a
subjetividade desconhece, ou procura
desconhecer, as indicações da objetividade ; e na idiotia é a variável
ligada a objetividade que predomina
.
Em
Biologia, Sociologia e Moral , onde se encontram a palavra Equação , fica uma importante ressalva :
Por
um lado o grau de complexidade destas ciências ,e por outro lado as
limitações inerentes a própria natureza
humana , impedem que estas equações sejam configuradas
matematicamente ; e nem esta matematização é necessária ou deve ser
procurada , pois só viria
a causar perturbação da ordem natural ,induzindo os pesquisadores a resultados
esdrúxulos
e artificiais , que por sua vez
poderiam predispor à grandes aberrações Biológicas
, Sociológicas e Morais.
Vide os Sistemas Econométricos com
as suas Metafísicas .
As três
leis acima exemplificadas são , ao mesmo tempo , objetivas e subjetivas
.
Embora devam essas leis referir-se ao mundo exterior ( incluindo-se nele o homem) , sua formulação contém forte dose de
Subjetivismo, porque os fatos que estas
leis expressam correspondem
à forma de ser natural
do entendimento humano; forma esta
que é uma conseqüência
expontânea de nossa organização cerebral
.
II)SEÇÃO MAIS SUBJETIVA - 2º GRUPO - ESSENCIALMENTE SUBJETIVA
- 2ª SÉRIE -
LEIS ESTÁTICAS DO ENTENDIMENTO
7.4.4) 2.1)Lei da Construção Subjetiva - Subordinar
as Construções Subjetivas aos Materiais
Objetivos .
Aristóteles -" Nada existe na Inteligência , que não provenha da sensação,” complementado por Leibniz , que
disse: a não ser a própria inteligência. " (Aristóteles /Leibniz/Kant) .
A Construção
subjetiva é o que o nosso encéfalo elabora. Tudo o que pensamos , partindo de nós , provindo do sujeito, é por isso
criação nossa, criação subjetiva. Mas tal construção não surge espontaneamente
; não é inata. Resulta de elementos que ao Homem fornece o Mundo; provém de
objetos introjetados, pelo sujeito;
nasce de materiais objetivos. De
sorte que toda construção subjetiva
promana de uma correspondência
entre dois mundos: o exterior objetivo , e o interior
e subjetivo. Toda concepção
depende do Homem e do Mundo , do
sujeito e do objeto.
Devemos ao criar, criar
explicitamente com base nas informações exteriores .
Vamos, neste momento, evidenciar
a universalidade da Lei da Construção Subjetiva, verificando sua presença
em todas as ciências positivas .
Na Matemática : Em uma
superfície plana, a linha reta é o
caminho mais curto entre dois pontos .Formula-se uma proposição oriunda da
realidade refletida com relativa exatidão. A observação direta e precisa dos fatos geométricos, leva-nos a
tal postulado .
Na Astronomia : A
observação telescópica de certos
fenômenos astronômicos , levou alguns
cientistas a formularem modelos
matemáticos, levando-os a conclusões
subjetivas, que depois foram comprovadas
praticamente.
Na Física : As observações objetivas realizadas em
termologia levaram o Cientista Kelvin ,
por extrapolação à concepção
teórica ( subjetiva) do zero absoluto , temperatura esta que
corresponderia ao esperado estado de ausência total de movimento da matéria ( moléculas e sub
partículas).
Na Química : O
químico Kekulé , ao estudar a fórmula
estrutural do benzeno , observando os macacos
se “divertindo “ no zoológico,
deparou-se com a seguinte cena : as duas
mãos de um determinado macaco seguravam
o rabo do outro , foi ai que
se deu o estalo subjetivo - insight - imaginando com sua inteligência e raciocínio, as ligações duplas e simples alternadas do
C6H6 ( Benzeno) , comprovando ai existência do carbono tetravalente: ajustando depois sua hipótese à experiências objetivas.
Na Biologia : Observando-se a dependência Objetiva de uma espécie em relação a outra concebeu-se a noção de
rede alimentar ; esta noção serviu de
base para interpretações subjetivas de um equilíbrio ecológico absoluto, em que todas as espécies desempenhariam um papel crucial, isto é,indispensável para
com o restante do sistema ; todavia,
deve-se ajustar esta ultima concepção Subjetiva, de modo a evitar exageros absurdos , tais como o de não eliminar-se espécies danosas , que
provocaria uma elevação do tempo de vida das espécies positivas e convergentes.
Na Sociologia : As observações ( Objetiva) da Condições Morais, Geológicas,
Geográficas, Econômicas, Culturais, de Fé, de Linguagem e de Educação,
dependendo de suas intensidade e
correlações, apontam a resultante , por
análise Subjetiva, do encaminhamento, isto é, da tendência de uma sociedade,
indicando os fatos futuros que poderão
ocorrer, desde que não hajam significativas oscilações nos fatores anteriormente observados; esta perspectiva uma vez dada vem regular-se
por sua vez com o próprio encadeamento dos fatos.
Na Moral : As observações sobre as
ações de um determinado
indivíduo ( objetiva) , nos leva subjetivamente a indicar a resultante
do seu futuro comportamento, em casos em que não foram observados
anteriormente sob forma
objetiva. Extrapolando inclusive para grupos de indivíduos de moral semelhante; e o acompanhamento da
sua evolução pessoal vem, por sua vez regular a hipótese primordialmente formulada.
7.4.5) 2.2) Lei das Imagens
Interiores - As
Imagens Interiores são
sempre menos vivas e menos
nítidas,
que as impressões exteriores ( Augusto Comte/ David Hume/ Denis
Diderot)-
Nota:
Não estamos falando aqui das “miragens”
ou morganas de refração - estudada na óptica
cuja
natureza é objetiva, podendo ser observada sempre por muitas pessoas simultaneamente. Reflexo de imagens em gotículas de água em suspensão,
tipo nuvem, onde pode ser visto figuras
, projetadas e de maior grandeza de
corpos situados às vezes
a muitos quilômetros de distância , parecendo algo do outro mundo
A quinta Lei da Filosofia
Primeira, segunda lei estática do
entendimento, regula a diferença de intensidade
entre as impressões
exteriores e as imagens interiores.
Como explica Reis Carvalho , para melhor entender a diferença
entre impressões e imagem : “
Assim olhando a Lua tem-se
a impressão do astro; fechando os olhos , a sua Imagem” .
Vamos, neste momento, evidenciar a
universalidade da Lei das Imagens Interiores, verificando sua presença em todas as ciências positivas .
Na
Matemática :A imagem
subjetiva de um sólido geométrico é
menos nítida que a visão objetiva de um corpo da mesma forma.
Uma formula matemática pode ou não expressar um fenômeno, pelo erro humano ; quando ela
expressa nitidamente um fenômeno, ela expressa a imagem do fato real, ela
reflete a imagem exterior -objetivo, as
outras expressões matemáticas obtidas no
trabalho mental da procura da lei natural deste fenômeno , serão consideradas
expressões de imagens Interiores, não
são nítidas, não expressam a verdade
daquele fato objetivo.
Na
Astronomia : A visão subjetiva de um
astro é menos nítida que a
observação objetiva do mesmo.
Na
Física : As intensidade das cores são mais nítidas nos corpos objetivos que
nas imagens subjetivas que
fazemos deles.
Na Química : Toda reação química exotérmica , que libere calor
com intensidade de chama , a intensidade da chama objetiva é bem mais
nítida que a construção subjetiva correspondente.
Na Biologia :A
observação da cena microscópica de
uma lâmina contendo glóbulos
brancos fago
citando um antígeno é mais
nítida que a composição da mesma
cena quando puramente
subjetiva.
Na Sociologia : A Vivência de uma Solidariedade Social
como por exemplo, os Anjos do Asfalto, é muito mais nítida quando
estamos envolvidos no fato
objetivamente, do que quando subjetivamente o construímos, com base em informações indiretas .
Na
Moral :
Exemplo 1) São Paulo teve no
caminho para Damasco, uma grande Comoção Cerebral.
Ele ouviu exteriormente mais forte imagens auditivas nítidas de
Cristo, que já estava morto; a imagem auditiva de Cristo era tão
nítida como a dos que o cercavam realmente . Chegou a
"escutar" o que Cristo lhe disse ; isto se chama Alucinação
-(no caso uma alucinação auditiva). Ele foi levado a um estado de
excitação das imagens interiores (Subjetivas ),
ficando até cego.
Se Você imagina que está
conversando com alguém ; vendo alguém exteriormente , e
na verdade esta pessoa não está presente ,
você está com seu sistema nervoso excitado ,
exaltado , alterado.
Isto se torna um fato
criativo se não existe nada no exterior, e ao mesmo tempo
você sabe que aquela imagem é criada por você mesmo , no interior do seu encéfalo .
Acaba o assim risco de loucura;
então você pode cultivar livremente aquelas imagens, pois
sabemos, com toda certeza, que elas vem de nós mesmos, e não de fora como Augusto Comte aconselhava,
para exercitarmos, procurar conversar subjetivamente com os nossos entes
queridos que já morreram, ( e com os que estão vivos) , como uma prática
do culto individual a estas pessoas .Principalmente com aqueles que
nos trouxeram ou nos trazem
o amor , nos ensinaram e nos ensinam o altruísmo etc. .
Cabe aqui uma explicação:
O idiota não é louco; com o idiota
ocorre o contrário da loucura ,ou seja, a falta de subjetividade;
ele não raciocina nada ; não cria nada, ele vê mas não "observa",
houve mas não escuta, cheira mas não distingue etc.. e nada acontece - Não raciocina nada, não conclui
nada. O estado mais grave de idiotia é o autismo.
Quando a imagem subjetiva se
iguala em nitidez à da imagem objetiva , atingiu-se o estágio
de alucinação e pode entrar-se ou não no estado de loucura ,
dependendo principalmente se tal
alucinação, é oriunda de um sentimento de maldade (egoísmo = vaidade , orgulho etc. ) ou se, ao contrario a imagem teve origem
em um sentimento de
Amor (Altruísmo =
Humildade etc.), neste último caso nada acontece de mal.
Pode haver Alucinações sem Loucura
, bem como Loucura sem Alucinação
. Há uma diferença flagrante entre as visões dos Místicos
e as Alucinações dos Loucos. Entre estas duas, temos a Concepção Positiva
da Vida Subjetiva; no primeiro caso tem-se uma personalidade moldada
numa rígida disciplina Moral;
cuja conseqüência principal consiste
na Hiper-sensibilização dos Pendores Altruístas .
De um modo geral , é esta
mesma Hiper-sensibilidade que preserva o Místico da loucura ; reduzindo seu erro à crença
de que as aparições estariam
provindo do mundo exterior(Objetivo) .
Quando contudo o excesso de
Egoísmo, determinando a complicação das hipóteses, atua diretamente sobre o
conjunto do aparelho Cerebral, então sim ; há um grande risco de se adquirir este estado Mórbido , denominado Loucura .
Por sua
vez , a Concepção Positivista
da vida Subjetiva, consiste na
plena satisfação das
nossas recordações queridas,
avivadas pela imaginação, ao ponto de figurarem
como que exteriormente . A Doutrina Positivista, longe em ver em
tais fenômenos um
sintoma de Loucura;
convida-nos diretamente a
cultivá-los, e em um grau que nenhum
teologismo poderia conceber; visto como o medo impede o Amor .
Nada do que acabamos de descrever acima sobre o processo alucinatório , confunde-se
com loucura ou mesmo é
diferente do que nós estamos
acostumados a fazer na vida de nosso cotidiano. Exemplo : Um Arquiteto vai até um
terreno e lá, antes de fazer
qualquer coisa , fica
projetando na sua mente, com a
sua imaginação criativa, as concepções do prédio a ser ali construído;
ei-lo já realizando uma parte da fase alucinativa; e conforme seja a sua
capacidade alucinativa pode até, conceber "visualmente-subjetivamente
" o prédio na forma
arquitetônica a ser no futuro objetivado.
Hoje em dia , na falta destes
"Pré dotados Arquitetos da Mente ",e com a tecnologia computadorizada , através da Realidade Virtual , muitos não dotados, passaram a fazer com o computador o que todos nós precisamos
aprender a fazer com nossa própria Mente.
Hoje o estado mental médio das pessoas está
muito mais próximo da Idiotia, pois
tem medo de mergulhar nas imagens
interiores geradas pelo seus encéfalos ,e não tendo
coragem de cultivar este grande
instrumento de competência do Ser Humano, pensado que estes fenômenos
sejam sobrenaturais , descambam para o extremo oposto, bem mais
“seguro”: o excesso de objetividade. E ai
ficam até o fim da vida,
todos sem imaginação, sem
criatividade sentimental, com a tendência a se tornarem altamente materialistas,
egoístas etc, por falta deste encantamento que só o cultivo consciente
das imagens subjetivas pode
proporcionar.
O que pode ocorrer é que está sendo dado àqueles que não tem base Moral, uma extraordinária ferramenta de criatividade, deixando um
terreno fértil para que estes venham a colocar os seus absurdos não éticos , ao nível de uma maioria às vezes totalmente ignorante , provocando
a maximização do egoísmo e desta forma criando obstáculos à implantação do " Viver para Outrém "-
.
Exemplo-2) - Hipnose Coletiva.
Não
confundir com Hipinose , que
é a baixa taxa de fibrina no sangue.
Na Hipnose Coletiva, seguida de
alucinação coletiva, isto é, uma sugestão dada a
um certo número de pessoas , que se encontrem em um estado
de alta receptividade, à
comandos ou à aceitação e de pleno relaxamento, pode determinar simultaneamente para todos os
envolvidos, Imagens , de vários tipos,
com alto grau de nitidez; mas o caráter subjetivo destas alucinações coletivas,
patenteia-se inequivocamente pela quase
total incapacidade das pessoas envolvidas, chegarem a um comum acordo,
sobre a seqüência dos
supostos acontecimentos que,
experimentaram, bem como, a igualdade
nas Imagens, por eles criadas
subjetivamente.
7.4.6) 2.3) Lei
da Imagem Normal - A
Imagem Normal deve
ser preponderante sobre aquelas, que a agitação cerebral faz
simultaneamente surgir.( Augusto Comte)
Quando se contempla o mundo,
recebemos múltiplas impressões, que são as sensações, que se
transformam em outras tantas imagens . O
trabalho interior da elaboração destas imagens, resultantes da
contemplação e da meditação ,é o que
constitui a agitação cerebral . Dentre
estas imagens criadas , uma delas predomina
, esta que predominou, a eleita,
recebe o nome de Imagem Normal, antes de ocorrer a abstração.
Como foi dito, o cérebro recebe das impressões , por meio dos sentidos , através
das sensações , estas se transformam em
Imagens e no meio das imagens uma
predomina sobre as outras . Todo este trabalho de entendimento se fez, se fará,
e se faz, sempre assim; é comum à todas as épocas . É um trabalho
subjetivo e representa a estrutura fundamental do entendimento.
Ora quem regula a primeira operação, isto é,
recebimento da impressão - é a lei das Construções; a segunda, a formação das imagens - é a lei
das Imagens; e a terceira, a preponderância de uma imagem - é a lei da Imagem Normal ; logo todas estas
leis são realmente subjetivas e
estáticas ; são chamadas leis estáticas
do entendimento.
Vamos, neste momento, evidenciar
a universalidade da Lei da Imagem Normal, verificando sua presença em todas as ciências positivas .
Na Matemática :
Exemplo 1)Uma igualdade matemática expressa em derivada parcial, por equações, cuja as figuras algébricas são desiguais. Se um ou mais dos membros
Exemplo 1)Uma igualdade matemática expressa em derivada parcial, por equações, cuja as figuras algébricas são desiguais. Se um ou mais dos membros
da
igualdade for desmembrada por uma seqüência correta ou
normal,comprova a igualdade ou não ;caso realmente seja uma
igualdade é dita Imagem Normal; seja por
qualquer caminho não venha
comprovar a igualdade , não é Imagem
Normal.
Exemplo
2) Na aritmética : ao se efetuar uma adição com muitas parcelas ,sendo estas constituídas por números da ordem de grandeza de
milhares, elege-se uma imagem sequencial de operações que passa a servir como via
preferencial de resolução, adicionando-se primeiramente os números que nos sejam mais fáceis de somar; e esquecendo-se de todas as demais
inversões que, matematicamente falando, são tão satisfatórias
quanto aquela que a princípio se escolheu.
Na Astronomia :Exemplo 1) Dentre os 5 princípios da Mecânica
Celeste , que surgiram com base em muitas observações
, encontramos , o Teorema dos Movimentos Cinéticos , foi eleito uma relação que mais expressa a realidade
, isto é,a relação dita Imagem Normal :
O movimento cinético ,
relacionado ao ponto “O”,com base em um
ponto demassa “m” que está em movimento, com uma
velocidade V, fornece o produto
vetorial @ = OP ^ mV .
Demonstramos assim que a
derivada em relação ao tempo deste vetor @
, é igual ao movimento das forças
aplicado à P quando este está se referindo ao ponto
“O”.
d @ / dt
= PO ^ F F= força
Exemplo
2): a Imagem Normal de um fenômeno da mecânica celeste , obtida por intermédio
da escolha de um referencial considerado fixo, deve preponderar sobre as imagens
que a agitação cerebral faz simultaneamente surgir, quando aparece outros pontos que poderiam
ser tomados como fixo
Na Física : Foi com J.C. Maxwell (1831-1879) por experiência, detectou que existe uma relação entre os fenômenos de eletricidade e de magnetismo
e concluiu a equação para cálculo da velocidade de propagação de
um fenômeno ou atributo eletromagnético,
no vácuo. Esta é a Imagem Normal.
v =
( Ko / Co ) 0,5
Ko =
Constante de Coulomb e Co
= Constante de Biot-Savart
Na Química :Exemplo 1) Após várias experiências Lavoisier elegeu a seguinte lei, que é uma Imagem Normal :
" A SOMA DOS
PESOS DE DOIS CORPOS QUE SE
COMBINAM É IGUAL AO PESO
DA COMBINAÇÃO FORMADA "
Exemplo 2) A
escolha de um critério para a
Nomenclatura Química , de um determinado
composto , precisa preponderar sobre os
outros critérios que surgem
em virtude , da nossa preocupação em
classificá-lo.
Na Biologia : Uma vez fixados os caracteres salientes de uma espécie biológica, formando-se com tais caracteres a
Imagem Normal da mesma, para classificá-la taxonomicamente, tal
Imagem precisa preponderar sobre as que a agitação cerebral fizer simultaneamente surgir , estabelecendo desta
forma, outros critérios baseados
em outras características salientes,
que poderiam fazer com que esta mesma espécie, pertencesse a um outro grupo taxonômico. exemplo o PANDA; ele é um elemento
da família dos Ursídeos , ou não?
Na Sociologia: As
interligações dos fatos históricos , que se possam estabelecer , devem estar
subordinadas a um fato que é o mais saliente, servido este , de Imagem Normal do conjunto geral de fatos correlacionados: A Revolução Francesa, tem como Imagem Normal a
Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão.
Na
Moral : Exemplo 1)Em um baile , onde estão várias moças
solteiras a escolha dos seus pares ; o do sexo complementar , no
mesmo estado de sentimento , para encontrar um amor
. Dentre todas selecionamos uma . Esta
selecionada é dita de maior Sentimento , a Normal
.
Exemplo
2) A escolha espontânea ou sistemática de determinadas palavras
que nos
servem para transmitir um pensamento
deve preponderar, como Imagem Normal sobre as palavras que a agitação cerebral faz simultaneamente
surgir associando tais palavras
a outras definições, tornado vago o nosso discurso.
Por isto,
Augusto Comte, afirma que devemos
dosar os detalhes, para melhor conceber o conjunto .
Qualquer orador , ou escritor , que
desejar ser sintético , ou pelo
menos não ser prolixo , faz por conservar os Pensamentos fundamentais
do que pretende
expor, utilizando-se apenas
, acessoriamente, dos Pensamentos esclarecedores do assunto principal .
Essas
disposições , próprias das concepção e da expressão do pensamento, caracterizam o estado normal da razão humana . A prolixidade, a princípio,
e a preponderância
das imagens acessórias, caracterizam
finalmente o estado de loucura .
Mas a plena continuidade existente entre a
razão e a loucura, exige grande ponderação para
distinguir um estado do out
Olhamos passivamente para tudo , mas só vemos aquilo que nos despertou a atenção; da a diferença caracterizada pelos verbos olhar e ver , ouvir e escutar , indicando o estado passivo e ativo dessas sensações, conforme assinalou Gall.
Olhamos passivamente para tudo , mas só vemos aquilo que nos despertou a atenção; da a diferença caracterizada pelos verbos olhar e ver , ouvir e escutar , indicando o estado passivo e ativo dessas sensações, conforme assinalou Gall.
Tais considerações servem de fundamento a este princípio , que permite tornar sintético
o pensamento. É a
sistematização do que a sensação
e a percepção nos espontaneamente.
III)SEÇÃO MAIS SUBJETIVA - 2º GRUPO - ESSENCIALMENTE SUBJETIVA
- 3ª SÉRIE -
LEIS DINÂMICAS DO ENTENDIMENTO
7.4.7) 3.1) Lei da Evolução Intelectual ou Lei dos Três Estados- Cada Entendimento oferece a sucessão de três estados: Fictício,
Abstrato e Positivo, em relações às nossas concepções quaisquer, mas com uma velocidade proporcional à generalidade dos fenômenos
correspondentes. (Augusto Comte) .
Da Matemática para a Moral
aumenta a complexidade Objetiva e ao mesmo tempo diminui a generalidade Subjetiva.
Da Matemática para a Moral
diminui a complexidade Subjetiva e aumenta a generalidade
Objetiva.
A Descoberta desta Lei é baseada na Contemplação do Espetáculo Histórico e da Análise da Subjetividade Humana.
Augusto Comte, aos 20 anos de idade, em 1822, após 80 horas seguidas de meditação, com pequenos cochilos, estudando a Sociedade das diversas Civilizações e o Homem, descobriu o princípio da Variação da Inteligência, isto é, a Lei da Evolução Intelectual, que é conhecida como a Lei dos Três Estados.
A Descoberta desta Lei é baseada na Contemplação do Espetáculo Histórico e da Análise da Subjetividade Humana.
Augusto Comte, aos 20 anos de idade, em 1822, após 80 horas seguidas de meditação, com pequenos cochilos, estudando a Sociedade das diversas Civilizações e o Homem, descobriu o princípio da Variação da Inteligência, isto é, a Lei da Evolução Intelectual, que é conhecida como a Lei dos Três Estados.
Existem
os seguintes Estados:
Fictício: é o Estado onde
se explica a Natureza mediante a concepção
de vontades arbitrárias dos corpos ou da influência
de deuses e mais adiante, da
influência de um Deus concebidos como existindo Objetivamente.
{fetichismo
e teologismo (politeísmo e monoteísmo)}correspondem ao Estado Fictício
Fetichismo
= Feitiços = Feiticismo
Abstrato ou
Metafísico: É o Estado intermediário
,conhecido como Regime das Entidades, onde
a causa dos acontecimentos é atribuída a
forças , fluidos, energias ou vibrações.
Positivo ou Científico : É o Estado
onde se percebe a tautologia das
questões causais e essenciais, operando
assim a inteligência uma transformação geral , pela qual ela procura única e conscientemente constatar a existência
de Leis Cientificas Gerais ,coordenando-as
em seguida, para formar com seu conjunto um sistema filosófico, e considerando
estas leis, como a expressão de uma
vontade não arbitrária e imanente, peculiar aos corpos.
Quanto mais
geral forem os fenômenos , mais rápido se passa
do Estado Fictício para o Estado Positivo , fluindo pelo estado transitório ou
dito Metafísico ou Abstrato.
Quando se
estuda a origem dos povos, verifica-se
que todos eles começam explicando
o Mundo e o próprio Homem por
meio de vontades arbitrárias, inerentes a todos estes Seres;
concebendo-se que cada um quer os atos que pratica , bem como podendo praticar todos os atos que deseja , com base em experiências diárias
ainda insuficientes, e ignorando a regularidade profunda que preside aos
menores fenômenos (ou atributos); os homens primitivos são levados a assimilar todos os fenômenos
como atos ; e todos os seres, a seres
dotados de vontades
Arbitrárias ou Caprichosas, independente de tudo mais, sem considerar qualquer circunstância.
Fictício
Fetichismo: Se o homem bebe , é porque tem vontade de beber ,não bebendo caso não deseje, então; se a pedra cai, é porque tem vontade cair,
não caindo se não desejar. Tudo o que
sucede , parta de onde partir, resulta
da vontade arbitrárias dos
seres , das coisas, das plantas ou dos
animais. E como muitas destas vontades
são úteis ou nocivas ; muitas boas, ou
muitas ruins; os seres correspondentes,
adquirem supremacia uns sobre os outros, e tornam-se alvo do respeito, da
admiração, e do Culto dos Homens.
Tudo é então Fetiche ou feitiço.
Adoram-se, animais, plantas, pedras
e astros, como seres dotados de vontades inteligentes e arbitrárias, é sem dúvida
o período de maior comunhão religiosa do homem com o mundo que o cerca.
Teologismo(Politeísmo/Monoteísmo) - Depois, a proporção que os primitivos começam a contemplar
melhor a si mesmo e ao mundo,
depois que uma longa observação lhes ensina
que o homem dormindo não tem
vontade, e que durante os sonos revelam,
nascer-lhes a ideia de que a
vontade não é inerente aos seres, mas se
encontra em alguma coisa,
que os acompanha na vigília e dele se afasta quando dormem. É essa alguma coisa que
se chama de ALMA, num estado
físico subjetivo volátil - Assim cada Ser possuiria uma alma : existem
as almas das coisas, das plantas, como as almas dos homens. São elas que tem
vontades. De modo que as vontades manifestadas pelos seres superiores assumem a função de alma, de espírito superiores, pairando acima das almas ,
das entidades inferiores. São aquelas almas
,aquelas entidades superiores que governariam o homem e o mundo. Cada grupo de
atributos cósmicos e humanos estaria
sob a dependência dessas entidades , dessas almas. E como na
vida social são homens os que
governam, aquelas almas ,aquelas
entidades assumiriam forma humana, constituiriam uma plêiade de
super-homens, sobrenaturais ,
conhecidos por deuses. Além disso, paralelamente, a comunhão humana com o mundo no fetichismo se fazendo mediante a
identificação do exterior ao interior, o Homem tendeu a representar
graficamente os fenômenos que o cercavam sob forma humana. Com o correr
do tempo, sua atenção foi se voltando cada vez mais para
seus desenhos e para as suas esculturas, invocando-os de
preferência, mais que diretamente ao próprio fenômeno que estas obras de arte
primordialmente representaram; este processo
contínuo determinou a gradual dissociação estas imagens humanizadas, do fenômeno correspondente; é quando então,
se estabelece o Politeísmo.
Agora as vontades já não são mais
interiores , mas exteriores aos
seres, permanecendo, contudo, inteligentes e arbitrárias .
Não são mais fetiches, são
deuses que dirigem os homens e o mundo.
Então não se adoram mais o sol , a lua, os
planetas , as plantas , os animais , os homens, mas o deus do sol , o deus da lua , os deuses dos vários planetas e os deuses que regem as diversas manifestações da vida
dos Homens.
Mas como
nas assembleias humanas há sempre um chefe, nas divinas ocorre o mesmo; de modo que com o passar dos
tempos, esse chefe dos deuses,
passa a ser o único deus. Em vez de o governo do mundo
e do homem depender da vontade
arbitrária de muitos deuses , agora dependerá da de
um só deus; exemplo Jeová, Alá, Jesus.
Em todo este
regime de vontades arbitrárias (
interiores ou exteriores) aos seres,
destaca-se o caráter comum a todos eles
: a ficção .Nem os fetiches nem os deuses, e nem o deu; são seres reais, todos eles provém como não
podiam deixar de provir, da realidade, mas não a refletem com
grau de exatidão necessária para expressá-la. São seres fictícios. Ficção
Religiosa.
Mas a
medida que a sociedade evolui , passando de uma a outra fase teológica , observa-se que
certos atributos são explicados
sem a colaboração dos deuses.
Assim, enquanto
a vida e a morte, a guerra e a moléstia eram fatos sujeitos ao arbítrio das divindades , as
primeiras combinações numéricas já eram independente delas.
Na China
fetichista, como na Grécia
politeísta, e na Judeia monoteísta,
não se recorria ao Céu ,a Zeus ou a Jeová
para somar, diminuir e multiplicar ou para saber que, independente das vontades do fetiche chinês, e dos deuses gregos e judaico , dois mais dois são quatro e a ordem
dos fatores não altera o produto.
Isto quer dizer que, se estudando as propriedades a mais elementares dos seres, comparando-as entre si
,combinando-as, abandonou-se a preocupação
de as explicar por vontades arbitrárias interiores
ou exteriores, e se começou
apenas a determinar as relações
que entre elas existem, isto é,
achar as suas leis. Assim se ficou sabendo
que sem a intervenção de vontades arbitrárias, os atributos numéricos mais simples podiam ser explicados. Graças as essas
explicações, podiam ser previstos e modificados .Assim conhecidas
as parcelas podiam- se determinar a totalidade delas, como conhecida a
soma de duas parcelas, e conhecendo-se uma delas, podia-se conhecer a outra. E como
esses e outros casos, outros casos semelhantes começaram a surgir ,onde
se tornava inútil a intervenção dos seres Fictícios ou
Teológicos.
Continuando a evolui, novas relações foram
achadas . Às relações numéricas, juntaram-se as
geométricas e mecânicas .
Apreciando a extensão e o movimento, respectivamente, foi-se
achando as primeiras leis que os
comandam.
Comparando os
ângulos de um triângulo ao ângulo reto , Tales de Mileto , achou a
relação constante que os liga : a soma dos primeiros é sempre igual ao dobro
do último . É o teorema angular , base da geometria .
Arquimedes apreciando o efeito de pesos nas
extremidades de barras, constatou que
para equilibrar um deles,
era preciso que o outro fosse tanto maior ou menor quanto menor
ou maior era a distância deste ponto ao ponto fixo da barra; de sorte que se
lhe desse um ponto de apoio, o grande geômetra poderia suspender o mundo. É o princípio da alavanca; um dos
teoremas fundamentais da mecânica.
Hiparco,
por uma série de observações do espetáculo celeste, notou que a volta do
Sol à mesma estrela variava
entre dois equinócios de uma quantidade constante , isto é ,
que, partindo do Sol e a estrela
de um mesmo ponto do céu , o chamado ponto veral , depois; do
aparente movimento anual o Sol precedia a estrela de 50”, 3 , de sorte que só no
fim de vinte e cinco séculos se repetia
a coincidência inicial .É a
grande Lei da Coincidência dos Equinócios, é a
consequência e o fundamento das outras leis da astronomia , que Hiparco assim fundava.
Continuando a evolução , novas relações matemático-astronômicas são descobertas e começam
a aparecer também as
reguladoras dos fenômenos
físico-químicos . Galileu, 14 séculos depois de Hiparco , estudando o
movimento dos corpos sobre o plano inclinado , verifica as distâncias percorridas , como a série dos números
ímpares ou que os
espaços percorridos são proporcionais
ao quadrado dos tempos. É a lei
da queda dos corpos , início da Física. Vem Lavoisier dois Séculos mais tarde , operando
composições e decomposições de
corpos , e descobre a lei da conservação
dos pesos: o peso do composto é sempre igual
à soma dos pesos
dos componentes.
Bichat,
pouco depois , proclama a vida física ,
vegetativa e animal , como propriedade inerente aos tecidos dos corpos
organizados , independente de
almas e de fluidos.
Gall, demonstra na mesma época que a vida moral ou psíquica
(afetiva, intelectual e prática) , é um conjunto de simples atributos, isto é, funções do
cérebro ou melhor dizendo, do encéfalo.
Finalmente, Augusto Comte, descobre as relações mais transcendentais, e demonstra
que os fatos históricos, os
fenômenos políticos, como todos os outros, são regidos por leis naturais, sem a necessidade de recorre-se a
fluidos e nem a vontades arbitrárias.
Assim a medida que o tempo passa vão os fenômenos se desprendendo da tutela dos deuses e caindo
sob o caminho das relações
imutáveis. Não são os deuses, mas as leis Naturais, que melhor representam os atributos
de todos os corpos , brutos ou organizados , mortos ou vivos, individuais
ou coletivos. É este regime das leis
Naturais, que constitui o Estado Científico , isto á, Positivo da
Humanidade.
Mas do
regime provisório das vontades
arbitrárias, a Humanidade não passou logo
para o regime positivo da
Leis Naturais . Houve um período Intermediário, um estado transitório , o Regime das Entidades. Então,
os fenômenos não se explicam por vontades
fictícias e nem são simplesmente descritos abstratamente em termos de leis Naturais, mas por Abstrações Materializadas.
Assim, a queda dos Corpos não resulta
teologicamente da vontade dos
deuses, mas da ação de uma suposta
entidade que o arrasta para
o centro da terra: a gravidade.
Os corpos são quentes , luminosos ou
elétricos , não mais porque os
deuses lhes dão calor , luz,
eletricidade, mas porque há fluidos imaginários
que os produzem , como o calórico,
ou
resultam das vibrações de um meio ideal , o éter. Os corpos vivos não são dotados de fenômenos que os caracterizam, senão porque
o fluido vital os
anima . O homem
ama, pensa e age porque há nele uma substância , a alma , dotada dos atributos intelectuais
e morais.
Este estado
de transição entre o estado
Fictício e o Científico ou
Positivo , é conhecido como Estado Metafísico ou Estado Abstrato da razão humana.
É o estado metafísico, um estado Equívoco, porque as entidades
são abstrações , que podem ser
consideradas, ora como imagens das vontades fictícias ou Teológicas, ora como simples
enunciados dos fenômenos, equivocadamente utilizados para explicar a
produção destes mesmos fenômenos,
conforme o espírito humano estiver
respectivamente mais próximo do estado Fictício ou do estado
Científico(Positivo). Assim a gravidade
é uma pura
ficção Fictícia, se considerada como a imagem materializada
de uma vontade exterior dos
corpos, e uma abstração
científica se tomada como o
enunciado do fenômeno real da queda dos corpos; e a alma outra ficção fictícia, entendida como a substância imaterial , dotada de vontade, que anima
o homem e o faz amar, pensar e
agir, ou, abstração científica , designando o conjunto
das funções do encéfalo.
Em resumo, o espetáculo histórico revela-nos a passagem sucessiva
das concepções humanas por três estados; fictício ou teológico , metafísico ou abstrato e científico
ou positivo.
Isto não quer dizer , que essa evolução se verifica
simultaneamente em relação a todos os fenômenos; não. Primeiro dá-se apenas quanto aos fenômenos mais gerais
e depois aos mais especiais , de
maneira que na mesma época
da história, bem como num mesmo
encéfalo, apresenta-se ao mesmo tempo concepções
Fictícias , metafísicas ou abstratas
e científicas ou positivas, relativamente a diferentes fenômenos.
Hoje por exemplo
os povos modernos , especialmente os do ocidente ou ocidentalizados , pensam em grande parte cientificamente em relação aos fatos astronômicos , físicos, químicos e teológica e
metafisicamente, em relação aos fatos
Sociais e Morais. Ninguém acredita
mais que os deuses ou Deus façam de um círculo um quadrado, ou que evitem a ocorrência do eclipse, mas uma grande
maioria , letrada ou não, acredita que Deus possa evitar ou atenuar as guerras e as moléstias e que a alma
imaterial e a soberania popular
regem ou comandam o Homem e a Sociedade. É pois alarmante ainda existirem
Intelectuais, que acreditam ser a atual
Política-Econômica uma Ciência - É uma bela Metafísica, e nem com muito esforço,
se tornará uma ciência. Com muito favor
já é uma arte do bom, acoplada a uma
aplicação prática com base no egoísmo. A
Economia-Politica, quando se tornar uma
Sã-Política com base na Moral Positiva e
a Economia for considerada uma aplicação pratica da Ciência
Sociologia Positiva, ocorrendo ai sim, a
Economia -Moral Positiva . Esta sim,
será uma aplicação tecnológica com Base em ciência estruturada em Leis Naturais.
Desta forma, a economia colaborará como uma tecnologia, descrevendo e
caracterizando o destino social do
capital.
Contemplando o espetáculo histórico observa-se
que o regime das leis, surgiu
primeiro entre as propriedades numéricas
, para ir pouco a pouco penetrando
entre os outros atributos
menos gerais: a extensão, o movimento , os fatos
astronômicos e físicos, fenômenos
químicos, os vitais , os fatos políticos
e morais.
Não é só o espetáculo histórico
que nos demonstra a lei dos três
estados, ela também se verifica na
evolução individual .
A criança
é fetichista . Tudo, para ela é animado
de vontades arbitrárias, assim como ela própria supostamente
o seria. Quando ela cai, e sofre uma
contusão batendo em um objeto , procura castigar o objeto que o contundiu , pois supõe , que
as coisas são dotadas de vontade, foi o
objeto que a feriu, que desejou feri-la. Mais tarde, são as vontades arbitrárias exteriores que a guiam. Acredita
em anjos , fadas , demônios , almas do
outro mundo, em deuses e deus; todas estas
crenças se fortalecem e continuam mais ou menos durante na adolescência , e na juventude,
se para tal, a educação doméstica e
cívica para isto colaborarem. Só
muito mais tarde , pelo meio em que se
desenvolve , começa a criança a
substituir a razão teológica e
metafísica , pela positiva; em alguns
casos passando ou ficando
da fase da sua própria consciência,
isto é, na fase de plena metafísica
e consequente democracia e liberalismo
individualista.
E se não se liberta plenamente das crenças
primitivas em relação a
sociedade e ao homem ,fica livre delas, no que se refere aos fatos
de ordem mais geral (matemática,
astronomia, física e química) , e
com tendência cada vez mais
acentuada para atingir a completa
libertação.
Assim a evolução individual reproduz
a evolução coletiva; e em ambos os casos se chega à mesma lei da evolução. Tanto o espetáculo
histórico como a análise da alma , demonstram que a razão humana apresenta três estados , que se sucedem, com velocidade proporcional a
generalidade dos fenômenos .
Os fenômenos matemáticos são objetivamente os
mais gerais , depois vem os fenômenos
astronômicos, depois os físicos, os químicos, biológicos, sociológicos e finalmente
os Morais .
A matemática se tornou positiva , muito antes da Moral
Positiva , que já é uma Ciência Positiva , no entanto só agora, que a sua existência está sendo propagada e por alguns entendida.
Vamos, neste momento, evidenciar a
universalidade da Lei dos Três Estados, verificando sua presença em todas as ciências positivas .
Na Matemática :
Matemática Fictícia : As
operações aritméticas ocorrem porque elas querem ocorrer .
Por Isto, adoramos os Símbolos e as Operações; Depois
vem o enfoque que; As Operações aritméticas
ocorrem porque os Deuses ou o Deus assim
determinam ou determina .Adoramos os Deuses ou o Deus .
A evolução
desta fase, no que concerne a Matemática evoluiu da seguinte forma :
Sendo os corpos segundo o fetichismo Primordial dotados de
vontades arbitrarias, quaisquer fenômenos matemáticos a tais corpos associados
, seriam também dotados destas mesmas vontades arbitrarias, e, uma vez
personificados como seres concretos, de acordo com a mentalidade
concreta preponderante de então, os números passaram a figurar como verdadeiros
deuses, sendo invocados quer diretamente como símbolos de proteção,
esconjuro ou temor, quer indiretamente participando da estrutura
das orações. Acrescente-se ainda a concepção dos números da
sorte e dos números azarentos; tal concepção é uma
evidente humanização dos números, visto como se atribui
a eles , as peculiaridades humanas de bondade e maldade; é o caso da
palavra mágica “abracadabra” provável corruptela de abraxas, termo sagrado dos
Europeus Gnósticos, de origem grega. Na
numeração grega, as sete letras da palavra abraxas, denotam o
número 365, (os dias do ano solar), representando um ciclo da ação divina. Além
disto, 365 era supostamente a soma
total dos espíritos que emanavam de Deus. Os ocultistas acreditam que a palavra
abracadabra tenha poderes de encantamento, quando gravadas em pedras e usadas
como talismãs ou amuletos, sobretudo, na seguinte disposição:
ABRACADABRA
ABRACADABR
ABRACADAB
ABRACADA
ABRACAD
ABRACA
ABRAC
ABRA
ABR
AB
A
A presença da Lei dos Três Estados
na evolução das concepções
filosóficas referentes à matemática é
também bastante sensível na ocasião da passagem do politeísmo ao monoteísmo; é
quando então, as operações numéricas se acham em estrita dependência de Deus; a
concepção católica do Mistério da Santíssima Trindade, revela muito bem tal subordinação
de um fenômeno matemático à
arbitrariedade das vontades sobrenaturais, visto como aí 1+1+1
é = 1 ( três pessoas distintas numa só
verdadeira) ; Galileu sintetizou muito bem esta mentalidade, quando afirmou
que os
números são o alfabeto com o qual Deus
escreveu o Universo.
Matemática
Metafísica : As operações
matemáticas se processam devido a uma entidade
chamada Número, uma
abstração Materializada- Na Escola de Pitágoras -Tudo é Número; um Ser, uma Coisa. O Estado
Metafísico é também denominado estado Abstrato, visto como trata-se de um estado onde personificamos e, substancializamos
as nossas Abstrações. No estado Positivo, tal personificação persiste porém plenamente
relativizada, visto a inteira
correspondência entre as noções de Ser e
de fenômeno (ou atributo), tal como vimos
no inicio deste livro.
Matemática
Positiva : Na Matemática
Positiva, devidamente refetichizada, os Números
evocam todas as suas
propriedades objetivas e subjetivas. Por um lado, eles resumem o ideal de certeza
e de precisão que convém à todas as nossas concepções; e por
outro, eles nos evocam a beleza, o
encanto e o respeito por sua admirável influência subjetiva, espelhando-nos a
Harmonia Universal, pelas Leis Naturais onde figuram; é quando então, que percebemos a preponderância dos números
1,2, 3, 5,7, 13, etc , Números
estes verdadeiramente Sagrados
As
operações numéricas se juntaram às operações geométricas e mecânicas ; Dois e dois são quatro , e a
ordem dos fatores não altera o produto; Conhecendo-se as parcelas pode-se determinar o seu total .Pois se
conhecendo a soma de duas parcelas , e
uma das parcelas pode-se determinar a outra parcela. Apreciando as dimensões
e o movimento surgiram as primeiras leis . Tales de Mileto propôs que
a soma dos ângulos internos de um
triângulo é sempre
dois retos , queiram ou não os deuses ou
os reis.
Na Astronomia ;
Astronomia Fictícia:
O
Movimento dos Astros é concebido como a expressão de suas próprias vontades arbitrárias ou ,
das vontades arbitrárias de cada um dos seus deuses respectivos; ou ainda da
vontade arbitrária do Deus único.
Os cometas se deslocam em órbitas bem definidas porque eles querem se deslocar, podendo ainda
mudar arbitrariamente, caprichosamente seu percurso. Os astros se movimentam em
orbitas bem definidas, porque eles querem se movimentar . Por isto Adoramos os
Astros e os Cometas. Depois os cometas e os astros se movimentam-se em órbitas
bem definidas porque os deuses ou o Deus
assim desejam ,com suas vontades
arbitrarias, por isso adoramos os deuses ou o Deus .
Astronomia Metafísica:
No
Estado Metafísico a causa dos movimentos dos astros é explicada por fluidos, energias, forças , vibrações,
etc., até pelo espaço personalizado de maneira
concreta, como por exemplo, os buracos negros, sendo concebidos como gerados
por deformações no espaço.
A trajetória
ou orbitas dos astros eram definidos , por uma entidade que definia aquela trajetória. No caso do sol era o Zodíaco.
Astronomia Positiva
: A Astronomia Positiva
caracteriza-se pela constatação do movimento dos astros de modo a
permitir-nos previsões do aspecto
do céu em um futuro mais ou menos
longínquo. Não procuramos explicar nem
por forças, nem por fluidos, nem
por energias, nem por vibrações e nem
por deformações do espaço ( buraco negro); tais conceitos são para nós , apenas
artifícios lógicos que nos auxiliam a melhor visualizar o que se passa , e
não para explicar a causa pela qual estes acontecimentos se dão. Em
virtude da incorporação do fetichismo ao positivismo, explicamos poeticamente
estas ocorrências pela vontade inerente
aos astros, não arbitraria, e cuja regularidade se expressa em termos de Leis
Naturais; os astros tem uma vida que se expressa nas peculiaridades do seu dinamismo próprio.
Hoje pela leis de Kepler, obtidas através de
observações , no que se refere a trajetória, demonstra-se claramente pelas fórmulas matemáticas, as órbitas dos astros. Hoje através de três observações é possível
definir as órbitas. (Método de Gauss
e Método de Laplace).
Na Física
Física Fictícia : A pedra cai porque tem vontade de Cair
.Adoramos a pedra; ou porque os
deuses ou o Deus assim desejam, podendo tais entidades transformar quaisquer
propriedades da pedra ao seu bel-prazer ( milagre) , e assim amamos os deuses ou o Deus. A queda da pedra é concebida como uma consequência de sua vontade arbitrária, caprichosa que lhe é própria ;
não tendo tido ainda tempo suficiente
para caracterizar a queda da
pedra , os fetichistas, concebendo-lhe uma vontade própria tornaram tal vontade
tão flexível quanto pode ser a
vontade humana; daí eles
conceberem para a pedra,
propriedades que ela de fato não manifesta
nunca. A pedra cai, porque os “astros” desejam
que ela caia.
Física Metafica ou Física
Abstrata : A pedra cai por existir
uma entidade, a Gravidade, ou força
da gravidade, ou energia cinética, que o atrai ; estas entidades são personificadas na Metafísica e
usadas para explicar a causa , ou a razão da ocorrência do fato.
A pedra cai porque
existe uma força que a atrai e define o seu peso, que foi codificada como Força da Gravidade.
Um ponto material de massa m,
nas vizinhanças da superfície da terra ,
sofre em
relação a um triedro fixo de referência, várias acelerações produzidas
pelas atrações da terra, da lua , das demais estrelas, etc.
Como as atrações são inversamente
proporcionais aos quadrados das distâncias; as ações dos demais astros podem ser desprezadas,
em primeira aproximação ,em presença da ação da Terra. Nestas condições, esta
massa m nas vizinhanças da
superfície da Terra , sofre influência :
a)
da ação da atração terrestre .
b) da Força Centrífuga, que decorre do movimento de rotação da terra .( desprezível)
b) da Força Centrífuga, que decorre do movimento de rotação da terra .( desprezível)
c) da Força de Inércia Complementar, também chamada força centrífuga composta ,
que decorre da aceleração de Coriolis*,
a qual existe no plano horizontal,
dirigida de oeste para leste e cuja a expressão é : 2
g t w.cos f ( onde w sendo a velocidade de rotação da terra e f a latitude).*Trocou cartas com Augusto Comte.
A ação da atração da terra associada
à força centrífuga decorrente do
seu movimento de rotação é o que se chama peso
da massa m . A aceleração
correspondente é chamada aceleração da gravidade g. Assim, e em resumo, as
acelerações de uma massa m, nas vizinhanças da superfície
da Terra são:
I) g - aceleração da gravidade , que resulta da ação
da atração da terra,
associada à força centrífuga , e que é dirigida para o
centro da Terra .
II) 2g t w cos f
-aceleração complementar ou de Coriolis,
dirigida de oeste para leste , e
perpendicular ao meridiano do ponto onde
está a massa m .
A cada aceleração corresponde uma força, formulado por Galileu , que resulta
do produto da massa , do ponto , pela
aceleração desta parte, enunciado
por Newton .
Deste modo,
um ponto com massa m , nas
vizinhanças da superfície da
Terra, está sujeito a duas forças :
I) P = m g
II) FC = 2
mgt w cos f - referente a estudos sobre Cinética do Movimento Rotativo
Esta última
expressão é nula quando o corpo está em
equilíbrio . É muito pequena em qualquer caso , devido a velocidade de rotação da Terra .Daí resulta , para os
habitantes da Terra , tudo se passa, com
bastante aproximação, como se a massa m estivesse sujeita a uma força única, orientada para o centro da terra, e que se chama peso da massa m.
Física Positiva: Constata-se que a atividade subjetiva
da inteligência consiste em registrar, o
mundo exterior. As concepções humanas derivam da observação, de modo que, o que as concepções fazem, não é
propriamente explicar, o por que ; mas em descrever o como, dos
atributos; reaproveita-se o antigo
“porque” , em termos de um aperfeiçoamento estético e doutrinário da Síntese
Filosófica, concentrando sua expressão, na espontaneidade elementar do modo de
ser de todos os corpos.
As diversas expressões matemáticas e definições
do parágrafo referente a Física Abstrata ou Física
Metafísica , servem no Positivismo apenas pelo que de fato correspondem,
em termos de seu papel, para que a
inteligência possa descrever, por
meio de um raciocínio lógico abstrato ,a
representação das diversas
sensações ( dos 8 sentidos) com as quais nossa
subjetividade edifica a sua
concepção da realidade.
Quando porem estas definições e
formulas, esquecidas a sua origem
experimental, passam a representar na inteligência, não a derivação de observações, mas o princípio
que produz os acontecimentos observados , cai-se na
metafísica
Do
ponto de vista prático, o Positivismo modula a razão humana, coordenando-a sempre ao que pode corresponder, a um
conhecimento de aplicação prática; não
há dúvida que, ao realizar-se
uma investigação científica de cunho utópico e não quimérico, nem sempre pode se pensar em termos de uma aplicação
imediata. Porém, o assunto sobre o qual
está se investigando, sendo de interesse humano próximo, poderá servir para alguma utilização futura.
Isto
quer dizer , que se no exemplo metafísico, das formulas e definições, ao
servirem de base para especulações , plenamente subjetivas, criando uma
enormidade de conclusões artificiosas, que somente o papel aceita, e que não
são possíveis de serem confirmadas praticamente, estas conclusões não serão
consideradas Positivas.
Na Química
Química Fictícia : No fetichismo os fenômenos que posteriormente vieram a classificar-se
como fenômenos químicos , foram concebidos à nossa
imagem e semelhança; sendo os corpos quaisquer
considerados no fetichismo inicial, como dotados do conjunto das nossas
características psíquicas; e, concebidas estas características como arbitrárias, as composições e
decomposições foram supostas provenientes de vontades inteligentes e caprichosas
dos corpos envolvidos na reação . Quando
o Forte Odor de Ozônio ( mascarado como odor de enxofre), surgia após
grande descarga elétrica entre duas nuvens , fortemente carregadas, era porque assim
as Nuvens desejavam, por isto
amamos as Nuvens. Depois o odor de ozônio surgia ,porque os deuses ou o deus
assim desejavam, por isto amamos os deuses
ou o deus;
ou Satanás assim desejava, ou odiamos o Satanás.
Química Abstrata : No estado metafísico as reações químicas são concebidas como o
efeito da ação peculiar de forças , fluidos,
energias e vibrações ; a matéria
tende a ser concebida como inerte
(passiva) tal como nos estados politeísta
e monoteísta, e tais
entidades são imaginadas como desencadeadores das composições e decomposições das substancias. O Odor
de ozônio aparecia porque entrava em ação
o éter , no momento em que as duas nuvens carregadas se
encontravam.
Química Positiva : A Síntese Subjetiva caracteriza-se, como
vimos, pela perspectiva segundo a qual
os conceitos de matéria, átomo,
molécula, substancia e demais equivalentes foram usados como artifícios
lógicos, que tinham a única
finalidade de simplificar,
simpatizar e embelezar as nossas operações
intelectuais como desejavam os metafísicos lançar a quintessência* do Universo.
A descarga elétrica de alguns
milhares de volts, associa-se à reação química de:
2 O2 ----------> O3 + O
Gerando o ozônio [O3] , que mexe com a mucosa do nariz levando as
Impressões ao nosso cérebro, que
lá serão subjetivadas em termos de um odor específico *é o elemento fundamental, do qual tudo ou todos os corpos, seriam compostos em ultima análise.
No entanto hoje em dia, podemos comprovar
cientificamente, por meios de instrumentos a existencia de átomos , moléculas
etc.
Na Biologia :
Biologia Fictícia: No fetichismo, a vitalidade dos
organismos era concebida como derivada de suas
vontades arbitrárias ; os animais e as plantas eram tidos como possuidores do conjunto
dos atributos psíquicos humanos, assim como de resto todos os outros corpos; o caráter oscilante da vida como então
era imaginada revela-se, por exemplo na crença de que os animais e as plantas podiam
metamorfosear-se ou transformar-se
à vontade. A comestibilidade, isto é, o
caráter de ser comestível ou venenoso
dos vegetais era suposto ser
estabelecido como uma forma do vegetal
manifestar respectivamente
sua amizade ou inimizade
pelos humanos. Por exemplo: A cana de açúcar floresce, com os seus pendões , no mês de
maio, no hemisfério sul no trópico,
porque é assim que ela deseja florescer, podendo faze-lo em qualquer época se assim o desejar; e podendo não
florescer se assim não quiser. Por isto,
amamos a planta cana ; ou porque os
deuses ou o deus deseja ( no politeísmo e no monoteísmo), e por isso amamos os deuses ou o
Deus. Como o mês de maio é o mês de Nossa Senhora é devido a ela que a cana de
açúcar floresce , por isso amamos Nossa Senhora.
Biologia Abstrata : Na metafísica a vida é explicada como o
efeito sobre a matéria dos corpos, dos organismos de fluidos, forças , energias, vibrações. Por
exemplo: A cana de Açúcar Floresce no mês de maio porque
entra em ação, dentro dela o seu Fluido Vital que, a anima e a faz gerar as sementes , para manter a espécie.
Biologia Positiva : Os fatos
são descritos e generalizados em termos de conceitos
elementares e leis naturais, mas não são propriamente explicados. Constata-se, por exemplo, que a
cana de açúcar Floresce no mês de maio , no hemisfério sul tropical; o que coincide com
a modificação da inclinação da posição do eixo da Terra, modificação esta,
por sua vez, associável à menor duração dos dias, sendo estes mais curtos . A
luminosidade por unidade de tempo é a mesma, no entanto, considerando-se o dia, a luminosidade que chega é menor,
comparada aos dias dos outros meses do anos.*;constata-se que se a touceira
da cana possuir uma superfície
foliar de s m2, ela
se sensibiliza e seu metabolismo é deslocado no sentido
de transformar o máximo de sacarose, para
elaboração da semente, ou melhor do pendão . Ocorre nesta
mesma planta o fenômeno dito de Isoporização -
Predomina na haste a fibra, ficando a cana imprestável, para a indústria de Álcool e Açúcar. A fetichisação do Positivismo permite, em termos de uma linguagem concreta, caracterizar o comportamento vegetal e mineral , em termos de vontades, que se expressam abstratamente em termos de Leis Naturais; completando-se o ciclo peculiar da Lei dos Três Estados.
Predomina na haste a fibra, ficando a cana imprestável, para a indústria de Álcool e Açúcar. A fetichisação do Positivismo permite, em termos de uma linguagem concreta, caracterizar o comportamento vegetal e mineral , em termos de vontades, que se expressam abstratamente em termos de Leis Naturais; completando-se o ciclo peculiar da Lei dos Três Estados.
*O
que acabamos de descrever é dito em termos metafísicos, que a
quantidade de energia
que chega do sol, sob forma de quanta, por unidade de dia é menor.
Na Sociologia
Sociologia Positiva : Na Sociologia Positiva o aspecto constante que subsiste sempre em meio a todas as variações secundarias pelas quais passou e passa a instituição da Família, por exemplo, pode ser descrito, abstratamente, em termos de Leis Naturais, que uma vez conhecidas, tornam-se o modelo em torno do qual são edificados os costumes do estado Normal. Tendo os Humanos, sentimentos que os levam a viver para outrem, a Família, se estabelece tanto mais solidamente quanto mais intensos forem tais sentimentos altruístas;e uma vez que esta situação espontânea seja uniformemente reconhecida, torna-se possível unificar a Educação fazendo-a convergir, mediante o conhecimento do Dogma Positivista- Ciências - para os princípios de ação que melhor exercitem este altruísmo.
Moral Fictícia : Concebe-se a influência objetiva dos fetiches sobre a mente Humana; que passa a sentir, pensar e agir de acordo com o Feitiço - A bruxaria não é outra coisa se não o acordo do feiticeiro com o fetiche para produzir sobre outrem, um determinado efeito benéfico ou não. (magia negra ou magia branca; a Umbanda e a Quimbanda) . Na verdade o que ocorre é que o outrem no estado de está se auto sugestiona e admite está sendo influenciado e na verdade é ele mesmo, que se auto condiciona. Achando que tudo vem do Feiticeiro . O Homem pré-histórico e o silvícola atual, caçavam , levavam a caça para a tribo, já sabendo que esta seria dividida por todas as famílias .Era um, fazendo o bem de todos.Agradecem e amam a Natureza pela a sorte de poder levar a caça aos seus pares,que estão em outra atividade, sem cobrar nada por isto.(Comunismo Primitivo); Atitude de querer bem a todos, para que todos façam o seu bem .
Sociologia Fictícia
:No fetichismo a organização familiar liga-se ao Culto, a certos fetiches particulares , que passam a representar o laço
que une as pessoas à uma mesma família
ou clã; as leis naturais da organização social no fetichismo
são desconhecidas, o que não obsta a que
tenham sido empiricamente
pressentidas.
O arbítrio com que se concebia a vontade humana foi sendo no fetichismo gradualmente disciplinado pelo culto dos fetiches domésticos, representados por objetos pertencentes a um membro memorável, ou a objetos diretamente evocativos da situação doméstica.
Exemplo: Os homens vivem em Família porque eles tem vontade, isto é, querem viver em Família , por isso amam a Família . Os homens vivem em Família porque os deuses ou o deus assim desejam , por isto amam os deuses ou o deus.
O arbítrio com que se concebia a vontade humana foi sendo no fetichismo gradualmente disciplinado pelo culto dos fetiches domésticos, representados por objetos pertencentes a um membro memorável, ou a objetos diretamente evocativos da situação doméstica.
Exemplo: Os homens vivem em Família porque eles tem vontade, isto é, querem viver em Família , por isso amam a Família . Os homens vivem em Família porque os deuses ou o deus assim desejam , por isto amam os deuses ou o deus.
Sociologia Abstrata : Os homens vivem em Família por que um
Fluido mais que Vital predomina catalisando e Amalgamando esta
Célula Social . Um interessante exemplo
desta concepção é a suposição de
que os gêmeos sofrem, um, a dor do outro. A sociologia metafísica
se caracteriza mais pela tautologia com
que explica seus conceito.
Exemplo: Os Judeus tornaram-se monoteístas por serem de raça monoteica. Vide semelhante tipo de
raciocínio da propaganda de um biscoito,( por que vende mais - porque está sempre fresquinho - por que
está fresquinho ; por que vende mais.) com
a vantagem de que neste caso conseguiu-se evidenciar o
sentido de duplo fluxo da explicação
causal, que é exatamente uma das razões
pelas quais a ideia de causa, pode ser superada pela inteligência humana; Se uma coisa é
explicada por outra , e esta outra é explicável pela primeira,
chega-se a conclusão de que o que
está revelando, é na verdade, uma
relação constatada e não uma explicação.
A metafísica é a adolescência da Inteligência.
Sociologia Positiva : Na Sociologia Positiva o aspecto constante que subsiste sempre em meio a todas as variações secundarias pelas quais passou e passa a instituição da Família, por exemplo, pode ser descrito, abstratamente, em termos de Leis Naturais, que uma vez conhecidas, tornam-se o modelo em torno do qual são edificados os costumes do estado Normal. Tendo os Humanos, sentimentos que os levam a viver para outrem, a Família, se estabelece tanto mais solidamente quanto mais intensos forem tais sentimentos altruístas;e uma vez que esta situação espontânea seja uniformemente reconhecida, torna-se possível unificar a Educação fazendo-a convergir, mediante o conhecimento do Dogma Positivista- Ciências - para os princípios de ação que melhor exercitem este altruísmo.
Na Moral
Moral Fictícia : Concebe-se a influência objetiva dos fetiches sobre a mente Humana; que passa a sentir, pensar e agir de acordo com o Feitiço - A bruxaria não é outra coisa se não o acordo do feiticeiro com o fetiche para produzir sobre outrem, um determinado efeito benéfico ou não. (magia negra ou magia branca; a Umbanda e a Quimbanda) . Na verdade o que ocorre é que o outrem no estado de está se auto sugestiona e admite está sendo influenciado e na verdade é ele mesmo, que se auto condiciona. Achando que tudo vem do Feiticeiro . O Homem pré-histórico e o silvícola atual, caçavam , levavam a caça para a tribo, já sabendo que esta seria dividida por todas as famílias .Era um, fazendo o bem de todos.Agradecem e amam a Natureza pela a sorte de poder levar a caça aos seus pares,que estão em outra atividade, sem cobrar nada por isto.(Comunismo Primitivo); Atitude de querer bem a todos, para que todos façam o seu bem .
Politeísmo e Monoteísmo: A influência
sobre a subjetividade humana era concebida como a ação
dos deuses, de demônios ou de Deus
sobre a Alma; a revelação e a
possessão explicavam por exemplo,
a inspiração artística, o êxtase, as intuições
da inteligência, e os entusiasmos oriundos dos sentimentos, expressos
pelo caráter. Com o passar do tempo, por exemplo os
índios brasileiros , tinham a mesma atitude dos
fetichistas , a vontade de ajudar aos demais, para poder se usufruir do
que os demais lhe davam em troca; só que
em vez de , agradecer a Natureza, agradeciam
aos espíritos do Bem , ou ao deus Tupã. A Moral estava ligada, as normas religiosas, aos Mandamentos das leis de Deus , no
Catolicismo. Graças a DEUS !
Moral
Abstrata ou Metafísica : Os fenômenos
de sentimento, pensamento e ação são explicados na
metafísica como sendo
o efeito de fluidos, forças ,
energias, vibrações
da alma ou sobre a Alma. E Esta é concebida como um
ser à parte, cuja existência objetiva
não dependeria da existência do Corpo. Exemplo de atitudes de Moral Metafísica
: Cada um por si e Deus por todos ,
oscila entre os estremos.Cada um
faz a sua moral de acordo com a sua consciência .Moral democrática. O grande absurdo em que vivemos.
Parentes , parentes , negócios à parte.
Não preservam nem os familiares - são
altamente egoístas .
Moral Positiva: Os fenômenos de sentimento, pensamento e ação , são concebidos, na Moral Teórica , como funções do Encéfalo; e os fenômenos de
Santidade, Genialidade
e Heroísmo são concebidos na Moral Prática como o resultado do exercício
dos órgãos correspondentes a tais funções. O Positivista
desenvolve a sua vida
afetiva de sentimento resultante de emoções; de inteligência e de ação
em torno, respectivamente do Culto ( pelas Artes do Belo
e do Bom) do Dogma ( pelas 15 Leis
Naturais e pelas Leis Naturais das 7 ciências)
e do Regime ( pelas Disciplinas),
do Gran-Ser : Família , Pátria e Humanidade, sustentada pela Terra e Envolvida
pelo Espaço. “ Amar, Conhecer e
Servir ao Gran Ser Social eis o
destino da Humana”.
7.4.8) 3.2) Lei da Evolução Ativa ou Prática - Esta é a Segunda Lei Dinâmica do Entendimento, que regula individual ou
coletivamente a evolução da atividade
humana . Tal Lei é enunciada
abstratamente do seguinte modo: “A
atividade é primeiro conquistadora,
depois defensiva e enfim industrial” . ( Augusto Conte/ David Hume/ Chales
Dunoyer)
Esta lei
relativa à evolução da Atividade , semelhante a evolução intelectual, como pode ser abaixo
visualizada, nas suas três fases, para melhor entendimento e compreensão .
Conquistadora ou Preparatória, ou
Guerreira,Defensiva,Em Curso,Estado de Alerta,Industrial ou Cooperativa ou Pacífica
Egoística Equivoca Altruística
Fictícia Metafísica Positiva
Primária Transitória Científica
Em 1822, no
seu “ Planos
de trabalhos científicos para organizar a sociedade” Augusto Comte, já esboça a
distinção entre os estudos preparatórios e o final, definitivo da evolução prática. É deste trabalho o
seguinte trecho: “A única maneira de por
fim a esta tempestuosa situação
de superar a anarquia, que esgota dia a dia a sociedade , em uma
palavra, de reduzir a crise a um simples movimento moral, é
determinar as nações civilizadas a abandonar a direção crítica, para tomar a
direção orgânica, a empregar todos os seus esforços para a formação do novo sistema social , objeto definitivo da
crise , e para o qual tudo o que se
faz até agora é somente preparatório”. Système de Politique Positive, vol. IV, ap.gén
E
mais adiante continua: “ Por outro lado só existem
dois fins de atividades
possíveis para uma sociedade, por mais
numerosa que seja , como para um indivíduo isolado. tais são a ação violenta
sobre o resto da espécie humana, ou a conquista e a ação sobre a natureza , para modificá-la em
beneficio do homem, ou produção. Toda
sociedade que não seja nitidamente organizada para um ou outro destes fins ,
será uma associação bastarda e sem
caráter . O fim militar era o do outro sistema , o industrial é o do novo” .
A atividade humana manifesta-se
de duas maneiras , conforme das ações musculares, resultem
sinais para exprimir estados
interiores ou movimentos destinados
a provocar modificações
exteriores.
Quando a nossa
inteligência é posta em contato com a
realidade exterior para esclarecer nossa
Ação, é o aparelho sensorial que
transmite as sensações , oriundas dos sentidos , ao interior do nosso encéfalo , no órgão da contemplação
concreta, que por sua vez cria as
imagens ; e logo em seguida por meio da
contemplado abstrata , geram as Ideias
, que influenciadas pela meditação
indutiva e dedutiva e pelos Sentimentos
, disciplinados pelo caráter ; geram
os pensamentos ; que por sua vez geram as expressões; mímica , oral e escrita ;
este últimos destinados a exprimir os
estados interiores de nossa alma ou psique ou mente, dando a conhecer não somente
o plano elaborado para
determinada modificação do mundo ou da
própria natureza humana, mas também os sentimentos que os inspiram. Quando ao
contrário, desejamos exercer diretamente
a ação modificadora do exterior,
principalmente se tratando-se de
fenômenos do mundo , os movimentos musculares
são dirigidos nesse sentido,
sempre influenciados pelos sentimento e guiados pela inteligência, que
esclarece e assiste permanentemente a Ação, de modo a sistematizá-la tanto quanto possível , isto é, tanto mais , tanto maiores os
esclarecimentos prévios com que
houver contato para a elaboração do plano. Esta ação ou caráter é
composta de três funções prática -
coragem, prudência e perseverança.
Vamos, neste momento, evidenciar a universalidade da Lei da Evolução
Prática, verificando sua presença em
todas as ciências positivas .
Na Matemática :
Fase Preparatória: Os Números, as
Formas e os Movimentos
Fase Em Curso
: Operações Aritméticas , Algébricas ,
Trigonométricas
Fase
Definitiva : Exemplo : Programação Linear – Números Primos
Na
Astronomia :
Fase Preparatória : Observações Astronômicas - Coletas dos Dados
Fase
Em Curso : Leis de Kepler
Fase
Definitiva : Satélites Artificiais - Comunicação , etc.
Na Física :
Fase
Preparatória : Teoria da
Relatividade
Fase Em Curso
: Preparo do Urânio Radioativo
Fase Definitiva
: Aplicação Pacífica da Radioatividade – Energia Nuclear.
Na Química :
Fase
Preparatória : Síntese
Orgânica - Síntese da Vitamina C
Fase Em Curso
: Purificação -
Purificação da Vitamina C
Fase Definitiva
: Aplicação - Remédio
Na Biologia :
Fase Preparatória :
Concepção Animal ( Óvulo + Espermatozoide)- Nascimento
Fase Em Curso
: Alimentação -Defensiva contra as Doenças - Saúde
Fase
Definitiva: Prolongamento da: A
Morte
Na Sociologia :
Qualquer evolução passa por três
fases, sendo a segunda de
transição entre a primeira e a terceira , a atividade é
em princípio Guerreira e Conquistadora passando
depois a Defensiva , antes de se
tornar inteiramente Pacífica .Deste modo
a guerra defensiva é estado transitório da atividade guerreira para a
atividade industrial . Estes três estados
correspondem plenamente aos Estados
Mentais da Humanidade : Fictício ,Metafísico e Positivo.
A
Guerra só se harmoniza
plenamente com o estado Teológico
, assim como a Indústria exige
o estado Positivo, pacífico. Entre o regime Guerreiro e o Industria , há uma situação instável
, em que a guerra é apenas defensiva
, porque desejamos o
estado Pacífico .
Nesta situação
da atividade , a inteligência
também flutua entre a ficção e a plena
positividade.
Desconhecendo ainda o suficiente
a realidade do Mundo, o homem primitivo
só encontra um gênero
de atividade coletiva : A Guerra ; guerra contra os animais ferozes , guerra contra tribos que disputam igualmente as condições
favoráveis da mesma região do meio cósmico, e finalmente guerra pela
preponderância de uma tribo sobre as outras.
O Passado Histórico
revela , perfeitamente , os três
estados , nas três partes sucessivas em que se divide a História Geral :
História Antiga
História
da Idade Média e
História Moderna
Militar ou Preparatório
Militar Conquistadora: O homem começou
com a atividade militar conquistadora -
Os Romanos - Antiguidade
Militar Defensiva: Carlos Magno ,
construiu castelos ,para se defender dos
germânicos - Idade Média
Industrial
ou Definitivo
Industrial Pacifista: A sociabilidade surgiu com a
industrialização, com todos os seus problemas , ainda árduos . Idade Moderna
No Ocidente, a antiguidade foi preenchida
pelas guerras de conquista, que terminaram
na preponderância do povo mais apto
para assimilar os outros, manter a Paz
e divulgar os resultados sociais
da evolução comum; este o povo
foi o romano.
Na Idade Média, manifesta-se claramente
a transformação da guerra de conquista
em pura defesa. Aliás, no final
da antiguidade Romana já os grandes Chefes Guerreiros sentiam e prenunciavam o
regime final da paz e da atividade Industrial. As nações conquistadas
pelo povo romano formaram o cenário
político onde se desenvolveram, duas culturas preparatórias da civilização
Final - O Catolicismo e o Feudalismo .
O Catolicismo cultivou extensivamente os sentimentos relacionados à Pureza; já o Feudalismo desenvolveu o mais alto grau de Ternura
, através dos sentimentos cavalheirosos.
Com efeito, a civilização antiga
formou o cidadão, dando-lhe civismo
e bravura, mas deixou graves
lacunas no que se
refere a Pureza e a Ternura.
A antiguidade instituiu
a escravidão para o serviço
da terra, tendo como consequências , morais e sociais, evitar a
matança dos prisioneiros de guerra, e tirar a mulher
do mais pesado serviço da vida doméstica . A escravidão foi a
regra normal da primitiva
base da Economia Social; hoje trata-se de uma
anomalia monstruosa, que vai sendo gradativamente expurgada, em vista dos
ideais espontâneos de cooperação humana.
A Idade Média transformou a escravatura
em servidão da gleba , e
terminou extinguindo-a lentamente e preparando o regime
industrial moderno, com a
instituição das cidades livres .
No
fim da Idade Média, terminou o
Regime Guerreiro,(a guerra era parte da vida social, a palavra BELLUM , que
definia Guerra hoje etimologicamente evoluiu e expressa BELO) e deixou para os tempos modernos a solução de um problema que tem conturbado a Ordem Social , e que no momento , preocupa as
mais eminentes inteligências, servidas pelos melhores
corações : A Incorporação
do Proletariado à Sociedade .
É o desenlace da evolução, que transformou o Prisioneiro de guerra em Escravo; o Escravo em Servo da Gleba;
Servo da Gleba em Mercenário, e o Mercenário (Hoje) em Trabalhador Livre.
Todos os elementos ativos da sociedade devem colaborar para a sua felicidade Material, organizados tão sistematicamente ,
como fazem hoje para a guerra.
Assim a sociedade
futura, ficará composta de três
elementos :
Elemento Ativo
: Constituído de pelo Proletariado , tendo a frente o
Patriciado;
Elemento
Intelectual : Tendo como guia um sacerdote
emancipado das concepções provisórias do Passado que serviram apenas
para formar o Dogma Positivo .
Elemento Afetivo : Representado pela Mulher
O Regime Final da Humanidade - O Pacífico - para o qual tende irresistivelmente a parte
mais avançada da Sociedade Moderna , já está plenamente caracterizado
e com os seus elementos principais
constituídos. Há entretanto, uma fase de transição, na qual serão
transformadas as instituições aptas a subsistir, suprimindo-se outras, por
inúteis ou perturbadoras.
Esta
transição tem sido retardada pelos
elementos de desordem e retrógrados ,
que agem sobre o meio social influindo
para mudar o rumo natural da evolução, ou fazê-la voltar a um dos estados anteriores , ou finalmente
, permanecer no estado atual .
“O
Homem se agita e a Humanidade o conduz”
,visto como a Humanidade é um conjunto que vive
segundo Leis Naturais , que
atuam sobre o Indivíduo. Por isto nessas condições, está sujeita, como qualquer sistema, à Lei de Galileu,
generalizada por Augusto Comte
Ecológica-Informacional :
Agora no Século - XX , iniciamos
a era “Ecológica- INFORMACIONAL "
, provocando um novo humanismo, que aglutina pela globalização, a aceleração para o bem estar social, tão preconizado por Augusto Comte . É
bom lembrar que antes que o Industrialismo desenfreado
houvesse produzido quaisquer danos Ambientais, o
nosso Mestre já
falava no IMPÉRIO BIOCRÁTICO , é o que chamamos hoje de
" Eco- Sistema ".
A
Concepção Religiosa da Terra , hoje esboçada na Hipótese Gaia, de
James Lovelock (1919 - , teve
origem de forma sistemática em Augusto
Comte ,correspondendo tal concepção a
primeira formulação Ecológica. Cumpre lembrar aqui, que Ernst
Heinrich Philipp August Haecke (1834
– 1919) (criador da palavra Ecologia
, leu a Filosofia Positiva de Augusto Comte
e recebeu de Juan Enrique Lagarrigue - Chileno, uma carta sobre a Doutrina Positivista,
onde já havia uma expressão – BIOCRACIA – Bio = Vida e
Cracia = Governo. Governo da Vida.
https://books.google.com.br/books/about/Lettre_%C3%A0_M_Ernest_Haeckel.html?id=MiZmHAAACAAJ&hl=pt-BR
Entende-se por hipótese Gaia, a
tentativa moderna, baseada nas próprias necessidades humanas afetivas, de um retorno ao
Fetichismo, ou de uma tentativa de incorporar o
sentimento fetichista, em relação
à Terra, por intermédio de uma nova
interpretação dos fenômenos que se
passam em nosso Planeta. Considerando o
nosso Planeta dotado de uma vida própria ,semelhante a dos seus
habitantes . É preciso notar que existe uma diferença entre esta concepção e
a concepção religiosa da Terra,
segundo a incorporação do Fetichismo ao
Positivismo. Os Positivistas não
concebem a Terra dotada de inteligência,
do contrário, nós não teríamos como explicar que, um Ser ou melhor um corpo
tão poderoso e inteligente,
criasse e sustentasse tantas
dificuldades, à sobrevivência não só
da Humanidade - Isto tudo começaria a
entrar em choque, com o próprio desenvolvimento da Afetividade - Se nós tivéssemos que conceber
a Inteligência Atual do Nosso Planeta,
haveria naturalmente uma revolta , pois se ela fosse inteligente
deveria nos proteger muito mais do que faz . É preciso pois que a atividade da Terra e os
Sentimentos que nós concebemos que ela tenha, sejam destituídos atualmente de
inteligência.
Na Moral :
Podemos dividir a Moral em:
Teórica
·
Moral Preparatória ou
Conquistadora ou
Guerreira..........................................................EGOÍSTA
Moral
Fictícia Prática
Teórica
·
Moral Transitória ou Em Curso ou
Estado de Alerta.........................................“EQUÍVOCA”
Moral
Metafísica - Ou da consciência
de cada Um. (Egoísta/Altruísmo)
Prática
Teórica
·
Moral
Cooperativista ou Pacífica ou
Industrial...............................................ALTRUÍSTICA
Moral Científica ou Prática Moral
Definitiva
Caso venhamos acompanhar
as ações de cada Ser Humano, desde a Infância à Madureza(21 anos) , notam-se diversas formas de comportamento, e aí
entra a
Educação , para moldar as atitudes,
e exercitando primeiramente os bons sentimentos, nutrindo a inteligência , para ações
altruístas; e depois nutrindo de alfabetização.
Até a instrução científica e tecnológica. Na fase transitória em que nos
encontramos será necessário ainda complementar tal educação por meio do aprendizado concreto ,isto é, teatrinho, dos maus exemplos e
comportamentos amorais, que os Seres Humanos , na fase 0-14 anos de idade, poderão se deparar, afim de saber distinguir os Verdadeiros Altruístas, os que estão no caminho do
altruísmo e dos falsos altruístas. Educar, para que aqueles que estão em
treinamento possam também distinguir os Egoístas dos Altruístas.
A criança quando já é capaz de agir por si mesma , normalmente age com mais ou menos violência , contra
tudo que a contraria; quer satisfeitos todos
seus caprichos sob pena de chorar, gritar e esbravejar, de
destruir as coisas e até bater nas
pessoas. Para acalmá-la é necessário
ceder com educação, convencendo ou reprimindo , mostrando as consequências , ou
se nada disto der resultado reprimir com penalidade, estes acessos de
cólera. Isto tudo resulta do
desejo de posse não satisfeito.
É um brinquedo que não lhe pertence e que quer possuir . É um bombom
que deseja comer
e não lhe deixam. Se não o impedem, apossam-se deles
à força , pensando que procedem muito bem. Se não os educamos, ele, o
garoto ou garota, opera
assim uma posse forçada; faz uma Conquista Egoística, com base em uma Moral Individualista ou Preparatória.
Mais
tarde, ao chegar a mocidade , suas atitudes serão menos agressivas,
devido a uma educação recebida , ou lapidado pela suas atitudes
na vida, no entanto guardam ainda
violências . Sem querer usufruir
exclusivamente pela força o que é de outrem , como tendem a fazer as crianças ,
procura o moço defender-se
do que dele querem
tomar, o que julga ser seu. Assim
por exemplo , se os objetos que aos falecidos pais emprestaram
lhe reclamam , nega entregá-los
apesar de não serem seus. Inventa
ardis para o fazer e chega a ameaçar com atos
de força ao reclamante cujo direito por falta de provas só se baseia
em razões de ordem Moral
Transitória ou Equívoca. Essa Atitude é um processo Militar embora menos enérgico ; não é mais conquista
, não é mais ataque ; é
defesa.
Chegando ao maior
grau de desenvolvimento, reconhece que
sua ação sobre o mundo deve ser praticada sem violência
para obter o que não possui ou conservar
o que lhe pertence.
A dádiva e a troca, são meios rudimentares
de transmissão, anteriores à própria
conquista ou com ela concomitantes, tornam-se, em plena Madureza,
exclusivamente usados . É a atividade
puramente Pacifica, sem emprego da
força e da fraude, para adquirir ou conservar ; não há mais luta ativa ou
passiva , ataque ou defesa; há paz , há
trabalho, com base na Moral Positiva
ou Moral Definitiva ou Moral Científica - Cooperação Pacífica Industrial ,
de cunho Altruísta . A Força não se
exerce diretamente ou indiretamente,
sobre as pessoas em favor de outras ,
mas sobre algumas coisas em favor das pessoas. O Homem na Maturidade dá ou troca
pacificamente os bens , sem violência
e sem fraude , ocorrem as parcerias. Isso porem não quer dizer que
anormalmente não haja crianças
pacíficas e adultos belicosos. Mas num e noutro caso , confirma-se a lei,
porque se trata de
exceções, isto é, de anomalias.
É certo
também que nos meios civilizados
, dada a influência secular da educação , essas fases são bem pouco
diferenciadas nos indivíduos;
de sorte que muito antes da madureza
, ainda na adolescência , o homem
já atingiu o último
grau da atividade prática, salvo
os remanescentes das fases anteriores, que aparecem
muitas vezes entre as
manifestações do estado final .
7.4.9) 3.3)Lei
da Evolução Afetiva - A
terceira Lei Dinâmica - “A sociabilidade é primeiro doméstica,
depois cívica e enfim universal ,segundo a natureza peculiar de cada um dos três instintos simpáticos” : ( Apego(amizade) ,Veneração e Bondade) ( Augusto Comte)
Assim como a Inteligência e a Atividade , o Sentimento oferece a sucessão de Três Estados.
A evolução afetiva
ou sentimental, que é a mais importante das três , resulta das duas primeiras , que se combinam para tal fim , de modo a constituírem a base,
material e intelectualidade cada
um dos estados sucessivos da existência social.
Os três termos da progressão afetiva ou de sentimento , são
objetivados no grau cada vez mais
aperfeiçoado , mais complexo e mais
extenso da sociabilidade, devido ao prevalecimento,
em cada um , de um dos três sentimentos altruístas.
Primeiro o apego, depois a veneração e
finalmente a bondade, presidem respectivamente
aos três estados de evolução
da sociabilidade.
Sendo a sociabilidade revelada
por um conjunto de atos
convergentes da existência coletiva.
A FAMÍLIA, A PÁTRIA
e A HUMANIDADE
Apego Veneração Bondade
Doméstica Cívica Universal
Vejamos de que forma refletiram, evoluíram
e colaboraram e colaboram as Ciências dentro das etapas da
Sociabilidade ,isto é , como a
matemática , a astronomia , a física, a química, a biologia, a própria
Sociologia Positiva e a Moral Positiva , evoluíram e evoluem através
das três fases da
Afetividade.
Vamos, neste momento, evidenciar a universalidade da Lei da Evolução
Afetiva, verificando sua presença em
todas as ciências positivas .
Na Matemática
Matemática
na fase Doméstica, na fase Cívica e
finalmente na fase Universal .
Jamais a
Matemática e as outras ciências passaram da fase Doméstica diretamente para a fase Universal.
Doméstica: Compra e venda de alimentos , isto é , as quatro operações
Cívica: Compra e venda de gêneros em geral dentro da própria Pátria..
Universal : Compra e venda
de gêneros em geral entre
Pátrias .
Na Astronomia
Doméstica: Observação dos astros, Sol , a Lua , as
Estrelas
Cívica: As estrelas
como indicadoras de
orientação da rota
dos viajantes em curtas distâncias.
Universal : As estrelas e os astros em geral, nas
grandes Navegações .
Na Física
Doméstica : Viagem da casa ao trabalho , em uma fazenda , em lombo
de animal .
Cívica: Viagem de
Avião entre duas cidades de uma
mesma Pátria
Universal: Viagem entre duas ou mais Pátrias e até viagem
interplanetárias.
Na Química
Doméstica: A química Moderna , iniciou na Casa de Lavoisier.- Foi na
Cozinha
Cívica: As primeiras experiências tecnológicas foram na Pátria Francesa.
Universal: A
química se alastrou pelo Mundo.
Na Biologia
Doméstica: As primeiras Higienes
Médicas e curativos foram feitos no Lar .
Cívica: Nos
Hospitais e nas escolas médicas da Pátria
Universal: Pela Cruz Vermelha e outras organizações mundiais da Saúde, etc..
Na Sociologia
Todo homem desenvolve primeiro o apego , gostando
da Família em que nasceram . A
Família é um conjunto de pessoas, em torno de uma mulher - A Mãe . A Mulher dirige a Família e o Pai
dirige a Pátria. A Pátria é um conjunto
de Famílias e a Humanidade é um conjunto de Pátria ; hoje já temos
os Grandes Blocos, um conjunto de
algumas Pátrias, União Europeia , e bem
logo teremos a Globalização , ainda com
o cunho predominantemente econômico de início
com o enfoque ecológico e por fim
pela grandeza da Fraternidade .
Não devemos nunca esquecer a
Veneração pela Nossa Pátria e o
sentimento de Bondade pela
Humanidade ou Globalização ,no
entanto uma globalização que forme uma amálgama
onde o “Mercúrio” desta
“liga” seja a Fraternidade .
Doméstica:
AMOR à FAMÍLIA - APEGO
- amor entre os Iguais.
A Família,
a primeira agremiação humana, foi a mais restrita, porém a mais enérgica,
porque teve como base um dos mais fortes instintos
animais - o da conservação da espécie , que em intensidade, só é
superado pelo instinto da conservação individual. Sob a preponderância do instinto
sexual , associado ao instinto materno, formou-se a família das outras
espécies animais , que dura, normalmente, apenas o tempo necessário para a criação da prole, dissolvendo-se logo
após. Na espécie humana, os instintos altruístas criam a sociabilidade dilatando e prolongando essa instituição , que se tornou permanente.
Iniciada com o par fundamental, prolonga-se
através dos filhos , netos, bisnetos , etc., e dilata-se colateralmente pelos tios , cunhados, primos, etc.,
levando-se em conta , as condições
características da vida
primitiva.
Esta simples consideração
, não só distingue a família das
espécies homo , das demais famílias do reino animal , mas
caracteriza o desenvolvimento crescente da sociabilidade humana.. Em breve
outra associação mais extensa e também
mais forte naturalmente aparece : a Pátria
É de a observação cotidiana
assistir o afeto das crianças
pelas pessoas que imediatamente a cercam : os pais, , os
irmãos , os parentes.
Os estranhos tende as lhes dar
medo e repulsa. Só quando percebem a
acolhida que os seres caros ,
a esses estranhos dispensam , é que as crianças
a eles estendem o seu
afeto , amando-os como os pais ,
a irmãos e parentes . As afeiçoes das crianças se limitam
à família.
Na infância o homem
ama sobretudo a Casa e a Família .
Com o decorrer da idade , aumentam
os círculos das afeições, e
chegando à idade adulta, começa a ter o
sentimento de seres coletivos superiores à família : são
a terra em que nasceu e vive , gente que fala a mesma língua e habita o mesmo solo ; ama então a
cidade e a Pátria , como amava a casa e
a família , às afeições domésticas juntam-se as afeições cívicas .
Mas é bom lembrar , que se
formaram outras agremiações , entre a Família e a Pátria, cada vez mais
extensas , preparando a Pátria.
Cívica: AMOR A PÁTRIA - VENERAÇÃO
- Amor dos inferiores aos Superiores
Na Mocidade o Homem ama
sobretudo a Cidade e a Pátria .
Durante muitos
séculos, a sociabilidade humana não
ultrapassou os limites da Pátria.
Os Povos em geral não conseguem
levar mais longe os seus sentimentos , considerando os povos vizinhos
como inimigos , cada qual procurando
dominar pela força .
Infelizmente,
neste particular , a situação hodierna
pouco se alterou, apesar das iniciativas
generosas, que se vão se sistematizando
cada vez mais e infelizmente o ser
humano ainda não registrou , por mutação genética, estes
padrões básicos de comportamento de sentimento,
pensamento e de caráter, que melhor asseguram a harmonia social
e que só tem ficado em nível de
cultura.
Mesmo com algumas
grandes barbaridades , com os
espíritos de escol, podemos dizer que começam
desde cedo, a sentir a necessidade
da associação dos povos, para formar
a unidade da espécie humana.
Universal: AMOR À
HUMANIDADE - BONDADE - AMOR
DOS SUPERIORES AOS INFERIORES -
Na madureza, o Homem Ama a Humanidade, a
Terra e o Espaço.
A princípio, pensava-se que esta unidade se
obteria pela conquista de todos os povos,
subordinando-os à preponderância de um só. Essa foi a opinião de vários guerreiros da antiguidade, como
por exemplo, Ciro, no Oriente , Alexandre, no Ocidente Grego , e muitos outros conquistadores romanos.
O apogeu do altruísmo será quando o homem, isto é, quando a população da terra estiver realmente controlada , e ao mesmo tempo, se estenderem às afeições, às seres
coletivos mais complexos , isto é , além
da cidade e da pátria, o
adulto se afeiçoa às Párias de
mesma língua, onde existem
instituições similares , e assim de grau em grau, se chegará a
abrange , no seu afeto , a Terra inteira e o Espaço, considerando todos os povos, como uma
só família , uma só pátria, todos os homens
como irmãos: será o apogeu do Altruísmo , assim o indivíduo atingirá o grau máximo
da Sociabilidade: a Sociabilidade Universal.
Contemplando o espetáculo histórico ,
verifica-se evolução análoga .
Os povos primitivos , ainda imersos no fetichismo , limitam os
afetos a família , o único ser coletivo
que realmente conhecem :
A sociedade por eles constituídas é essencialmente uma sociedade
familiar, fundada no Apego. Como podemos ver na Civilização Chinesa, onde
o fetichismo, perdurando
excepcionalmente , organizou uma
sociedade política e religiosa , baseada exclusivamente nos sentimentos domésticos. As relações
existentes dirigentes e dirigidos, tem o mesmo caráter das que
existem entre pais e filhos,
antes da revolução de 1911 , que acabou
com o regime monárquico e
instituiu a República da China , o Chefe
do Estado o Imperador , era considerado o pai e
a mãe de seu povo. Amor de
Apego.
Estendendo as afetividades, das famílias, à tribos, às
castas, nas sociedades teocráticas , formaram-se por fim as grandes aglomerações de povos incorporados por meios militares. Surgiu a noção de Pátria:
isto é , conjunto de famílias , ligadas por um mesmo governo político , em
torno de uma cidade preponderante . O Império Romano é o tipo do novo ser coletivo : conjunto de povos congregados em
torno de Roma , sob o ascendente
de um mesmo governo .Nascido na Espanha , na Itália
e na Gália , os
habitantes do Império Romano , quando
adquiriam a qualidade de
cidadãos, não o eram como
espanhóis , italianos ou gauleses
mas como romanos, filhos da cidade de Roma. Civis romanaus sum, era o
grande título de glória para o
habitante do Império, que o possuísse. Desta forma assistimos à expansão extraordinária de um sentimento mais elevado , mais extenso,
mais cívico, ancorado na Veneração
Finalmente, com o advento do Monoteísmo Cristão,
ligado por uma crença comum, as pátrias
oriundas da fragmentação do
Império Romano , aparece um novo
sentimento social ainda mais elevado, extenso e nobre - a
Cristandade . Com Saulo de Tarso, genial pensador, de profundo espírito Social,
hoje conhecido, como São Paulo. Ao analisar o problema religioso, viu desde logo,
que pela ciência, propriamente dita, não poderia alcançar o intento: haja vista
como a ciência se limitava , então ,
à parte elementar da matemática , da
astronomia , e aos princípios da biologia, que tinham origem na obra de Aristóteles. O Objetivo seria, contudo,
alcançado pela teologia, não politeica, porque esta estava inteiramente gasta e desprestigiada, no entanto o caminho seria
pelo monoteísmo.
Sendo judeu, suas ideias eram
naturalmente voltadas para o monoteísmo judaico, mas este se afigurava impróprio para os povos de origens e crenças
diversas, geralmente politeicas. Além disto, a concepção judaica
estabelecia , entre a divindade e
o homem , relações demasiado grotescas ,
pois algumas lendas bíblicas já eram assunto de motejo , para os espíritos meditativos .
Pensou então associar o monoteísmo à filosofia grega.
E , sem desprezar totalmente a origem judaica do monoteísmo, dirigiu a atenção para o pensamento aristotélico.
Aristóteles, embora emancipado da teologia , reconheceu que a evolução natural , levava os povos para o monoteísmo, antes de serem
completamente empolgados pelo
espírito positivo , mas receava que as construções monoteicas , embora emanadas
de pensamentos individuais , ( ao contrário das politeicas , que
eram de origem popular), ainda tivessem
caráter politeico. Receava que a
divindade, posta em contato demasiado
íntimo com os homens, como
acontecia no politeísmo, tornasse assaz ridículo esse conchavo. Nessas
condições, concebeu a divindade em situação tão elevada, que nenhum contato houvesse com os homens; submeteu
o mundo e o homem às leis
naturais, e entregou o seu governo a dois ministros metafísicos, o Destino , já muito familiar aos politeístas, representando o conjunto das
leis conhecidas, e a
Fortuna, compreendendo as
leis desconhecidas.
Em
tais condições , o espírito
positivo , ficou inteiramente
livre para a pesquisa das leis naturais , porque,
longe de
contradizer a existência de Deus , procurava apenas a legislação
por Ele dada ao Mundo e ao Homem.
Mas ainda
tirava de Deus a
responsabilidade dos males que frequentemente ocorrem
, quer dos homens com a Natureza
quer dos homens entre si.
São Paulo aceitou
essa concepção , modificando-a
ligeiramente , no que era indispensável
para a sua construção religiosa.
Atribuiu à Deus a faculdade
de suspender , ocasionalmente , o
domínio das leis naturais e o governo perpétuo do homens; daí a ideia de milagre , introduzida no catolicismo.
O próprio Aristóteles, reconheceu a contradição
existente entre a sua
teoria do entendimento humano, inteiramente positiva , que não dava existência
exterior às concepções
puramente espirituais , e a concepção de um Deus material ,
existindo realmente fora de nós.
Esta ideia contraditória, que não escapou á
sua eminente inteligência, patenteou-se,
mais tarde, ao pensamento dos próprio
católicos, quando, um tanto arrefecidos
, do instinto social , começaram a
meditar profundamente sobre tais assuntos. Daí as graves discordância sob
as denominações de
realismo e nominalismo, iniciadas na
Idade Média.
Os realistas colocados no ponto de vista de
Pitágoras e de Platão, que
propositadamente haviam dado
realidade objetiva às
concepções do espírito,
afirmavam a existência , no mundo exterior, de
tudo quanto o espírito religioso havia concebido.
Os
nominalistas, porém, convictos de que
tais ideias, não passavam de concepções do espírito, isto é, de simples nomes, sustentavam que nenhuma realidade
exterior podiam ter . Deste modo,
solapavam completamente todas as lendas , todos os mitos e
ficções, em suma todo o apoio
de qualquer teologia, mesmo
monoteísta , dando origem à
contradição irremediável, que cada
vês mais se acentua, entre a teologia e a positividade.
Os pensadores católicos, que negavam
a realidade exterior das
ficções e concepções subjetivas , davam à sua
teoria do entendimento humano, isto é, a
teoria aristotélica, a
denominação de conceptualismo, de meros conceitos.
Tal foi a
discussão sustentada entre Abelardo
e São Bernardo . Este compreendeu
que o conceptualismo ou nominalismo solapava inteiramente
o teologismo e, por conseguinte,
o catolicismo.
Subordinando a
Inteligência à Fé, e adaptando a crença
às necessidades morais
e sociais do momento, condenou
irrevogavelmente a concepção positiva do
pensamento humano.
Embora construindo
de acordo com a filosofia grega ,
ensinada por Aristóteles, exceto neste particular , o Catolicismo entrou em conflito
com a ciência moderna , logo
que pensamento dos filósofos retomou o caminho
aberto pelos gregos; eis como , o
Clero Católico, pioneiro da Positividade na Idade Média, tornou-se opositor
pertinaz , nos tempos modernos.
Esta discordância
tão prejudicial no Catolicismo - a tendência de dar realidade
objetiva as meras concepções
subjetivas - se observa , também , nos
cientistas modernos, que confundem
artifícios lógicos com leis
naturais. Confundem, assim na Ciência, os andaimes com o edifício em construção .
Enquanto o Amor da
Pátria reunia famílias
diferentes , a Cristandade congregava
pátrias diversas.
Foi este novo
afeto coletivo, que superando as
divergências posteriores do Monoteísmo Cristão , bipartido em Catolicismo e Protestantismo , se mudou da Ocidentalidade , e estendido do Ocidente para o Oriente, abrangendo todos os povos da Terra ,
constitui o sentimento de união Internacional , que hoje se apregoa e é o precursor da Sociedade
Universal do Futuro , com base na Bondade .
Na Moral :
Compõem-se
a alma humana de motores afetivos
, faculdades intelectuais e
qualidades práticas . Todas tem por sede
o encéfalo , de sorte que , sem discutir a natureza da alma
, sem indagar se é apenas uma
propriedade do cérebro , como nos ensina
a ciência , ou uma entidade
estranha que o toma por instrumento ,
como pensam os metafísicos , o certo é
que sem cérebro não há alma ; donde
temos a definição positiva :
“alma”,
é o conjunto das 18 funções do
encéfalo.
Dos três grupos de funções psíquicas, que
são a fonte de nossos afetos, dos nossos pensamentos, e de nossas ações , as primeiras , isto é , as funções afetivas , não tem relação direta com o mundo exterior -- a paixão é cega , já diz a sabedoria popular --- e determinam o impulso que estimula o pensamento , produto das
funções intelectuais e provocam
os atos , produzidos pelas
funções práticas . Não há dúvida que
toda a nossa vida psíquica depende fundamentalmente dos
nossos sentimentos .
“Para Pensar e Agir é preciso Sentir” . Augusto Comte
No entanto
os sentimentos emanados dos nossos
órgãos afetivos são de duas categorias : uns
nos levam a amar a nós mesmos
, e outros a amar a
outrem .Por uns vivemos para nós , por outros
vivemos para outrem . Constituem
os primeiros os egoísmo e os segundos
, o altruísmo .
Dependendo dos sentimentos , todas as nossas ideias e todas
os nossos atos , serão
alguns mais ou menos egoístas e outros mais ou menos altruístas , conforme predominarem os instintos
pessoais ou os móveis
da
Sociedade.
Quando
predomina o excesso de egoísmo temos a
existência puramente de um homem
hiper doentio , isolado , altamente problemático, revoltado, mal
caráter, muitas vezes canalha , etc. ,
mas quando predomina o altruísmo
, a tendência para a existência
humana é de um homem , de grande sociabilidade , passa a ser um Ser Coletivo.
A vida
plenamente social, só é compatível
com subordinação do egoísmo ao
altruísmo.
Tende a perturbar-se ou
extinguir-se , quando esta
subordinação desaparece pela igualdade da colaboração , ou pela preponderância do egoísmo.
Para demonstrá-la
basta contemplar o espetáculo
histórico e apreciar o
desenvolvimento dos indivíduos, desde a infância à madureza, do seio da família -
Doméstica até a fase Universal , por meio das
disciplinas a serem atingidas .
Doméstica - Moral Doméstica Positiva – A Moral Social desenvolve
o homem formado pela Família.
Cívica
- Moral Cívica Positiva – Educar
o Homem para a Pátria.
Universal -
Moral Positiva do Ocidente &
Moral Planetária Positiva –
A Moral Positiva do Ocidente
tem por fim dirigir a existência
de suas diversas populações , solidárias desde Carlos Magno, e que compõem a República Ocidental , imaginada por
Augusto Comte e hoje
iniciada com a União Europeia .
A Moral Planetária Positiva, tem por
finalidade consolidar sistematicamente as tendências universais
para a unidade terrestre.
Vamos aqui abrir um parêntese
e tecer comentários sobre a:
Relação entre as três Leis da Evolução Humana:
Afetiva ,
Intelectual e Ativa ou Prática.
Depois desta visão das três leis
da evolução individual e coletiva , vejamos as suas principais correlações .
O Fetichismo lançou espontaneamente os fundamentos da ordem humana, estabelecendo a
preponderância do sentimento sobre a inteligência e sobre a atividade;
subordinou o homem ao Mundo ,
e abriu caminho para a evolução social
da Humanidade , instituindo a vida
sedentária, fundando definitivamente a família,
e lançando as bases da ordem futura, pela instituição do sacerdócio.
O
Fictício, harmoniza-se melhor
com a guerra do que com a
Indústria, porque aquele regime
é mais espontâneo que o
Industrial,e também a guerra é a maneira mais natural
de congregar os homens , no
começo de sua evolução.
O regime politeico apresenta
duas formas características :
Politeísmo
Conservador Teocrático e Politeísmo Progressivo ou Militar.
Somente a fase politeica do
teologismo se harmoniza com a guerra de conquista , sendo o politeísmo uma concepção de origem popular, não
provoca a incompatibilidade que se
observa nas diferentes formas do monoteísmo, provenientes , cada uma , de
um pensador.O Politeísta adora os Deuses
, conhecidos ou desconhecidos, ao passo que
o monoteísta adora um só Deus, aquele que conhece
e admite, com exclusão dos
demais, que despreza. Esta adoração ao seu próprio Deus ,
só é admitida segundo a forma instituída
pelo filosofante. Dessa discordância
surgiram as guerras e ainda surgem
, entre os monoteístas
católicos, maometanos,
protestantes e judeus.
Essa observação mostra a priori
, que o politeísmo se harmoniza melhor com a guerra de conquista, enquanto o monoteísmo se
torna impróprio para a assimilação
dos povos conquistados, destruindo-os completamente ,
quando não alcança
a conservação pela Fé , geralmente impossível , dada a situação mental dos povos vencidos. A confirmação do que
acabamos de expor , está
no empate irrevogável ,do monoteísmo
Islâmico e Católico. E o conflito de hoje em dia entre o monoteísmo
maometano e o monoteísmo judaico.
Estas aberrações ainda existentes , provam o desconhecimento dos dirigentes políticos e
religiosos , para pôr fim a
estas loucuras, de incompreensão que o
Ser Humano ainda em certas áreas do globo terrestre , procura pela guerra
resolver o problema, que por este caminho jamais terá solução. Nenhum nem
outro, se subordinará ao outro . A região da Palestina no Oriente Médio se comporta no estado de evolução Humana , violentamente atrasado,
já superado por muitos povos no Mundo.
O Positivismo considera a
batalha de Lepanto, como sendo o termino
final do verdadeiro
regime guerreiro, pelo
combate dos dois monoteísmo , cuja irredutibilidade nenhum deles
poderia então compreender.
O regime Industrial, exigindo, cada vez mais, o conhecimento da
ciência, só se pode harmonizar com o
espírito positivo . Por outro lado , esse gênero de atividades
ultrapassa hoje os limites
das antigas castas , alcançando
todos os povos e todas as
pátrias. Exige colaboração tão extensa
e intensa , que só a sociabilidade
final , isto é , a
confraternização universal
pode conseguir.
Já utilizamos, hoje
em dia, intensamente , para as
necessidades pessoais , domésticas e das
pátrias , os produtos elaborados
em todas as partes do Mundo. As Indústrias nacionais, carecem de matéria
prima de todos os continentes , e muitas vezes ainda recorre as
experiências e aptidões
especiais, estranhas as nacionalidades. A felicidade de cada povo depende, sempre mais, da colaboração de
todos os povos, e as aptidões, cada vez mais, decorrem do passado. Nenhum regime Social caracteriza melhor a íntima
ligação com o conjunto dos povos que
o regime Industrial, mas que já está em crise hoje em dia. Como pode ser visto no livro “The Crisis of Industrial
Civilization”- The Early Essays of Auguste Comte ( Edited and Introduced by Ronald Fletcher)- 1974 .
A evolução ativa , portanto, não se prende , apenas , à evolução
intelectual , mas também a evolução afetiva. Se o regime
industrial moderno se relaciona , intimamente , com a
confraternização dos povos, o estado
mental , que se estende do monoteísmo à metafísica, harmoniza-se com o
regime militar defensivo, conservando,
entretanto , o núcleo , que traz consigo
os mais seguros elementos de progresso.
As considerações que acabamos de fazer , não se deve inferir , que a sociedade moderna
, mais avançada , a sociedade
ocidental , ou sequer
os povos que atualmente se reputam
supercivilizações, hajam
percorrido todos os degraus
sucessivos da evolução intelectual, ativa e afetiva
da humanidade. Esse percurso foi feito, apenas, por alguns
espíritos de escol destes povos.
Isto quer dizer, que o mesmo pensador, o mesmo cientista , podem estar atualmente , em graus diversos da evolução
intelectual, conforme o assunto
que está se tratando . No estado positivo, quando cuida da matemática, da astronomia , ou até da biologia;
no estado metafísico em Sociologia, sendo teologista em
Moral. Esse mesmo cientista, em matéria
de sociabilidade, geralmente, não
atravessa as fronteiras da Pátria, considera inimiga as outras
Pátrias, e aspira preponderância universal de sua nacionalidade. Quanto a afetividade, vai pouco além da própria família, cujo número
muitas vezes restringe, cedendo ao egoísmo pessoal. Os
admiráveis surtos, de sensibilidade de
afetividade, que observamos na sociedade
moderna, resultam da atuação de espírito de Escol (Elite). A demonstração irrecusável dos instintos
altruístas, inatos ao homem, está
na liderança, sobre as naturezas vulgares
desses elementos excepcionalmente
avançados da sociedade Moderna.
Abordemos agora, sumariamente
os transtornos , ou melhor as
dificuldades, que se opõem à massa popular , para seguir
os impulsos dessas naturezas excepcionais .
Como anteriormente
abordamos, a evolução humana decorre
muito da evolução intelectual,
porque esta faz conhecer o Mundo e a Sociedade, modulando as Suas Afeições.
As grandes
dificuldades opostas à mentalidade , no passado, e até mesmo no presente , para compreender
a teoria do entendimento humano de Aristóteles, emancipando-se das ficções teológicas , do domínio da Moral
e da Religião , impedem , ainda hoje , a
plena aceitação das concepções Morais
e Sociológicas Positivistas deixada por Augusto Comte .
A este obstáculo intelectual, hoje superável,
juntam-se outros de natureza
ética, criados pelo orgulho e pela
vaidade individual , ou nacional , sem
falar na ação da Lei da Persistência ,
generalizada a todos os fenômenos.
É muito penoso
para o Orgulho e Vaidade do
Cientista moderno , que se presume omnisciente, reconhecer o atraso
de sua evolução intelectual. Também é
irritante , para o Orgulho Nacional , reconhecer que outra nação , de menor potencial militar e pequeno desenvolvimento industrial , assimilou os elementos
intelectuais , mais adiantados da
Civilização Moderna .
Para o espírito
humano é mais difícil de corrigir erros
inveterado, do que descobrir verdades novas , e ainda mais dificultoso modificar sentimentos e costumes apoiados em ideias antigas , adaptando-os a novas
concepções .Dai os enormes
embaraços encontrados pela grande renovação contida
na Obra de Augusto Comte.
Não é de se estranhar
, que justamente , no mundo intelectual , se originasse a maior oposição
ao surto e ao desenvolvimento desta obra
incomparável.
O Elemento
Científico, mais que o teológico, tem colaborado para
estagnar esta evolução.
O Fato não é de se estranhar .
Embora fictício , o
elemento teológico visa principalmente a manter
a ordem humana, no que diz respeito à moral
e ao bem social , ao passo que o
elemento intelectual , quase sempre divorciado da moral , não hesita
em afastar-se , também , da razão
, sob o intenso impulso da vaidade e do orgulho.
A Instituição da Ciência
Sociológica, em condições inteiramente
Positivas, como fez Augusto Comte, deu aos governantes luz tão intensa, isto é, bases sólidas e
científicas, como a astronomia ao
navegante, e a biologia ao médico
.Tão complicadas são as relações sociais e tão difíceis
os problemas modernos, que não
basta o simples empirismo
inteligente para dirigi-los;
são necessários os
esclarecimentos sistemáticos, as luzes
teóricas , para resolver os seus
intrincados problemas. O resultado desta situação, reforçada pela ignorância do
público. Que desconhece existir para os fenômenos Sociais , uma
ciência tão positiva , como as outras
, e por conseguinte, os princípios básicos dessa
própria ciência - é que
os povos modernos ficam inteiramente expostos à ação
de Políticos Aventureiros, como
tem ocorrido e ocorre em nações , que se
presumem Supercivilizadas . Essa nações
são hoje o maior flagelo da Humanidade.
Os principais causadores
da calamidade em que vivemos , os principais responsáveis pelos seus crimes , são os representantes da Ciência Acadêmica , que se esforçaram , a princípio , por morrer
de fome o Renovador Moderno ,
e acabaram abafando, na conspiração do silêncio, sua obra
regeneradora, para que as gerações presentes
e vindouras , por muitos séculos
, ignorassem sua existência , de modo
que a anarquia e a Retrogradação
caminhassem livremente, satisfazendo os
seus caprichos e apetites individuais. Nestas condições os povos modernos se
acham expostos à exploração
de qualquer aventureiro, mais ou
menos hábil, mais ou menos paranoico, criadores de
ideologias obscuras e fantasiantes ,
os meros
gozadores do poder, incultos e sem Moral Positiva. No entanto agora
com a Internet, será possível alimentar
a obra de Augusto Comte , este
será o grande trabalho, para o bem da Humanidade, em conjunto com muitos
colaboradores.
Resumindo, podemos afirmar, que as operações encefálicas realizam-se
invariavelmente segundo as
leis Estáticas
do Entendimento . No entanto seus resultados ,
variam com o tempo , tanto no Indivíduo como na Espécie, isto é na Sociedade .
Sentimos, Pensamos e Agimos ;
observando a subordinação do
subjetivo ao objetivo ; a vivacidade e
nitidez das impressões relativamente as Imagens , e a
preponderância da Imagem Normal.
Mas as Ideias , os
Atos , e os Sentimentos que
daí provêm :
Ora
são Ficções , Conquistas ou Afetos
Domésticos ;
Ora
são Entidades , Ações de Defesa e
Afeições Cívicas ;
Ora
, finalmente , Verdades Positivas , Trabalho e Amor Universal.
De sorte que, a par das leis que regulam o equilíbrio, existem as leis que regem o movimento
do aparelho encefálico; a par
das Leis Estáticas, há as Leis Dinâmicas do Entendimento. São as Leis da Evolução ,em número de três: A Lei Intelectual , a Lei Ativa e a Lei Afetiva. Todas as Três Leis podem ser codificadas harmonicamente, segundo designação
consagrada à primeira delas
, Chamando-lhes de Leis dos Três Estados :
a)
Leis dos Três Estados Mentais
b)
Leis dos Três Estados Ativos
c)
Leis dos Três Estados Afetivos.
Estas três Leis constituem a Lei Universal da Evolução
Individual e Coletiva. do Ser
Humano.
IV)SEÇÃO MAIS OBJETIVA - 3º GRUPO - PRINCIPALMENTE OBJETIVO
- 4ª SÉRIE -
A MAIS OBJETIVA DA FILOSOFIA PRIMEIRA
A MAIS OBJETIVA DA FILOSOFIA PRIMEIRA
7.4.10) 4.1) Lei da
Persistência - Todo
estado estático ou dinâmico, tende a persistir espontaneamente, sem nenhuma
alteração, resistindo as perturbações exteriores (Generalização universal do
principio de Johannes Kepler)
O enunciado é claro e preciso, pois esta
Lei nos mostra a tendência natural de todo o estado estático ou dinâmico, isto é, de equilíbrio
ou de movimento, a conservar-se
indefinidamente, a persistir sem nenhuma alteração, resistindo
às perturbações exteriores .
Esta lei evidencia em primeiro lugar a necessidade de se distinguir os estados estático e dinâmico. O primeiro é caracterizado pelo equilíbrio,
pelo arranjo natural de todos os elementos
que o constituem; o segundo, o dinâmico, representa o
movimento, a sucessão espontânea de estados estáticos.
Em qualquer dos
dois, e de modo geral , em todas as transformações observáveis, há a tendência natural destes
estados a persistirem espontaneamente,
sem nenhuma alteração , resistindo as perturbações exteriores .
A tendência própria ao fenômeno, é portanto a de continuar indefinidamente a verificar-se no mesmo estado de equilíbrio ou de movimento, sem nenhuma alteração,
resistindo as perturbações exteriores
Vamos, neste momento, evidenciar a universalidade da Lei da
Persistência, verificando sua presença em
todas as ciências positivas .
Na Matemática - A Lei
da Persistência é a generalização da Lei de Kepler - Augusto Comte a estendeu
universalmente a todos os fenômenos , donde resulta o estabelecimento da lei da Persistência .
A Lei complementar de Carnot, estendendo ao
caso do equilíbrio, constitui mais uma prova da lei da persistência no domínio matemático.
Na Astronomia - A Lei
da persistência revela como os corpos celestes , mantém-se indefinidamente em movimento , sem necessidade , para tal fim de qualquer
ação exterior. O movimento regular dos astros, há milênios observado , é suficiente para mostrar a tendência natural deste estado dinâmico a continuar indefinidamente. Não encontrando perturbação exterior apreciável que possa modificá-lo, o movimento de translação da terra em torno do sol , por exemplo,
tende espontaneamente a
persistir sem nenhuma alteração
e é assim observado em todos os tempos desde de as eras mais remotas da existência humana.
Na Física - Nos
diversos estados físicos em que se
encontrem , os corpos tendem a persistir até que seja modificado esse estado
por influência exteriores.
As passagens de estado
constituem na física uma consequência
direta das variações de intensidade de pressão e de temperatura.
São, portanto, variações exteriores ,
que colaboram para a passagem de um estado físico para outro. Normalmente o
corpo tende a se conservar indefinidamente
em um mesmo estado, isto é,
Sólido, Líquido , Gasoso , resistindo
às perturbações do
meio.
Na Química - No domínio da Química utilizaremos para exemplo , desta lei ,
o estado estático dos corpos, que mantém a sua constituição e
propriedades , enquanto não influir o meio para modificá-las.
O fenômeno químico é caracterizado
pela composição e decomposição resultante da ação molecular e específica
das diversas substancias , naturais ou artificiais , umas sobre as outras-
reações químicas.
O estado estático em química, é representado pelo conjunto de
propriedades , que uma substancia ou elemento apresentam que constituem suas
propriedades características , diferenciando-o de todos os outros - Vide Tabela Periódica dos Elementos , estabelecida por Mendeleiev . Tal estado estático tende a
persistir espontaneamente resistindo as perturbações exteriores.
O estado dinâmico persistente em química , examinaremos o da reação entre dois corpos ou a decomposição de um em mais de dois
corpos.
Na Biologia : A vida define-se como a troca ao mesmo tempo gradual e contínua entre o organismo e o meio.
Para que o Ser esteja vivo deve
permanentemente manter o duplo movimento de assimilação e de desassimilação. Tal estado
de vida tende a persistir indefinidamente, resistido às perturbações
exteriores. São estas perturbações,
estas influências do meio exterior, que colaboram para a alteração da continuidade indefinida da existência
do Ser vivo .
Na Sociologia : Esta
lei explica a continuação de um sistema político ou religioso que se tornou
retrogrado. Esta lei, em suas
aplicações ao domínio da dinâmica social
, explica desta forma o prevalecimento
de instituições retrógradas , que mantendo a
continuidade social até certo ponto, dificultam posteriormente a
implantação da nova ordem que deve substituí-la.
Quando estamos em Paz , é
difícil sair da Paz; mas se estivermos
em guerra será difícil de sair dela.
Na Moral - O
aperfeiçoamento da Natureza humana, pela Educação é possível, devido à aplicação da lei da
Persistência . A natureza humana é susceptível de aperfeiçoamentos e nossos maiores
esforços devem convergir sempre para o
nosso melhoramento , moral , intelectual
e prático, devido ao grau elevado de Modificabilidade das nossas funções cerebrais. A repetição
continuada do uso das funções , que se
pretende desenvolver e a compressão aquelas
que se deseja atenuar, criam um estado encefálico cuja tendência
à persistir, manifesta-se
cada vez mais intensamente quando submetida a tais cuidados. Desta forma a tendência natural a persistência,
colabora para facilitar o trabalho de educação e para melhorar a natureza
humana. Toda a pessoa que adquiriu a disciplina religiosa , quer sob a forma
Normal Positiva, quer mesmo sob uma das modalidades provisórias
de religião, resiste muito melhor
às influencias perturbadoras do
meio anarquizado.
7.4.11) 4.2) Lei da Coexistência ou da Independência de Movimentos -“Um sistema qualquer mantém a sua constituição ativa ou passiva , quando os seus elementos experimentam mutações simultâneas, contanto que sejam exatamente comuns” (Generalização Universal do Principio de Galileu Galilei)
7.4.11) 4.2) Lei da Coexistência ou da Independência de Movimentos -“Um sistema qualquer mantém a sua constituição ativa ou passiva , quando os seus elementos experimentam mutações simultâneas, contanto que sejam exatamente comuns” (Generalização Universal do Principio de Galileu Galilei)
Esta Lei é de grande importância
intelectual e social: sua descoberta veio abrir
novas e amplas diretrizes ao
conjunto geral dos conhecimentos abstratos na idade moderna.
Colabora poderosamente para a
inauguração dos estudos que vem transformar a orientação de
nossa apreciação, no que diz respeito ao Mundo
e ao Homem. Deixa assim, tal orientação, de ser
teológica e metafísica
para adquirir definitivamente o caráter da verdadeira positividade
ou cientificidade.
Vamos, neste momento, evidenciar a universalidade da Lei da
Coexistência, verificando sua presença em todas as ciências positivas .
Na Matemática - Na
matemática não é só a mecânica que nos oferece exemplos característicos e
evidentes da aplicação da lei da Coexistência. Podemos notar na aritmética
facilmente a aplicação desta lei , quando apreciamos o
processo de isomeria das frações, ou em geral quando provocamos mudanças de
denominador nas frações ordinárias.
Pretendendo tornar isômeras diversas frações, procuramos agir
sobre elas de modo a
obter
este resultado sem alterar os valores próprios a cada uma das frações
consideradas. O conhecimento das leis numéricas guiará a nossa ação
sistemática de forma a atingir o resultado pretendido. No caso considerado as
frações dadas formam
um sistema, e o
nosso objetivo é o de provocar mutações nesse sistema de modo a
conservar o valor, isto é , manter sua constituição passiva. A ação
simultânea sobre numerador e denominador multiplicando-os por
um mesmo fator, permite-nos obter esse resultado.
Na Astronomia: Nesta
Ciência observamos a Lei da Coexistência em todos os estudos
de equilíbrio e de movimento, não só do sistema solar como em
geral de todo o Universo. Foi a Astronomia que deu lugar aos trabalhos de Galileu, dos quais
resultou a indução da Lei da Coexistência dos movimentos e depois generalizada por
Augusto Comte.
O estudo do duplo movimento da Terra é a origem
histórica dessa Lei. O movimento de rotação da Terra pode ser
considerado como não susceptível de perturbação se o encararmos
decomposto, ou seja , se apreciarmos os resultados do movimento
de cada ponto da superfície da Terra .Como todo movimento de rotação , é
o diurno da Terra perturbador se , ao contrário considerarmos
o movimento total do conjunto de seus pontos. Há variações de velocidade,
decrescentes da superfície para o interior e , na superfície , do equador para os polos. Mas se
considerarmos um ponto qualquer da superfície da Terra , este ponto ,
como consequência do movimento diurno do planeta , move-se segundo
uma trajetória circular, como se estivesse animado de movimento
de translação, não constituindo a rotação da Terra um movimento
perturbador, toda atividade na sua superfície verificando-se como se a
Terra estivesse imóvel. Há perfeita consistência e independência
entre os movimentos realizados na superfície e os dois movimentos, o circular , que o
ponto da superfície realiza em torno do eixo de rotação da Terra, e o movimento
anual.
Mas se considerarmos , o sistema formado pelo conjunto
de pontos da superfície da Terra, vamos encontrar as mutações
não mais obedecendo à condição de serem exatamente comuns. Há
diferença de velocidades , em consequência das variações dos
raios dos círculos dos vários paralelos ; o que dá resultados de
perturbações para o conjunto de pontos constitutivos do
sistema. Há ainda a inclinação do eixo de rotação da Terra em
relação ao plano da eclíptica . É o caso, das estações, que variam as
suas condições climáticas conforme a latitude , devido a diversidade de
posição relativa do Sol. Obedecem tais fenômenos à Lei da
Coexistência, onde são exemplos de perturbação quando as
mutações simultâneas não são exatamente comuns.
Na Física: Em um vagão
restaurante, de um trem , em cima da mesa, tem uma garrafa .O trem
entra em uma curva , a mesa e a garrafa acompanham o trem , isto
é, se compõem com o trem ; dependendo do raio da curva e da velocidade do
trem.
Na Química : Duas ou
mais reações químicas , podem coexistir quando várias substâncias são postas em contato em determinadas condições. Toda teoria
química da composição e da
decomposição, baseia-se fundamentalmente na Lei da Coexistência. Figuremos por
exemplo o caso de dois compostos binários , colocados em condições
físicas favoráveis para poderem agir um sobre o outro ,e produzirem a formação
de dois outros compostos também binários, porém dotados de propriedades inteiramente
diversas dos dois primeiros. Há, neste caso um movimento de decomposição do primeiro corpo com a separação
dos seus dois elementos; há ainda idêntico movimento em relação ao
segundo corpo; finalmente dois novos movimentos
de combinação de um elemento do primeiro com um do segundo para dar
lugar à formação de duas novas
substancias. Nessa reação, que parece tão simples há pois , um conjunto de 4 movimentos
independentes e coexistentes, cada um realizando-se como se os outros cessassem.
Assim, em todo o domínio da química, desde os casos mais simples de
análise e síntese dos compostos de primeiro grau, até os casos mais complicados,
das substâncias instáveis, que aproximam do domínio da biologia, temos sempre a verificação plena da Lei Universal da Coexistência.
É evidente que, quanto maior for o grau de complexidade da substância decomposta ou sintetizada , tanto maior será o número de
movimentos coexistentes.
Na Biologia : Consideremos
a semente de uma planta ou o ovo de um animal .
Tanto a emente como o ovo , possuem em porções
extremamente diminutas, os componentes
sólidos, líquidos e pastosos, do Ser que vai surgir e se desenvolver , crescendo
até determinado limite, sem alteração da “ Vida
de Conjunto” .
Os diversos componentes constitutivos deste Ser, sofrem modificações
que se percebem
pela vista, no próprio crescimento, e outras que só se verificam pelo exame mais
profundo e detalhado. Mas nenhuma destas modificações ocorre isoladamente, de
modo que as mutações se tornam comuns e o sistema não sofre alteração. Casos há
porem, em que
circunstâncias estranhas impedem as
modificações em comum. Então, a existência do conjunto é perturbada, podendo
até cessar quando a perturbação se torna assaz
intensa. Eis como veremos perecer os seres vivos, quando a evolução se tornar
desarmônica.
Na Sociologia : Na Sociologia vamos fornecer dois exemplos,
um na Estática e outro na Dinâmica.
Na Estática Social: A
constituição normal da família, em Sociologia Estática e as funções
elementares de cada um de seus
componentes é um exemplo claro da Lei de Coexistência. As ligações Morais ,
Intelectuais e Materiais entre os
diversos indivíduos que compõem a família, exigem que todas as mutações simultâneas sejam exatamente comuns, para que
o sistema não sofra alteração; estende-se este raciocínio à existência dos outros dois organismos sociais, a Pátria e a Humanidade.
Em toda a estrutura da sociedade
a divisão dos ofícios e a
convergência dos esforços, de acordo com
a lei de Aristóteles , determina
invariavelmente a formação de sistemas onde as
constituições ativas ou passivas
requerem, para que não sejam perturbadas,
ações equivalentes em todos os seus elementos.
Nos estados de perturbação social há sempre um desequilíbrio nestas
mutações, provocando, como consequência as
alterações do sistema. Uma revolução social, por exemplo,
é sempre provocada por mutação mais intensa sobre um ou mais dos elementos da sociedade,
de forma a romper-se a estrutura
fundamental, estática ou dinâmica , do Organismo Social.
Na Dinâmica Social : Apreciaremos
agora as modificações próprias à archa
normal da evolução humana e as
perturbações consequentes aos estados de transição revolucionária.
Considerando o Sistema social no seu
Estado Dinâmico, vemos a
evolução coletiva resultar de, mutações simultâneas
produzidas em cada um dos elementos
deste sistema. Quando tais mutações conservam
a devida proporcionalidade de modo a se
tornarem exatamente comuns a todo o
sistema , a evolução realiza-se
normalmente , e o resultado
destas mutações é o
aperfeiçoamento dentro de um dos estados provisórios de transição, ou a passagem de um para outro estado de evolução coletiva. Quando, ao contrário,
nota-se um desequilíbrio nessas mutações. A sociedade entra logo em período de transição revolucionária; as
intensidades com que se manifestam os
diversos fenômenos sociais deixam de guardar as
necessária proporção e o
resultado vem imediatamente refletir-se
na estrutura da própria sociedade.
Na Moral - Iremos
aqui apreciar a aplicação da lei da coexistência no que
tange ao Sentimento e à Inteligência .
Sentimento: As funções elementares do sentimento, em
numero de 10 sendo 7 egoístas e 3 altruístas, formam entre si um sistema do
qual resultam todos os estados afetivos. O Sentimento é o móvel de todas as nossas ações, o
Impulsionador, por isto mesmo, de todo o nosso trabalho Encefálico. Do sentimento partem, primeiro sobre forma de desejo, depois de vontade , os estímulos à
nossa atividade.
As 10 funções simples do sentimento,
formam a estrutura que se apoiam nossas manifestações afetivas. As múltiplas
combinações possíveis, com estes dez elementos fundamentais e as grandes
variações de intensidade suscetíveis de apresentar os desenvolvimentos tão variados
que podem adquirir em cada caso
individual , fazem do nosso sentimento
este domínio dificílimo e complexo. Os 10 Órgãos Cerebrais do sentimento
constituem os elementos de um sistema que funciona sempre como um todo
único, resultando as variações em número quase que indefinido , das inúmeras mutações de que é
suscetível este sistema, que alia à máxima complexidade, também a máxima
Modificabilidade. Estas modificações, entretanto, obedecem completamente
a Lei da Coexistência.
Há sempre, em qualquer manifestação
afetiva, a colaboração das 10 funções elementares. Cada uma destas apresenta-se como se independessem de todas as outras; mas as
reação mútuas resultam sempre das
íntimas ligações que estes elementos
apresentam para constituir um único sistema .
Inteligência :As funções Intelectuais ou da Inteligência, realizam-se normalmente com a colaboração dos 5 órgãos da inteligência, cada um
deles funcionando com independência ,
porém correlacionados para um fim
comum , donde resulta a composição dos esforços parciais de cada um .
A inteligência pode ser
considerada como constituindo um sistema cujos elementos são as funções simples {Contemplação Concreta - Contemplação
Abstrata , Meditação Indutiva, Meditação
Dedutiva, e Expressão} , específicas de trabalho intelectual, quer de contemplação, de meditação ou de expressão, resulta sempre da colaboração do conjunto das 5 funções simples.
Cada uma destas, entretanto, é coexistente e independente, sendo o trabalho
intelectual uma resultante obtida pela composição das funções elementares nos graus
e nas disposições especiais a cada caso concreto.
O Trabalho intelectual realiza-se normalmente,
sem alteração ,sempre para ele convergem
as 5 funções simples, e quando as mutações simultâneas forem exatamente comuns
a todos os elementos do sistema
constituído , pelos órgãos correspondentes a estas 5 funções simples.
Segue dois exemplos do caráter
concreto:
Constituição Passiva -. Um sujeito estava infeliz ou feliz por
estar fumando. Se ele resolve deixar o fumar por razões de benefício próprio ou por meio de terceiro e
para desviar ação já marcante do vício por chupar balas de hortelã
; por não saber controlar os seus Sentimentos,
ele se descobre preso a outro vício , que lhe trará menores malefícios,
mas que lhe continuam lhe deixando infeliz ou feliz.
Constituição Ativa - Um Elemento Humano, tendo-se decidido estabelecer o aperfeiçoamento de seu íntimo, busca
auxílio em quem á conseguiu operar sobre si próprio este mesmo aperfeiçoamento
e, este experiente vem a falecer. O ritmo do
aperfeiçoamento do primeiro, não é alterado, para mais ou para menos, se ele
encontra um substituto.
7.4.12 ) 4.3) Lei da Mutualidade ou Equivalência
ou da Ação e da Reação -
“Existe, por toda parte, uma equivalência necessária entre a
reação e
a ação; se a intensidade de ambas for medida conforme a natureza de cada
conflito” -Generalização Universal Princípio de Newton e Huyghens.
Os Corpos podem ser
encarados por dois aspectos: como Seres Isolados uns dos outros, ou como agindo real ou virtualmente , uns sobre os outros. No primeiro caso, supõe-se
nenhuma dependência existir entre eles;
no segundo caso, consideram-se lhes as relações recíprocas .
O
conjunto destas relações constitui a mutualidade.
Estudando-as,
Augusto Comte, formulou a Lei que a regula, generalizando o Teorema
descoberto por Newton , para o caso
especial da reciprocidade mecânica.
Vamos, neste momento, evidenciar a
universalidade
da Lei da Mutualidade, verificando sua presença em
todas as ciências positivas .
Na
Matemática : As operações
básicas por exemplo em aritmética, podem
ser vistas como uma ação e reação :
A Operação de Multiplicação apresenta uma ação cuja a reação é equivalente a Operação de Divisão. A Operação
de adição representa uma ação cuja reação
é equivalente a Operação de
Subtração.
Na Astronomia: A lei da Gravitação Universal, descoberta
por Newton, estabelece a proporcionalidade com que os astros gravitam uns para os outros,
isto é, as ações que
exercem
entre si , e as reações consequentes.
Matéria atrai matéria, na razão direta das
massas
e na razão inversa do quadrado da distancia. Todo o Sistema Planetário
mantém seus estados estático e dinâmico devido às ações e reações mútuas que exercem os corpos celestes uns
sobre os outros.
Na Física : Na barologia , isto é, no estudo do peso ,
a intensidade da gravidade seria sempre
a mesma, se a Terra não tivesse
movimento de rotação. Mas a forma
esférica do nosso planeta aumentando
o raio de rotação , dos polos ao equador
,aumenta a intensidade da força
centrífuga, que age em
sentido contrário, diminuindo o peso dos corpos .
Na Química : Na química
as ações são geralmente representadas pelos fenômenos físicos , principalmente pelo calor, a eletricidade e a
luz, sendo as reações de composição ou
de decomposição aquelas que representam
propriamente os fenômenos químicos. Toda
a reação química de síntese ou de análise,
isto é, de composição ou de decomposição,
é provocada por uma alteração no
meio , devido à maior intensidade em determinado fenômeno físico. Este aumento
de intensidade que provoca a reação
química , é o que constitui , a ação .
São geralmente o calor e a luz , ou a eletricidade, os principais
elementos necessários para a realização
das reações químicas.
O movimento de análise ou de síntese em
química é , por este motivo, chamado de reação porque constitui a reação
provocada pelo aumento de intensidade do fenômeno
físico
utilizado, ou ainda por outro qualquer modo
de formação de um meio físico
favorável. O fenômeno físico representa
pois , neste caso , a ação; e o fenômeno químico a reação equivalente.
Mas
pode a própria ação, como a reação, ser
puramente química, ou ainda dar-se
o caso
de uma ação direta , de dois corpos em condições normais , produzir a sua
combinação e a reação ser representada, por exemplo, pela produção de calor. Há corpos que se
combinam diretamente , em condições
normais , sem exigir qualquer aumento de
intensidade dos fenômenos físico, sendo necessário apenas a aproximação entre
eles , para que se verifique espontaneamente , a reação . [ H2 (x%) + ar ] gera combustão espontânea - liberando calor -
com chama incolor, cuja a temperatura é
elevadíssima.
Neste caso, o fenômeno químico não constitui
propriamente uma reação e sim uma
ação.
Pode em tais circunstâncias o fenômeno químico provocar o desenvolvimento de um fenômeno físico que
representará então a reação. Corpos existem, por exemplo, que se combinam
normalmente produzindo calor ou luz, ou ainda a baixa
temperatura pelo maior consumo de calor . Qualquer dessas alterações
físicas representará a reação e será mais ou menos intensa segundo
a maior ou menor intensidade com que se
produza a ação química.. De um modo geral,
em toda reação química, quer seja simples ou composta, isto é,
quer se verifique uma ou mais vezes o duplo movimento de ação e reação,
observa-se em qualquer caso , a lei universal em toda a sua plenitude, sendo
sempre equivalentes a ação e a reação.
Na Biologia : A generalização da Lei de Newton, adquire
máxima importância em biologia.
Quando qualquer
ação, física ou química, é exercida sobre um organismo vivo, provoca reações
mais numerosas do que sobre um corpo inanimado,
e quanto mais numerosas , tanto mais
complexa é a vida do Ser . Esta atuação pode ocasionar duas espécies de alterações:
a) a Alteração da
composição dos tecidos vivos ou
b) a Alteração do funcionamento dos órgãos.
Em outras palavras,
podemos dizer que a reação pode ser anatômica ou fisiológica.
Em ambos os casos, o conjunto do Ser reage
restabelecendo ou tentando apenas restabelecer,
a integridade do Ser ou das suas
funções.
Sob
a influência da luz solar , as plantas por suas partes verdes decompõem
o gás carbônico do ar, assimilando , carbono
e desprendendo oxigênio . Há ,pois ,
de um lado a ação do ar sobre a planta, e do outro,
da planta sobre o ar . Se medirmos
as duas ações verifica-se que a quantidade de carbono com que o ar age sobre a planta, sob a
influência da luz (fotossíntese) corresponde à
do oxigênio com que a planta
reage sobre o Ar.
Um dos princípios do Pai da Arte da Médica,
Hipócrates revela bem a equivalência da ação e reação:
“Ad extremos morbos, extrema remedia exquisite optima”.
(Para grandes
males, grandes remédios)
Na Sociologia : A Ação
da Sociedade sobre a Família, quando anormalmente colabora para diminuir o poder material do homem ou o poder espiritual da mulher, desenvolve
como reação imediata o enfraquecimento dos
laços domésticos.
Uma análise sobre a Vida Política das Nações Modernas mostra como a Lei da Ação e da Reação verifica perfeitamente todas as perturbações geralmente provocada
pelos próprios governos em suas ações
empíricas. ( ações ou concepções
empíricas , que não estão relacionadas a nenhuma
doutrina ou princípios
explicitamente definidos e generalizados).
Ações estas realizadas sem
nenhuma previsão, sem atingir ou visar os verdadeiros interesses da coletividade.
Exemplo o Conflito no
Oriente Médio :
Judeus versos Palestinos (1996 - 2015) ,com base no fanatismo, inerente ou
próprio ao caráter teológico dos povos em questão.
Os
governantes muitas vezes dominados pelo orgulho superexcitado, como consequência
do próprio exercício do poder, sem as luzes morais e científicas
necessárias para a ação sistemática
, tendem logo , não só a invadir as atribuições
espirituais, como também a desrespeitar
as maiores conquistas sociais ,
realizadas pela nossa espécie, principalmente em relação às liberdades públicas
.
Na Moral : Nesta
ciência a principal ação exercida pelo
homem é aquela que se realiza
pela educação;
e que, corresponde , como reação o aperfeiçoamento da natureza Humana, no seu tríplice aspecto , afetivo ,
intelectual e prático.
É
a Educação uma ação modificadora que
se exerce sobre a nossa natureza e ,
como toda ação provoca uma reação equivalente. Tal reação, que se manifesta por
modificações mais ou menos profundas, da Natureza Humana, deve ser
convenientemente prevista em seus resultados, o que constitui a máxima dificuldade
no trabalho humano. Os meios de que dispomos para a educação correspondem à ação; os resultados a que
devemos atingi e que são
devidamente previstos, constituem a
reação. A Virtude é uma ação diretamente
destinada a provocar uma reação em favor
de outrem.
Como a definiu Duclos, Moralista do Século
XVIII, é a Virtude, um esforço que o indivíduo exerce sobre si mesmo em favor dos outros. Está a
Moral Positiva Prática baseada especialmente
no exercício da Virtude , que aperfeiçoa o coração humano , por meio de atos
do altruísmo , isto é , de atos inspirados pelos
mais nobres sentimentos sociais de
Apego (ou Amizade) , Veneração
e Bondade; que são aqueles que nos
levam a viver para outrem .
Quer o esforço realizado venha
beneficiar diretamente a determinado
indivíduo , ou ,
venha
a diluir-se de modo geral , para que
possa ser aproveitado, com maior ou
menor
intensidade
e precisão por uma sociedade
mais ou menos extensa , em qualquer
destes casos há sempre uma ação representada pelo esforço individual visando o
benefício de outrem, e uma reação equivalente representada
por este próprio benefício.
"Um
problema de ordem moral, tem que ser estudado, pela ação e reação
moral, com a análise das consequências dos
atos "- Augusto Comte
- 5ª SÉRIE -
A MAIS SUBJETIVA QUE A PRECEDENTE
7.4.13) 5.1) Lei da Conciliação ou da
Conversão - “Subordinar por toda parte, a Teoria do Movimento à da
Existência, concebendo todo o Progresso,
como o desenvolvimento da Ordem correspondente, cujas as condições quaisquer,
regem as mutações que constituem a
evolução” (Augusto Comte / D’Alembert.)
A contemplação Geral da Natureza,
leva-nos a conceber o Mundo, como
constituído de Seres que se Movem. Tudo em torno de nós é constituído de existência e movimento.
A Existência é o
conjunto dos fenômenos que definem
cada Ser suposto parado, sem se desloca , sem mudar de posição.
Movimento é o fenômeno de
deslocamento dos Seres.
Por isto, o Movimento depende da existência
, concebemos portanto , por abstração , que
existência sem movimento e nunca movimento sem existência, no entanto as
duas propriedades universais coexistem
sempre.
Quando supomos o corpo parado,
nem por isso deixa ele de estar ligado a movimentos de outros corpos, quer produzidos pelo
deslocamento de elementos que o constituem , quer pelo de outros corpos
que o contém.
A estátua de mármore que
contemplamos na sala de um museu, aparentemente parada , participa do movimento
geral da Terra em redor do Sol e do mais geral, do Sol para a constelação de
Hércules, ou para a estrela Vega, da Lira. E, sujeitas à ação da gravidade, do
calor, da Luz e de outros agentes físicos; os átomos que compõem as estruturas
dos elementos químicos, que formam a
massa da estatua, tem alguns dos seus componentes em movimento (elétrons).
A realidade é portant , existência e
movimento.
Qual
é, a relação que existe entre estes fenômenos?
Qual
a lei que os regula?
Respondendo
estas duas perguntas, temos:
É o
principio da conservação, a Lei da
Conciliação, descoberta por Augusto Comte
e
antevista por D´Alembert , para o caso especial
da existência e dos movimentos mecânicos.
A Lei é :
“Subordinar
por toda parte, a Teoria do Movimento à
da Existência , concebendo
todo o Progresso , como o
desenvolvimento da Ordem correspondente, cujas condições quaisquer , regem as mutações que constituem a evolução”.
A
demonstração do grande principio resulta
da apreciação dos fenômenos
cósmicos, biológicos, sociais e morais ou psíquicos.
Todos
os Seres onde ocorre a manifestação
destes fenômenos, nós codificamos que
está ocorrendo uma transformação
, quando se referem aos atributos
físicos e químicos; desenvolvimento quando se referem as propriedades
vitais; evolução , aos se relacionarem aos fatos sociais; aperfeiçoamento ou progresso , se
peculiares aos predicados Morais Positivos
ou Psíquicos Positivos.
Essas
mutações estão sujeitas a Leis ,
conhecidas ou desconhecidas, que revelam a constância no meio das variações ,
quer se trate dos casos
normais , quer dos anormais ,
isto é, dos fenômenos regulares
ou dos que resultam de
alterações na intensidade deles.
É o que ocorre com a segunda
e a terceira Lei da Filosofia
Primeira.
Os
Seres inorgânicos e orgânicos, estão sujeitos a forças interiores , sendo que
estas obedecem também à Décima segunda
Lei da Filosofia Primeira ; cada Ser quando se
desloca , experimenta imediatamente
a ação das três Leis Naturais ou
Universais : da Imutabilidade , da Modificabilidade e da Mutualidade.
Apreciando a passagem
dos Seres , de uma a outra situação, observa-se que eles não permanecem inteiramente fixos. Compostos de elementos
interligados entre si, constituindo o que chamamos de um Sistema; os corpos
brutos ou inanimados , não se
deslocam sob a ação
imediata das forças exteriores
que agem sobre eles , mas sobre a
influência da resultante dessas , com as forcas interiores. De sorte que o
movimento efetivo supõe a anulação
de ações e reações internas depende
da harmonia, do equilíbrio desses movimentos recíprocos.
Com
efeito, dadas ou imprimindo às diversas
massas suspensas , em uma haste , que as liga, formando um sistema ; e
imprimindo-lhes vários movimentos ; elas não se movem segundo os movimentos impressos, mas conforme os que resultam deles, e dos
determinados pela ação mutua
das massas ligadas ; de sorte que o movimento efetivo do sistema - a haste com as massas suspensas ou
ligadas- difere do movimento primitivo, impresso aos seus
elementos, de uma quantidade constituída
por movimentos interiores que se neutralizam , forças que se equilibram. Portanto o movimento total
do sistema sob a ação das forças exteriores
está condicionado pelo equilíbrio
de seus elementos; a sucessão
fica dependendo da simultaneidade; o
movimento da existência.
Como os vegetais os animais, a Sociedade muda de situação no espaço
, move-se ; e como eles e mais do que
eles , os seus elementos constituintes
guardam nessa mudança uma
invariável harmonia, apesar
de todas as variações que experimentam no seu continuo movimento. assim no meio de todas estas manifestações , por que tem passado a Humanidade
, através dos tempos, conserva-se
essencialmente a sua estrutura
Social; constituída pelos elementos fundamentais
: Propriedade, Família, a Linguagem , o Governo e o Sacerdócio.
Em todos os lugares e em
todas as épocas , desde de que haja animais vivendo em sociedade ,
especialmente o homem, encontra-se sob
varias formas, esses elementos básicos da existência coletiva. Podem estar
embrionários, como nas coletividades pré-históricas do passado e nos
civilizados Silvestres - Índios , como nas sociedades ditas modernas ; em
todas encontram-se os mesmos elementos ;
a única diferença , está no grau de desenvolvimento de cada um. Ao se apreciar
este desenvolvimento , nota-se que ele
consiste apenas nas variações do estado de equilíbrio, que define cada
elemento fundamental da Sociedade. A sequência destes estados é que caracteriza o movimento do organismo social; é ela que constitui a evolução.
Por
isto, a sucessão é uma série de simultaneidades; a mutação concilia-se coma fixidez ; a variação com a harmonia; o
movimento com a existência.
Com
os seres Morais, que formam as espécies superiores, sobretudo a nossa, os homens , considerados como não mais
seres animais ou sociais, mas sim como Indivíduos; animais que sofrem não só a influência do meio físico, com todos os entes vivos, mas também
a ação do meio social, como ser coletivo ; mais uma vez se verifica
a conciliação do movimento com a existência.
O Homem
individual sofre espontânea
e sistematicamente a influência do meio
social em que vive ,
tornando-se mais afetivo, mais
inteligente e mais ativo, e
transmite pela hereditariedade aos seus
descendentes os aperfeiçoamentos adquiridos , após certos números de gerações
; até parece haver antagonismo completo
entre o homem primitivo , saído apenas da animalidade e o contemporâneo , mais afastado dela. Mas a verdade é que, percorrendo todos os
graus da evolução individual,
mudando para melhor, aperfeiçoando-se ,
o Homem Moderno é estruturalmente o
mesmo homem primitivo, apenas
aperfeiçoado ; todas as modificações se processam harmonicamente ; o
movimento moral , o aperfeiçoamento moral, combinam-se , conciliam-se com a existência Moral Positiva e com o
equilíbrio Moral Positivo.
Como o
conjunto das simultaneidades , das
harmonias e dos equilíbrios é que definem
as existências nos seus vários
estados ou graus através do tempo,
constituindo a ordem - ordem física, ordem
vital , ordem social e ordem moral - e a
sucessão dessas simultaneidades, dessas harmonias, desses equilíbrios ,
redundando o movimento e o progresso -na
Lei da Conciliação , formula-se em síntese ,
dizendo que todo o Progresso é o desenvolvimento da Ordem.
Em resumo, contemplando todos os Seres
e as mutações que eles
experimentam , no espaço e no tempo, verifica-se que os fenômenos de que são a sede , estão sujeitos a duas ordens de variações : variações
simultâneas interiores; e variações
sucessivas exteriores . As primeiras
determinam o estado de equilíbrio, e as
segundas as posições sucessivas
destes estados ; de sorte que as Leis
Dinâmicas dependem das Leis
Estáticas ; toda mutação é uma serie de equilíbrios; a sucessão é uma sequência de simultaneidades ; donde concluímos, a
ocorrência da conciliação do
movimento com a existência. Não
passa o movimento senão de
estados sucessivos da existência.
Por
isto o Progresso é realmente o desenvolvimento da Ordem.
O Progresso é dito Espontâneo, quando se dá
, sem nítida e explícita consciência do OBJETIVO a que se destina ; e é dito Sistemático, quando este OBJETIVO
é diretamente estabelecido como Meta.
Vamos,
neste momento, evidenciar a universalidade da Lei da Conciliação ou da
Conversão, verificando sua presença em
todas as ciências positivas .
Na
Matemática : Tomemos como exemplo,
o cálculo;, em matemática , tanto o
aritmético como o algébrico , onde
a Lei da Conversão , é apreciada em evidencia
no estudo das Séries. Nas séries numéricas, seja, por exemplo , a série
natural dos números inteiros , ou a
série dos números pares ou ímpares , ou ainda de um modo mais
geral , as progressões aritméticas ou geométricas
,onde adquirimos desde logo a ideia de movimento, se
considerarmos o acréscimo ou decréscimo sucessivo
que nos
representa a passagem
de termo para termo. Essa ideia de movimento,
entretanto, fica subordinada à existência
representada pelos termos da
série.
Cada
um desses termos , considerados
separadamente , representa um
elemento de ordem, um estado estático.
Fica em qualquer série numérica
evidenciada, assim não somente a subordinação do movimento à existência , pela concepção do progresso, como o desenvolvimento da ordem , mas também a
subordinação desta , as
condições que regem as mutações sucessivas , que dão lugar ao movimento.
Da mesma forma, nas séries algébricas , conhecida a lei da formação de seus termos , estão fixadas as condições que regem
as mutações representativas da evolução. Cada termo da série, em separado,
representa um aspecto da ordem ; apreciados estes termos em conjunto , observamos o desenvolvimento da
ordem e, portanto , o progresso.
Na Astronomia : Os problemas de movimento quaisquer
dos astros , podem ser reduzidos
também a casos de equilíbrio, ainda de acordo com o princípio de
D’Alembert (1717-1783) .Os estudos
astronômicos são , conforme a sistematização positiva
de nossos conhecimentos, realizados sob o tríplice aspecto matemático :
do número , da forma e do
movimento.
A
aplicabilidade da Lei da Conversão, que examinamos para o domínio da matemática , estende-se pois , à astronomia principalmente na apreciação da dinâmica celeste, onde o princípio de Jean et
Rond D’Alembert,
encontra completa aplicação , de forma a permitir
o estudo dinâmico.
Este
princípio é uma ferramenta para
facilitar as resoluções dos problemas
de dinâmica fazendo-os recair em
problemas de Estática.
“Há equilíbrio , a cada instante
entre as forças exteriores , aplicadas a um sistema material ,
e as forças de
inércia desse material, ou melhor ; “o sistema formado pela
reunião das forças exteriores
realiza equilíbrio a cada instante”
Fe
+ Fi + Fj = 0
Sendo
Fe = força exterior ; Fi = força Interior e Fj
força de Inércia.
Na Física
: Na barologia
, onde podemos citar o exemplo do pêndulo , de valor histórico , por corresponder ao problema
de Mersènne, origem dos estudos que conduziram à indução
do princípio de D’Alembert.
A
primeira parte da Física , a Barologia , que
está ligada diretamente aos estudos anteriores da Matemática e da Astronomia , encara os
problemas correspondentes de peso , que apresentam sempre um aspecto
essencialmente mecânico .A
extensão das leis mecânicas ao domínio da Barologia, mostra-nos
desde logo a aplicabilidade da
Lei da Conversão a esse domínio. O
estudo do peso, a
indução de suas próprias leis
específicas, foi realizado principalmente , com a utilização do pêndulo ,
que representa um dos fundamentos essenciais do Princípio D’Alembert . Foi com o estudo
dos movimentos pendulares e a Solução do problema de Mersènne, no que tange a
determinação do centro de oscilação de um pêndulo
composto, o que permitiu uma
série de trabalhos, que conduziram ao
Princípio de D’Alembert.
Em muitas outras partes da Física,
apresentam a demonstração da Lei da
Conservação.
Na Química: Nesta Ciência, é também facilmente apreciável
a lei da subordinação do progresso
à ordem , do movimento ao
equilíbrio.
Em qualquer reação química, da qual resulte
uma combinação ou uma decomposição , há
uma série de estados sucessivos, um movimento , representado pela troca de elementos
necessários à transformação
que se processa.
Durante todo o tempo de duração da reação
observamos em cada momento um
determinado arranjo , um estado dos corpos
que a provocaram e dos resultantes
dessa reação. As condições em que se processa os fenômenos químicos,
determinam as mutações nesses estados de
ordem, dando lugar ao seu desenvolvimento , o estado dinâmico próprio
da reação.
Na Biologia: Um
Ser vivo qualquer, animal
ou vegetal , passa , enquanto
dura a sua existência , por uma
série indefinida de estados
sucessivos dessa existência
, o que constitui a evolução.
( Movimento)
Todo
o Ser vivo apresenta desde o nascimento
até a morte , de acordo com a lei do desenvolvimento, uma fase de crescimento ,
quando a assimilação é maior que a desassimilação , uma segunda fase estacionária,
de equilíbrio ; e uma terceira e
última fase, de declínio, quando a desassimilação prevalece sobre a
assimilação , e o Ser entra em decadência
até terminar na morte.
Cada
uma destas fases é representada por uma série de estados
onde as funções orgânicas
apresentam inúmeras variações de
intensidade ,prevalecendo ora uma ora outra , e dando
lugar a aspectos os mais diversos de existência
do ser vivo.
Em cada momento da vida , observamos sempre o funcionamento de todos os órgãos , colaborando para a harmonia vital .
O Ser Vivo representa , em cada um destes
momentos, um estado de ordem , uma
apresentação estática de sua
existência.
Caso apreciemos o conjunto
dos inúmeros estados de Ordem sucessivos
que constituem a vida de
cada Ser , temos o desenvolvimento dessa ordem
, o Progresso , isto é , a
noção dinâmica da existência
viva.
Na Sociologia : Como os vegetais e os animais , a sociedade muda
de situação no espaço , move-se
; e como eles e mais do que eles , os elementos da
sociedade , guardam uma invariável harmonia nessas mudanças apesar de todas as variações que experimentam no
seu contínuo movimento.
No meio destas contínuas modificações, por que tem passado ,
através dos tempos , conserva-se essencialmente a estrutura social , constituída pelos seus elementos
estáticos e fundamentais da Sociedade.
A Linguagem
A Religião
A
Família
A Propriedade Material
O
Governo Material
O
Governo Espiritual
Em todos
os lugares e em todas as
épocas , desde que haja
animais vivendo em sociedade , especialmente o homem , vamos encontrar , sob várias formas , esses elementos básicos
da existência coletiva. Podem estar embrionário, como nas coletividades
pré-históricas do passado e nos selvagens do presente , ou adultos ,
como nas sociedades modernas , em todas
encontram-se estes elementos ; a única
diferença está no grau
de desenvolvimento de cada um.
Analisando esse desenvolvimento, conclui-se que ele consiste apenas nas
variações do estado de equilíbrio , que define cada elemento fundamental da sociedade. A sequência desses estados , é que
caracteriza o desenvolvimento do
organismo social; é ela, que constitui a EVOLUÇÃO .
Assim
a sucessão é uma série de
Simultaneidades ; a mutação se concilia-se
com a fixidez ; a variação
com a harmonia ; o movimento
com a existência.
É no domínio da sociologia ,que as noções de ordem
e de progresso apresentam-se com maior ou menor clareza e precisão
, comparáveis à ideia mecânica
de equilíbrio e de movimento.
O fetichismo instituiu a Família. Existe, pois a família como
elemento estático da sociedade ,
desde a mais remota antiguidade. Se analisarmos , a sua Constituição , as reações morais ,
intelectuais e materiais que produz , a
intensidade dos laços que a constituem , o grau
de duração e a estabilidade , com que se forma e subsiste, a influência que exerce sobre
as associações mais
extensas, como sobre o
aperfeiçoamento do indivíduo,
verificamos a multiplicidade, enorme, de
aspectos , dos mais variados, que assume
a célula fundamental da sociedade humana, embora guardando sempre as mesmas
características estruturais.
Em cada momento da existência da família,
temos um aspecto estático, de Ordem, dessa instituição social.
O conjunto
desses estados sucessivos de ordem, isto
é, a sua mutação com o tempo, representa
o progresso, ou pode por um descalabro
representar o retrocesso - O Povo Russo neste momento em que vivemos , e o brasileiro, como um
todo, depois de Getúlio Vargas é um
retrocesso social.
Não é só na família
que pode evidenciar assim com tanta simplicidade e clareza a harmonia entre a ordem e o progresso , pela
subordinação deste àquela.
Análise
semelhante podemos fazer , relativamente
à propriedade, à linguagem , ao governo , quer temporal quer espiritual .
O importante é que , em todos estes elementos estáticos , observamos
sempre o progresso como resultante de uma
série de estados sucessivos , conduzindo para o aperfeiçoamento cada vês
maior do ser Humano.
Na
Moral : Na Moral
Positiva , a apreciação da evolução do Sentimento, da Inteligência, e da
Atividade, desde os tempos primitivos, vê-se , em cada um
destes elementos, sentimento, inteligência, e atividade que
fazem parte da alma humana, uma sucessão
de estados estáticos.
A
Apreciação desta sucessão, tem resultado
,na ideia de progresso Moral.
Em todas as épocas da evolução humana nossa
inteligência apresentou ,
sempre a mesma constituição , resultante
das funções de cinco
órgãos elementares :
Dois
de Contemplação = Concreta e Abstrata
Dois de
Meditação = Dedutiva e
Indutiva
Um de Expressão
A
comparação do trabalho intelectual, em
cada uma das fases da evolução humana, mostram-nos desde logo , a
grande diferença , não só de intensidade
geral desse trabalho , como também de sua natureza , consequência do predomínio ora de uma, ora de outra, das cinco funções
elementares. A inteligência humana apresenta, pois, inúmeros estados estáticos
diferentes, cujo o conjunto sucessivo , forma o progresso
intelectual.
Não é só
a consideração das fases
intelectuais , do passado , que permite o exame
do progresso, naquele determinado setor ; também o estudo , pelo conjunto do passado , permite prever para o futuro
as tendências da inteligência, de
modo a conhecermos as possibilidades,
que o progresso intelectual apresenta , o
aperfeiçoamento intenso, que ainda pode
adquirir a inteligência humana.
Idênticos raciocínios nos levam a reconhecer a ordem e o progresso, nos outros dois departamentos da alma humana - nos
referimos ao Sentimento e
a Atividade.
Como os Seres Morais, que formam as
espécies superiores , sobretudo a nossa , os homens , considerados não
mais como seres animais ou sociais , mas
como indivíduos, isto é , animais que sofrem
não só a influência do meio físico, com todos os entes vivos , mas
também a ação do meio social , como Ser
coletivo , mais uma vez , se
verifica a conciliação do Movimento com a
Existência.
Assim, efetivamente, o homem individual , sofre espontânea e sistematicamente a
influência do meio social em que vive ,
tornando-se mais afetivo , mais inteligente e
mais ativo, e transmitindo pela hereditariedade aos seus
descendentes os aperfeiçoamentos adquiridos , após
um certo numero de gerações .
Parece até
ocorrer um antagonismo , entre o
homem da caverna , o primitivo, saído
da animalidade, e o homem contemporâneo , o mais afastado dela. Mas a verdade é que, percorrendo todos os graus
da evolução individual ,
mudando para melhor , aperfeiçoando-se, o homem moderno é estruturalmente o mesmo homem
primitivo ou muitas vezes, pior que ele, apenas aperfeiçoado; as
mutações se fizeram harmonicamente.
No
terceiro estado, no positivo, a noção de progresso adquire em sociologia e na
Moral , um aspecto diferente , pois
as modificações deixam de se realizar na
Estrutura , para s transformarem no aperfeiçoamento gradual , cada vez com
menor velocidade , e tendendo para um limite , representado por uma organização Social e Moral verdadeiramente perfeita.
Depois de atingirem o terceiro estado , as
evoluções Social e Moral , esta sob o seu tríplice aspecto - afetivo , intelectual e prático,
adquirem estrutura definitiva , não havendo daí por diante ,nenhuma nova modificação, que
atinja as organizações correspondentes.
O Progresso, passa então a ser representado pelo aperfeiçoamento-
Exemplo ISO 9.000 na Tecnologia - e as mutações vão se
processando a princípio com maior velocidade , para corrigir todos os defeitos que
tiveram origem, no estado de transição revolucionária , para em seguida
verificar o gradual decréscimo desta velocidade.
Tal aperfeiçoamento se prolonga
indefinidamente , tendendo para a instituição
de Ordens Social e Moral , o que constitui o limite de toda
a evolução humana , o Estado Ideal do qual a Humanidade se aproxima, cada vez mais , sem nunca atingi-lo
plenamente : o Estado Normal. O que não podemos esquecer é criar sempre algo que entusiasme o
homem , para evitar a depressão e provocar
o desequilíbrio cerebral, para
o lado do suicídio.
Como o conjunto das Simultaneidades , das Harmonias e dos Equilíbrios , que
definem as existências, nos
seus vários Estados , através do tempo
, constituem a Ordem - isto é, a Ordem Física *, a Ordem Vital , a Ordem Social
e a Ordem Moral Positiva - e a
sucessão destas Simultaneidades , destas Harmonias e, destes Equilíbrios, promovem o movimento para o
Progresso - por isto a Lei da Conciliação ,pode ser formulada em síntese como:
O Progresso é o desenvolvimento
da Ordem .
Contemplando todos os Seres e as Mutações
que eles experimentam , no
espaço e no tempo , verifica-se que os fenômenos onde
tem sua origem , ou sede , estão sujeitos à duas
variáveis, que oscilam harmonicamente, no estado não patológico:
1)
Variações Simultâneas Interiores
- que determinam
os Estados de Equilíbrio
2)
Variações Sucessivas
Exteriores - que determinam as posições sucessivas desses Estados
de Equilíbrio
Assim as Leis
Dinâmicas dependem das Leis Estáticas; toda Mutação é uma Série de
equilíbrios ; A Sucessão é uma sequência de simultaneidades ; donde ocorre a
Conciliação do Movimento com a
Existência . Não passa o primeiro senão de estados Sucessivos
da segunda , assim podemos
afirmar que: O Progresso é
Realmente o Desenvolvimento da Ordem.
7.4.14) 5.2)Lei das
Classificações “Toda classificação positiva procede
segundo a generalidade crescente
ou decrescente , tanto objetiva
como subjetiva” ( Augusto
Comte)
A contemplação dos Seres e dos fenômenos ou
atributos, revelou ao Homem Primitivo, como
revela ainda hoje, a criança ,
recém-nascida; a desordem, a confusão ,
o caos. Só depois de muito tempo, mais ou menos longo, é que a
Humanidade , começando a fixar a atenção
sobre os objetos que a rodeiam ,
a notar lhes as propriedades , começou também a distinguir , entre eles certos
aspectos que os aproximavam ou os
afastavam , uns dos outros, e principiou a formar grupos
de objetos consagrados por
atributos comuns.
Desta
forma estabeleceu desde logo a distinção
entre o Céu e a Terra , entre as
coisas do Céu , como o Sol, a Lua, as estrelas, e as coisas da Terra, como o
Solo, a Água e o Ar. Em seguida notou outra
distinção .
Tanto no Solo, como na Água como no Ar, há
seres que se movem, que mudam de
posição, e outros mais ou menos fixos,
que só se deslocam por um impulso exterior. A rocha, o rio e a nuvem são exemplo
de coisas do Solo, da água e do ar que mostram
a imobilidade ou a mobilidade espontânea dos Seres: a rocha imóvel ; o rio e a nuvem móveis. Para o observador primitivo, são tais Seres dotados da
mesma mobilidade que o boi e o carneiro
dos seus rebanhos, ou o milho e o trigo
das suas saras. Por muito tempo não se distinguiram as
duas modalidades. Mas chegou o dia que se percebeu que o movimento do rio e da nuvem não era como o do boi e do carneiro, do milho e do trigo; que os dos
primeiros não dependia de nenhuma
condição especial alem da própria
existência comum a qualquer ser da Terra, ao passo que o dos segundos resultava de condições só a eles
peculiares, constituindo o que se
chamou mais tarde a
organização e a vida. Ficou então
admitido que os corpos
terrestres se bipartem em dois
grandes grupos: corpos sem organização
e sem vida -- os corpos brutos - os minerais
, e os corpos com organização e vida - os corpos vivos.
Notando-se
após algum tempo, que entre os seres vivos, vivem uns ligados
ao Solo, à Água e ao Ar , renovando a sua existência com os elementos obtidos exclusivamente do meio sólido, líquido ou gasoso da Terra;
ao passo que outros se mantinham
quase exclusivamente de elementos fornecidos pelos primeiros - formou-se a
distinção entre os seres vivos , separando-os em dois grupos: os que subsistem à custa
dos minerais , que são os vegetais, e os que subsistem
a custa dos vegetais, e que são os
animais. Constituiu-se assim a
serie ternária , Minerais, Vegetais e Animais .( Os protistas ou os micro
organismos , fazem parte do reino dos animais
unicelulares ).
( Existem seres intermediários como por
exemplo o protozoário Euglena.- ( - Vegetal e Animal ; o Cogumelo - Não tem clorofila, nutrindo-se das
mesmas meterias que os animais, porem a sua estrutura é muito mais próxima do vegetal , no entanto libera CO2 , como os animais)
Mais
tarde verificou-se que entre os
últimos havia , alguns , como os macacos
e as aves , que viviam mais ou menos associados , formando organismos coletivos
, que lembravam a vida do ser dos Seres , daquele que até então se julgava
um ente a parte, para quem tudo
havia sido criado pelos deuses - o Homem
, e a Humanidade. Foram então aqueles
organismos coletivos elevados à categoria de humanidades abortadas
e destacou-se do grupo dos animais , outro mais diferenciado, o das
Sociedades, incluindo-se o homem
entre os animais sociáveis e constituindo-se os seres vivos sociais, como já havia os seres
vivos vegetais e os seres
vivos animais.
Por último, os animais competentes
dos seres vivos coletivos, experimentando com o tempo
a ação da existência social ,
formaram nova modalidade da existência vital - a vida individual, a
existência Moral peculiar ao Homem e aos
animais superiores que mais
intimamente se lhe assemelham.
De modo que
do grupo dos Seres Coletivos , destacou-se o dos Seres Individuais.
Completou-se, assim, a série dos Seres:
Minerais, Vegetais, Animais, Sociáveis e Individuais.
Estudando
os corpos brutos e vivos, distingue-se entre eles os que por mais que se decomponham dão sempre a mesma substância ,( aqui
codificados hoje em dia como elemento químico)(1); como o ouro, a prata, o ferro , o cobre , o estanho , o
zinco ; e outros que decompostos , tais
como as ligas de bronze, o latão
e compostos químicos -
substancias químicas(2)- como o Sal de cozinha - Cloreto de Sódio; ao se
decomporem dão cobre mais estanho;
cobre e zinco e o ultimo sódio e cloro. Podemos ainda listar , para
fazer do primeiro(1) , o oxigênio , o nitrogênio, o carbono e entre os
segundos(2) a água, o ar , o álcool , o amido, o açúcar , a ureia etc.
Formam os corpos simples ou elementos químicos, os primeiros ( Ouro, Prata
Zinco, Estanho) , e os segundos corpos compostos ( Ligas e Substancias Químicas- ).São eles o
fundamento comum de todos, ou
quase todos os grupos
de seres , inorgânicos e orgânicos , brutos ou vivos.
À par da sucessão dos seres ficou
também constituída a série
dos fenômenos .
Enquanto os minerais revelam aos sentidos, por meio das sensações , mediata
ou imediatamente os
atributos , matemáticos : de numero , de
extensão e de movimento; os físicos: de
peso, calo, luz, som, eletricidade,
magnetismo, cheiro e sabor ; os químicos
: de decomposição e de composição; nenhum deles
possui organização e vida. Estas
propriedades somente aparecem nos
vegetais e nos animais.
Quanto à Sociedade, é predicado exclusivo
dos animais superiores, e a moralidade é
apenas peculiar ao Homem
Individual e a animais
superiores que lhe são
intimamente ligados.
Concluímos, que há uma sequência de propriedades paralelas à cadeia dos Seres. À
Série - Minerais, Vegetais, Sociedades, Indivíduos, - corresponde a
serie - número, extensão, movimento, peso, calor , luz, som, cheiro , sabor,
eletricidade, magnetismo, composição, decomposição, organização, vegetal idade,
animalidade, sociabilidade e moralidade.
Vislumbrando
o resultado dessa elaboração secular da Humanidade, nota-se que objetivamente, isto é,
em relação ao objeto examinado ou visualizado, que os seres mais gerais
são os minerais e os mais especiais, os
indivíduos; e subjetivamente , isto é, em relação ao sujeito, que examina,
ocorre ao contrário, os mais
gerais são os indivíduos e os
mais especiais são os minerais.
Desta forma, “a generalidade objetiva - como
disse Pierre Laffitte- constitui-se por
3 caracteres: 1) a extensão da
propriedade a um número de seres mais
considerável; 2) o número maior ou
menor de
condições necessárias à produção
do fenômeno; 3) a constância
maior ou menor , ou a variedade mais ou
menos considerável do fenômeno”.
Por isso, as
propriedades peculiares aos minerais, aos corpos brutos são comuns a todos os seres; as condições da sua existência,
independentes das que se
exigem para a de outros seres, como os corpos vivos , ao passo que as destes dependem
daqueles: qualquer ser vivo tem
peso e calor, como o corpo bruto, mas um
corpo bruto não necessita de organização para existir.; finalmente , os
caracteres dos minerais são muito menos
acentuados que os dos seres vivos: é mais fácil distinguir imediatamente ,
simples vista, um animal
de outro, que um mineral de outro mineral; um cão de um gato, do açúcar de cana do sal
de cozinha.
Assim objetivamente, são os minerais os mais gerais dos Seres e as suas
propriedades revelam , as mais gerais das propriedades.
Quanto à generalidade subjetiva,
caracteriza-se pela coexistência no Ser das propriedades que condicionam a existência do
sujeito, do Homem, e da Humanidade Donde o ente humano, o Homem
Individual, o indivíduo, ser subjetivamente o mais geral dos Seres , e o mineral
o menos geral de todos.
De fato, o Homem Individual, possui qualidades
Morais e Sociais , Biológicos (vida), atributos físico-químicos, de
movimento e forma, existência numérica; é o resumo do Mundo, O MICROCOSMO, como
lhe chama a sabedoria Teocrática; nenhum
ser possui este grau de generalidade subjetiva;
enquanto o mineral se limita a manifestar os predicados inferiores de composição e decomposição, eletricidade, magnetismo, cheiro, sabor, som ,
luz, peso, movimento, forma e número. É o menos geral de todos , sob o ponto de
vista subjetivo.
Sob o aspecto Subjetivo, as propriedades Morais, são as
mais gerais e as físicas as menos.
Do exame
dessa distribuição dos graus de seres
e de fenômenos, que a Humanidade
foi realizando desde os seus
primórdios até hoje, Augusto Comte , o
supremo Interprete do Gran Ser (Família, Pátria e Humanidade), induziu a Lei
correspondente , a Lei da Hierarquia, a Lei da Classificação.
Descoberta
a Lei , a sua adaptação a todos os casos
possíveis dá-lhe o caráter mais de Norma
ou regra do que de Lei Natural .
Mas como a Lei ou regra, é um principio universal , que regula todas as Classificações dos
Seres e Fenômenos (ou Atributos) ,
naturais ou artificiais , teóricos ou práticos, científicos ou
industriais.
Ao
imaginarmos a aplicação desta Lei , em toda a sua plenitude
, pode formar-se a escala completa
, de todos os seres e de todos os fenômenos , abrangendo todos
os graus possíveis , destes Seres e destes
fenômenos.
A Lei da Classificação é essencialmente universal , porque se
aplica às mais elevadas
e às mais rudimentares
cogitações da Inteligência ; às mais grandiosas e mais humildes
operações
da atividade; às mais
sublimes e às mais
grosseiras manifestações do Sentimento.
A cada passo da Vida temos ocasião
de aplicá-la para substituir a confusão
e a desordem pela
regularidade e pela ordem .
É uma
das mais belas descobertas do gênio
universal de Augusto Comte.
Na sistematização de
todos os conhecimentos, sobre os seres e sobre os atributos , é
observada sempre a Lei do Classamento,
nas distribuições abaixo.
Nas Belas Artes - Poesia - Música , Pintura, Escultura e Arquitetura.
Nas
Artes do Bom - Medicina ,
Educação, Sã Política e o Sã Dever .
Nas
Ciências Positivas -
Matemática , Astronomia, Física, Química,
Biologia , Sociologia Positiva e
a Moral Positiva.
Vamos nos deter
nas ciências. Primeiramente abordaremos
a Sistematização pelo
conhecimento Concreto(a) e depois no domínio da Abstrato.
(a) Na sistematização de todos os
conhecimentos Concretos, sobre os seres e
sobre os Atributos , sempre se
observa a Lei do Classamento na distribuição: Matemática, Astronomia, Física, Química , Biologia ,
Sociologia Positiva e a Moral
Positiva.
Estas sete ciências
são colocadas , nessa ordem
obedecendo aos princípios
universal
de classificação . Pois é a matemática a
mais simples e a mais geral
de todas, é aquela que compreende o estudo
abstrato dos fenômenos de numero, de forma e de movimento; os três atributos mais gerais ,
observados em maior numero de seres.
A
maior generalidade dos atributos
matemáticos é , portanto
objetiva.
A medida que subimos na escala , da
matemática para a moral , passando pelos diversos patamares intermediários, na ordem acima enumerada , observamos o
sucessivo decréscimo de generalidade
objetiva ao mesmo tempo que aumenta a complexidade
dos fenômenos respectivos. Sob o aspecto subjetivo, há , ao contrario , um aumento gradual de
generalidade . São os fenômenos morais , subjetivamente considerados,
os mais gerais de todos e ao mesmo tempo
os mais dependentes.
Observamos
ainda na subida da Matemática
para a Moral , um crescimento gradual de dignidade.
O princípio da classificação obedece, a
ordem a seguir nas escalas das ciências,
dispostas segundo a generalidade
objetiva decrescente e subjetiva crescente. Essa ordem coincide com a de independência, de dignidade e de complexidade crescentes.
Da mesma forma que na escala científica , isto é, na distribuição dos
conhecimentos abstratos,
também na classificação dos seres é
obedecido o principio
universal que esta Lei
expressa. O domínio da filosofia
Terceira ou o conjunto
dos conhecimentos práticos destinados
à ação modificadora( tecnologia)
, é também dividido nas sete
categorias correspondentes às 7 ciências
.
(b) No domínio Abstrato a Lei do Classamento
preside não somente à hierarquia
dos acontecimentos em geral ,
na distribuição dos sete
graus enciclopédicos, mas também à
classificação interna das diversas partes em que
se possam decompor esses graus.
Se examinarmos a estrutura interna de cada ciência , desde a matemática até à
Moral Positiva, observamos em todas
elas o principio da classificação presidindo à disposição interna de diferentes elementos que a constitui.
As partes
em que se divide cada uma das ciências , não estão colocadas em
ordem arbitrária qualquer ,
mas dispostas segundo a ordem de generalidade crescente ou decrescente , objetiva ou subjetiva. E ainda mais, dentro de cada parte
, em qualquer ciência, há o mesmo
critério na distribuição das teorias que
a constituem.
Forma assim toda a ciência um conjunto , no qual obedece, em qualquer
ponto de sua extensão, em todas as suas divisões internas , à Lei do
Classamento Positivo.
Vamos,
neste momento, evidenciar a universalidade da Lei da Classificação, verificando
sua presença em todas as ciências
positivas .
Na Matemática - Na Lei da Classificação é verificável
a hierarquia interna da Lógica ou Matemática:
aritmética, álgebra, geometria preliminar, geometria algébrica, geometria
diferencial, geometria integral e mecânica. É o numero o mais geral de todos
os atributos da matemática , seguindo
sê-lhe a forma ou extensão e depois o movimento. temos assim a sucessão
- Cálculo, Geometria e Mecânica -obedecida a Lei Universal e Natural do Classamento.
Se
considerarmos a decomposição do cálculo em aritmético ou dos valores ; o algébrico ou das relações, e da
geometria em preliminar,
algébrica, diferencial e integral, passamos
daquela divisão ternária , para a divisão setimal da matemática: aritmética, álgebra, geometria preliminar, geometria algébrica , geometria
diferencial, geometria integral e mecânica. Nesta divisão setimal observamos também a aplicação do
principio do classamento, pois as sete partes da matemática sucedem-se , segundo a
ordem de generalidade objetiva decrescente e de subjetiva crescente; ao mesmo tempo que na ordem de complexidade crescente , partindo da aritmética e terminando
na mecânica.
A Constituição interior de cada um dos sete
graus matemáticos , está sujeito a lei do
Classamento. Na aritmética são classificadas todas as
teorias referentes aos valores partindo das mais simples e mais gerais , para as mais complexas
e mais especiais. Da mesma forma
na álgebra percebemos os estudos
correspondentes aumentarem gradativamente de complexidade e diminuírem
de generalidade à medida que passamos das noções mais simples , referentes as equações do primeiro grau ,
sucessivamente para as mais complexas do
segundo , terceiro e quarto graus; dos
três primeiros pares de elementos algébricos e
depois , das formações exponenciais e logarítmicas.
Mais exemplos poderão ser dados,
para realçar esta ciência, a matemática.
As três
partes da Física - a Astronomia
ou Física Celeste, a Física Propriamente dita e a química - tem todas
as suas estruturas internas
organizadas em obediência rigorosa
a Lei da Natural da Classificação.
Na
Astronomia , ou física
celeste , iniciamos pelos estudos mais
simples e mais gerais , deste grau enciclopédico, pelos assuntos tratados na astronomia
preliminar , para em seguida
passarmos sucessivamente , pela estrutura da geometria celeste , pela
dinâmica da geometria celeste , pelo
estudo das previsões normais, como consequência dos até então realizados , e
depois pela lei da gravitação e, finalmente a dinâmica celeste; acompanhada da Astrometria,
da Astrofísica, da Radioastronomia, da
Cosmogonia , da Cosmologia .
Na Física , a
Física propriamente dita, a Barologia, a
Termologia, a Óptica a Acústica e a
Eletrologia-- seguem exatamente a
ordem da generalidade, objetiva decrescente
e subjetiva crescente, ao mesmo tempo
que de simplicidade decrescente. Se
compararmos a divisão positiva da Física com a Classificação dos
sentidos especialmente ligados a cada uma dessas partes, notamos a correspondência perfeita
com a classificação desses sentidos , que é feita na ordem da generalidade objetiva
decrescente e subjetiva crescente ao mesmo tempo que do aparecimento gradual
na série zoológica.
Na Química, é a ciência que mais usa o
sistema de Classificação , com base na
Nomenclatura , tanto na química orgânica como na inorgânica. A
Classificação de: partículas , átomos,
Elementos , Substâncias, Compostos , Tabela Periódica dos Elementos , etc.
Na Biologia, é onde
apreciamos a aplicação da Lei do
Classamento, não só na divisão geral dessa ciência como, principalmente na instituição da escala abstrata dos seres vivos.
O estudo da Biologia é realizado normalmente , iniciando-se pela apreciação da parte estática ou anatomia, onde
são estudados primeiro os
elementos , depois os tecidos, os
órgãos e os aparelhos ; terminando a
parte estática pela apreciação da
Biotaxia ou estudo da classificação dos Seres Vivos.
Depois da anatomia passa-se ao estudo da parte dinâmica ou Fisiologia , onde é apreciada
primeiro a vegetalidade ou as teorias da renovação material, do
desenvolvimento e da morte e da reprodução, e depois a animalidade, com as
teorias da vida de relação, e as leis do
exercício, do habito, e do aperfeiçoamento.
O complemento da Fisiologia é formado pela
teoria da hereditariedade, e o de toda a biologia pelas teorias
do Meio e da Modificabilidade.
Em todos estes estudos , observada a ordem acima
exposta , notamos a perfeita
aplicação do principio do Classamento.
Este
principio é ainda observado em qualquer das partes acima
enumeradas da Biologia, devendo
ser lembrada especialmente a
Classificação Abstrata dos seres Vivos.
Na Sociologia : vamos dividir a sociologia Positiva em
Estática e Dinâmica.
A
Sociologia Estática Positiva, apresenta-nos
exemplos bem característicos de
aplicação do principio das
classificação na sistematização dos elementos
da ordem social e na estrutura
interna de cada uma de suas partes.
Se examinarmos a constituição
dos estudos de estática social,
verificamos nestes estudos
que as teorias estáticas se sucederem,
na ordem de complexidade crescente e de
generalidade objetiva decrescente
e subjetiva crescente.
A sucessão
das teorias da propriedade
material, da família, da linguagem , do organismo social e da sua
existência , revela este gradual
acréscimo de especialização e de complexidade.
Qualquer elemento estático da Sociedade ,
examinado separadamente , mostra a
observação sempre observada do principio
do Classamento.
Na hierarquia das atividades materiais, por exemplo, podemos observar na
série - agricultura, fabricação,
comércio-serviço e banco - um gradual
aumento de complexidade e diminuição de
generalidade objetiva, assim como um aumento da dignidade respectiva.
A
Sociologia Dinâmica Positiva, obedece
também à Lei Natural do Classamento, evidenciada quando examinamos o estudo das diversas fases da evolução humana . Partindo dos estudos
mais primitivos da civilização fetichista até a transição revolucionaria moderna, observamos
estados cada vez mais
especiais e ao mesmo tempo mais
complexos. O estado Fetichista Primitivo
é o mais geral , por isso , que foi o
único verificado em todos os
povos da Terra. Enquanto alguns povos
ainda se conservam nesta forma
primitiva de existência social,
outros progrediram com
maior ou menor rapidez , de
modo que se foi
aos poucos restringindo e
complicando o núcleo mais adiantado
de civilização. Tal a marcha segue
naturalmente e empiricamente pela
Humanidade.
Observando na evolução natural de nossa
espécie, as formas do fetichismo nômade , do
sedentário e do Astrolátrico, depois do politeísmo conservador, do progresso intelectual e do social; a
seguir do monoteísmo e da transição moderna - metafísica , observamos que todos estes estados ,
ainda subsistem até hoje em dia em muitos povos, que progridem com velocidade variável, sempre menor
que o núcleo ocidental, constitutivo
da vanguarda da Civilização. Essa diferença de velocidade é a causa
principal das sucessivas restrições
sofridas pela porção mais adiantada da civilização humana.
Os diversos estados de evolução, observáveis
, ainda hoje, desde os graus mais
rudimentares nos povos mais atrasados, classificam-se segundo a ordem
de generalidade decrescente e de complexidade crescente. O fetichismo
é o estado mais geral , porque
foi comum a todos os povos da Terra
e conservou-se longo período de nossa evolução. A transição
moderna preparatória para o estado positivo futuro da civilização
humana, é ao contrario, a mais restrita de todas ,
limitada aos povos ocidentais na idade
moderna. É ainda o estado fetichista
o mais simples e mais espontâneo.
Durante
o longo período de transição , os conhecimentos adquiridos e acumulados , o desenvolvimento gradual da
tríplice existência humana, os fatores
de ordem material instituídos pela
Humanidade, tornaram a civilização cada vez mais complexa.
Observa-se , portanto , em sua
plenitude , a aplicação do principio do Classamento à evolução humana.
Na
Moral, a
classificação das três partes da natureza humana , e em separado as das funções do Sentimento Humano, da Inteligência e do
Caráter, demonstram a aplicabilidade da Lei
do Classamento ao domínio
abstrato mais elevado.
O estudo Sistemático da Moral
Teórica é procedido em perfeita obediência à Lei das
Classificações .
Os
Positivistas estudam em tal domínio,
sucessivamente as Teorias
Cerebral, Teoria do Grã Ser, Teoria da
Unidade, Teoria da Vida ,Teoria do Sentimento, Teoria da Inteligência e
Teoria da Atividade.
É
ainda no domínio mais
elevado da Moral Positiva que
encontramos a aplicação da Lei do Classamento aplicada ao estabelecimento das escalas dentro
de cada um dos estudos
acima enumerados.
Tanto na Teoria Cerebral, como em qualquer
das demais, podemos observar a sucessão de assuntos cada vez mais
especiais , mais dignos e mais
complexos.
Tomemos para
exemplo , nesse domínio da moral positiva, a classificação das nossas
funções simples do sentimento. É a escala afetiva constituída
dos sete
instintos egoístas e dos três altruístas
, dispostos na seguinte ordem : Instintos Nutritivo, sexual, materno,
destruidor, construtor, do orgulho, da vaidade, materno ; já no altruísmo temos o apego, a veneração e a bondade.
Estas 10 funções afetivas, estão nestas
ordens de classificação segundo a
generalidade objetiva decrescente e subjetivamente crescente , ao mesmo tempo
que a ordem de dignidade e de complexidade crescentes. É cada vez menos a
generalidade objetiva , por isso
que encontramos o primeiro da série, o
instinto nutritivo, em todos os seres da escala
zoológica , desde os animais mais
rudimentares quando ainda não
estão separados os sexos, até o Homem , enquanto que os últimos
elementos daquela série afetiva, os sentimentos altruístas somente começam a aparecer
nos graus mais elevados da escala
zoológica.
Para encerrarmos a série de
exemplificações da décima quarta
Lei Natural da Filosofia
Primeira, vamos ao exame da instituição hereditária
das classes sociais, no
estado Normal Positivo.
A
constituição Normal da Sociedade - Estado Normal - exige classes especiais destinadas aos trabalhos relativos às três partes da Natureza humana- Sentimento -
Inteligência e Atividade .
Deveremos então conceber que em toda
sociedade Normal; há existência de três
classes
encarregadas
respectivamente do
desenvolvimento do sentimento , da inteligência e da atividade.
O s trabalhos materiais , entretanto , pela sua própria
natureza exigem a divisão
da classe respectiva em duas;
destinada a primeira `a direção
destes trabalhos( Patronal ou Patriciado)
e a segunda de Execução (
Proletária).
Haverá pois na Sociedade Normal quatro Classes ou providencias sociais que são : A Moral( Sentimento),representada
pela Mulher ; a
Intelectual , pelo Sacerdócio, que
participa de todos as atividades das Artes do Bom e supervisionadas
pelas Artes do Belo; o Patriciado que dirige o Geral , e pelo Proletariado , que executa todos os trabalhos materiais. Estas três
Classes, que na verdade são quatro, na ordem em que as enumeramos, obedecem o principio do Classamento Positivo.
A Organização Temporal será governada por um
Triunvirato Sistemático - Isto é, baseado em uma Doutrina.
Na Moral Prática Positiva ocorre o mesmo,
quando se institui o Sistema Educacional do Aperfeiçoamento da Natureza Humana;
sem bloqueio da Criatividade e do Desenvolvimento, mas com disciplinas,
definidas por “ranges”, para que haja
ordem..
Os exemplos
apreciados , em todos os
domínios científicos, desde a
Matemática até ` a Moral Positiva, demonstram a aplicabilidade do principio
do Classamento à todos nossos conhecimentos abstratos.
7.4.15)5.3) Lei do Intermediário ou da Continuidade
- “Todo intermediário deve ser subordinado
a dois extremos, cuja ligação opera”
.(Augusto Comte / Buffon )
7.4.15)5.3) Lei do Intermediário ou da Continuidade
- “Todo intermediário deve ser subordinado
a dois extremos, cuja ligação opera”
.(Augusto Comte / Buffon )
A
contemplação dos Seres e dos Atributos ou Fenômenos, que levou a
descoberta da Lei da Classificação,
levou também ao encontro do
princípio complementar de que toda a Classificação, se reduz essencialmente a uma
Série Ternária. Pode ser que de
fato se componha de maior
número de termos; mas,
apreciando-os minuciosamente ,
verifica-se que todos se condensam em três.
Assim se institui
a Humanidade por vários grupos de
progressões de três termos. Entre eles destacam-se alguns que
são peculiares a todos
os seres e a todos os fenômenos ou atributos , como os abaixo
indicados:
1) Terra - Água - Ar ;
2)
Sólido - Líquido - Gasoso ;
3)
Mistura - Dissolução - Combinação ;
4)
Mineral - Vegetal - Animal ;
5)
Família - Pátria - Humanidade ;
6)
Coração - Espírito - Caráter ;
7)
Linha - Superfície - Volume ;
8)
Passado - Presente - Futuro.
Examinando-os, verificamos que além de
obedecerem à Lei da Classificação
, pois se sucedem na ordem de generalidade crescente ou decrescente , tanto subjetiva como objetiva , mantém sempre o caráter constante
da ternariedade. Todos eles formam
uma serie de três termos, em que o
segundo é objetivamente menos geral
e subjetivamente mais geral , que o primeiro , e objetivamente mais geral e subjetivamente menos
geral que o terceiro.
Vejamos:
1) A Água é menos geral objetivamente que a
terra, por flui sobre a terra ; que sem terra não há Água ; e há
terras sem água - os desertos
; e mais geral subjetivamente , porque o homem , o sujeito , depende mais da água do
que da terra , suporta mais a fome do que a sede .
O ar
é mais geral subjetivamente que a água,
pois o homem , o sujeito , pode viver
mais sem água do que sem ar, sem beber , que sem respirar. Objetivamente
é o contrario, o ar é menos geral,
já que sem ele , se podem realizar
fenômenos que não dispensam a terra e
muito menos a água ; tal como a
eletricidade e a luz.
O
Líquido é mais geral que o Sólido, sob o aspecto subjetivo, pois participa mais
no homem, no sujeito, que o Sólido, e
menos geral objetivamente , pois na
Terra há mais sólidos que líquidos.
Observa-se
o mesmo com relação aos gases. A massa
gasosa é objetivamente menos geral que a massa líquida, por que há
no mundo mais líquido do que gás; mas
subjetivamente é mais geral pois o homem, o sujeito, depende mais da
mistura gasosa , que do líquido, mais do ar do que da água.
2) Os diversos graus de união
material - mistura, dissolução e combinação - constituem um novo exemplo
da série ternária.
A mistura é a união material em que os elementos componentes
conservam a sua natureza específica ,formam um todo heterogêneo .- A
mistura ou união de farinha com açúcar,
de azeite com vinagre, de pós de enxofre e ferro, de arroz com feijão.
A dissolução é a união material em que as substâncias , ou os componentes conservam
a sua natureza específica, formando um todo heterogêneo ,
mas guardam entre si um limite superior -
saturação, além do qual
cessa a união. Água com açúcar; e
água com sal; do ar com a água.
A combinação
é a união material em que os elementos
componentes perdem a sua natureza específica , formam um todo homogêneo e guardam
entre si dois limites , aquém ou
além dos quais cessa a união , ou conservam proporções
definidas. A união de duas moléculas de hidrogênio
e de uma molécula de oxigênio ,
para formar duas moléculas d’água. De um átomo de sódio e de um átomo de cloro para formar o sal de cozinha
; de um átomo de enxofre e de uma molécula de oxigênio,
para formar o gás sulfuroso; de 12
átomos de carbono, de 22 átomos de hidrogênio e de 11 átomos de oxigênio para formar a
sacarose- açúcar de cana.
Por estas definições os três termos da série
- mistura, dissolução e combinação, temos logo a noção de que o segundo , a dissolução é mais geral objetivamente que o terceiro, e
menos que o primeiro, por que
a sua existência depende de menos
condições e abrange maior número de casos que o seguinte; e depende de mais
condições e abrange menor número de casos
que o precedente ;
subjetivamente é o contrario, a
dissolução é mais geral que a
mistura e mesmos que a combinação, por que no homem , no sujeito,
coexistem mais combinações que dissoluções e mais dissoluções que misturas.
3) A maior generalidade subjetiva
da vegetalidade , com relação `a mineralidade, é intuitiva : basta lembrar
que o vegetal é um ser vivo como
o homem , ao passo que o mineral não tem
a nossa modalidade de vida. E a animalidade relativa à vegetalidade
resulta logo da
circunstância de que no animal colaboram
elementos peculiares ao homem,
que não existe no vegetal - o encéfalo, os nervos e os músculos, etc.
Quanto a generalidade objetiva , a do termo
médio é menor que a do
precedente e maior que a do seguinte, porque o mineral é comum
ao vegetal e ao animal, ao passo que a organização e a vida não se
encontram nos minerais e são comuns ao
vegetais e aos animais; e o Sistema Moral, é peculiar apenas aos
animais.
4) A Família é o Ser Coletivo Comum , a
todos os animais sociáveis, ao passo que a Pátria e a Humanidade só
surgiram na espécie humana e mais especialmente
nos povos superiores.
Objetivamente é pois a Pátria um Ser menos
geral que a Família , e mais geral que a Humanidade.
Subjetivamente é o oposto. A Humanidade é
mais geral que todos os Seres, porque a todos resume, condensando em si mesma
os atributos de todos. É a Pátria das Pátrias é a Família
Universal.
5) O Coração ou Sentimento , é o primeiro predicado do
homem individual, estimulando o Espírito-isto é, a Inteligência .É da Inteligência que dependem as ideias ,que geram os
Pensamentos.
Por
isto as ideias podem ter origem em
sentimentos maléficos ou benéficos.
É
por isto, que os sentimentos - coração-
é mais geral objetivamente que o
espírito- inteligência.
E
como as ações dependem dos Pensamentos, originários nas somas das ideias , incrementadas pelo
caráter , fonte da ação . Este último é o menos geral dos atributos humanos,
sob o aspecto objetivo,
enquanto o espírito- inteligência , é menos que o coração - sentimento, e mais do que o caráter - ação.
Na ordem subjetiva, dá-se o contrário.
Colaborando para a Ação mediante o impulso do sentimento e as
luzes da inteligência, o caráter é a função
que se incorpora todos os predicados dos indivíduos;
é portanto a função mais geral do sujeito, do homem, sob o aspecto subjetivo.
Pela
mesma razão segue-se lhe na escala
descendente, a da Inteligência que se pode manifestar sem o caráter ; e a do coração- Sentimento,
que independe do espirito e do caráter .
O termo médio, pois , o espírito-
inteligência é objetivamente mais geral
que o caráter e menos geral que o
coração. E Subjetivamente mais
geral que o coração e menos geral que o caráter.
6) O espaço revela bem acentuadamente a serie ternária com a sua divisão do
espaço de 1(uma) dimensão , ou linha ; de duas dimensões , ou
plano ou superfície; e de três dimensões , ou
volume.
A
linha é, objetivamente, o mais geral e o volume o menos geral dos elementos do espaço, porque todos os seres
e todos os fenômenos ou atributos só tem realidade quando se apresentam pelo menos segundo uma dimensão ; e porque o volume depende da
totalidade das dimensões do espaço ; de fato existem seres e fenômenos que por sua inacessibilidade , quanto à tríplice extensão, não podem ser apreciados senão
quanto a uma ou duas delas, como certos astros e atributos correspondentes.
Quanto a superfície , pela sua composição de duas dimensões , coloca-se
naturalmente entre a linha e o volume,
como menos geral que a primeira e mais geral que a segundo. Subjetivamente é
o oposto que se verifica. O volume é o mais geral e a linha o menos geral
dos elementos do espaço , porque a extensão tridimensional é que prevalece no homem, no
sujeito; seus órgãos , seus aparelhos ,
seus tecidos, mesmos as células são
volumes.
A superfície, por motivo análogo , é mais geral que
a linha e menos geral que o volume.
7) A
trindade cronológica , é outro exemplo
decisivo da progressão ternária.
O passado é o tempo mais geral , objetivamente, porque abrange um número cada
vez maior de relação de sucessão , estende
o seu domínio sobre seres e
fenômenos que aumentam dia a dia, e cuja
realidade é atestada pelo número cada vez maior de gerações. O Futuro é sob esse aspecto, o menos geral, porque
se refere a entes e fatos
apenas possíveis, que ainda não
se tornaram objetos reais e fatos reais.
Quanto
ao presente, é objetivamente menos
real que o passado , porque abrange
menor número de objetos e mais que o
futuro , cuja objetividade é de todo
inexistente.
Sob
o aspecto subjetivo é o passado o menos geral, porque seus elementos,
dependendo embora só do sujeito atual,
tiveram existência objetiva anterior , e o futuro o mais geral , porque a
sua existência é função exclusiva do
sujeito . Quanto ao presente , é mais geral subjetivamente que o passado , porque o abrange e condiciona imediatamente a existência do sujeito; e menos geral que o
futuro, porque só este abraça todos os
tempos , como produto do passado e do presente , e só existe porque existe o sujeito.
Os exemplos acima citados, demonstram claramente que os grupos
de Seres e Fenômenos, além de
sujeitos à Lei da Classificação,
formam progressões ternárias.
Tudo demonstra que se trata de serie
de três termos, que em cada caso representam um todo,
que se triparte. Assim
é o conjunto dos corpos brutos, o mundo inorgânico, que se divide em terra , água e ar, ou em solido, liquido e
gases; depois vem a união material das
substancias, assumindo as formas de
mistura, dissolução e combinação; em seguida , é o mundo todo, a natureza morta e a natureza viva, que se
divide em minerais, vegetais e animais; segue-se o mundo social, compreendendo
a Família , a Pátria e a Humanidade ; logo em seguida a Natureza Humana, o
Mundo Moral , distribuído em coração , espírito e caráter; finalmente o espaço
, tripartido em linha, superfície e volume; e
o tempo em passado, presente e
futuro.
O termo
médio depende do inicial, que lhe serve
de fundamento, e do final que o remata
ou limita.
A água
depende do meio terrestre e aéreo
onde flui, fundando no primeiro e
sendo limitada no segundo; a fluidez
aérea é o limite da fluidez aquosa.
O
estado liquido depende do estado solido,
cuja coesão sofreu certo grau de desagregação , e do estado gasoso, que é o limite dessa degradação.
A dissolução
depende da mistura, porque é uma mistura
em que a união se torna
homogênea, pela fixação de um limite superior de saturação; e da combinação , porque é esta , uma dissolução que além de um limite superior possui um limite
inferior de saturação.
O vegetal depende do animal, porque a sua
organização e a sua vida não subsistem
sem a participação das
substâncias inorgânicas ; e do animal
porque este limita pela sua atividade a existência
do vegetal.
A Pátria depende da Família, visto como a
Pátria resulta da colaboração das Famílias
sob o governo comum; e da
Humanidade , que lhe serve de
limite, reduzindo a extensão do seu domínio
a limitado grupo de homens e
terras , ao mesmo tempo ligando a
todos a uma livre e fraterna união espiritual.
O espirito ou Inteligência depende do
sentimento, porque somente este inspira
as ideias, que geram os pensamentos e do caráter que realiza as ações ,
limitando as divagações
do espírito.
A
superfície depende da linha, que é um dos elementos da
constituição e do volume de que é limite.
O presente depende do passado, porque dele provem
, e do futuro , porque o limita
segundo as leis deduzidas do passado.
Mas não
é somente a subordinação do termo médio aos dois extremos
que se induz do exame das
classificações ternárias, sínteses de
todas as classificações. Descobre-se também que o termo central liga o
inicial ao final.
Se a
sucessão dos três termos representa
a marcha espontânea dos seres e
fenômenos , a sua constituição sistemática
implica o predomínio final do termo
intermediário sobre os dois extremos.
Assim
o conhecimento sistemático da água
se completa depois do conhecimento da terra e do ar; o dos líquidos , depois do conhecimento dos sólidos e dos gases;
o do conhecimento da dissolução , depois do conhecimento da mistura
e da combinação ; o dos vegetais
depois do conhecimento dos
minerais e dos animais; o da Pátria depois do conhecimento da Família e da
Humanidade; o do espirito, depois do
coração e do caráter; os das superfícies , depois do conhecimento das linhas
e do volume; o do presente ,
depois do conhecimento do passado e do futuro.
Em resumo, a contemplação dos grupos distribuídos segundo a Lei da Classificação
revela : Primeiro, que se distribuem
essencialmente em séries ternárias; Segundo , que em cada serie o termo médio
se subordina ao inicial e ao
final e serve de laço entre eles.
Como
a Lei do Intermediário estabelece a
continuidade, entre os termos da série - o médio , e os
extremos - pode chamar-se também de
Lei da Continuidade.
Vamos,
neste momento, evidenciar a universalidade da Lei do Intermediário verificando
sua presença em todas as ciências
positivas .
Na Matemática : Podemos
na Matemática ou Lógica , formular diversos exemplos onde com clareza é
apreciada a subordinação do intermediário aos dois extremos. Cálculo , Geometria e Mecânica , onde são
estudados respectivamente o número, a
forma e o movimento. Está a Geometria objetivamente subordinada ao
Cálculo , do qual depende para
ser estudada e desenvolvida, e subordinada subjetivamente à
Mecânica, que constitui o seu destino imediato .
Decomposto o cálculo em aritmético ou dos valores e algébrico
ou das relações e a geometria em especial
e geral , dividida esta em
algébrica e transcendente, que
compreende por sua vez em a diferencial e a integral , fica a Lógica
decomposta em sete partes , passando da
progressão ternária para a divisão setimal : em aritmética,
álgebra, geometria especial ou preliminar,
diferencial e integral , e
mecânica.
Analisemos
os aspectos parciais dessa decomposição geral:
Se considerarmos a álgebra na sua posição de intermediário entre a Aritmética e a
Geometria notamos sua dependência objetiva à primeira e subjetiva à segunda. No domínio da geometria , a algébrica preenche
perfeitamente todas as condições de intermediário entre a preliminar e a transcendente ,
às quais estão subordinadas,
participando da natureza elementar
da primeira e geral da última.
Podemos de a mesma forma apreciar a condição de intermediário da Geometria
Elementar entre o Cálculo e a
Geometria Transcendente , assim como a
desta última entre a Geometria
Elementar e a Mecânica.
As subdivisões interiores
de cada um dos sete graus
matemáticos fornecem inúmeros exemplos característicos de aplicação
da Lei do Intermediário.
Tomemos, por exemplo, na Aritmética, seu
domínio fundamental, a numeração. É a
numeração evidentemente o
intermediário entre a teoria
subjetiva dos números e o cálculo fetichico, formados pelas teoria da adição, da subtração e da multiplicação .É este cálculo
, por sua vez, o
intermediário entre a numeração e o cálculo teocrático ou teoria da divisão. Em qualquer das operações
fundamentais da Aritmética a decomposição , em casos , evidencia , e é sempre
verificável a Lei do Intermediário.
O domínio
principal da álgebra elementar , constituído pela resolução das equações
dos três primeiros graus ,
apresenta exemplo frisante da Lei do Intermediário, quando considerarmos as
equações do segundo grau em sua condição
histórica e dogmática , de
intermediário entre as equações
do primeiro grau e as
do terceiro.
Na apreciação dos três
problemas geométricos
referentes às retificações, de cubaturas e quadraturas , igualmente notamos a Lei do Intermediário .
A geometria
preliminar, em seu preâmbulo
geral, oferece exemplo evidente
desta Lei
Instituição
da media dos ângulos como intermediário entre as teorias
da linha reta e do plano.
Na
mecânica diversos exemplos são
claros para demonstrar a
verificabilidade da décima quinta Lei Universal ou Natural. É a estática de um
modo geral o intermediário entre a geometria e a dinâmica . O estudo do equilíbrio é a
ligação entre o da composição das
forcas e o do movimento. Na dinâmica
o movimento de translação une o
movimento retilíneo aos de
rotação.
Na
escala abstrata, apreciamos
separadamente o domínio do mundo,
e o do homem , onde temos no primeiro ,
que é constituído pela Cosmologia, a progressão formada
pela lógica ou Matemática,
Astronomia ou Física Celeste e a Física
Terrestre, compreendendo a Física propriamente dita e a Química.
A Astronomia neste caso é o
intermediário entre a Matemática e a Física.. Ao considerarmos separadamente a Física , celeste da
terrestre, esta ultima compreendendo a Física e a Química; teremos
na Física propriamente dita o traço de união entre
a Astronomia e a Química.
De modo
semelhante poderemos considerar a Biologia como elemento
de ligação entre a Cosmologia e a Sociologia, e ainda na constituição tríplice da Moral , a
Sociologia Positiva como Intermediário
entre a Biologia e a Moral
Positiva.
Na Astronomia : Nuvens Cósmicas gasosas - Estrelas - Planetas
Na Física : Na Física a decima quinta Lei Universal ou Lei Natural, é
claramente verificada em numerosos exemplos , entre os quais é
evidente a consideração dos estado gasoso, liquido, sólido.
A Física é dividida em cinco partes, de acordo com nossa constituição sensorial, correspondendo cada
uma das partes a um dos nossos sentidos,
, excluindo os 3 sentidos, o da gustação, o do tato e do olfato , que são pouco desenvolvido na espécie humana. Ficando assim a Barologia,
a Termologia, a Óptica, a
Acústica , a Eletrologia e a Radiologia.
Estão
essa partes assim dispostas, colocadas em ordem de generalidade objetiva
decrescente e de complexidade crescente
. É a Barologia o elemento de ligação da Astronomia
com o conjunto da Física, assim
como a Eletrologia une a
Física à Química.
As subdivisões internas de cada uma das partes da Física obedecem também
aos princípios universais, o da
classificação e o do intermediário. Na termologia, por exemplo, o
estudo da dilatação é o intermediário entre
o da propagação do calor e o
das mudanças de estado físico , assim como nestes o estado liquido constitui o intermediário entre o
solido e o gasoso, participando da natureza de
ambos e a eles se subordinando
objetivamente e subjetivamente.
Na Química : Para que ocorra a reação química entre
Hidróxido de Sódio e Acido Clorídrico , dando Sal de Cozinha ( Cloreto de
Sódio) e tendo a água como
meio aquoso é necessário que :
1) Haja Solubilidade dos dois
Reagentes no meio aquoso.
2) Definir a concentração do
Reagentes
3) Definir as
Condições Físicas para que ocorra a Reação- Temperatura e Pressão, etc.
2) está
subordinado a 1, que por sua vez 3
depende de 2 ; sem 1 ser definido, não pode ocorrer
2); que é intermediário entre a ação
1 e 3.
Na Biologia : Em todo o conjunto das escalas dos seres vivos , animais , vegetais e
protistas observamos com grande facilidade a aplicação desta Lei do Intermediário. Qualquer que seja
o aspecto , geral ou particular , de apreciação daquelas escalas, notamos sempre ,
nos agrupamentos de três elementos
sucessivos, um deles apresentando as características fundamentais
do intermediário, isto é, a dupla
subordinação aos dois extremos , e ainda
a participação da natureza de ambos para instituir a ligação normal entre eles a evidência do intermediário é tão
importante .
O meio onde vive o ser vivo , é o
intermediário entre os Organismos dos Seres Vivos e a
Modificabilidade ou melhor a suas Mutações . A teoria das
mutações dos Organismos dos seres Vivos,
tem forçosamente de ser preparada, pelo
conhecimento do meio físico em que se
desenvolve o Ser que colabora
para as modificações verificadas.
Na
Sociologia: Vamos
abordar a Lei do Intermediário na
Estática Social e depois na Dinâmica Social .
Na
Estática Social diversos
agrupamentos ternários dos elementos
sociais caracterizam bem esta última Lei Natural .
São os elementos necessários da existência social:
a propriedade, seguindo-se a família,
a
linguagem e o governo temporal e espiritual.
Considerando-se os três elementos fundamentais
- a propriedade, a família e a linguagem , temos ai representados , na
existência coletiva, respectivamente a
atividade, o sentimento e a
inteligência.
Nessa progressão, representa a
linguagem o intermediário entre a
propriedade e a família , e desta forma
aos dois extremos. A sociedade,
assim representada por estes três elementos fundamentais, evidencia a lei do Intermediário, que melhor os coordena
e liga entre si.
Apreciando em conjunto os cinco elementos
da Estática Social , podemos ainda verificar a posição da linguagem como intermediário entre os dois
outros elementos fundamentais
e o governo ,tanto temporal como
espiritual. Temos assim a
progressão cujos três termos
são;
o primeiro formado
pelos elementos fundamentais- propriedade e família-
o segundo central,
a linguagem , e
o terceiro final, a coordenação
geral o Governo
Na Organização Social, a Pátria,
ocupa a posição de
intermediário entre a Família e a Humanidade.
Três graus
sucessivos oferece a vida coletiva: Família a Pátria e a
Humanidade.
A primeira
é a célula social, o
elemento indestrutível , cuja
estrutura contém em máxima intensidade e a mínima extensão, os três laços sociais- o apego, a veneração e
a bondade.
A Humanidade representa existência coletiva em seu máximo de extensão, no tempo e no
espaço , permitindo a apreciação conjunta
e sintética de todo o organismo
social . É a Humanidade , definida por Augusto Comte como “ o conjunto
dos seres humanos, passados, futuros e presentes”.
Explicando a
acepção em que toma a palavra conjunto, diz logo a seguir: “ Esta
palavra conjunto ,
indica-vos
bastante que não se deve
compreender aí todos os homens ,
mas aqueles que são
realmente assimiláveis,
por efeito de uma verdadeira
cooperação na existência comum.” -
Catecismo Positivista Pag 72.
A
séria dificuldade de passagem do primeiro
para o ultimo desses graus , exigiu como intermediário a Pátria , Ser
este coletivo que, participa da Natureza
dos dois extremos, cuja ligação
opera, e aos quais está objetiva e subjetivamente subordinado. Mesmo com esta Globalização Comercial
Financeira, permanece o acima exposto.
Os Laços Sociais adquirem na Pátria maior
extensão que na Família, sem
atingir ao máximo; máximo este que
se verifica na Humanidade. Enquanto a intensidade
é menor na Família e maior
na Humanidade , sendo esta, a última das
unidades de existência coletiva.
A
Formação da Pátria torna-se por este
motivo necessária à verdadeira compreensão da Humanidade e à
extensão dos sentimentos sociais da
existência domestica para o conjunto da espécie humana.
A
Dinâmica Social , os exemplos intermediários são numerosos e
claros, principalmente
quando se consideram as diversas modalidades, com que se
apresentam os três estados gerais
da evolução humana.
Apreciemos em primeiro lugar a evolução da espécie humana, e nesta
evolução, o aspecto intelectual . Já vimos no estudo da sétima lei (Lei dos
Três Estados) , que cada entendimento oferece
a sucessão de três estados -
Fictício , Abstrato e Positivo - em relação as nossas concepções quaisquer. É
o estado Fictício, aquele que
necessita nossa inteligência durante toda a fase preliminar de sua
evolução , quando ainda não se conhece
as Leis reguladoras dos fenômenos. O estado Positivo
representa a forma
definitiva de nossas concepções ,
quando já estão estabelecidas , na nossa mente, todas as leis ou relações
abstratas que nos ensinam a prever os acontecimentos. A passagem do primeiro para o ultimo destes
estados, poderia ser realizado diretamente , sem que ocorresse o estado
abstrato ou metafísico, como intermediário; para tal fim subordinando os dois
extremos , e participando da natureza de
ambos. Tal subordinação é objetiva ao
estado fictício e subjetiva ao
Positivo.
Vamos agora nos deter e examinar em separado, o primeiro dos
graus de evolução intelectual , o estado fictício . Como sabemos
é este decomposto em
fetichismo e teologismo.
O Fetichismo
está dividido em
fetichismo primitivo e fetichismo
Astrolátrico. Assim o estado fictício está dividido em três graus de evolução- Fetichismo - Astrolatria e
Teologia - onde a Astrolatria oferece todas as condições necessárias
de intermediário.
Na
divisão entre o fetichismo e o teologismo, se em vez de realizarmos a decomposição do primeiro em seus dois elementos , o
fizermos em relação ao segundo , teremos a progressão
fictícia constituída pelo fetichismo , pelo politeísmo e pelo
monoteísmo. É neste caso o politeísmo
que representa o papel de
intermediário, entre o fetichismo e o monoteísmo, satisfazendo perfeitamente às
condições da 15 Lei da Filosofia Primeira.
Ao examinarmos a evolução ocidental , encontraremos a fase monoteica decomposta
nos três graus : Catolicismo
(Teísmo), Protestantismo e Deísmo.
Temos condição de irmos buscar
muitos outros exemplos de intermediários
na evolução intelectual da Humanidade.
Não é somente a marcha do entendimento que oferece exemplos evidentes
de aplicação da Lei do Intermediário.
Também, os outros dois aspectos práticos
e afetivos, mostram sempre o intermediário estabelecendo a ligação entre os dois
extremos, e para isso
subordinando-se a estes e participando da natureza deles.
Na evolução prática o estado militar defensivo é a ligação entre o militar conquistador
e o industrial. Na marcha
social a evolução cívica une
entre si a domestica e a universal, pelos mesmos motivos
porque a Pátria é , como vimos o intermediário entre a Família e a Humanidade.
Em qualquer sociedade bem organizada a Classe Intelectual ou
Sacerdócio é o intermediário entre as
outras duas , a Afetiva constituída pela Mulher e a ativa ou Material.
Assim
como a natureza humana individual
é dotada de Sentimento ,
Inteligência e Atividade, também a
existência coletiva
apresenta os mesmos três atributos. Existem no cérebro
humano os órgãos das funções
afetivas , intelectuais e
práticas. Da mesma forma deve a
sociedade apresentar órgãos
coletivos destinados ao exercício de tais funções .São estes
órgãos constituídos pela Classe das
Mulheres Femininas, que exerce na vida coletiva a função
Moral Positiva,, pela Classe sacerdotal,
encarregada das funções
intelectuais da Sociedade e pela Classe dos Práticos , subdividida entre as dos dirigentes ou Patronal e a dos
executores dos trabalhos materiais ou Proletários.
Na
Moral: Na Moral Positiva ,
para exemplo da Lei do Intermediário, verifica-se em qualquer das suas
decomposições ternárias.
O estudo da Moral Teórica Positiva, abrange as teorias : Cerebral , da Humanidade, da Unidade,
Vital, do Sentimento, da Inteligência e da Atividade. Estas setes Teorias acima enumeradas , obedecem ao principio do classamento. Se
examinarmos as condições que podemos
realizar para a concentração em três
graus, obteremos diversas
modalidades de decomposição ternária
dos assuntos próprios ao estudo
da Moral Teórica Positiva e, em cada uma delas , observaremos a aplicabilidade da Lei do Intermediário.
Por exemplo,
a apreciação em separado , das
três teorias da Alma
Humana- as do Sentimento, da Inteligência e da Atividade - evidencia desde logo
a posição da Teoria da
Inteligência como intermediário e a
inteira subordinação à decima quinta Lei
Universal ou Lei Natural.
Também dentro da estrutura dessas teorias
poderemos verificar a lei do intermediário. No exame do trabalho intelectual o raciocínio
obedece ao principio: “ Induzir para
deduzir a fim de construir” . Temos
ai expressos os três elementos
do raciocínio - a indução, a dedução
e a construção. É a dedução o
elemento coordenador, que une os outros
dois e confirma nesse domínio a décima quinta Lei.
Nota: Essencialmente objetiva,
a Quinta Série ternária da Filosofia
Primeira , embora menos que a precedente , a quarta, a mais objetiva de todas , forma essa quinta
série, a ligação peculiar à sucessão
dos grupos de seres e fenômenos ,
regulando-lhes a ligação ,
segundo a sua distribuição em séries,
onde os atributos estáticos se conciliam
com as propriedades dinâmicas , e em que cada termo se sucede
numa certa ordem e se dispõe com determinado nexo. A Lei da
Conciliação rege em cada Ser a conversão do movimento em equilíbrio; a da
Classificação , regula a sucessão dos Seres e dos fenômenos; a do Intermediário preside a sua conexão. A Lei da
Conciliação é complementar da Lei da
Mutualidade; pois a conversão do movimento
em equilíbrio, supõe a
equivalência das ações mútuas. A
lei da Classificação é também
complementar da lei dos Três Estados:
pois a sequência das concepções ,
regulada pela Lei da Evolução Mental
, corresponde à distribuição dos
fenômenos e dos seres , segundo a Lei da
Classificação . Por essas afinidades, acham-se mais diretamente ligadas, que
quaisquer outras, as três séries
ternárias :
a
Terceira, a Quarta e a Quinta, isto é,
as leis Dinâmicas do Entendimento ( Lei dos Três Estados Mentais, Lei
dos Três Estados Ativos, e Lei dos Três
Estados Afetivos), as Leis do Movimento
Universal ( Lei da Persistência, Lei da
Coexistência, Lei da Mutualidade)
e as Leis da Distribuição dos
Fenômenos e dos Seres ( Lei da Conciliação,
Lei da Classificação e Lei do
Intermediário).
Por isto, a metafísica não existe sozinha, a
metafísica está subordinada à Teologia e
ao Positivismo.
A
Metafísica oscila entre dois
extremos -Teologia (Ficção) e o
Positivismo(Ciência ) .
Sendo a metafísica intermediária, ela pode
estar mais próxima de um extremo ou
de outro, mas sempre pinçando elementos
dos dois extremos . A Metafísica está em nós concebermos como Substâncias os Adjetivos, crendo que assim estaríamos
expressando mais fielmente a realidade exterior . A Síntese Subjetiva no
Positivismo, compreende que haja uma perfeita equivalência entre a apreciação do Mundo e do Homem em termos
de Substantivos e em termos de
Adjetivos; uma e outra destas duas
formas de considerar a realidade
são para os, positivistas, apenas a
expressão mais pronunciada da atividade peculiar aos
dois Órgãos da Contemplação; o Orago da Contemplação Concreta que é o
Órgão que nos permite figurar a
realidade em termos de corpo ou de seres ; e o Órgão da Contemplação Abstrata, que
é o Órgão que nos permite figurar a
realidade em termos de fenômeno.
Já o
Positivista, diz que existem corpos que
possuem determinados atributos, estes
atributos, considerados em abstrato , formam
a definição Positiva de
Vida.
Todo
Raciocínio ou é Teológico , ou
Metafísico ou Positivo.
A
Teologia é um sistema de ficção e abstração
, e depois substitui a ficção e abstração por
, leis naturais, aparecendo neste
momento , o conceito de leis naturais , as quais temos nos dois extremos, a ficção e a
Lei Natural . Sendo que esta última
regula, o fenômeno subjetivo
e o fenômeno objetivo - Leis Naturais
Abstratas e Leis Naturais
Concretas, como por exemplo estudam a topografia, a meteorologia, a navegação
etc.
A
escala enciclopédica é indutiva -
Induzir para deduzir a fim de construir . Nós temos que criar
generalidades, para depois tirar conclusões .
Eis
aí, caro leitor, esta obra , a Filosofia
Primeira , que Augusto Comte só
elaborou no final de sua vida , depois
de ter escrito os quatro volumes da Política
Positiva .
As
15 Leis Naturais da Filosofia Primeira também podem ser grupadas
como segue
abaixo , de acordo com anotações anônimas encontradas em um exemplar da Filosofia
Primeira de Reis Carvalho
- 1939 .
I
- Leis da Racionalidade - lei 1 +
14 + 15 .
II
- Leis da Subjetividade - lei 4
+ 5 + 6
III
- Leis da Evolução -
lei 7 + 8 + 9
IV- Leis da Estabilidade da Ordem Universal - lei
2 + 10 + 11
V - Leis da Modificabilidade da Ordem Universal -
lei 3 + 12 + 13
Após esta exposição complexa e detalhada,
vamos proceder á conclusão
sintética que prepara o leitor par o estudo da
Filosofia Segunda , tal como o
exige a sistematização positiva que estabelece o estudo da Filosofia Primeira como um degrau preparatório para a compreensão da Filosofia Segunda , e esta
, como um degrau para a compreensão da Filosofia Terceira ou Tecnologia.
A cultura intelectual, segundo a sistematização Positiva, tem por principal objetivo dar
à
inteligência os recursos
necessários para guiar a ação modificadora
do Mundo e do Homem. O
Objetivo é, pois, conhecer o dualismo Mundo e Homem , afim de melhorar cada vez mais a existência
Humana e de Todos os Demais
seres que com ela
Colaboram.
A Síntese
Subjetiva é a base da
Sistematização de Nossos estudos . Em cada ramo de
nossos conhecimentos , quando diversas lições são necessárias para bem explaná-la e
desenvolve-la , devemos proceder com um máximo cuidado , para
que as minúcias de um
assunto não desviem nossa atenção do
espírito de conjunto, sempre sob o predomínio
da síntese Subjetiva. Pormenores muitas vezes viciosamente apreciados podem reagir desfavoravelmente sobre
o sentimento, excitando os Instintos
Egoístas e consequentemente prejudicando a Harmonia dos trabalhos intelectuais e dos trabalhos práticos. Todas as
precauções devem ser tomadas para evitar
tais desvios , que podem prejudicar
totalmente a educação Intelectual.
Compreendida a Filosofia Primeira, abordaremos agora, a Filosofia Segunda com as definições Positivas de
cada uma das Sete Ciências Positivas.
CONTINUA EM MANOBRE VOCÊ MESMO O SEU DESTINO - FILOSOFIA SEGUNDA - http://livrospositivistas.blogspot.com.br/2015/07/manobre-voce-mesmo-o-seu-destino.html
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